Você está na página 1de 50

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA

AGUIDA FERREIRA SAMPAIO E CAROLINA KOSTKA DE NARDI

IMPACTOS DA TECNOLOGIA NA BIBLIOTECONOMIA: COMO AS


BIBLIOTECAS MUDARAM AO LONGO DOS ANOS

VITÓRIA

2021
2

AGUIDA FERREIRA SAMPAIO


CAROLINA KOSTKA DE NARDI

IMPACTOS DA TECNOLOGIA NA BIBLIOTECONOMIA: COMO AS


BIBLIOTECAS MUDARAM AO LONGO DOS ANOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado pelas acadêmicas Aguida
Ferreira Sampaio e Carolina Kostka de
Nardi como exigência do curso de
graduação em Biblioteconomia da
Universidade Federal do Estado do Espírito
Santo sob a orientação da professora Marta
Leandro da Mata.

VITÓRIA

2021
3

AGUIDA FERREIRA SAMPAIO


CAROLINA KOSTKA DE NARDI

IMPACTOS DA TECNOLOGIA NA BIBLIOTECONOMIA: COMO AS


BIBLIOTECAS MUDARAM AO LONGO DOS ANOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Graduação em
Biblioteconomia da Universidade Federal do
Espírito Santo como requisito para
conclusão de curso e obtenção de grau de
Bacharel em Biblioteconomia.

Vitória, ____ de Outubro de 2021.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________
Profa. Marta Leandro da Mata
Orientadora

_________________________________________________________
Profa. Daniela Lucas da Silva Lemos
Examinadora

__________________________________________________________
4

Prof. José Alimateia de Aquino Ramos


Examinador

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus por nossas vidas, por tudo o que


conquistamos até agora e, principalmente, por sempre se fazer presente nos
momentos mais difíceis e por não nos permitir desistir quando o cansaço batia.
Gratidão à Ele a cada página deste presente trabalho.
Aos nossos pais, Edson, Helena e Niceia, por nos apoiar, aconselhar,
incentivar e por nos mostrar que o caminho para o sucesso pessoal e profissional é
através da educação.
Aos nossos irmãos, Maria e Pedro, por se fazerem presentes no nosso dia a
dia, nos fazendo rir, por nos fazer companhia até nos nossos momentos mais
difíceis.
Queríamos agradecer nossos amigos em geral, mas especialmente aos
queridos: Estela Braga, Gabriel do Nascimento, Graciele Ferreira e Rodrigo Ferreira,
por nos aguentar nos desabafos, nas dúvidas, nos momentos de estresse e etc.
Agradecemos aos nossos professores em geral, em especial os
excelentíssimos professores: Daniela Lucas da Silva Lemos e José Alimatéia de
Aquino Ramos por terem aceitado nosso convite para a banca examinadora; e a
ilustre Marta Leandro da Mata por ter aceitado nos orientar e a nos conduzir ao
resultado dessa pesquisa.
Agradecemos por fim, mas não menos importante, uma a outra por termos
nos comprometido a darmos o nosso melhor para o desenvolvimento do presente
trabalho, bem como os frequentes auxílios que demos uma para a outra, fazendo
com que o trabalho mais importante da graduação ficasse mais leve para ser
produzido, uma vez que iniciamos o curso realizando o primeiro trabalho juntas e
finalizando-o, novamente, juntas.
5
6

“O segredo, querida Alice, é rodear-se de pessoas


que te façam sorrir o coração. É então, e só então
que você estará no país das maravilhas.”
– Lewis Carroll
7

RESUMO

No presente trabalho buscamos ressaltar a importância da tecnologia perante a


biblioteconomia e às bibliotecas. O objetivo geral é apresentar os processos
evolutivos da tecnologia nas bibliotecas, relatando os impactos dessas evoluções
tecnológicas e como as mesmas afetam a Biblioteconomia e as bibliotecas do
Brasil; bem como descrever as mudanças causadas diante do cenário tecnológico
no sentido de atendimento ao público, acessibilidade, dinamismo, rapidez,
interatividade com o público alvo e etc.; tratando de identificar as tecnologias mais
utilizadas, abrangendo também as tecnologias assistivas; mencionando as
adaptações da atuação bibliotecária perante a essas ferramentas. O estudo
caracteriza-se como uma pesquisa de abordagem qualitativa e quantitativa, cujo os
resultados foram obtidos através de questionário eletrônico, visando as respostas de
profissionais bibliotecários, salientando-se que a tecnologia mostra-se presente nas
bibliotecas brasileiras, mas que ainda há carência de aquisições de equipamentos
tecnológicos, fato este preocupante, principalmente quando se pensa nas vantagens
que a tecnologia proporciona tanto para o trabalho do profissional bibliotecário
quanto para o atendimento do usuário, assim como proporcionar certa autonomia
para os frequentadores das bibliotecas. A pesquisa não atingiu a totalidade do
universo que pretendíamos, sendo apenas um recorte de um grupo maior, porém
obtivemos respostas satisfatórias para os resultados da pesquisa.

Palavras-chave: Tecnologias de Informação e Comunicação. Impacto das


tecnologias. Tecnologia assistiva. Evoluções tecnológicas. Biblioteca.
Biblioteconomia.
8

ABSTRACT

In the present work, we seek to emphasize the importance of technology before


librarianship and libraries. The general objective is to present the evolutionary
processes of technology in libraries, reporting the impacts of these technological
evolutions and how they affect Librarianship and libraries in Brazil; as well as
describing the changes caused by the technological scenario in terms of customer
service, accessibility, dynamism, speed, interactivity with the target audience, etc.;
trying to identify the most used technologies, also covering assistive technologies;
mentioning the adaptations of librarianship to these tools. The study is characterized
as a research with a qualitative and quantitative approach, whose results were
obtained through an electronic questionnaire, aiming at the answers of professional
librarians, noting that technology is present in Brazilian libraries, but that there is still
a lack acquisitions of technological equipment, a fact that is worrying, especially
when thinking about the advantages that technology provides both for the work of
the librarian and for the service of the user, as well as providing some autonomy for
library patrons. The research did not reach the entire universe that we intended,
being just a part of a larger group, but we obtained satisfactory answers for the
research results.

Keywords: Information and Communication Technologies. Impact of technologies.


Assistive technology. Technological evolutions. Library. Librarianship.
9

LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Tipo de biblioteca.....................................................................................30
Tabela 2 – Estado.......................................................................................................31
Tabela 3 – Cidade......................................................................................................31
Tabela 4 – Tecnologias utilizadas na biblioteca.........................................................32
Tabela 5 – Tecnologia assistiva.................................................................................33
10
11

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Objetivos específicos e questões elaboradas.........................................29


12

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11
2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A FORMAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO NO BRASIL
12
2.1 Atuação bibliotecária com as tecnologias 18

3 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 20


3.1 Evolução da Tecnologia 20
3.2 Surgimento da tecnologia na área de biblioteconomia 22
3.2.1 Automação das bibliotecas 24
3.3 Tecnologias presentes em bibliotecas 25
3.4 Tecnologias assistivas em bibliotecas 27

4 METODOLOGIA 29

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS 31


5.1 Caracterização das instituições 31
5.2 Tecnologias utilizadas nas bibliotecas 33
5.3 Tecnologia assistiva 34
5.4 Falta de tecnologia 35
5.5 Adaptação de bibliotecas referentes a tecnologia 35
5.6 Rápido desenvolvimento tecnológico nas bibliotecas 36
5.7 Vantagens e desvantagens de utilização das tecnologias 36
5.8 Seção 37
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 38

REFERÊNCIAS 39

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO 43


13

1 INTRODUÇÃO

Atualmente ouvimos muitas pessoas falarem sobre o término do livro físico e


das bibliotecas, no entanto, esses avanços tecnológicos tendem a facilitar e
melhorar o trabalho dos profissionais e não erradicar.
A área da biblioteconomia está sendo impactada pelas evoluções
tecnológicas, visto que ocorreram muitas mudanças ao longo dos anos nas
bibliotecas devido a esses processos evolutivos. Nesse contexto, houve impacto na
formação bibliotecária no Brasil com as mudanças das diretrizes curriculares,
ocorrendo também mudanças na atuação do bibliotecário.
Sendo assim, acreditamos ser importante o conhecimento sobre as
constantes evoluções tecnológicas (abordadas de forma geral no presente trabalho),
principalmente quando as mesmas surgem no contexto da biblioteconomia e
bibliotecas.
Dito isso, esse trabalho tem como problema de pesquisa descrever os
impactos da tecnologia na biblioteconomia e nas bibliotecas e como essa
ferramenta vem para ajudar no desenvolvimento da teoria e da prática bibliotecária.
Tem-se como objetivo geral descrever o processo evolutivo das tecnologias
nas bibliotecas e na biblioteconomia. Como objetivos específicos, visa identificar as
tecnologias mais presentes nas bibliotecas do Brasil; averiguar os tipos de
tecnologias utilizadas ou não nestas bibliotecas; verificar como essas organizações
estão se adaptando às tecnologias; identificar quais as novas medidas que os
bibliotecários estão usando para terem mais contato com os usuários e público em
geral; quais avanços tecnológicos estão sendo desenvolvidos com grande potencial
de disseminação de informação; identificar as tecnologias que já se tornam
imprescindíveis para a biblioteconomia e as bibliotecas.
A justificativa da escolha desse tema se dá pela prerrogativa de se fazer
entender a importância da tecnologia na área da informação, buscando descrever
as facilidades que essa ferramenta traz para os profissionais da área, bem como
demonstrar que nem toda evolução é sinônimo de substituição, com o objetivo de
descrever que tanto as bibliotecas, a biblioteconomia e os profissionais também
evoluem e se adaptam com os novos surgimentos.
14

