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TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
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Figura 2 – Escova de dentes com adaptação para preensão
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Figura 4 – Tesoura adaptada
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ou com a bochecha. No mercado, há vários mouses virtuais desenvolvidos para
pessoas com problemas de mobilidade (CTA, 2022).
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TEMA 2 – ÓRTESES
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Figura 6 – Órtese de membro inferior
Créditos: ilona.shorokhova/Shutterstock.
Lembrando que uma órtese bem modelada e moldada deve ser concebida
com base nas necessidades individuais do usuário, devendo ser sistematicamente
readequada (Brasil, 2019). Para Gradim de Paiva (2018), a revisão de literatura
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indica que o uso de órteses, especificamente para membros superiores, possui
diferentes objetivos e métodos de utilização, assim como são diversos os modelos
e materiais para a confecção e fabricação dos dispositivos, sendo que o seu uso
dependerá das necessidades do usuário, do tipo de lesão ou condição clínica e
da adaptação da pessoa com relação àquele dispositivo/recurso de TA.
Já para o acesso ao computador, temos as adaptações físicas ou órteses,
ou seja, são todos os dispositivos fixados ao corpo da pessoa com deficiência
para facilitar sua interação com o computador (Galvão Filho, 2009).
Galvão Filho (2009) nos apresenta três exemplos de utilização de órteses
para as atividades de digitação. Uma das órteses que geralmente são usadas por
estudantes com paralisia cerebral e ajuda a reduzir a amplitude do movimento
causada pela flutuação do tônus muscular, tornando mais rápido e eficiente o uso
do computador e o processo de digitação é a pulseira de pesos (Figura 7).
Conforme a idade e a força do estudante, os pesos das pulseiras podem ser
acrescentados ou diminuídos.
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Figura 8 – Estabilizador de punho e abdutor de polegar com ponteira para
digitação
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Figura 9 – Próteses de membros superiores
Créditos: belushi/Shutterstock.
Créditos: serhii.suravikin/Shutterstock.
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Tanto as órteses quanto as próteses são potencialmente capazes de
modificar o modo como o usuário realiza as suas Atividades de Vida Diária (AVD)
e Atividades de Vida Prática (AVP) e, sobretudo, permitem à pessoa com
deficiência física o resgate de sua condição produtiva e sua dignidade como
cidadão capaz de interagir e/ou transformar sua realidade (Brasil, 2019).
Interessante destacar a pesquisa de Rodrigues Júnior et al. (2021) sobre a
criação e o desenvolvimento de uma ortoprótese de baixo custo para auxiliar as
funções manuais de pessoas com hanseníase com sequelas e mão em garra ou
sem reabsorção óssea. Os mesmos autores justificam que os dispositivos mais
usados pela população com hanseníase são as órteses (recursos acoplados
externamente ao membro com a função de favorecer o desempenho funcional) e
próteses (produtos que substituem completamente o segmento e sua
funcionalidade), mas, na maioria dos casos, os equipamentos são caros. Foi
denominado ortoprótese por incorporar características de acoplamento das
órteses e o funcionamento de agarre das próteses em um só dispositivo “híbrido”.
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Figura 11 – Teclado com colmeia acrílica
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(2019). No intuito de buscar soluções que amenizem os obstáculos na interação
entre a pessoa com deficiência física e o computador, os mesmos autores relatam
que o “mousetrackball é relativamente mais fácil de manipular por pessoas com
pouca força e pouco tônus muscular que é uma das sequelas da paralisia cerebral”
(p. 123).
Um dos recursos de alternativas de hardware que tem por objetivo
acionar/ativar algo é o acionador. Sua função varia de acordo com o dispositivo
em que ele está plugado (mouse, brinquedo adaptado, luminária dentre outras
possibilidades). Há uma diversidade de formatos, cores e tamanhos de
acionadores, também apresentam diferentes modos de acionamento (toque,
pressão, sopro, piscar de olhos etc.) se adaptando ao movimento residual de cada
pessoa. Assim, por meio de acionadores, é possível ligar e desligar a luz, utilizar
o computador, jogar um game, dentre outras (CTA, 2021).
A escolha do melhor tipo de acionador dependerá da observação pelo
professor da capacidade e habilidade que o aluno consegue realizar com um
controle razoável. Para o aluno capaz de soprar, os acionadores que reconhecem
como comandos o sopro e a sucção feitos em um canudo em contato com a boca
é uma das opções que pode ser utilizada.
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Conforme Soares, Menezes e Queiroz (2021), trazer a temática das
tecnologias para a educação especial é uma forma de torná-la acessível à pessoa
com deficiência, que por séculos foi excluída de diversos espaços sociais. Para
essas autoras, “é válido afirmar que a tecnologia é um bem de todos, e por todos
deve ser acessada” (p. 143).
Com base no levantamento realizado por Soares, Menezes e Queiroz
(2021), no Quadro 1, apresentaremos alguns softwares para auxiliar e viabilizar
tarefas para pessoas com deficiência física motora e comunicacional:
Fonte: Elaborado por Sakaguti com base em Soares; Menezes; Queiroz, 2021, p. 154-155.
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TEMA 5 – PROJETOS ARQUITETÔNICOS PARA ACESSIBILIDADE
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Quadro 2 – Roteiro de observação
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Art. 56. A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de
edificações abertas ao público, de uso público ou privadas de uso
coletivo deverão ser executadas de modo a serem acessíveis.
§ 1º As entidades de fiscalização profissional das atividades de
Engenharia, de Arquitetura e correlatas, ao anotarem a responsabilidade
técnica de projetos, devem exigir a responsabilidade profissional
declarada de atendimento às regras de acessibilidade previstas em
legislação e em normas técnicas pertinentes.
§ 2º Para a aprovação, o licenciamento ou a emissão de certificado de
projeto executivo arquitetônico, urbanístico e de instalações e
equipamentos temporários ou permanentes e para o licenciamento ou a
emissão de certificado de conclusão de obra ou de serviço, deve ser
atestado o atendimento às regras de acessibilidade.
§ 3º O poder público, após certificar a acessibilidade de edificação ou de
serviço, determinará a colocação, em espaços ou em locais de ampla
visibilidade, do símbolo internacional de acesso, na forma prevista em
legislação e em normas técnicas correlatas.
Art. 57. As edificações públicas e privadas de uso coletivo já existentes
devem garantir acessibilidade à pessoa com deficiência em todas as
suas dependências e serviços, tendo como referência as normas de
acessibilidade vigentes.
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REFERÊNCIAS
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GRADIM, L. C. C.; PAIVA, G. Modelos de órteses para membros superiores: uma
revisão de literatura. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, São
Carlos, v. 26, n. 2, p. 479-488, 2018.
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