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1ª Edicação
Cuiabá - MT
2012
Silval Barbosa
Governo do Estado de Mato Grosso
Colaboração
Márcio Tadeu de Pereira Magalhães
Neiva de Souza Boeno
Maidan de Souza Lara Pinto
Luciléia Rosa de Queiroz Rodrigues
Revisão
Rosemar Eurico Coenga
Ilustração: Victor Oliveira
Diagramação: Tiago Machado / Assessoria Seduc-MT
Impressão: Gráfica Print
Caderno orientativo para uso da biblioteca escolar / elaborado por Telma Regina Oliveira Peres,
Mariza Inês da Silva Pinheiro, Alexandre Oliveira de Meira Gusmão, André de Souza Pena;
ilustração de Victor Oliveira. -- Cuiabá : SEDUC, 2012.
Com a colaboração de Márcio Tadeu de Pereira Magalhães, Neiva de Souza Boeno, Maidan de
Souza Lara Pinto e Luciléia Rosa de Queiroz Rodrigues.
Revisão de Rosemar Eurico Coenga.
CDU –027.8
“Biblioteca é a porta de entrada para o conhecimento, fornece as
condições básicas para o aprendizado permanente, autonomia das
decisões e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos
e dos grupos sociais”.
Durante a Alta Idade Média, as bibliotecas quase foram extintas pela censura da
igreja católica. Contraditoriamente elas se estabeleceram nos mosteiros e conventos,
preservadas em esconderijos. Uma das características marcantes dessa época foi o fato
das bibliotecas não serem acessíveis ao público. Os livros eram fechados a cadeados.
Considerados tesouros, eram guardados de olhares curiosos.
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(UNESCO, 1976) a biblioteca é uma coleção organizada de documentos de vários tipos,
aliada a um conjunto de serviços destinados a facilitar a utilização desses documentos,
com a finalidade de oferecer informações, propiciar a pesquisa e concorrer para a
educação e o lazer.
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II – BIBLIOTECA
ESCOLAR: SUAS
FUNÇÕES E OBJETIVOS
A biblioteca precisa estar organizada para auxiliar o trabalho da sala de aula,
colaborando no desenvolvimento do currículo escolar e funcionando como um
instrumento no processo educativo.
A biblioteca escolar é um centro ativo da aprendizagem e deve ser vista como tal
e não como um anexo da escola, localizado em um canto obscuro, à margem do
processo de ensino e aprendizagem.
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2.2 – FUNÇÕES DA BIBLIOTECA ESCOLAR
Cada vez mais a biblioteca escolar é chamada a desempenhar novos papeis. Ela
é um espaço de aprendizagem e do uso adequado da informação.
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7. Promover o acesso ao livro através da realização de feiras, exposição de livros
e outras atividades culturais;
Por isso, é necessário que o auxiliar da biblioteca escolar centre seu trabalho na
conquista dos leitores e no desenvolvimento de estratégia para motivar a frequência do
aluno e professor na biblioteca. A aquisição do gosto pela leitura e uso da biblioteca é um
processo lento, que deve ser adotado como uma responsabilidade de toda a comunidade
escolar.
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III – O AUXILIAR
DE BIBLIOTECA
O auxiliar de biblioteca é o profissional que executa atividades relativas à
trabalhos de rotina de uma biblioteca. Esses profissionais devem ter perfil, habilidades e
competências para desenvolver atividades específicas da biblioteca. Cabe ao auxiliar de
biblioteca ser um mediador que proporcione o elo entre o leitor e a informação e execute
ações de incentivo ao gosto pela leitura e pela escrita.
Para que a biblioteca escolar tenha êxito, ela depende de duas variáveis: do
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acervo bibliográfico e do profissional que nela atua. O auxiliar de biblioteca deve ser ágil,
atencioso, educado e paciente, para atender bem ao usuário e garantir um ambiente
harmônico e acolhedor. Vejamos algumas outras atribuições que são de
responsabilidade desse profissional:
11. Disponibilizar os livros da biblioteca de forma que facilite o fácil acesso aos
usuários;
Organizar e administrar uma biblioteca escolar é uma tarefa que exige, não só
do auxiliar de biblioteca, mas de toda a equipe pedagógica, um trabalho integrado, que
contribuirá para a formação de leitores, e, sobretudo, para a formação de cidadãos.
