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WBA0193_v.1.

APRENDIZAGEM EM FOCO

TECNOLOGIA ASSISTIVA E
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Juliana Zantut Nutti
Leitura crítica: Nancy Capretz Batista da Silva

A disciplina Tecnologia Assistiva e Comunicação Aumentativa e


Alternativa procura abordar as informações mais relevantes ao tema,
de modo a oferecer um panorama dos conceitos e das principais
orientações e diretrizes para a utilização desses recursos nos
processos de ensino e aprendizagem realizados pelos educadores
em sala de aula regular e no Atendimento Educacional Especializado.

A disciplina tem como principais objetivos:

• Apresentar as definições sobre a Tecnologia Assistiva (TA), suas


origens e os objetivos na legislação nacional e o trabalho do
Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), especificando a classificação
dos recursos e serviços de Tecnologia Assistiva.

• Definir os objetivos da Comunicação Alternativa e Aumentativa


de pessoas com dificuldades na fala e/ou de escrita funcional e
os critérios para o planejamento e a utilização dos recursos de
CAA.

• Apresentar orientações sobre o uso da Tecnologia Assistiva


e de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na
educação e os recursos de acessibilidade para celulares e
computadores.

• Analisar as características do Atendimento Educacional


Especializado, das Salas de Recursos Multifuncionais, as
orientações sobre o Plano de Desenvolvimento Individual
e as diretrizes para a formação e atuação do professor do
Atendimento Educacional Especializado, na Sala de Recursos
Multifuncionais.
2
Você está convidado a participar e aprender mais sobre esse
interessante, mas ainda não tão conhecido assunto!

INTRODUÇÃO

Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira


direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática
profissional. Vem conosco!

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INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 1

Introdução à Tecnologia Assistiva


______________________________________________________________
Autoria: Juliana Zantut Nutti
Leitura crítica: Nancy Capretz Batista da Silva
DIRETO AO PONTO

A Tecnologia Assistiva é considerada como uma área interdisciplinar,


que envolve produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas
e serviços com os seguintes objetivos: promoção da funcionalidade
para possibiliar a atividade e participação das pessoas com
deficiência, incapacidades e/ou mobilidade reduzida, a fim de que
obtenham maior autonomia, independência, qualidade de vida e
inclusão social (BRASIL, 2009; RODRIGUES; ALVES, 2013).

O Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), criado, em 2006, pela Secretaria


Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, é
o órgão responsável pela elaboração do conceito nacional de
Tecnologia Assistiva e pela apresentação de propostas para políticas
públicas, parcerias entre a sociedade civil e órgãos públicos na área
de Tecnologia Assistiva, dentre outras atribuições.

No conceito de Tecnologia Assistiva, é importante diferenciar o


termo recursos do termo serviços.

Recursos são os itens, equipamentos, produtos ou sistemas


fabricados em série (ou confeccionados sob medida), utilizados
para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das
pessoas com deficiência enquanto os serviços são oferecidos por
aqueles que auxiliam a pessoa com deficiência a selecionar, comprar
ou utilizar recursos.

Os recursos são classificados nas seguintes categorias: a) auxílios


para a vida diária e a vida prática; b) comunicação alternativa e/
ou aumentativa; c) recursos de acessibilidade ao computador; d)
sistemas de controle de ambiente; e) projetos arquitetônicos para
acessibilidade; f) órteses e próteses: g) adequação postural; h)
auxílios de mobilidade; i) auxílios para qualificação da habilidade
visual e recursos que ampliam a informação a pessoas com baixa
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visão ou cegas; j) auxílios para ampliação da habilidade auditiva e
para autonomia na comunicação de pessoas com déficit auditivo,
surdez e surdo-cegueira; l) adaptações em veículos e em ambientes
de acesso ao veículo; m) esporte e lazer.

Os serviços de Tecnologia Assistiva são interdisciplinares e envolvem


profissionais de diversas áreas, tais como Fisioterapia, Terapia
Ocupacional, Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Enfermagem,
Medicina, Engenharia, Arquitetura, dentre outras.

Os serviços de Tecnologia Assistiva atuam na avaliação, seleção


de recursos apropriado para cada caso, no treinamento para a
utilização do recurso pelo usuário, no acompanhamento durante
a implementação da TA em seu contexto de vida real e nas
reavaliações e ajustes durante todo o processo.

O profissional ou a equipe prestadora de serviços também tem


como uma de suas atribuições a orientação do usuário quanto ao
acesso público e/ou particular aos recursos de TA, recomendados
por ele ou pela equipe.

Figura 1 – Criação do conceito nacional de Tecnologia Assistiva

Fonte: elaborada pela autora.

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Referências bibliográficas
BRASIL. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com
Deficiência. Tecnologia Assistiva. Brasília: CORDE, 2009. Disponível em: http://
www.galvaofilho.net/livro-tecnologia-assistiva_CAT.pdf. Acesso em: 17 mar.
2021.
RODRIGUES, P. R; ALVES, L. R. G. Tecnologia Assistiva: uma revisão do tema.
Holos, v. 6, n. 29, p. 170-180. Natal, 2014. Disponível em: https://www.
researchgate.net/publication/270409123_TECNOLOGIA_ASSISTIVA_-_UMA_
REVISAO_DO_TEMA. Acesso em: 17 mar. 2021.