2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A FORMAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO NO BRASIL

Para começarmos a entender o bibliotecário e as bibliotecas no contexto


tecnológico, abordaremos nesse tópico a trajetória das diretrizes curriculares no
Brasil, visando compreender e observar as mudanças ocorridas nos currículos dos
cursos de Biblioteconomia, com o objetivo de suprir as demandas e a preparar
melhor o profissional para o mercado de trabalho.
A formação profissional do bibliotecário iniciou-se em 1911, ano em que
ocorreu a criação do primeiro curso de Biblioteconomia na Biblioteca Nacional, no
Rio de Janeiro. Porém, a prática só se deu no ano de 1915 (ALMEIDA, 2013).
O curso de Biblioteconomia oferecido pela Biblioteca Nacional, era
considerado de nível superior e haviam dois requisitos para se dar início ao mesmo:
a conclusão de curso em Humanidades e a aprovação no exame de admissão. As
matérias ensinadas foram selecionadas dentro do contexto operacional da
instituição, com o objetivo de atender às necessidades de qualificação de pessoal
para funcionamento da mesma; sendo as disciplinas: Bibliografia (onde estavam
inclusas as matérias de Catalogação, Classificação, Organização e Administração
de Bibliotecas), Paleografia, Diplomática, Iconografia e Numismática. (FONSECA,
1979, p.32 apud PINTO, 2015, p. 23)
De acordo com Valentim (2002), não se teve planejamento curricular para a
primeira prática de ensino de Biblioteconomia no Brasil. As matérias oferecidas
eram estagnadas e desarticuladas. Sendo assim:

o perfil profissional objetivava-se formar um profissional com o perfil de um


erudito-guardião e, para tanto, o processo de ensino centrava-se no
repasse de experiências pelos professores, durante anos, como
encarregados das seções de Bibliografia, Paleografia, Diplomática,
Iconografia e Numismática. (VALENTIM, 2002, p. 27).

Quando o ensino de biblioteconomia se iniciou em São Paulo, nos anos 20,


não possuía mudanças curriculares significativas em comparação com as disciplinas
ofertadas pela Biblioteca Nacional. O motivo foram as considerações de Rubens
Borba de Moraes e Adelpha de Figueiredo que, de acordo com Apóstolo, Souza e
Bastos (2020), eram ambos bibliotecários conhecidos por serem inovadores
intelectuais bem formados e possuidores de muito prestígio para a época. Porém,
15

como mencionado, as mudanças curriculares que os bibliotecários trouxeram, não


foram significativas. Então, nesse segundo curso, realizado no Mackenzie College
em São Paulo, o ensino “centrava-se em disciplinas como Catalogação e
Classificação e o processo de ensino/aprendizagem orientava-se para a
organização técnica de biblioteca.”, (VALENTIM, 2002).
Houve mudanças significativas nos currículos dos cursos de biblioteconomia
em 1940, após a criação e encerramento do curso de biblioteconomia criado pelo
Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo em 1936 e 1939,
respectivamente (ALMEIDA, BAPTISTA, 2013). Com o encerramento, o curso foi
transferido para a Escola Livre de Sociologia e Política (FESPSP).
Em 1944, a Biblioteca Nacional passou por outra mudança curricular, como
salienta o Decreto Lei nº 6440 de 27 de abril de 1944, onde temos, de acordo com o
Portal da Câmara dos Deputados, no Art.2:

[...] formar pessoal habilitado a organizar e dirigir bibliotecas ou a executar


serviços técnicos de bibliotecas; b) promover o aperfeiçoamento ou a
especialização de bibliotecários, de bibliotecários auxiliares e de outros
servidores em exercício nas bibliotecas oficiais ou particulares; c) promover
unidade de orientação das técnicas fundamentais dos serviços de
biblioteca, favorecendo a homogeneidade básica desses serviços; d)
difundir conhecimento dos progressos realizados, no país e no estrangeiro,
no campo da biblioteconomia.

Como forma de preencher esses requisitos, ainda de acordo com o Portal da


Câmara dos Deputados, os cursos possuíam: a) Curso Fundamental de
Biblioteconomia (CFB); b) Curso Superior de Biblioteconomia (CSB); c) Cursos
Avulsos (CA).
De acordo com Valentim (2002), o Curso Fundamental de Biblioteconomia
(CFB) compreendia formar profissionais que receberiam uma orientação e
realizariam a parte do serviço técnico. O currículo era composto das disciplinas:
organização de bibliotecas, catalogação e classificação, bibliografia e referência; e
história do livro e das bibliotecas.
O Curso Superior de Biblioteconomia (CSB), pretendia “[...] formar pessoal
para administrar, organizar e dirigir serviços técnicos inerentes às bibliotecas’’.
(VALENTIM, 2002, p.30). O curso, separado por dois núcleos (optativas e
obrigatórias), continha: organização e administração de bibliotecas; catalogação e
classificação; e história da literatura, sendo as disciplinas obrigatórias. Já as
16

disciplinas optativas eram oferecidas anualmente, sendo: noções de paleografia e


catalogação de manuscritos, livros raros e preciosos; iconografia; mapoteca;
biblioteca de música; publicações oficiais e seriadas; periódicos; bibliotecas
públicas, bibliotecas especializadas e universitárias; bibliotecas infantis e escolares.
(VALENTIM, 2002).
Já os Cursos Avulsos (CA), “[...] tinham por finalidade atualizar os
conhecimentos dos bibliotecários e bibliotecários-auxiliares, divulgar conhecimentos
sobre biblioteconomia e promover a homogeneidade básica dos serviços de
bibliotecas.” (NEVES, 1971, p. 227 apud VALENTIM, 2002, p. 30).
Em 1960, os cursos da Biblioteca Nacional passaram por novas modificações
e, em São Paulo, o currículo da Escola Livre de Sociologia foi alterado a fim de
atender as pessoas que queriam se graduar na área. As disciplinas eram:
organização e administração de biblioteca; catalogação; classificação; bibliografia e
referência e história do livro. (VALENTIM, 2002).
Porém, até então, não havia um Currículo Mínimo para o curso de
Biblioteconomia, fazendo com que não houvesse uma orientação básica de ensino.
Valentim (2002) afirma que esse seria um dos motivos que gerava crise na
Biblioteconomia no Brasil. A solução, então, seria:

a conquista de um espaço social mais amplo pela Biblioteconomia, que se


daria a partir das mudanças na formação do bibliotecário, privilegiando-se a
técnica e a cultura geral e, principalmente, situando-se estas no âmbito das
universidades, preferencialmente nas federais, e a aprovação de um
Currículo Mínimo. (VALENTIM, 2002, p. 32).

Entre as escolas de Biblioteconomia, não se sabia ao certo o que deveria


conter no currículo mínimo, pois havia uma dificuldade em chegar num acordo de
padronização dos saberes. Foi em 1962 que a uniformidade passou a entrar em
vigor. Neste mesmo ano, houve uma reunião onde estavam os professores
presentes: Edson Nery da Fonseca, Abner Lellis Vicentini, Nancy Wesfallen Correa,
Cordelia R. de Cavalcanti, Sulli Bradbeck e Zilda Galhardo de Araújo; e, o objetivo
dessa reunião era um acordo de quais saberes seriam necessários para a formação
do currículo mínimo. Decidindo então pelos níveis de Graduação, Pós-Graduação e
Doutorado (VALENTIM, 2002).
No primeiro nível (graduação), teria as seguintes disciplinas: bibliografia;
organização e administração de bibliotecas e serviços de documentação; técnicas
17

de indexação e resumos; catalogação; documentação; armazenagem e recuperação


de informações; história da arte; pesquisa bibliográfica; história da ciência e da
tecnologia; história da literatura; referência; teoria da informação e cibernética;
reprodução de documentos; história do livro e das bibliotecas; introdução à filosofia;
introdução às ciências sociais e seleção de livro; nesse nível, a duração do curso
seria de 03 anos. Já no segundo nível (pós-graduação), seriam as disciplinas de:
bibliografia; bibliotecas infantojuvenis; documentação; bibliotecas especializadas e
didáticas. (VALENTIM, 2002). Por fim, no terceiro nível (doutorado) o título de
“Doutor em Biblioteconomia seria conferido ao concluinte do Curso de Doutorado
que apresentasse e defendesse tese, de acordo com as formalidades legais”
(CARVALHO, 1967, p.1 apud VALENTIM, 2002, p. 35).
Porém, de acordo com Almeida (2013), essa proposta dada pelos
professores não agradou. Por consequência, foi alterado pelo Conselho Federal de
Educação (CFE) pela Resolução de 16/11/1962, parecer nº 326/62 onde
estabeleceu-se as seguintes disciplinas: história do livro; história da literatura;
história da arte; introdução aos estudos históricos; evolução do pensamento
filosófico e científico; organização e administração de bibliotecas; catalogação e
classificação; bibliografia e referência; documentação e paleografia. A duração seria
de 03 anos. (VALENTIM, 2002).
Valentim (2002, p. 36, grifo do autor) afirmava que:

Tal currículo visava, entre outros objetivos, atender às necessidades do


“mercado biblioteconômico ascendente”, no aumento da produção científica
brasileira, que requeria organização e controle, e às técnicas
biblioteconômicas que eram o canal privilegiado para isso, justificando a
inclusão de disciplinas como Catalogação, Classificação e Bibliografia. É
evidente que, para não configurar a formação do bibliotecário como
exclusivamente técnica, foram incorporadas algumas disciplinas culturais.