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IV – ORGANIZAÇÃO
FUNCIONAL DA
BIBLIOTECA ESCOLAR
Para que o auxiliar de biblioteca possa realizar seu trabalho de forma produtiva,
é preciso que a escola tenha um local destinado à biblioteca. Muitas funcionam em
espaços adaptados ou salas pequenas. Por isso, é importante prever esse espaço antes da
construção ou na reforma da unidade escolar. No entanto, isso nem sempre é possível,
mas, existem inúmeras possibilidades e soluções criativas para oferecer ao aluno,
professor e comunidade, um lugar agradável e prático para leitura.
O espaço físico deve ser muito bem planejado para o bom funcionamento e
organização da biblioteca escolar. É preciso levar em consideração alguns critérios como
a área de armazenamento do acervo, área de atividade (mesas para estudo e leitura,
salas de estudo em grupo e individual e ambiente para os funcionários) e a área de
circulação. Para isso, o indicado é traçar um plano do espaço disponível. Com a
elaboração do layout,( Figura 1 e 2), a distribuição desse espaço proporcionará um
ambiente mais agradável e adequado para comportar o mobiliário, o acervo, o espaço
para pesquisa, entre outros, (COSTA,2012).
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Figura 2– Layout da biblioteca escolar.
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A sinalização de uma biblioteca é fundamental, pois, facilita a conquista da
autonomia do usuário nas suas instalações. Essa deve começar na parte externa
indicando o acesso a biblioteca.
O espaço entre as estantes pode ser definido de acordo com o tamanho da área
disponível. Entre as estantes paralelas deve haver um corredor de acesso com espaço
para a circulação e a movimentação junto às prateleiras. Sugerimos que esse espaço
tenha entre 0,80 cm e 1,20 m para facilitar a circulação dos usuários (COSTA, 2012).
Existem vários tipos de estantes para livros (Figura 3), as de face simples e base
aberta (uma face) e as de face dupla e base fechada que podem ser utilizadas em ambos
os lados. As de face simples e base aberta devem ser apoiadas ou parafusadas na parede.
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Em geral, a altura máxima das estantes para adultos, adolescentes e crianças são
respectivamente de 2,05m, 1,70m e 1,50.
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Figura 4 - Expositor para livros e periódicos
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As mesas e cadeiras devem proporcionar conforto e possuírem as medidas
correspondentes ao tamanho da área destinada a elas. A biblioteca pode possuir mesas
coletivas e individuais. O espaço recomendado entre elas é de um metro e meio. As
mesas circulares e retangulares devem ser especificadas conforme o espaço e
necessidades da biblioteca. Dê preferência a cadeiras leves, resistentes e confortáveis,
fáceis de deslocar.
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4.3 – FORMAÇÃO DO ACERVO
1. Jogos;
2. Quebra-cabeça;
3. Álbuns;
4. Histórias;
5. Romances;
6. Contos;
7. Poesias, entre outros.
1. Dicionários;
2. Glossários;
3. Enciclopédias;
4. Guias;
5. Atlas;
6. Catálogos;
7. Anuários;
8. Almanaques e outros.
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Os periódicos são publicações publicadas em séries contínuas, numeradas
consecutivamente, com frequência regular ou irregular. Trazem artigos com assuntos
gerais ou específicos. Exemplos: jornais, revistas, diários, boletins informativos e de
divulgação, anuários, etc.
Mas, quais são outras diferenças entre livros e periódicos? O livro é uma obra
bibliográfica formada por páginas encadernadas, contendo texto com ou sem imagens,
manuscrito, impresso ou digital que forma uma publicação unitária ou a parte principal
de um trabalho literário, científico ou comercial. Este tipo de documento é cadastrado
pela Biblioteca Nacional e recebe um código denominado de Número Internacional
Normalizado para Livro (ISBN - International Standard Book Number) que é um sistema
internacional padronizado que identifica numericamente os livros segundo o título, o
autor, o país, a editora, individualizando-os, inclusive por edição.
Por isso, a Seduc estipula um mínimo de 500 (quinhentos) títulos entre literatura
diversificada, histórica, geográfica regional, enciclopédias, entre outros gêneros e
temáticas. Não devemos incluir nessa quantidade mínima o livro didático, dicionários e
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periódicos. O acervo deve ser armazenado da melhor forma. É necessário destinar um
espaço para ele, e pensar no layout – fator importante na apresentação. É preciso,
também, levar em consideração a quantidade e o tipo de documentos que se pretende
armazenar (PIMENTEL, 2007).
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Cada grupo de obras deve ser classificado para facilitar a busca do usuário pelo
livro desejado e auxiliar a recolocação do mesmo na estante (PIMENTEL, 2007).
Além das medidas, citamos outros cuidados importantes que se deve ter no
manuseio dos livros:
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V - TRATAMENTO
TÉCNICO
O tratamento técnico é um processo que tem por função analisar, carimbar,
registrar, catalogar, classificar, etiquetar, organizar nas estantes e deixar a obra à
disposição dos usuários todo o material existente na biblioteca.