PARA SABER MAIS

Devido às diversas nomenclaturas atribuídas à Tecnologia Assistiva,


é necessário compreender o que não pode ser denominado com
essa terminologia, ou seja, o que não pode ser considerado como
Tecnologia Assistiva.

Segundo Bersch (2013), a Tecnologia Assistiva não é um recurso do


profissional, mas somente do usuário, isto é, deve servir apenas
a pessoa com deficiência, a fim de oferecer funcionalidade às
atividades do cotidiano, como no caso da bengala, cadeira de rodas
ou da lupa, assim como os softwares leitores, capazes de possibilitar
às pessoas com deficiência física, visual, de comunicação ou com
dificuldades de aprendizagem, maior eficiência e autonomia no
desempenho de suas tarefas.

Assim, segundo Bersch (2013), deve-se diferenciar a TA das outras


tecnologias como as que são aplicadas na área médica e de
reabilitação física.

Na área da Saúde, a tecnologia visa facilitar e qualificar a atividade


dos profissionais em procedimentos de avaliação e de intervenção
terapêutica. Como exemplo, há os equipamentos utilizados no
diagnóstico de saúde, no tratamento de doenças ou na atividade

7
específica de reabilitação, para melhorar a força muscular de um
indivíduo, sua amplitude de movimentos ou o equilíbrio. Esses
equipamentos não são considerados como Tecnologia Assistiva, mas
como tecnologia médica ou de reabilitação.

A tecnologia educacional também pode ser confundida com a


Tecnologia Assistiva. A tecnologia será considerada assistiva, no
contexto educacional, se for utilizada por um aluno com deficiência
para transpor obstáculos sensoriais, motores ou cognitivos, que o
impede de acessar informações, limitam o registro e a expressão
sobre os conhecimentos e as experiências vividas, assim como
facilitam o acesso e a participação nos projetos pedagógicos
e na manipulação de objetos de estudos ou, ainda, quando
sua participação se torna desafiada pela ausência do recurso
tecnológico.

Referências bibliográficas
BERSCH, R. Recursos pedagógicos acessíveis: Tecnologia Assistiva (TA) e processo
de avaliação nas escolas. 2013. Disponível em: http://www.assistiva.com.br/
Recursos_Ped_Acessiveis_Avaliacao_ABR2013.pdf. Acesso em: 17 mar. 2021.

TEORIA EM PRÁTICA
Para entender a diferença entre a Tecnologia Assistiva e a Tecnologia
Educacional, leia o caso abaixo, que explica e ilustra o uso de uma
tecnologia como uma ferramenta educacional e não como recurso
assistivo.

Uma aluna com paralisia cerebral e com limitações motoras nas


pernas e que faz uso de cadeira de rodas, utiliza um computador
em uma sala de informática de uma escola. Ela está com os alunos
de sua turma e usa o equipamento com o mesmo objetivo que os

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outros colegas: realizar pesquisas na Internet, coletar informações,
redigir textos e organizar uma apresentação oral.

O computador, nesse contexto, tem apenas a função de uma


ferramenta tecnológica aplicada no contexto educacional e,
portanto, não se trata de uma Tecnologia Assistiva.

Quando um aluno, mesmo com deficiência, utiliza uma tecnologia


para beneficiar seu aprendizado, não se configura como Tecnologia
Assistiva. É comum que professores indiquem aos alunos o
uso de ferramentas tecnológicas para diversificar e aumentar
o acesso dos alunos às informações, proporcionando novas
maneiras de pesquisa, organização, expressão e apresentação dos
conhecimentos que desenvolvem.

Após refletir sobre o exemplo apresentado entre a diferença de uma


Tecnologia Assistiva e uma tecnologia não assistiva, no contexto
educacional, responda sobre como o gravador de voz pode ser
usado como uma tecnologia não assistiva, pelos alunos com e sem
deficiência, no contexto educacional. Justifique a sua resposta.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Indicação 1

O artigo destaca a necessidade de ampliação das discussões a respeito


da Tecnologia Assistiva, nos diversos espaços acadêmicos e sociais. É
realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema, destacando-se os
fatores que contribuem para a emergência da temática na atualidade, a

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evolução conceitual e as relações estabelecidas com as Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs).

Para realizar a leitura, pesquise pela referência na Internet.

RODRIGUES, P. R; ALVES, L. R. G. Tecnologia Assistiva: uma revisão


do tema. Holos, v. 6, no 29, p. 170-180. Natal, 2014.

Indicação 2

O artigo aborda a importância da tecnologia no contexto


educacional, visando a inclusão dos alunos com deficiência, por
meio de uma revisão bibliográfica sobre o tema com base na
literatura específica. Aborda aspectos teóricos sobre sua utilização
e ressalta sua relevância para a construção do conhecimento, tendo
como agentes, desse processo, o professor e o aluno.

Para realizar a leitura, acesse a nossa plataforma e busque pelo


título da obra no parceiro SAE.