Em 1967, ocorreu a necessidade de formar uma comissão com o objetivo de


verificar a organização das escolas, a fim de buscar melhorias e padronizações para
o ensino, pois alguns profissionais da área de biblioteconomia alegavam que muitas
delas não tinham certa uniformidade, o que afetava negativamente o seu
funcionamento. Essa comissão, a Comissão de Especialistas de Ensino em
Biblioteconomia (CEEB), era formada por: Edson Nery da Fonseca, Maria Martha de
Carvalho, Laura Garcia Moreno Russo, Lydia de Queiroz Sambaquy, Maria Lectícia
de Andrade Lima e Zenaira Garcia Marquez. Estes profissionais discorreram que “as
18

escolas deveriam oferecer as condições mínimas para o desenvolvimento das


atividades de ensino/ aprendizagem”. (VALENTIM, 2002, p. 37).
As pautas debatidas pela comissão sobre os padrões mínimos nas escolas
foram: o espaço geográfico, número dos alunos e professores, a quantidade de
equipamentos, local adequado para os alunos assistirem as aulas e etc.
(VALENTIM, 2002, p. 38 apud ESCOLAS, 1968, p.37).
Os padrões mínimos das diretrizes curriculares entraram em assunto
novamente em 1968, no Seminário de Ensino de Biblioteconomia no Brasil (que
tinha o objetivo de avaliar a rede de ensino e realizar a adequação mediante o
ensino superior), onde também “[...] foram debatidas três temáticas que se
constituíam, nesse período, os problemas da biblioteconomia brasileira: pesquisa
em Biblioteconomia, currículo e duração dos cursos e pós-graduação em
Biblioteconomia.” (VALENTIM, 2002, p. 38).
A verdade é que o currículo mínimo estabelecido em 1962 não estava
agradando os professores (visto que nem todas as escolas decidiram seguir com a
padronização definida). De acordo com os profissionais, as disciplinas que
constituía o currículo mínimo, não satisfazia suas necessidades, tampouco
acompanhava os avanços tecnológicos. Com isso, a partir de 1971, a Associação
Brasileira de Ensino de Biblioteconomia e Documentação (ABEBD) passou a
realizar reuniões “com o objetivo de levantar sugestões para mudanças no currículo
vigente” (VALENTIM, 2002, p. 43).
Nos anos que se seguiram, foi realizada uma proposta final enviada para
todas as escolas a fim de levantar discussões e sugestões. Por fim, em 1982, “[...]
foi aprovado pelo CFE o segundo currículo de Biblioteconomia.” (VALENTIM, 2002,
p. 44). Nesse segundo currículo, as matérias foram divididas em três grupos: as
matérias de fundamentação geral, matérias instrumentais e de formação
profissional, (ALMEIDA, 2013).
Entretanto, por mais que a definição do segundo currículo tenha demorado e
sido assunto em diversos encontros, houveram aqueles que ainda não concordaram
com a finalização do currículo mínimo. Almeida (2002, p. 44) expõe que:

Apesar dos debates em várias oportunidades, a aprovação desse currículo


provocou insatisfação e críticas por parte dos organismos de classe e dos
professores, uma vez que a proposta do grupo de trabalho foi alterada, por
exemplo, no grupo de matérias de formação geral. O CFE agrupou numa só
19

disciplina Informação, Biblioteconomia e Usuário, sendo aprovada


Informação Aplicada à Biblioteconomia.

Com a Lei de nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, houveram mudanças na


educação nacional, onde as universidades tinham autonomia para:

criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação


superior; fixar os currículos dos seus cursos e programas, observando as
diretrizes gerais pertinentes e também estabelecer planos, programas e
projetos de pesquisa científica, produção artística e atividades de extensão
entre outras atribuições. (BRASIL, 1996 apud ALMEIDA, 2013 p. 8).

Foi estabelecido, em 03 de abril de 2001, o Parecer do Conselho Nacional de


Educação/Câmara Superior de Educação (CNE/CES) de nº 492/2001 contendo as
diretrizes curriculares nacionais para o ensino de biblioteconomia, arquivologia,
museologia e outros cursos. (ALMEIDA, 2013, p. 8).

Esse documento definiu o perfil dos formandos da área, enumerou as


competências e habilidades necessárias ao egresso direcionando o
conteúdo curricular. O Parecer estabeleceu a importância de estágios,
atividades complementares, avaliação institucional e da estrutura do curso.

A definição das diretrizes curriculares proporciona melhor estruturação das


disciplinas ensinadas nas instituições. Essas diretrizes “[...] são a base para a
organização dos cursos e proporcionam liberdade às Instituições de Ensino Superior
para definir, pelo menos, a metade da carga horária mínima de cada curso segundo
suas especificidades.” (GUIMARÃES, 2002 apud ALMEIDA, 2013, p. 9).
De acordo com o tópico de Diretrizes Curriculares para os Cursos de
Biblioteconomia (BRASIL, 2001), a formação do bibliotecário deve proporcionar aos
discentes:
[...] o desenvolvimento de determinadas competências e habilidades e o
domínio dos conteúdos da Biblioteconomia. Além de preparados para
enfrentar com proficiência e criatividade os problemas de sua prática
profissional, produzir e difundir conhecimentos, refletir criticamente sobre a
realidade que os envolve, buscar aprimoramento contínuo e observar
padrões éticos de conduta [...]

Ainda de acordo com o Parecer de 2001, as Competências e as Habilidades,


pertinentes para a formação do bibliotecário, foram divididas em duas partes: uma
geral e outra específica.
As competências gerais foram:
20

Gerar produtos a partir dos conhecimentos adquiridos e divulgá-los;


Formular e executar políticas institucionais;
Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos;
Utilizar racionalmente os recursos disponíveis;
Desenvolver e utilizar novas tecnologias;
Traduzir as necessidades de indivíduos, grupos e comunidades nas
respectivas áreas de atuação;
Desenvolver atividades profissionais autônomas, de modo a orientar, dirigir,
assessorar, prestar consultoria, realizar perícias e emitir laudos técnicos e
pareceres;
Responder a demandas sociais de informação produzidas pelas
transformações tecnológicas que caracterizam o mundo contemporâneo.
(BRASIL, 2001, p. 32).

Competências específicas:

Interagir e agregar valor nos processos de geração, transferência e uso da


informação, em todo e qualquer ambiente;
Criticar, investigar, propor, planejar, executar e avaliar recursos e produtos
de informação;
Trabalhar com fontes de informação de qualquer natureza; Parecer CES
492/2001 33
Processar a informação registrada em diferentes tipos de suporte, mediante
a aplicação de conhecimentos teóricos e práticos de coleta,
processamento, armazenamento e difusão da informação;
Realizar pesquisas relativas a produtos, processamento, transferência e
uso da informação. (BRASIL, 2001, p. 32-33)

Por fim, é importante que as instituições percebam as demandas


profissionais dos bibliotecários e mantenham a grade curricular do curso de
biblioteconomia sempre renovada. Dessa forma, o profissional estará mais
preparado para o mercado de trabalho.

2.1 Atuação bibliotecária com as tecnologias

Na formação do bibliotecário, as diretrizes curriculares são extremamente


importantes para auxiliar na estruturação curricular do curso, incluindo disciplinas de
caráter específico e humanista. Logo, é necessário que haja preocupação quanto às
atualizações curriculares, principalmente com o avanço das tecnologias. Valentim
(2000, p.37) afirma que “os cursos formadores devem disponibilizar todo e qualquer
tipo de tecnologias ao seu corpo docente e discente, buscando um ensino-
aprendizagem que permita ao profissional atuar no mercado de trabalho de forma
segura e competente”.
Ainda assim, com a afirmação no Livro Azul da 4ª Conferência Nacional de
Ciência e Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável (p. 65), em
21

que “Há que se considerar que atualmente a universidade não forma o profissional
acabado, mas sim um profissional que necessita de educação continuada para
responder aos desafios que encontra na vida prática, particularmente em processos
de inovação”. Neste sentido, fica evidente que há a necessidade de o profissional
buscar formação complementar, principalmente as que dizem respeito às
tecnologias da informação.
Com a presença dessas tecnologias, Amaro (2018) afirma que há a
possiblidade de que os usuários tendam a se afastar das bibliotecas pela facilidade
de fazer suas pesquisas e buscas em casa, mais especificamente, por meio da
Internet. A autora afirma também que:

Os bibliotecários perdem a oportunidade de divulgar para os usuários das


bibliotecas que por meio do trabalho por eles desenvolvido é possível a
obtenção de informações mais precisas, porque, de mais a mais, será esse
profissional que deverá ter o conhecimento mais aprofundado do uso de
buscadores, como também da possibilidade de realização de buscas em
outras fontes de informação. (AMARO, 2018, p. 39).