Algumas destas etapas são simples, outras mais complexas, as quais requerem
do auxiliar de biblioteca dedicação especial na execução desses procedimentos.
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Para o registro de compact disc (CD) e de digital versatile disk ou digital vídeo
disk (DVD) o carimbo de identificação deve ser posto na capa. Também há a necessidade
de colocar uma etiqueta adesiva e utilizar uma caneta marcadora de CD e DVD.
Toda obra que dá entrada na biblioteca, qualquer que seja a sua natureza, deve
ter o carimbo de registro, o qual funciona como uma marca de propriedade e de
identificação única da obra e possui regras para a sua colocação, exemplo:
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Figura 8 – Modelo de livro de tombo
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Quando um livro é acompanhado por material em outro formato, este terá um
número de registro diferente. No entanto faz-se necessário escrever uma observação no
livro de registro manuscrito ou no registro bibliográfico gerado pelo sistema de
automação da biblioteca indicando a existência de material complementar em ambos os
registros.
5. 3 CATALOGAÇÃO
5.4 – CLASSIFICAÇÃO
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livro e define sua localização na estante a partir de um código alfanumérico ou colorido,
facilitando assim seu uso. Inicialmente, orientamos que o livro seja folheado para
identificar seu assunto. Não basta ler somente o resumo ou a ficha catalográfica para
identificar o assunto, pois muitas vezes tais informações são insuficientes.
Ainda que pouco divulgado, esse sistema apresenta uma metodologia que
facilita a organização da biblioteca, a localização do livro, principalmente pelas crianças,
além de deixar o ambiente colorido, alegre e atrativo para o usuário infanto-juvenil.
Segundo Pinheiro (2009), “Na classificação das obras, estabeleceu-se que para
cada gênero literário se empregasse uma cor, assim como para cada área didática”, como
podemos observar na figura 9.
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Classificação em cores
Gêneros Literários
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Classificação em cores
Livros Didáticos/Paradidáticos
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Figura 9 – Classificação em cores dos gêneros literários
e Didáticos/Paradidáticos
5.6 – PREPARAÇÃO FINAL DO LIVRO
A preparação final do livro para circulação inclui colar uma etiqueta na lombada
do livro com o número de chamada, bem como colar um bolso e um cartão para datas de
devolução, também faz-se necessário preparar um cartão de empréstimo com os dados
do livro.
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O Número de Chamada é o endereço do livro na biblioteca e funciona como sua
identidade. Ele tem a finalidade de permitir manter os livros na ordem, conforme os
assuntos. As etiquetas com os números de chamada dos livros de literatura e dos
didáticos devem possuir:
1. Número de classificação;
2. Notação do autor - transcrever as três primeiras letras do sobrenome do
autor;
3. Notação do título - transcrever as três primeiras letras do título do livro;
4. Número de tombo;
1. Número de classificação;
2. Notação de autor - transcrever a notação fornecida pela Tabela de Cutter-
Sanborn ou pela Tabela PHA;
3. Notação do título - transcrever a primeira letra do título do livro após a
Notação de autor;
4. Número de tombo;
No caso dos livros de literatura, logo após a etiqueta com o número de chamada
deverá ser colada a etiqueta da classificação em cores. Para etiquetar, existem alguns
padrões que devem ser seguido. Os livros que contenham até 300 páginas, a tarja
colorida deverá ter 5 (cinco) centímetros de comprimento; para os livros que contenham
de 300 a 700 páginas, a tarja deverá ter 7 (sete) centímetros e para os livros que
contenham mais de 700 páginas, a tarja deverá ter 9 (nove) centímetros. A etiqueta
colorida terá 1,5 cm de largura, e deverá ser colocada no pé da lombada do livro. Nos
periódicos, seguir a mesma sistemática aplicada aos livros. Esse procedimento permite
localizar e auxiliar a colocação e recolocação das obras nas estantes de forma ordenada e
mais rapidamente.
5.8 – EMPRÉSTIMO
O usuário, com cadastro e/ou carteirinha, poderá levar o livro escolhido pelo
período permitido de empréstimo. Se o leitor desejar ficar mais tempo com o livro,
poderá renovar o empréstimo, caso o livro não esteja reservado para outro usuário.