CANDIDO, E. A. P.; CARNEIRO, R. U. C. A Tecnologia como aporte para


o acesso a educação de pessoas com deficiência. Intersaberes, v. 3,
n. 29, p. 379-391, 2018.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
10
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. O Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), criado em 2006, formulou o


conceito nacional de Tecnologia Assistiva, em 2007. Sobre esse
conceito, assinale a alternativa correta.

a. Apresenta a Tecnologia Assistiva como uma área de


conhecimento disciplinar ligada à Tecnologia da Informação.
b. Engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços, que ofereçam funcionalidade.
c. Limita o uso aos produtos, recursos, metodologias, estratégias
e práticas e cria um termo para serviços..
d. Limita o termo às pessoas com deficiência e cria outro termo
para pessoas com pessoas com mobilidade reduzida..
e. Os objetivos da Tecnologia Assistiva são a melhoria da
qualidade de vida e o acesso a instituições hospitalares.

2. Um dos principais aspectos a serem considerados na


definição de Tecnologia Assistiva é a diferença entre os
conceitos de recursos e serviços. Sobre os conceitos de
recursos e serviços em TA, assinale a alternativa correta:

a. Os recursos são os produtos utilizados e serviços são feitos


pelos fabricantes dos recursos..
b. Os recursos são padronizados e os serviços são
confeccionados sob medidas individualizadas..
c. Recursos e serviços são prestados por um profissional e/ou
por equipes de profissionais.
d. Serviços são prestados para auxiliar os usuários a selecionar,
comprar e utilizar os recursos.
e. A equipe prestadora de serviços orienta o usuário quanto ao
acesso aos recursos privados.

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GABARITO

Questão 1 - Resposta B
Resolução: Está correto afirmar que o conceito de Tecnologia
Assistiva proposto pelo CAT, em 2007, engloba os produtos,
recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços, que
são a promoção da funcionalidade que permite a atividade
e a participação das pessoas com deficiência, incapacidades
ou mobilidade reduzida. Entretanto, é incorreto dizer que a
Tecnologia Assistiva é uma área de conhecimento disciplinar,
pois a TA é uma área que envolve várias disciplinas, como
Engenharia, Medicina, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e
Tecnologia da Informação, assim como está errado dizer que
cria um termo apenas para os serviços em TA, pois esses estão
junto aos produtos, recursos, metodologias, estratégias e
práticas. É errado dizer que os objetivos da TA são limitados
às instituições hospitalares, pois os objetivos de melhoria da
qualidade de vida, o aumento da autonomia, independência e
da inclusão social, não se limitam apenas a essas instituições,
mas a todos das instituições.
Questão 2 - Resposta D
Resolução: É correto afirmar que os serviços são prestados
para auxiliar os usuários a selecionar, comprar e utilizar
os recursos, que são os itens, equipamentos, produtos
ou sistemas fabricados em série (ou confeccionados sob
medida), utilizados para aumentar, manter ou melhorar as
capacidades funcionais das pessoas com deficiência, enquanto
os serviços são oferecidos por aqueles que auxiliam a pessoa
com deficiência a selecionar, comprar ou utilizar recursos. É
incorreto afirmar que os serviços são feitos pelos fabricantes
dos recursos, pois nem sempre isso ocorre. É incorreto afirmar
que os recursos são padronizados, pois esses são feitos sob
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medida, como as órteses e próteses. É incorreto afirmar que
os recursos são prestados por profissionais ou equipes, pois
essa afirmação só se aplica aos serviços. Não é correto afirmar
que a equipe prestadora de serviços orienta o uso de recursos
privados, pois a equipe orienta o acesso aos recursos de
qualquer tipo.

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INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 2

Comunicação Alternativa e
Aumentativa (CAA): definição,
objetivos e recursos
______________________________________________________________
Autoria: Juliana Zantut Nutti
Leitura crítica: Nancy Capretz Batista da Silva
DIRETO AO PONTO

A Comunicação Alternativa e Aumentativa se refere aos meios de


comunicação, que têm como objetivos suplementar ou substituir
as habilidades de comunicação, seja a fala ou a escrita, que
se encontram comprometidos nas pessoas com dificuldades
motoras, cognitivas, emocionais ou devido a outros fatores que as
impedem de exercer a comunicação mais convencional.

A Comunicação Aumentativa e Alternativa procura valorizar as


formas de expressão dos sujeitos com barreiras de comunicação
e construir recursos para ampliar as vias de expressão e
compreensão, como pranchas de comunicação construídas
com simbologia gráfica, letras e/ou palavras escritas, figuras
e símbolos utilizados pelo usuário para expressar seus
questionamentos, desejos, sentimentos e compreensões
(SARTORETTO; BERSCH, 2010).

As barreiras para a fala e a escrita convencional prejudicam a


funcionalidade da comunicação e são obstáculos que impedem
os alunos com dificuldades de fala e escrita para expressar seus
conhecimentos, necessidades e sentimentos, reduzindo sua
autonomia e independência no cotidiano e na vida escolar.

É o caso de alunos com prejuízos ou sem uso de fala ou dos que


já possuem limitações na comunicação com os pares e que se
tornam mais passivos e dependentes da atenção de adultos.

Os meios de comunicação alternativos utilizam formas de


expressão menos convencionais que a fala e a escrita, como os
gestos e as expressões faciais e corporais e, por meio deles, os

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alunos/ usuários podem manifestar seus desejos, necessidades,
opiniões e posicionamentos, garantindo mais eficiência para se
comunicarem.