Porém, “[...] as tecnologias de informação e comunicação fazem parte da


evolução da profissão de bibliotecário. Não sendo por escassez de recursos, já não
mais se concebe o trabalho do bibliotecário sem o uso de tecnologias.” (AMARO,
2018, p. 39). Ou seja, toda mudança traz consigo a necessidade de adaptação. As
tecnologias vêm para agregar e facilitar o trabalho deste profissional, tanto em uma
organização da informação física quanto no virtual.
Ao não buscar atualizações sobre as tecnologias (mesmo que o assunto seja
abordado na diretriz curricular de seu curso), o profissional bibliotecário terá
dificuldade em se adaptar e utilizar essas novas ferramentas, afetando o processo
de organização da informação e negativamente o atendimento do seu usuário. A
busca de aprimoramento contínuo é inevitável.
Por isso, é importante que os profissionais se preocupem quanto às
ferramentas tecnológicas mais utilizadas atualmente, como o GED, as bases de
dados, os repositórios digitais, o catálogo online e etc. As ferramentas tecnológicas
mais utilizadas atualmente são descritas com mais detalhes no próximo capítulo.
22

3 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

3.1 Evolução da Tecnologia

Ao falar em tecnologia, pensamos somente em robôs, computadores, carros


automáticos e qualquer tipo de eletrodoméstico que possa facilitar as tarefas do dia
a dia. O professor Jung (2009) define a tecnologia como a aplicação do
conhecimento científico aos atributos da matéria e energia, para que possam ser
elaborados produtos e procedimentos inovadores para redução das labutas
humanas.
A tecnologia está presente nas atividades que exercemos e está até nas
coisas simples, como a criação da lapiseira, que otimiza o tempo da escrita, caso
haja a quebra do grafite, pois ao invés de ter que utilizar o apontador, é só apertar o
botão ao topo da lapiseira e uma nova ponta de grafite irá surgir. Assim como a
criação de inúmeras outras coisas que existem para a otimização do tempo, do
processo e da execução.
Mesmo que a noção geral sobre as tecnologias seja relacionada aos
artefatos mais sofisticados, como os smartphones e computadores, Cupani (2014)
ressalta que a tecnologia também é atribuída aos sistemas de objetos, como a
instalação elétrica, o conjunto de dispositivos que permitem cirurgias, a internet e
também o sistema defensivo de um país. Além disso, é aplicada ao conhecimento,
não somente ao conhecimento científico e mas também ao conhecimento recorrente
dos conceitos, procedimentos e modelos.
Na era pré-histórica, como apresenta Strauss (1952), o homem descobriu o
fogo por acaso, podendo ser a partir de uma faísca ou da ocorrência de um
incêndio, também foram encontradas as ferramentas para caça de maneira
acidental. Porém, isso seria uma visão deturpada, pois até para a confecção dos
utensílios para a caça, havia uma complexibilidade no processo de fabricação, deste
modo, o homem não deve o descobrimento do fogo ao acaso, e sim pelo impacto da
cultura e das técnicas elementares.
Além das tecnologias, temos o desenvolvimento dos registros do
conhecimento, no qual falamos dos suportes que foram avançando ao longo do
tempo, assim temos a utilização da argila, madeira, pedras, papiro, pergaminho,
23

papel até a chegada dos dias atuais, com os computadores, e-books e fontes de
informação digitais, como blogs e revistas eletrônicas como explica Martins (2014).
Uma das primícias essências humanas é a habilidade de guardar, entender,
retratar e registrar seus aprendizados e vivências, para que possam ser partilhadas
com seus semelhantes e para obter informações sobre diferentes perspectivas de
um mesmo mundo (ALBUQUERQUE; GUERRA, 2012).
Com isso, o início de uma ideia da internet foi durante a guerra fria em 1957,
e até chegar à internet que conhecemos hoje, ela passou por muitas alterações e
desafios. Nos primórdios, elas eram utilizadas para comunicação do exército.
Depois de muito tempo, começou a ser utilizada somente pelos cientistas e pelos
acadêmicos, como explica Moreira (2009).
Em 1993, foi criada a World Wide Web - WWW, que permitiu pela primeira
vez textos, gráficos e imagens e a transmissão em linha de páginas web, deste
modo, o simples “clique” de um mouse possibilita passar de uma informação para
outra sem importar onde ela está (KANECO, 1999 apud MOREIRA, 2009). Sendo
assim, Moreira (2009) ressalta, ainda, que a internet se afastou muito de seu
objetivo inicial, que era de uso apenas para a área militar e científica, e que ao longo
do tempo, tornou-se de uso comercial e reduziu o espaço entre seus usuários.
Neste sentido, cabe ressaltar os avanços nas tecnologias da informação e
comunicação, como por exemplo a Web 1.0 e a Web 2.0 diferenciando-se pelo nível
de acesso e interação dos usuários, sendo a primeira mais restrita, tendo, em sua
maioria, usuários consumidores. No segundo, todo usuário pode ser um criador de
conteúdo. Deste modo, como a Web 2.0 é considerada mais democrática, podemos
ver muitas criações existentes em diversos grupos de interesses, sendo esses,
grupos de pessoas que compartilham interesses em comum, desde, onde podem
ser trocadas informações e conteúdos de todos os tipos, sendo eles imagens,
áudios, textos e etc., compartilhando os links para quem quiser (SILVA, 2013).
Com o surgimento da Web 2.0, que seria uma atualização da WWW, não é
somente uma atualização técnica, mas uma mudança na conexão entre o usuário e
a aplicação Web, se transformando cada vez mais simplificado e mais completo e
atrativo para os usuários (O’REILLY, 2005 apud MOREIRA, 2009). A web 2.0,
possui novas interfaces voltadas para os usuários, bem como pretende aperfeiçoar
a inovação, o compartilhamento de informações e a essencial cooperação entre os
usuários e as aplicações, é uma versão beta contínua, pois ela está em constante
24

evolução, procedente da arquitetura de participação proposta, nas quais os usuários


compartilham os conhecimentos e partilham o conteúdo cada vez mais íntegro
(PRIMO, 2007 apud MOREIRA, 2009).
Atualmente, a Web tem diversos serviços disponíveis, em que há correlação
das informações. Temos o chat que está interligado às redes sociais e aos e-mails;
e as publicações feitas nas redes sociais, que podem ser compartilhadas de
diversas maneiras, desde que se tenha o link. Deste modo, a disseminação da
informação é cada vez maior, pois podem ser visualizadas e compartilhadas de
maneira simultânea (SILVA, 2013).

3.2 Surgimento da tecnologia na área de Biblioteconomia

A sociedade, ao perceber a escassez de informação para a evolução e a


necessidade de preservar o conhecimento para as gerações posteriores, teve a
necessidade de criação de uma instituição que fosse capaz de proporcionar a
organização dos registros de informação e a preservação. Deste modo, a biblioteca
foi agregada como a guardiã do saber (ALBUQUERQUE; GUERRA, 2012).
De acordo com Martins (2014), assim que as bibliotecas surgiram, a principal
ferramenta utilizada para controlar o acervo, foram os registros catalográficos. Além
do controle, os registros catalográficos eram utilizados como forma de recuperação
da informação.
A catalogação depara nas tecnologias um suporte fundamental para a
construção de um canal de comunicação entre o usuário e a informação desejada,
neste processo temos todas as atividades cíclicas da representação da informação
(ARAKAKI; SIMIONATI; SANTOS, 2017). As bibliotecas começaram a propiciar
suporte informacional para seus usuários. Ao longo do tempo, com as tecnologias
presentes, foi percebido que surgiram novos suportes de informação, como:
pergaminho, fichas perfuradas, estantes de madeira, CD-ROM, o catálogo online, as
bases e os bancos de dados (RIBEIRO, 2012), cada um desses novos suportes
foram surgindo em tempos diferentes e um foi substituindo o outro, como as fichas
perfuradas foram substituídas pelo catálogo online e seguindo sucessivamente
conforme a aparição de novas tecnologias.
A realização da execução das tecnologias digitais e produtos nas bibliotecas
já ocorriam antes do surgimento da Web 2.0, mas com ela foi possível a ampliação.
25

Com isso, foi conceituada a biblioteca 2.0, da qual utiliza dos serviços da web, como
os blogs, youtube, facebook, twitter e outras redes de compartilhamento de
informações, para que façam interlocução com seus usuários (COLPO, 2014).
A internet tem propiciado aos usuários fácil acesso às informações. Um
exemplo claro, de acordo com Cabral (2002), é a implementação dos arquivos e das
bibliotecas digitais, modelo que pode ser disponibilizado de maneira online e
acessado remotamente de qualquer lugar, propiciando também a acessibilidade
integral. Além disso, como afirma Santa-Anna (2015), as bibliotecas virtuais não têm
preocupações quanto ao espaço físico de armazenamento e amplia as
possibilidades de comunicação.
Além de trazer muitos benefícios para o usuário, como a rapidez de obter a
informação que precisa, a internet e as constantes evoluções tecnológicas abrem
um leque de possibilidades para o profissional bibliotecário. Antes, muitas atividades
eram realizadas de forma manual, como as fichas catalográficas. Hoje, com a
automatização de bibliotecas e computadores, os profissionais conseguem fazer a
catalogação e outras tarefas de forma muito mais rápida e menos cansativa,
tratando da informação e disponibilizando-a para o usuário o quanto antes.
A interação com esse usuário é um dos pontos altos da internet/tecnologia,
por exemplo, por meio do serviço de referência, não somente presencial, mas
também por meio de acesso remoto, de modo síncrono e assíncrono (por meio de
e-mail, bate-papo, etc.). Observa-se também o uso de redes sociais para realização
dessa interação virtual com seus usuários, através do instagram e facebook,
propiciando, ao profissional criar conteúdo online como lives1, stories2 e posts3;
possibilitando maior aproximação dos seguidores. Além disso, as redes sociais, no
geral, são ótimas ferramentas para a divulgação de eventos, novidades da
organização, avisos e etc.
É possível, ao falarmos dos crescentes tipos de suportes de informação,
notar que as bibliotecas vêm acompanhando as evoluções tecnológicas de forma
muito positiva, conforme as demandas surgem. Vimos que a mesma utilizava do
suporte em pergaminho para armazenar a informação e foi evoluindo para outros
1
Live é uma transmissão ao vivo pela internet, sendo transmitida por qualquer rede social (instagram,
facebook, ou pelo youtube), podendo ser interagido por quem está assistindo via chat.
2
Stories são publicações que ficam visíveis por 24 horas para os usuários das redes sociais e podem
ser vídeos e imagens.
3
Conteúdo que pode ser postado em uma alguma plataforma da internet, sendo imagem, vídeo ou
texto
26

tipos, inclusive o catálogo online e outras ferramentas tecnológicas, auxiliando no


oferecimento de produtos e serviços informacionais.