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Figura 12 - Carteirinha da biblioteca
Colocar dentro do bolso do livro (Figura 13) o cartão de empréstimo (Figura 14)
o qual possuirá as seguintes informações: número de registro do livro, título do livro,
nome do autor e a classificação. Durante o processo de empréstimo deverão ser
transcritos para a ficha: a data de devolução, a data de empréstimo, o Código do usuário
e a assinatura do usuário. Posteriormente será registrada no cartão de devolução (Figura
15) a data prevista para devolver o livro.
O leitor que não cumprir com o prazo de devolução, ficará impedido de fazer
outro empréstimo, somente poderá usar os serviços da biblioteca para consulta local ou
em sala de aula, até que cumpra o período de restrição. A perda ou destruição do livro
implicará ao usuário a restituição do mesmo título ou de outro livro indicado pela
biblioteca. No entanto, se não for restituído, caberá à instituição decidir como procederá
com relação ao usuário, definido no Regimento Escolar. O livro emprestado deve
obrigatoriamente ser devolvido no balcão de empréstimo da biblioteca.
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Figura 13 – Bolso do livro
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5.9 – SOFTWARE PARA BIBLIOTECA
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VI – BIBLIOTECA
ESCOLAR: ESPAÇO
DE APRENDIZAGENS
6.1 IMPORTÂNCIA DA LEITURA
Despertar na criança o interesse pela leitura é hoje um dos grandes desafios, não
só do educador, mas dos pais e de toda a sociedade. E não existe uma receita pronta para
resolver o problema, é preciso ter claro que o ato de ler deve estar presente no dia a dia
da criança.
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instituições públicas e que se repetem sem cessar nos
discursos educativos. Todos esses termos se referem à
intervenção dos a d u l t o s e n c a r r e g a d o s d e
“apresentar” os livros às crianças. (2007, p. 102).
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Queremos considerar que todos os profissionais da escola são responsáveis pela
educação dos estudantes, e o auxiliar de biblioteca faz parte desse time. Eles assumem a
responsabilidade técnica pela organização e funcionamento da Biblioteca Escolar e
também do ensino e aprendizagem dos estudantes no ambiente da biblioteca.
Para isso, o auxiliar de biblioteca necessita, acima de tudo, gostar de ler e de se envolver
com o que lê, incentivar e estimular de forma prazerosa o gosto pela leitura, auxiliar o
usuário na hora da escolha do livro, demonstrar entusiasmo e compartilhar com os
usuários da biblioteca suas leituras, tanto de mundo quanto as apresentadas pelos livros.
Expressões essas que podem ser trabalhadas através de musical, teatro, oficinas
literárias, exposição artística, entre outros
Fragoso (1994), afirma que “... a ação dinâmica da biblioteca deverá servir ao
programa escolar, daí a necessidade de atividades em grupos, tais como: dramatizações,
jogos, hora do conto...”
1. Sarau Literário – a cada bimestre, a escola determina um dos turnos para fazer
um sarau literário. Propor aos alunos a atividade e deixar que cada um escolha aquilo que
sabe fazer ou que mais o agrada como: declamar uma poesia, cantar, tocar um
instrumento, entre outros. O objetivo dessa ação é estimular e explorar as habilidades
dos alunos;
2. Sacola Itinerante (que também pode ser uma pasta, uma mala, uma caixa, um
baú) - as escolas, por meio de seus professores e com a participação do auxiliar de
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biblioteca, selecionam textos (jornais, revistas, livros de vários gêneros literários, gibis)
para que os alunos levem para casa, para que a família possa ler. Ao retornar com a sacola
o aluno narra a sua experiência para os colegas e professores através de relatos orais;
3. Praça de Leitura – é uma ação que vai para além da escola, promovendo um
momento cultural com objetivo de estimular alunos e comunidade a sentirem os
prazeres de uma boa leitura;
4. Concurso Literário – é uma forma de incentivar os alunos na produção de
texto (poesia, crônica e contos);
5. Jornal Mural – com orientação do professor da área de linguagem, os alunos
irão elaborar o jornal com a participação de todo coletivo da escola. É importante constar
no jornal notícias de política, esporte, cultura, entre outros.