Existem muitos recursos de Comunicação Alternativa e


Aumentativa que podem ser usados no contexto escolar, como as
pranchas de comunicação PCS, as pranchas com letras e palavras
pré-escritas e, espeficamente, para os alunos com dificuldades
visuais, alunos cegos e surdocegos, as pranchas como símbolos
com textura, escrita Braille, miniaturas e partes de objetos
colados com velcro.

Seja qual for o recurso utilizado no contexto escolar, a


escolha dos símbolos gráficos deve sempre ser feita de forma
personalizada, de acordo com as características que atendem às
necessidades daquele usuário.

É fundamental que a seleção do conjunto de símbolos dos


recursos de comunicação, que serão usados para que seja
avaliado e aprovado pelo aluno/usuário e seus familiares, a fim de
evitar que não haja um desinteresse por sistemas com imagens
muito infantilizadas e/ou de difícil reconhecimento (SARTORETTO;
BERSCH, 2010).

Um dos recursos de comunicação que pode ser confeccionado


pelos professores, juntamente com os alunos/usuários, pode ser
os cartões de comunicação com símbolos.

Os cartões de comunicação com símbolos devem ser


confeccionados com um vocabulário diversificado e estar à
disposição do aluno/ usuário, de seus colegas de comunicação
e dos professores da sala regular e do Atendimento Educacional
Especializado, como você pode ver na figura abaixo.

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Figura 1 – Cartões de comunicação sobre um arquivo de
símbolos

Fonte: https://www.udesc.br/arquivos/faed/id_cpmenu/4477/
fasciculo_6_15841022072542_4477.pdf. Acesso em: 17 mar. 2021.

Referências bibliográficas
SARTORETTO, M. L.; BERSCH, R. C. R. Recursos Pedagógicos Acessíveis e a
Comunicação Aumentativa e Alternativa. 1. ed., v. 6. Coleção A Educação
Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Brasília: Ministério da Educação,
2010. . Disponível em: https://www.udesc.br/arquivos/faed/id_cpmenu/4477/
fasciculo_6_15841022072542_4477.pdf. Acesso em: 17 mar. 2021.

PARA SABER MAIS

Comunicação Alternativa e Aumentativa:


vocalizadores e softwares

Na Comunicação Alternativa e Aumentativa podem ser usados os


vocalizadores, que são os recursos de comunicação que emitem uma

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voz gravada ou sintetizada, ouvida ao tocar no símbolo (seja em forma
de botão ou tecla) ou digitar a palavra correspondente ao símbolo.

Os modelos de vocalizadores são variados e diferem em relação


à portabilidade, quantidade de mensagens, formas de acesso às
mensagens gravadas, à estética do aparelho e custo.

Por meio de vocalizadores, o aluno poderá conversar com seus colegas,


fazer perguntas, cumprimentar, responder às avaliações orais, escolher
objetos, dentre outras possibilidades de comunicação.

Figura 2 – Vocalizador portátil de voz gravada, com capacidade


de cinco pranchas de comunicação pré-programadas

Fonte: https://www.udesc.br/arquivos/faed/id_cpmenu/4477/
fasciculo_6_15841022072542_4477.pdf. Acesso em: 17 mar. 2021.

Além dos vocalizadores, existem os softwares específicos de


Comunicação Alternativa e Aumentativa, que são recursos
capazes de construir pranchas de comunicação personalizadas e
interrelacionadas.

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Os softwares utilizados no computador do usuário ou da instituição
a que ele frequente (como a escola), passam a ter a função
de vocalizador ou, ainda, podem ser usados em vocalizadores
específicos que utilizam esses programas.

O aluno/ usuário acessa a mensagem que deseja comunicar e esta é


veiculada via voz sintetizada ou gravada.

A vantagem dos vocalizadores e softwares é que garantem um


acesso rápido a um número indeterminado de mensagens, com
variadas opções de acessibilidade.

Vamos ilustrar a situação de um aluno, usando um vocalizador:


ele aciona o símbolo brincar e, imediatamente, a mensagem quero
brincar” é ouvida; após a escolha e fala da mensagem, ocorrerá
uma mudança automática dos símbolos na tela do computador e
outra prancha, com as opções de brinquedos e expressões utilizadas
durante brincadeiras aparecerá na tela, para que a conversação
continue, no contexto do assunto selecionado, conforme vemos na
figura abaixo, com a indicação da seta vermelha.

Figura 3 - Prancha de comunicação com símbolos, que


representam vários assuntos e a indicação da ideia de brincar

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Fonte: https://www.udesc.br/arquivos/faed/id_cpmenu/4477/
fasciculo_6_15841022072542_4477.pdf. Acesso em: 17 mar. 2021.

Referências bibliográficas
SARTORETTO, M. L.; BERSCH, R. C. R. Recursos Pedagógicos Acessíveis e a
Comunicação Aumentativa e Alternativa. 1. ed., v. 6. Coleção A Educação
Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Brasília: Ministério da Educação,
2010. . Disponível em: https://www.udesc.br/arquivos/faed/id_cpmenu/4477/
fasciculo_6_15841022072542_4477.pdf. Acesso em: 17 mar. 2021.