3.2.1 Automação das Bibliotecas

A automação está presente no nosso cotidiano, sendo a iniciativa do homem


para a mecanização das atividades manuais que acontecem desde a pré-história.
Desse modo, sucederam-se invenções como a roda, o moinho que utiliza o vento ou
a força animal para funcionar, elementos criados pelo homem para que sejam
conservados os seus esforços. (RODRIGUES; PRUDÊNCIO, 2009).
O marco inicial da automação foi na era industrial e se deu na base
mecânica. Na atualidade, com a transformação da base eletromecânica para a base
microeletrônica, o termo utilizado passou a ser automatização, que acarreta em
técnicas variadas de coleta, armazenamento, processamento e expedição de
informações, concretizadas em diversos dispositivos utilizados na confecção de
bens e serviços (RAMOS, 2004).
A iniciação do procedimento de automação das bibliotecas começou nos
Estados Unidos, aproximadamente nos anos 1960 na Library of Congress. O
principal motivador para essa transformação era o controle de empréstimo nas
bibliotecas, preocupação constante dos profissionais bibliotecários, já que, para
mantê-lo, deveria existir uma lista com as obras emprestadas aos leitores e naquela
época não existiam terminais de empréstimo.
Sendo assim, utilizavam-se de uma máquina que era a base de perfuração
de cartões. Então, a cada empréstimo feito, era necessário a perfuração de
inúmeros cartões, sendo um processo muito desconfortável, lento e propício a erros.
Desta forma, o setor de empréstimos foi o primeiro a ser automatizado (ALVES,
2010).
O avanço tecnológico da informática, também aproximadamente nos anos
1960, começou a ganhar ênfase e passou a ser considerado significativo na
execução de vários serviços, incluindo o processamento da informação. Em 1965, a
Library of Congress criou o Projeto MARC (Machine Readable Cataloging) em fase
de experiência (ALVES, 2010).
O MARC foi atualizado diversas vezes ao longo do tempo, assim como os
códigos de catalogação, e passou a ser utilizado frequentemente pela comunidade
27

biblioteconômica até os dias atuais, facilitando a importação e exportação de dados


bibliográficos (ALVES, 2010).
Para a automação de uma biblioteca, McCarthy (1988, p. 28), mostra sete
características para iniciar o projeto:

1. Deve oferecer experiência relevante na automação de serviços


bibliotecários;
2. Ser adequado aos recursos financeiros e humanos da biblioteca;
3. Oferecer um produto visível, inclusive ao público;
4. Oferecer resultados em curto ou em médio prazo;
5. Não depender para seu funcionamento da digitação de grande
quantidade de dados;
6. Permitir à biblioteca um controle adequado sobre suas fases principais;
7. Permitir automação conforme um cronograma flexível, dependendo de
conveniência de biblioteca.

As bibliotecas, antes da automação, utilizavam instrumentos convencionais


da área biblioteconômica, como cita Ramos (2004, p. 143):

Sistemas de Classificação impressos CDU e CDD, Lista de cabeçalhos de


assunto da Library of Congress, tabela de Cutter e outros. Com a
participação na Rede Bibliodata, passou-se a utilizar a lista de cabeçalhos
do Bibliodata/Calco. Atualmente, a biblioteca segue as normas e padrões
da Rede Pergamum, bem como adota os cabeçalhos autorizados pela
Biblioteca Nacional brasileira, e se necessário, os cabeçalhos da Library of
Congress e os índices e tabelas impressas da CDU.

A automação veio para facilitar o funcionamento da biblioteca e


principalmente o controle de empréstimo dos livros, está presente para auxiliar no
trabalho do bibliotecário e dar mais autonomia para os usuários, no que se refere à
localização dos livros e disponibilidade do acervo. Também foi facilitada a
catalogação do acervo, pois contam com a utilização do MARC, assim, muitos dos
processos nas bibliotecas foram simplificados.

3.3 Tecnologias presentes em bibliotecas

Dentre as tecnologias mais presentes, estão: Antena Antifurto, Armário


inteligente, Autoatendimento, Catálogo online, Computador para consulta de
catálogo online, Computador para utilização pessoal do usuário realizar pesquisas,
Etiqueta RFID e Leitor RFID, Gerenciamento Eletrônico de Documentos, Wi-fi, e
dentre muitas outras. Além dessas, também há as tecnologias assistivas que são
28

abordadas no subcapítulo 3.4, visto seu grande impacto no mundo das bibliotecas.
A seguir são apresentadas as tecnologias mencionadas:

 Antena Antifurto: a antena antifurto nada mais é do que uma ferramenta de


segurança eletrônica do acervo de uma biblioteca. Pode ser de
radiofrequência ou eletromagnética. (SILVA; TEIXEIRA, 2007). A antena de
radiofrequência pode apresentar restrição em materiais metálicos. Já a
antena eletromagnética, possui um nível maior de segurança, pois não
ocorre interferências (SILVA; TEIXEIRA, 2007).
 Armário Inteligente: os armários inteligentes fogem do padrão de uso de
cadeado para a guarda de pertences pessoais do usuário. De acordo com o
catálogo online da Biccateca (2020), os armários podem conter senha
numérica, biometria, QR code, RFID e etc. e até mesmo a possibilidade de
abrir o armário de forma remota através de um aplicativo (disponível em IOS
ou Android).
 Autoatendimento: o sistema de autoatendimento facilita os serviços de
empréstimos e devoluções da biblioteca, fazendo com que o tempo de
espera do usuário e as filas diminuam. Outro ponto positivo é o fato de os
funcionários responsáveis por esse setor poder fazer um atendimento mais
personalizado. (MESSIAS; MORALES; OLIVEIRA; ZANIBONI; RIBEIRO,
2012).
 Catálogo Online: os catálogos online, no geral, são ferramentas muito
utilizadas em bibliotecas de universidades, bibliotecas escolares, empresas e
etc. Eles têm a função de colocar todo o acervo/informação disponível para o
usuário, ou seja, é possível que o mesmo consiga localizar o assunto que
está buscando sem precisar sair de casa através de uma conexão com a
internet. (SOUSA; FUJITA, 2012).
 Computador para consulta de catálogo online: “o uso de computadores nas
bibliotecas possibilitou que várias tarefas pudessem ser informatizadas,
tornando os serviços oferecidos mais acessíveis aos usuários, facilitando o
fornecimento da informação e gerando conhecimento” (RODRIGUES;
PRUDÊNCIO, 2009, p. 5). A existência de computadores em bibliotecas
tanto para que o usuário possa pesquisar o assunto que precisa ou até
29

mesmo ter computadores disponíveis para estudo, é uma ferramenta


tecnológica que torna a biblioteca mais acessível e completa.
 Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED): o gerenciamento
eletrônico de documentos nada mais é do que um software que possibilita a
organização da informação. “Os sistemas de GED são capazes de processar
documentos digitais de maneira fácil e rápida, possibilitando uma melhor
organização e permitindo buscas mais eficientes, ágeis e precisas.”
(WRANY, 2011, p.10).
 Internet/WI-FI: a internet se tornou imprescindível para a comunicação e
aprendizado. Em bibliotecas, essa tecnologia é utilizada pelos usuários
principalmente para pesquisas e também, de acordo com Torres (2011),
como complemento de fontes de informação.
 Radio-Frequency Identification (RFID): a tecnologia RFID (Radio-Frequency
Identification) é a Identificação por Rádio Frequência em português, “[...] é
um método de identificação automática através de sinais de rádio, que
recupera e armazena dados através de dispositivos chamados de Tags
RFID”. (RFID, 2007 apud SILVA; TEIXEIRA, 2007). Ou seja, a etiqueta RFID
contém um micro-chip e uma antena. As informações do documento a qual
essa etiqueta será fixada, ficará no micro-chip. Sendo assim, ao passar o
Leitor RFID nesse objeto, a comunicação entre essa tecnologia é ativada.
Nas bibliotecas, há a facilitação para encontrar um objeto, realização de
inventário e etc.

Por fim, essas tecnologias otimizam o funcionamento das bibliotecas, bem como
torna possível um atendimento mais qualificado por parte do profissional
bibliotecário, além de potencializar a recuperação da informação, ter mais espaço
para armazenamento de informações, trazer melhorias na organização dos
documentos e etc. Convém destacar também que as tecnologias citadas neste
subcapítulo são apenas algumas dentre várias que são utilizadas em bibliotecas e
que torna a informação muito mais acessível; um desses casos é a tecnologia
assistiva apresentada no subcapítulo a seguir.