6. Varal de Poesias – visa colocar em evidência a poesia. Escolha um tema, por
exemplo, poesias e poemas de autores do Estado ou do Município; poesias dos alunos da
escola, e assim por diante. Após a seleção das poesias os alunos irão ilustrá-las e
pendurá-las com prendedores de roupas em um varal. Essa atividade proporciona prazer,
entretenimento, cultura e reflexão. A Escola pode levar o varal para outros espaços na
comunidade;
7. Projeto Aula Vaga – desenvolver na biblioteca com os alunos, atividades
planejadas pelo professor para essa ocasião ou apenas permitir a leitura livre;
8. Contação de Histórias ou Hora do Conto - é uma atividade bastante
conhecida, onde o professor resgata o momento de contar histórias, despertando nas
crianças o interesse pela leitura e estimulando a imaginação, a atenção e a concentração;
9. Realizar visitas dirigidas às livrarias e às bibliotecas de outras escolas;
10. Roda de Leitura ou Grupo de Estudo – é uma atividade indicada para quem
irá prestar vestibular. Ela pode ser desenvolvida pelo professor em conjunto com o
Grêmio Estudantil. Funciona da seguinte maneira: durante uma semana um grupo de
alunos se reúnem para discutir uma obra indicada para o vestibular, por exemplo, “Vidas
Secas”, de Graciliano Ramos. Após a leitura o aluno expõe o seu ponto de vista, com
objetivo de debater com os demais colegas e dividir os saberes adquiridos com a leitura
da obra;
11. Sugerimos aos professores construir com os alunos textos como, por
exemplo, os cuidados que devemos ter com os livros que serão levados para casa,
resenha dos livros lidos, biografia de autores, entre outros.
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VII – PROGRAMA
NACIONAL BIBLIOTECA
DA ESCOLA
7.1 - PROGRAMAS DE INCENTIVO À LEITURA ANTERIOR AO
PNBE
1992 / Proler
Em vigência até os dias atuais, foi criado pela Fundação Biblioteca Nacional, do
Ministério da Cultura, e tinha como objetivo possibilitar à comunidade em geral, em
diversos segmentos da sociedade civil, o acesso a livros e a outros materiais de leitura. O
MEC participava desse programa de forma indireta, com repasse de recursos por meio do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
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1. transmissão de conhecimento;
2. desenvolvimento de capacidades e competências;
3. consolidação de conhecimentos práticos e teóricos adquiridos;
4. avaliação dos conhecimentos;
5. referência para informações precisas e exatas;
6. informação científica e geral;
7. formação pedagógica diretamente relacionada à disciplina em questão;
8. ajuda no desenvolvimento das aulas;
9. ajuda na avaliação.
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No ensino médio os livros de língua portuguesa, matemática, história,
geografia, biologia, física e química são reutilizáveis. A partir de 2012 será distribuído os
livros de filosofia, sociologia e língua estrangeira. Nos intervalos das compras integrais,
são feitas reposições, por extravios ou perdas e complementações por acréscimo de
matrículas.
Os livros devem ser utilizados por três anos. Por isso é importante conscientizar
pais e alunos da importância da conservação e da devolução do livro no final do ano
letivo, para que ele seja reutilizado, beneficiando dessa forma mais de um estudante.
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No caso do livro didático, a Legislação que trata da conservação e do descarte, é
a Resolução nº 03 de 14.01.2008 (BRASIL, 2008), conforme veremos nos artigos e
parágrafos a seguir.
Art. 7º Ficará a cargo da escola atribuir ao responsável pelo
aluno a responsabilidade pela conservação e devolução dos
livros entregues, mediante firmatura de instrumento próprio,
cujo modelo, a título de sugestão, consta do anexo II desta
Resolução em www.fnde.gov.br.
Como vimos, cabe a escola zelar pela conservação dos livros. Mas, esse trabalho
de conscientização deve envolver não só os alunos como a comunidade escolar.
Sugerimos que os gestores juntamente com professores e o bibliotecário ou o auxiliar de
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biblioteca, organizem palestras sobre conservação dos livros e o preenchimento correto
do termo de compromisso de devolução do livro didático. Sugerimos ainda, oficinas para
restauração dos livros que se encontram danificadas, para continuidade do uso.
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VIII - CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A importância da leitura no processo educativo é inquestionável. Nessa prática,
espera-se que o bibliotecário, o professor mediador da leitura devem, ser, eles próprios,
leitores críticos capazes de distinguir, no momento da seleção e da indicação de livros, a
boa literatura para crianças e jovens. Com isso, esperamos que este caderno contribua
para que a biblioteca escolar integre o processo pedagógico. É importante não
esquecermos o papel da biblioteca como espaço privilegiado para o leitor conhecer as
diversas formas de registro de conhecimento. É importante também que as bibliotecas
escolares possam transformar a escola em ponto de reencontro, formação, participação,
integração e transformação.
REFERÊNCIAS
COLOMER, Teresa. Andar entre livros. Trad. Laura Sandroni. São Paulo:
Global, 2007.
RUSSO, Mariza. Resgate dos bibliotecários. In: Revista Educação, a. 13, n. 150.
Disponível em: http://www.ibim.org.br/noticia.php?cod=34. Acesso em: 10 Set.
2010.