TEORIA EM PRÁTICA

Uma professora do segundo ano, do ensino fundamental de uma


escola pública, recebe um aluno de oito anos, com Transtorno do
Espectro Autista, que não usa a fala, nem a a escrita, com comunicação
predominamente gestual e com expressões faciais simples.

Em uma entrevista com os pais do aluno, a docente sugere a utilização


de recursos de Comunicação Alternativa e Aumentativa, a fim de
estimular a interação do aluno com os colegas e com as professoras da
sala regular e do Atendimento Educacional Especializado.

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Os pais ficam entusiasmados e dizem a ela que o menino aprecia
muito visualizar as imagens de livros e outras produções com símbolos
gráficos.

Então, as professoras da sala regular e da Sala de Recursos


Multifuncionais do do AEE se reunem para definirem os principais
símbolos que utilizarão para compor os cartões de comunicação, com
símbolos gráficos para o uso do aluno com TEA no contexto escolar.

Sobre a confecção de recursos de Comunicação Alternativa e


Aumentativa, como no caso citado, responda:

• Como os pais e alunos devem ser inseridos na definição dos


símbolos que comporão os cartões de comunicação?

• Cite pelo menos três temas que podem ser usados para
compor os cartões.

• Cite outros recursos de comunicação que podem ser


construídos pelas professoras, além dos cartões de
comunicação.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Indicação 1

Esta pesquisa apresenta dados sobre a produção de um recurso


de Comunicação Alternativa e Aumentativa para utilização em

21
Salas de Recursos Multifuncionais, com o objetivo de potencializar
a comunicação de alunos com Paralisia Cerebral e Transtorno
do Espectro Autista não oralizados. A investigação possibilitou a
construção de um recurso de TA, denominado Cubo de Comunicação,
uma inovação tecnológica de baixo custo, voltada para promoção de
acessibilidade comunicacional e autonomia para os alunos- alvos da
pesquisa.

Pesquise pela referência na Internet.

LIMA, M. M.; CERQUEIRA, K. G. S. S; PIMENTEL, S. C. Cubo de


comunicação: recurso de Comunicação Aumentativa e
Alternativa para o Atendimento Educacional Especializado.
XV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA E DESENVOLVIMENTO
SOCIAL. 12 a 14 de novembro de 2018. Alagoinhas- BA, Brasil.

Indicação 2

O estudo é a continuidade de uma pesquisa maior, cujo objetivo foi


implementar um programa de capacitação oferecido a professores
da rede municipal do Rio de Janeiro (RJ), atuando no Atendimento
Educacional Especializado (AEE) para introduzir o uso do sistema
PECS-Adaptado junto aos alunos com Transtorno do Espectro do
Autismo (TEA). Ao término desta pesquisa, outra investigação teve
inicío, com objetivo de verificar a eficácia e continuidade do uso do
PECS-Adaptado pela professora do AEE com seu aluno com TEA.

Pesquise pela referência no site da Scielo.

Referência completa conforme ABNT:

TOGASHI, C. M.; WALTER, C. C. de F. As contribuições do uso da


Comunicação Alternativa no processo de Inclusão Escolar de um

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aluno com Transtorno do Espectro do Autismo. Revista Brasileira
de Educação Especial, v. 22, n. 3, p. 351-366. Marília, 2016.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. Sobre a definição e os objetivos da Comunicação Alternativa e


Aumentativa (CAA), é possível afirmar que:

a. Suplementa a comunicação convencional de pessoas sem


prejuízos de fala.
b. É restrita a pessoas com Transtorno do Espectro Autista
sem o uso da fala.
c. Suplementa ou substitui a comunicação para pessoas sem
fala e/ou escrita.
d. É restrita a pessoas surdocegas sem uso da escrita Braille.
e. Desvaloriza a expressão de pessoas com dificuldades de
fala.

2. Sobre o uso de vocalizadores e softwares na Comunicação


Alternativa e Aumentativa (CAA), é possível afirmar que:
23
a. Os vocalizadores são recursos de comunicação, que emitem
uma voz gravada que é ouvida ao tocar em um símbolo ou
digitar uma palavra.
b. Os softwares de Comunicação Alternativa e Aumentativa
são recursos de construção de pranchas de comunicação
padronizadas.
c. Os softwares de Comunicação Alternativa e Aumentativa não
podem ser utilizados em contextos institucionais, como é o
caso da escola.
d. O uso de vocalizadores e softwares tem como vantagem o
acesso rápido a um número determinado de mensagens
gravadas.
e. Os vocalizadores são padronizados e não diferem em relação
à portabilidade, quantidade de mensagens e custo.