3.4 Tecnologias Assistivas em Bibliotecas


30

Ao se falar em tecnologia, sabemos que não se trata somente das


tecnologias digitais, e ao se falar de tecnologias assistivas, estamos falando sobre
os meios que existem para que possam ser facilitados o acesso à informação das
pessoas com deficiência. “As tecnologias assistivas são recursos e serviços que
proporcionam habilidades funcionais às pessoas com deficiência, promovendo
participação, autonomia, inclusão social e educacional.” (LEMOS; CHAHINI, 2019,
p. 1).
Ao obter o ponto de vista da informação, Pinheiro (2017, p. 4) diz que “a
utilização de softwares leitores de tela, lupa eletrônica, scanners de voz, impressora
em Braille, acervo em formato Braille e audiovisual são alternativas que contribuem
com a acessibilidade”. Deste modo, temos tecnologias que são para pessoas com
deficiência visual, para que o usuário possa obter a informação que procura.
Além das tecnologias assistivas citada, para as bibliotecas, existem outras,
como: Audiodescrição, legendagem descritiva/subtitulação, tradução/interpretação
em Língua Brasileira de Sinais (Libras), Braille, fonte ampliada e contraste de cores,
objetos táteis, tridimensionais e maquetes, audiobook, livros em braille, livros em
fonte ampliada, livro digital daisy, entre outras tecnologias, conforme citado por
Battistella; Denardi; Lopes (2015).
Deste modo, as tecnologias assistivas nas bibliotecas são fortes aliados para
a possibilidade de disseminação da informação, para todos que buscam a
informação, pois, compreende a necessidade e a limitação de cada usuário, para
que sejam cada vez mais independentes para exercerem suas atividades (LEMOS;
CHAHINI, 2019 apud NASCIMENTO, 2011).
31

4 METODOLOGIA

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa que é uma


análise realizada através de estudo de caso, sendo os dados obtidos qualitativos e
quantitativos.
Em um primeiro momento, foram realizadas pesquisas nas bases de dados:
Base de Dados em Ciência da Informação (BRAPCI) e Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). Para as pesquisas de cunho
bibliográfico, iremos buscar informações em documentos, teses, artigos e
dissertações.
Devido a pandemia do covid-19, bem como a possibilidade de aplicar a
pesquisa com bibliotecários que atuam no Brasil, utilizou-se a ferramenta do google
forms para a pesquisa. Neste sentido, desenvolvemos um questionário com o
objetivo de identificar as tecnologias presentes nas bibliotecas em que trabalham,
conforme os objetivos propostos.
O questionário é semiestruturado, contendo 10 questões, 4 de múltipla
escolha e 6 abertas. No quadro a seguir, há a relação entre os objetivos específicos
da pesquisa e as questões elaboradas:

Quadro 1 – Objetivos específicos e questões elaboradas


Objetivos Questões
Caracterização das instituições 1; 2; 3
Tecnologias utilizadas nas bibliotecas 4
Tecnologias assistivas 5
Carência de tecnológica 6
Adaptação de bibliotecas referentes a tecnologia 7
Rápido desenvolvimento tecnológico nas bibliotecas 8
Vantagens e desvantagens de utilização das tecnologias 9; 10
Fonte: Questionário aplicado 2021

Para a coleta de dados, o questionário foi enviado através de redes sociais


(grupos de Whatsapp, Facebook) e e-mail (Institucionais e pessoais). O questionário
32

foi enviado em 21 de Setembro, ficando disponível até 01 de Outubro para o


recebimento das respostas. Obtivemos 24 participantes.
No que se refere à organização dos resultados, eles foram organizados
quantitativamente através de tabelas. Posteriormente, descrevemos as finalidades
de cada tecnologia citada e fizemos um comparativo entre as bibliotecas que
possuem tecnologias mais avançadas e as que não possuem, buscando descrever
as consequências positivas e negativas.
33

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Os dados coletados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa,


organizando-se em duas categorias, uma delas referente à caracterização da
instituição em que os participantes atuam e a outra com perguntas relacionadas às
tecnologias nas bibliotecas.
É importante ressaltar que em um primeiro momento, solicitamos
informações de cunho pessoal para a caracterização dos participantes da pesquisa,
sendo de caráter opcional, como o e-mail, nome e o nome da instituição, pois
permitiam que pudéssemos nos localizar melhor no momento de análise de
resultados.

5.1 Caracterização das instituições

Posteriormente, realizou-se perguntas para caracterizar a instituição que os


participantes atuavam. Questionamos sobre o tipo de biblioteca que o profissional
atua, conforme tabela 1:

Tabela 1 – Tipo de biblioteca


Tipo de Biblioteca Quantidade %
Biblioteca Escolar 12 50
Biblioteca Especializada 3 12,5
Biblioteca Instituto Federal 1 4,2

Biblioteca Municipal 3 12,5


Biblioteca Universitária 5 20,8
Total 24 100,0
Fonte: Dados da pesquisa 2021

Conforme resultados, a maioria dos participantes disseram que atuam em


bibliotecas escolares, com 50% (12), 20,8% (5) em bibliotecas universitárias, 12,5%
(3) em biblioteca especializada, 12,5% (3) em bibliotecas municipais e apenas 4,2%
(1) participante mencionou que atua em uma biblioteca do Instituto Federal.
34

Procurou-se saber o estado em que os participantes da pesquisa estão inseridos,


que podem ser observados na Tabela 2:

Tabela 2 – Estado
Estado Quantidade %
Espírito Santo 16 66,7
Minas Gerais 2 8,3
Piauí 1 4,2
Rio de Janeiro 1 4,2
São Paulo 4 16,7
Total 24 100,0
1 Fonte: Dados da pesquisa 2021

Nos dados obtidos sobre o Estado em que a biblioteca se encontra,


obtivemos 66,7% (16) para o estado do Espírito Santo, 8,3% (2) para Minas Gerais,
4,2% (1) para Piauí, 4,2% (1) para o Rio de Janeiro e 16,7% (4) para São Paulo.

Na Tabela 3 encontra-se os dados obtidos para a pergunta sobre a cidade


que a biblioteca se localiza, a saber:

Tabela 3 – Cidade
Cidade Quantidade %
Aracruz 1 4,17
Araras 1 4,17
Cariacica 1 4,17
Macaé 1 4,17
Rio Claro 1 4,17
São Carlos 1 4,17
São Paulo 1 4,17
São Sebastião do Paraíso 1 4,17
Teresina 1 4,17
Uberlândia 1 4,17
Vila Velha 11 45,83
Vitória 3 12,5
Total 24 100,0
Fonte: Dados da pesquisa 2021
35

Observa-se que a maioria dos participantes são de Vila Velha, como 45,83%
(11), 12,5% (3) de Vitória, 4,17% (1) para as cidades de Aracruz, Araras, Cariacica,
Macaé, Rio Claro, São Carlos, São Paulo, São Sebastião do Paraíso e Teresina.

5.2 Tecnologias utilizadas nas bibliotecas

Nesta categoria encontram-se as questões referentes às tecnologias no


âmbito das bibliotecas. Inicialmente realizamos a seguinte pergunta: “Quais as
tecnologias utilizadas na biblioteca?”, deixando opções de determinadas
tecnologias, bem como a opção “outros” para que pudessem inserir as demais
tecnologias que usam nas bibliotecas que atuam.

Tabela 4 – Tecnologias utilizadas na biblioteca


Tecnologias utilizadas na Quantidade %
biblioteca
Antena antifurto 5 20,83
Armário inteligente 0 0
Auto atendimento 5 20,83
Catálogo online 21 87,5
Computador para consulta 15 62,5
de catálogo online
Computador para pesquisa 13 54,17
Etiqueta RFID e Leitor de 5 20,83
RFID
Gerenciamento Eletrônico 2 8,33
de Documentos
Repositório digital 7 29,17
Wi-fi 19 79,17
Outros 2 8,33
Fonte: Dados da pesquisa 2021

Como podemos observar na tabela acima, obtivemos 87,5% (21) para o


catálogo online, 79,17% (19) para Wi-fi, 62,5% (15) para computador para consulta
de catálogo online, 54,17 (13) para computador para pesquisa, 29,17% (7) para
repositório digital, 20,83% (5) para antena antifurto, 20,83% (5) para auto
36

atendimento, 20,83% (5) para etiqueta RFID e leitor de RFID, 8,33% (2) para
gerenciamento eletrônico de documentos, 8,33% (2) para a opção “outros” e
nenhuma resposta para a opção de armário inteligente.

5.3 Tecnologia assistiva

Nesta categoria encontra-se as tecnologias referentes a acessibilidade dos


usuários nas bibliotecas. Obtivemos os seguintes resultados:

Tabela 5 – Tecnologia assistiva


Tecnologia assistiva Quantidade %
Aparelho que traga o livro 0 0
até o alcance do cadeirante
DosVox 2 8,33
Jaus 0 0
Ledor ou acervo em 4 16,67
formato de vídeo/áudio
Livros em formato digital 7 29,17
acessível, livros de
literatura em Braille ou com
letras ampliadas
MecDaisy 0 0
Não há 16 66,7
Orcam MyEye Biblioteca 0 0
Sinalização com relevos 1 4,17
táteis e com placas em
Braille
Software para atendimento 0 0
a disléxico e pessoas que
possuem discalculia
Virtual Vision 0 0
Outros 2 8,33
Fonte: Dados da pesquisa 2021

Obtivemos 66,7% (16) para a opção de não haver tecnologia assistiva na


biblioteca. Constatando que recebemos a maioria das respostas para essa
categoria, percebemos o quão importante é a inclusão social. Recebemos também
29,17% (7) para livros em formato digital acessível, livros de literatura em Braille ou
com letras ampliadas; 16,67% (4) para ledor ou acervo em formato de vídeo/áudio,
37

8,33% (2) para DosVox, 8,33% (2) para a opção “outros”, 4,17% (1) para sinalização
com relevos táteis e com placas em Braille; e nenhuma resposta para as opções:
“aparelho que traga o livro até o alcance do cadeirante”, “Jaus”, “MecDaisy”, “Orcam
MyEye Biblioteca”, “Software para atendimento a disléxico e pessoas que possuem
discalculia” e “virtual vision”.

5.4 Falta de tecnologia

Neste contexto, analisamos as respostas da seguinte pergunta: “Qual


tecnologia você gostaria que tivesse na biblioteca que você trabalha? Justifique.”; e,
como resposta, a maioria dos participantes expressaram o desejo de ter tecnologias
assistivas. Com onze respostas citando tecnologias assistivas e acessibilidade, três
falaram sobre a necessidade de ter um leitor e etiquetas RFID, para que seja mais
fácil quando for realizado o inventário e a localização dos livros. Duas responderam
que desejavam ter mais computadores para pesquisa; também tivemos respostas
com solicitações mais simples, como por exemplo: ter Wi-fi, projetores, antenas
antifurto, sistema de autoatendimento e também acesso ao catálogo online de
maneira remota; web cam também para atendimento remoto e armários inteligentes.
As respostas obtidas nos fazem observar a discrepância em relação a
algumas bibliotecas não terem nem o mínimo (referente a tecnologia), como o Wi-fi,
por exemplo. Referente ao profissional bibliotecário, percebemos também que tem
mais dificuldade em realizar o seu trabalho com eficiência em relação a um
profissional que possui tecnologias mais avançadas (como a antena antifurto,
etiqueta RFID e etc.).

5.5 Adaptação de bibliotecas referentes a tecnologia

No que se refere ao processo de adaptação da biblioteca em relação às


tecnologias, quatro participantes mencionam ser devagar, sendo que duas delas
salientaram que é: "Um processo lento, que consiste em colocar o acervo na base
de dados", já a segunda correlacionada à própria evolução da biblioteca disse:
"Lento. Devido a dependência da evolução da própria instituição".
Algumas instituições são recentes e por isso não passou por grandes
mudanças, por já terem sido inauguradas com as novas tecnologias, como salienta
38

uma participante: “A biblioteca já iniciou suas atividades utilizando algumas


tecnologias, como por exemplo, sistema de gerenciamento de acervos (Pergamum)
e sempre que possível, investimos no uso de tecnologias para melhor atender a
comunidade”. Tivemos um participante que relatou que é difícil obter tecnologias
devido às questões orçamentárias, e, também há relatos de que a instituição quer
oferecer melhorias, mas tem resistência de alguns funcionários. De maneira geral,
são bem recebidas e adaptadas.
Percebemos, com as respostas, que o processo de adaptação ainda não
ocorre em sua totalidade, indo desde aos funcionários que demonstram resistência,
até a impossibilidade de a instituição adquirir os equipamentos (situação esta que
foge do controle do profissional).

5.6 Rápido desenvolvimento tecnológico nas bibliotecas

Questionamos também sobre o rápido desenvolvimento tecnológico, que tem


tornado obsoleta as tecnologias já existentes na biblioteca. As respostas foram bem
divididas entre sim e não; e muitos do que disseram sim destacaram a necessidade
de atualização dos serviços existentes. Uma resposta nos chamou atenção, pois ela
expressa que: "apesar do rápido desenvolvimento tecnológico, a realidade da nossa
escola ainda se baseia no formato tradicional, onde o professor utiliza ferramentas
como quadro branco ou Datashow. [...]”, por se tratar de uma escola pública, foi
exposto que há essa dificuldade para que as escolas cresçam tecnologicamente por
falta de recursos financeiros e aceitação de livros digitais, pois os alunos veem nos
livros físicos um atrativo maior.

5.7 Vantagens e desvantagens de utilização das tecnologias

Sobre as vantagens da utilização de tecnologias na biblioteca onde


trabalham, tivemos respostas como: “Os recursos podem oferecer maior dinamismo
ao trabalho assim como interatividade com o público alvo”, “Rapidez, eficiência e
melhor acessibilidade e atendimento ao leitor”, “Rapidez e eficácia no serviço de
referência, e na organização e recuperação da informação pelo uso do software de
gestão de biblioteca. Interação entre usuários no catálogo da biblioteca (rede social
de leitores). Oferecer equipamentos que promovam acessibilidade (scanner e leitora
39

Braille, softwares)”. De modo geral, obteve-se mais respostas relacionadas à


agilidade no atendimento, à facilidade dos serviços, à automação e à autonomia dos
usuários e à diversificação do uso da biblioteca.
Finalizamos, perguntando se teria alguma desvantagem na utilização das
tecnologias. Ao todo, obtivemos respostas que não há desvantagens, mas algumas
pessoas lembraram de situações que podem ser negativas, como: a falta de
energia, a deficiência de acesso à internet, o custo para aquisição de novas
tecnologias, a baixa durabilidade dos equipamentos, resistência e a dificuldade de
alguns usuários ao lidar com as tecnologias.
Entretanto, de forma geral, a maioria não vê indicativos de que os pontos
negativos sobrepujaram os pontos positivos, como foi salientado “[...] acredito que a
tecnologia bem implantada vem a favor do usuário e da equipe de funcionários.
Caso haja resistência no uso de alguma tecnologia é importante que a equipe esteja
pronta para orientar, treinar e habilitar os usuários na utilização dos recursos,
tornando a sua experiência positiva e oferecendo autonomia. A biblioteca e os
usuários não podem ficar de fora do desenvolvimento tecnológico! A biblioteca deve
atuar para inclusão digital”.
Por mais que essa última resposta tenha sido inserida na questão de
desvantagens, ela descreve uma certa vantagem, pois destaca a afirmação obtida
no subtópico 5.5 (adaptação das bibliotecas com as tecnologias) em relação aos
seus funcionários demonstrarem resistência, já que apresenta a questão de o
profissional necessitar buscar qualificação e/ou a instituição dar o treinamento
necessário, pois as atualizações são constantes e não podemos ficar estagnados.
Sem um profissional qualificado, no que tange as tecnologias, o usuário será
atendido com ineficiência.

5.8 Seção
Verificou-se através da pesquisa que os dados obtidos atendem aos objetivos
gerais do presente trabalho, visto que os profissionais bibliotecários descreveram
sobre as tecnologias que possuem ou não, as vantagens e desvantagens que as
mesmas possibilitam e, no parâmetro geral, pudemos perceber que muitas
instituições não possuem tecnologia devido à falta de disponibilização de recursos
orçamentários.
40

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A tecnologia é uma ferramenta importantíssima para a otimização do


funcionamento das bibliotecas, pois proporciona facilidade de atendimento, acesso
à informação e etc. para o usuário e, dentre muitas outras vantagens, facilitando o
serviço do profissional bibliotecário.
Em virtude dos fatos mencionados, continuamos a afirmar que os currículos
de biblioteconomia precisam ser sempre revisados, devido aos constantes avanços
da tecnologia, pois percebemos nos materiais estudados que as atualizações dos
conteúdos dos currículos são demoradas e, muitas vezes, já se encontram
obsoletas. Além disso, é importante ressaltar que o bibliotecário não sai da
universidade instruído por completo, pois necessita de aprendizado continuado,
principalmente no que diz respeito a atuação bibliotecária perante às tecnologias.
Percebemos que as evoluções tecnológicas possibilitaram a colaboração ao
acesso à informação nas bibliotecas, bem como contribuíram para a diminuição dos
esforços humanos.
No questionário aplicado foi observado que os avanços das tecnologias nas
bibliotecas possuem mais vantagens do que desvantagens, as quais foram
pontuadas pela minoria dos participantes. Para as desvantagens, foi pontuado: a
deficiência de acesso à internet, o alto custo de equipamentos, a dificuldade dos
usuários em utilizar as tecnologias (por falta de treinamento e/ou contato com o
mesmo), falta de orçamento e etc. Em relação as vantagens, foram mencionados os
seguintes argumentos: dinamismo ao trabalho, interatividade com o público alvo;
acessibilidade, rapidez, eficiência, maior comunicação com os usuários e etc.
Reconhecemos que nossa pesquisa não atingiu a totalidade do universo
pretendido, sendo apenas um recorte de um grupo maior, tendo em vista que
tivemos duas (02) semanas para obter as respostas. A divulgação do mesmo foi
realizada de forma virtual, em grupos de redes sociais e e-mail, porém, ainda assim,
obtivemos pouco retorno.
Todavia, as respostas obtidas foram satisfatórias, pois atenderam aos
objetivos de o trabalho em relação aos recursos tecnológicos serem um recurso
positivo de uso nas bibliotecas.
41

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Centro de Gestão e Estudos


Estratégicos. Livro Azul da 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia e
Inovação para o Desenvolvimento Sustentável. Brasília: MCT/CGEE, 2010, 99 p.
Disponível em: <livroaberto.ibict.br/handle/1/677>. Acesso em: 19 ago. 2021.

JUNG, Carlos Fernando. Metodologia Científica e Tecnológica. Campinas, 2009.


46 slides, color. Disponível em:
<http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor/mod5.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2021.

CUPANI, Alberto. Fazer ciência em uma época marcada pela tecnologia. Revista
Internacional Interdisciplinar Interthesis. Florianópolis, v. 11, n. 2, p.1-14, 2014.
Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/1807-
1384.2014v11n2p1/28086>. Acesso em: 21 ago. 2021.