GABARITO

Questão 1 - Resposta C
Resolução: É correto afirmar que a Comunicação Alternativa
e Aumentativa se refere aos meios de comunicação que tem
como objetivos suplementar ou substituir as habilidades de
comunicação, seja a fala ou a escrita, e que se encontram
comprometidos nas pessoas com dificuldades motoras,
cognitivas, emocionais ou devido a outros fatores que as
impedem de exercer a comunicação mais convencional. É
incorreto afirmar que a Comunicação Alternativa e Aumentativa
(CAA) suplementa a comunicação convencional de pessoas
sem prejuízos de fala, pois seu objetivo é a suplementação da
comunicação das pessoas com prejuízos de fala. Está incorreto
dizer que a Comunicação Alternativa e Aumentativa se restringe
a pessoas com Transtorno do Espectro Autista sem o uso da fala,
pois apesar da CAA incluir essa população, não se aplica somente
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a esses indivíduos, assim como também não se restringe a
pessoas surdocegas. É errado dizer que a CAA não valoriza as
formas de expressão usuais das pessoas com dificuldades de
fala, pois essas formas de expressão são valorizadas nas forma
de Comunicação Alternativa e Aumentativa.
Questão 2 - Resposta A
Resolução: Os vocalizadores são os recursos de comunicação
que emitem uma voz gravada ou sintetizada, ouvida ao tocar no
símbolo (seja em forma de botão ou tecla) ou digitar a palavra
correspondente ao símbolo. É incorreto dizer que os softwares
de Comunicação Alternativa e Aumentativa se restringem
aos recursos de construção de pranchas de comunicação
personalizadas. É incorreto dizer que os softwares não podem
ser utilizados em computadores de contextos institucionais,
como na escola, pois esses podem e devem ser usados nesse
contexto, assim como a vantagem do uso de vocalizadores e
softwares é o acesso rápido a um número indeterminado de
mensagens gravadas com variadas opções de acessibilidade,
pois os modelos de vocalizadores são variados e diferem em
relação à portabilidade, quantidade de mensagens, estética e
custo.

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INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 3

Tecnologias Assistivas e Tecnologias


de Informação e Comunicação (TICs)
na educação
______________________________________________________________
Autoria: Juliana Zantut Nutti
Leitura crítica: Nancy Capretz Batista da Silva
DIRETO AO PONTO

A Tecnologia Assistiva e as Tecnologias de Informação e


Comunicação (TICs) são instrumentos importantes para a inclusão
das pessoas com deficiências e necessidades educacionais especiais
em nossa sociedade.

As TICs e as Tecnologia Assistivas são incorporadas no processo de


ensino aprendizagem como recursos didáticos, para que o (a) aluno (a)
seja capaz de obter informações, criar, relacionar, inferir e expressar
suas ideias e conhecimentos, assim como para ampliar sua capacidade
de interação e comunicação com com a comunidade escolar.

É importante ressaltar, entretanto, que a tecnologia somente será


assistiva quando for utilizada para que os (as) alunos (as) possam
superar os obstáculos sensoriais, motores, comunicativos e/ou
cognitivos, que os impedem de acessar informações, registrar e
expressar seus conhecimentos e experiências e facilitar seu acesso e
participação nos projetos pedagógicos e na manipulação de objetos
de aprendizagem ou, ainda, se a participação dos (as) alunos (as) for
prejudicada pela ausência daquela tecnologia, segundo Bersch (2013).

As tecnologias oferecem como vantagens: a individualização do


ensino ao respeitar o ritmo e tempo de realização de atividade de
cada aluno (a); a flexibilização do uso de diversos canais sensoriais;
a possibilidade de avaliação da aprendizagem de forma contínua e
dinâmica; a possibilitade de autoavaliação; manutenção da atividade
ou exercício; estimulação da motivação com uso de temas, cores,
figuras e formas variadas que atendem aos interesses dos (as)
alunos (as), dentre outros benefícios, segundo Rodrigues (2012).

Para definir de forma adequada a Tecnologia Assistiva e outras


tecnologias, que serão oferecidas nas salas regulares e no
Atendimento Educacional Especializado, os educadores precisam
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analisar o melhor conjunto de recursos a ser utilizado, usando os
seguintes parâmetros propostos por Bersch (2013):

• Aluno (a)/ usuário (a): o (a) aluno (a)/ usuário (a) deve ser
consultado (a), de forma clara e objetiva, sobre os recursos
que serão utilizados para identificar os problemas a serem
resolvidos, ampliar sua participação e o alcance dos objetivos
pretendidos.

• Contexto: o contexto em que os recursos serão utilizados, e


se há acessibilidade ambiental e de comunicações, deve ser
analisado, assim como a capacidade de aplicação dos recursos
por parte da equipe e o tempo disponível para a utilização dos
recursos no contexto, como no caso do AEE, na sala regular e
outros espaços da escola.

• Tarefa: deve-se considerar se as tarefas estão planejadas e


qual a participação que possibiltam ao (a) aluno (a), pois um
de seus principais objetivos é a ampliação dessa participação,
de modo que o (a) aluno (a) com deficiência realize as mesmas
atividades com todos os colegas.

Figura 1 – Infográfico sobre os parâmetros para a seleção de


Tecnologia Assistiva e outras tecnologias, segundo Bersch (2013)

Fonte: elaborada pela autora.

28
Os recursos para acessibilidade em dispositivos móveis, como
os celulares smartphones, variam de acordo com o dispositivo e
a versão do sistema operacional, no caso, o sistema operacional
Android, presente na maioria dos aparelhos vendidos no país.

As configurações de acessibilidade do Android são o TalkBack, o


aumento do tamanho da fonte e possibilidade de criação de tema
escuro para o aparelho, dentre outras.

Os recursos de acessibilidade para computadores em dispositivos de


hardware e software auxiliam as pessoas com deficiências visuais,
auditivas, intelectuais e/ou motoras e são os os mouses adaptados
e diferenciados, os teclados virtuais com varreduras e acionadores
e dispositivos de entrada e saída de dados que produzem sons,
imagens e informações táteis, segundo Bersch (2013).

Referências bibliográficas
BERSCH, R. Recursos Pedagógicos Acessíveis: Tecnologia Assistiva (TA) e
Processo de Avaliação nas escolas. 2013. Disponível em http://www.assistiva.
com.br/Recursos_Ped_Acessiveis_Avaliacao_ABR2013.pdf . Acesso em: 17 mar.
2021.
RODRIGUES, D. As tecnologias de informação e comunicação em tempo de
educação inclusiva. In: GIROTO, C. R. M; POKER, R. B; OMOTE SADAO (Orgs). As
tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. UNESP/Marília. São Paulo:
Oficina Universitária, 2012. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/
Home/Publicacoes/as-tecnologias-nas-praticas_e-book.pdf. Acesso em: 17 mar.
2021.

PARA SABER MAIS

Um dos recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência


visual são os softwares leitores de tela, que utilizam sistemas
que fazem a leitura de texto das telas e dos arquivos usados nos

29
computadores, por meio do uso de sintetizadores de voz e de alto-
falantes.

Portanto, os leitores de tela são os programas que irão interagir


com os sistemas operacionais dos computadores, capturar todas
as informações que forem apresentadas em forma de texto, lendo
esses textos por meio da transformação dos dados escritos em uma
fala, por meio do sintetizador de voz.

Ao fazer essa uma varredura dos dados escritos na tela, o software


leitor busca as informações que serão lidas para o usuário,
possibiliando a navegação do usuário pelos menus, textos e janelas
e existentes nos aplicativos.

Por meio do teclado convencional, a varredura é realizada e é


dispensada a utilização de mouse para a navegação, o que não torna
necessária adaptação especial para o funcionamento desse tipo de
programa.

Os softwares leitores de tela mais conhecidos são:

• JAWS (Job Access With Speech): considerado um dos mais


completos para a plataforma Windows e que possibilita o
acesso de usuários cegos ou com baixa visão às principais
funcionalidades desse sistema operacional.

• Virtual Vision: da empresa Brasileira Micropower, que se


encontra, atualmente, na versão 10, considerado o único leitor
de tela totalmente desenvolvido no Brasil.

• Dosvox: desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de


Janeiro, no Núcleo de Computação Eletrônica da (NCE UFRJ),
considerado um software completo para o sistema operacional
Windows. A maioria das mensagens emitidas pelo DOSVOX
é produzida com voz humana, o que leva a um baixo índice

30
de estresse para o usuário, mesmo com uso prolongado
do programa, sendo assim, o mais indicado para crianças,
jovens ou para um usuário que esteja começando a utilizar
um computador e contém um editor de texto, jogos de
caráter didático e lúdico, programas para ajudar na educação
de crianças com deficiência visual, entre outras tantas
funcionalidades.

A diferença entre o DOSVOX e os outros softwares para pessoas


com deficiência visual é que a comunicação entre homem e máquina
é mais simples já que em vez de ler o que está escrito na tela, o
software faz uma interação via diálogo, por meio de programas
específicos e de interfaces adaptativas.

Referências bibliográficas
MELO, R. Seis leitores de tela para seu computador. O ampliador de
ideias, treze de fevereiro de dois mil e vinte.Disponível em: https://
oampliadordeideias.com.br/6-leitores-de-tela-para-seu-computador/. Acesso
em: 17 mar. 2021.
ARAUJO, I. M.; DEL PIERO, A. B. P. DOSVOX: possibilidades de uso pedagógico
no processo de ensino-aprendizagem. Trabalho de Conclusão de Curso,
Licenciatura em Computação, Universidade Federal Rural da Amazônia
(UFRA)., Polo São Miguel do Guamá (PARFOR). Amazônia, 2017. Disponível
em: http://bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/179/1/Dosvox%20
Possibilidades%20de%20Uso%20Pedag%C3%B3gico%20no%20Processo%20
de%20Ensino-Aprendizagem.pdf. Acesso em: 17 mar. 2021.

TEORIA EM PRÁTICA

Uma aluna adulta com deficiência visual total, cursando o segundo


ano da faculdade de Direito, faz a gravação das aulas usando o
gravador de seu celular smartphone, mas para acompanhar as
leituras dos textos, pede a uma das colegas que grave a leitura em
voz alta e, depois, envie a gravação a ela. Sua professora de Língua

31
Portuguesa apresenta à aluna a possibilidade da utilização de um
software leitor de texto, do qual ela ainda não tinha conhecimento.

Com base nas informações sobre os softwares leitores de tela,


mostradas no Saiba Mais e nos parâmetros para a seleção
da Tecnologia Assistiva e das Tecnologias de Informação e
Comunicação, apresentadas no Direto ao Ponto, cite os programas
que podem ser apresentados à aluna e os critérios para a orientação
do uso de uma TIC, por parte da professora de Língua Portuguesa.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Indicação 1

O trabalho teve como objetivo pesquisar as possibilidades de


uso da ferramenta tecnológica DOSVOX no processo de ensino-
aprendizagem do deficiente visual, como estratégia facilitadora para
a apreensão dos conhecimentos.