ALBUQUERQUE, Morgana Ramos; GUERRA, Maria Aurea Montenegro


Albuqurque. Informação e Memória: A biblioteca como fonte de conhecimento.
Fortaleza, n. 1, v. 1, jan./jun. 2012. Disponível em:
<http://revista.fametro.com.br/index.php/RDA/article/view/9/10>. Acesso em: 22 ago.
21.

ALMEIDA, Neilia; BAPTISTA; Sofia. Breve histórico da Biblioteconomia


brasileira: formação do profissional. Florianópolis: Congresso Brasileiro de
Biblioteconomia, Documento e Ciência da Informação, 2013. Disponível em: <
<https://portal.febab.org.br/anais/article/view/1508>. Acesso em: 22 ago. 2021.

ALVES, Rachel Cristina Vesú. Metadados como elementos do processo de


catalogação. 2010. 132 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Filosofia e Ciências, 2010. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/11449/103361>. Acesso em: 22 ago. 2021.

APÓSTOLO, Maria; SOUZA, Adriana; BASTOS, Jorge. Biblioteconomia: passado


e futuro de uma profissão. São Paulo: Sociologia e Política, 2020. Disponível em:
<https://www.fespsp.org.br/publicacoes/editora/biblioteconomia-passado-e-futuro-
de-uma-profissao>. Acesso em: 22 ago. 2021.

ARAKAKI, F. A.; SIMIONATO, A. C.; SANTOS, P. L. V. A. C. Catalogação e


tecnologia: interseções com a web semântica. Informação@Profissões, v. 6, n. 2,
p. 3-19, 2017. Disponível em:
<https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/infoprof/article/view/32003>. Acesso em:
22 ago. 2021.

CABRAL, A. M. R. Tecnologia digital em bibliotecas e arquivos. Transinformação,


v. 14, n. 2, p. 167-177, 2002. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/tinf/a/jWNBChfHRK4VxKrZT53VD9B/abstract/?lang=pt>.
Acesso em: 22 ago. 2021.

CASTRO, César Augusto. Histórico e evolução curricular na área de biblioteconomia


no Brasil. In: VALENTIM, Marta Lígia. (Org.). Formação do profissional da
42

Informação. São Paulo: Polis, 2002. Disponível em: <https://abecin.org.br/wp-


content/uploads/2021/03/Formacao-do-profissional.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2021.

RODRIGUES, Anielma Maria Marques; PRUDÊNCIO, Ricardo Bastos Cavalcante.


Automação: a inserção da biblioteca na tecnologia da informação. Biblionline, João
Pessoa, v. 5, n. 1/2, p. 16, 2009. Disponível em:
<https://www.brapci.inf.br/_repositorio/2010/11/pdf_f62112ca5a_0013243.pdf>.
Acesso em: 22 ago. 2021.

RIBEIRO, R. M. A tecnologia da informação e comunicação (tic): fator


condicionante da inovação em bibliotecas universitárias. RDBCI: Revista Digital
de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 10, n. 1, p. 41–48, 2012.
DOI: 10.20396/rdbci.v9i2.1909. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/1909. Acesso em:
22 ago. 2021.

LEGISLAÇÃO informatizada - decreto lei nº 6.440, de 27 de abril de 1944. Câmara


dos deputados. Disponível em: <Portal da
https://www.scielo.br/j/tinf/a/jWNBChfHRK4VxKrZT53VD9B/abstract/?
lang=ptCâmara dos Deputados (camara.leg.br)>. Acesso em: 22 ago. 2021.

SALCEDO, Diego; SILVA, Jhoicykelly. Um dispositivo digital de mediação


cultural: o caso do repositório filatélico brasileiro. Revista Brasileira de
Biblioteconomia e Documentação, v. 16, p. 1-22, 2020. Disponível em:
<https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1248>. Acesso em: 22 ago. 2021.

MARTINS, Sheila Guimarães. A Catalogação e suas necessidades de


adaptações. XVIII Seminário de Bibliotecas Universitárias, Belo Horizonte, 2014.
Disponível em: <https://www.bu.ufmg.br/snbu2014/wp-content/uploads/trabalhos/38-
1706.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2021.

RAMOS, José Alimatéia de Aquino. As inovações tecnológicas e suas


implicações sobre o processo de trabalho dos bibliotecários: estudo de caso
no Sistema de Bibliotecas da PUC Minas. 2004. Dissertação (Pós-graduação em
Ciência da Informação) – Escola da Ciência da Informação, Universidade Federal de
Minas Gerais, 2004. Disponível em: <http://hdl.handle.net/1843/VALA-692NKW>.
Acesso em: 22 ago. 2021.

COLPO, Lenise Di Domenico. Ferramentas da web 2.0 nas bibliotecas


universitárias: identificando novas linguagens culturais no SBUFRGS. Dissertação
(Mestre em Memória Social e Bens Culturais) – Centro Universitário La Salle –
UNILASALLE, 2014. Disponível em:
<http://svr-net20.unilasalle.edu.br/bitstream/11690/825/1/ldcolpo.pdf>. Acesso em:
29 ago. 2021.

LÉVI-STRAUSS, C. “Raça e História” in Antropologia Estrutural II, Rio de


Janeiro: Tempo Brasileiro, capítulo XVIII, p. 328-366, 1976.

MCCARTHY, C. M. Iniciando a automação de uma biblioteca brasileira: uma


comparação de estratégias alternativas. Ciência da Informação, Brasília, v. 17, n.1,
43

p.27-32, jan./jun., 1988. Disponível em: <https://brapci.inf.br/index.php/res/v/18238>.


Acesso em: 29 ago. 2021.

MOREIRA, DANILO DOS REIS. Um estudo da tecnologia Web 2.0. 2009.


Monografia (Bacharel em Ciência da Computação) – Universidade Federal de
Goiás, 2009. Disponível em:
<https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/498/o/Danilo2009.pdf>. Acesso em: 29 ago.
2021.

SILVA, Renata Eleuterio Da. AS TECNOLOGIAS DA WEB SEMÂNTICA NO


DOMÍNIO BIBLIOGRÁFICO. 2013. Dissertação (Mestre em Ciência da Informação)
- Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, 2013.
Disponível em:
<https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/93653/silva_re_me_mar.pdf?
sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 29 ago. 2021.

FONSECA, Débora. O profissional bibliotecário frente as tecnologias da


informação. 2009. 41f. Biblioteconomia, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2010. Disponível em:
<https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/120217>. Acesso em: 04 set. 2021.

ANNA, Jorge Santa. Trajetória histórica das bibliotecas e o desenvolvimento dos


serviços bibliotecários: da guarda informacional ao acesso. Revista digital de
Biblioteconomia e Ciência da Informação, v.13, n. 1, p. 138-155. Campinas,
2015. Disponível em: <https://brapci.inf.br/index.php/res/v/40530>. Acesso em: 11
set. 2021.

TORRES, Nathália de Morais. Inclusão digital em bibliotecas públicas: um


estudo de caso na Biblioteca Professor Jadir Soares dos Reis. 2011. 60f., il.
Monografia (Bacharelado em Biblioteconomia) Universidade de Brasília, 2011.
Disponível em: <https://bdm.unb.br/handle/10483/2156>. Acesso em: 18 set. 2021.

AMARO, Bianca. O bibliotecário e o seu relacionamento com a tecnologia. 2018. 33-


45 p. Bibliotecário do Século XXI: pensando o seu papel na
contemporaneidade, Brasília, 2018. Disponível em:
<http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/8675>. Acesso em: 02 out. 2021.

SILVA, Michele; TEIXEIRA; Cenidalva. Segurança eletrônica de acervos em


bibliotecas universitárias. Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da
Informação. Salvador, 2007. Disponível em:
<http://repositorios.questoesemrede.uff.br/repositorios/handle/123456789/1226>.
Acesso em: 08 out. 2021.

CONHEÇA a Biccateca. Biccateca, 2020. Disponível em:


<https://biccateca.com.br/download/catalogos>. Acesso em: 08 out. 2021.

MESSIAS, Lucilene, et al. Implantação do sistema de autoatendimento na


biblioteca da UNESP do campus de Bauru: perspectivas de otimização nos
serviços de empréstimo e devolução. UFGRS: Rio Grande do Sul, 2012. Disponível
em: <www.repositorio.febab.org.br/items/show/6110>. Acesso em: 08 out. 2021.
44

SOUSA, Brisa; FUJITA, Mariângela. Do catálogo impresso ao on-line: algumas


considerações e desafios para o bibliotecário. Revista ACB: Biblioteconomia em
Santa Catarina, Florianópolis, v.17, n.1, p. 59-75, 2012. Disponível em:
<https://revistaacb.emnuvens.com.br/racb/issue/archive>. Acesso em: 08 out. 2021.
45

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO

Este questionário faz parte de uma pesquisa de graduação intitulada


"Impactos da tecnologia na biblioteconomia: como as bibliotecas mudaram ao longo
dos anos" que está sendo realizada junto ao departamento de Biblioteconomia da
Universidade Federal do Estado do Espírito Santo (UFES) e gostaríamos que você
participasse da mesma.
O objetivo desta pesquisa é analisar a utilização das tecnologias nas
bibliotecas e no seu trabalho de bibliotecário (a).
Sua participação será fundamental para o desenvolvimento desta pesquisa.
Agradecemos desde já!
46
47
48
49
50

Você também pode gostar