Pesquise: pela referência na Internet.

ARAUJO, I. M.; DEL PIERO, A. B. P. DOSVOX: possibilidades de uso


pedagógico no processo de ensino-aprendizagem. Trabalho de
Conclusão de Curso, Licenciatura em Computação, Universidade
Federal Rural da Amazônia (UFRA)., Polo São Miguel do Guamá
(PARFOR). Amazônia, 2017. Disponível em: http://bdta.ufra.edu.br/
jspui/bitstream/123456789/179/1/Dosvox%20Possibilidades%20
de%20Uso%20Pedag%C3%B3gico%20no%20Processo%20de%20
Ensino-Aprendizagem.pdf. Acesso em: 17 mar. 2021.

32
Indicação 2

A obra trata das Tecnologias de Informação e Comunicação


(TICs) como ferramentas promissoras para a implementação e
consolidação de um sistema educacional inclusivo. Alguns capítulos
se ocupam do uso das TICs na educação inclusiva e, outros, da
formação de professores para o enfrentamento dos desafios e
acolhimento das possibilidades oferecidos pelas novas tecnologias.

Pesaquise pela referência na internet.

GIROTO, C. R. M; POKER, R. B; OMOTE SADAO (orgs). As tecnologias


nas práticas pedagógicas inclusivas. UNESP/Marília. São Paulo:
Oficina Universitária, 2012.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. Sobre as orientações para o uso das Tecnologias Assistivas e


das Tecnologias da Informação e Comunicação no contexto
escolar, assinale a alternativa correta:

33
a. Deve-se consultar o (a) aluno (a)/ usuário (a) após a escolha
da tecnologia, para verificar se gostou da seleção feita pela
equipe.
b. Deve-se analisar o contexto em que os recursos serão
utilizados e se há capacidade de aplicação dos recursos pela
equipe.
c. Deve-se planejar as tarefas e analisar a participação do (a)
aluno (a) no uso da tecnologia, após a escolha do recursos a
ser utilizado.
d. Deve-se consultar o (a) aluno (a)/usuário (a) para que verifique
se possui os recursos financeiros para a compra da tecnologia.
e. Deve-se analisar se as tecnologias possibilitam a realização
das tarefas de da pessoa com deficiência de forma isolada.

2. Sobre o uso de recursos de acessibilidade em dispositivos


móveis e em computadores, assinale a alternativa correta:

a. São padronizados e não variam de acordo com o sistema


operacional, no caso dos celulares smartphones.
b. Os recursos de acessibilidade para computadores ajudam
pessoas com deficiências visuais, mas não com deficiências
intelectuais.
c. São recursos de acessibilidade, os mouses adaptados, teclados
virtuais com varreduras e os dispositivos de entrada e saída de
dados que produzem sons.
d. O TalkBack é um recurso de acessibilidade para
computadores.
e. O aumento do tamanho da fonte é um recurso de
acessibilidade para uso restrito a computadores.

GABARITO
34
Questão 1 - Resposta B
Resolução: É correto afirmar que deve ser analisado
o contexto em que os recursos serão utilizados e se há
acessibilidade ambiental e de comunicações, conhecimento e
capacidade de aplicação dos recursos por parte da equipe. É
incorreto afirmar que porque o (a) aluno (a)/ usuário (a) deve
ser consultado (a) somente após a a escolha da tecnologia a ser
utilizada, pois deve participar de todo o processo, assim como
é incorreto afirmar que se deve planejar as tarefas e analisar a
participação do (a) aluno (a) no uso da tecnologia apenas após
a escolha do recurso, já que isso deve ocorrer antes mesmo da
escolha. É incorreto dizer que se deve consultar o (a) aluno (a)/
usuário (a) sobre custos para a compra das tecnologias, já que
não há existe a orientação para isso nas diretrizes e há acesso
público à aquisição desses recursos. É incorreto afirma que
as tecnologias devem ser analisadas quanto a possibilidade
de uso nas tarefas de forma isolada, pois a tecnologia tem
como objetivo a ampliação da participação do (a) aluno (a) com
deficiência nas atividades com todos os colegas.
Questão 2 - Resposta C
Resolução: É correto afirmar que os recursos de acessibilidade
para computadores em dispositivos de hardware e software
são os mouses adaptados diferenciados, os teclados virtuais
com varreduras e acionadores e dispositivos de entrada e
saída de dados, que produzem sons, imagens e informações
táteis. É incorreto afirmar que os recursos de acessibilidade
são padronizados, pois variam de acordo com o dispositivo e a
versão do sistema operacional, no caso, o sistema operacional
Android, presente na maioria dos aparelhos vendidos no
país. É incorreto afirmar que os recursos de acessibilidade
em celulares e computadores auxiliam somente pessoas
com deficiências visuais, pois auxiliam as pessoas com

35
deficiências auditivas, intelectuais e/ou motoras, de acordo
com Bersch (2013). É incorreto afirma que o TalkBack é uma
das configurações de acessibilidade para computadores, pois
esse também é um recurso para celulares que utilizam o
sistema Android. É incorreto afirmar que o recurso de aumento
do tamanho da fonte é restrito a computadores porque ele
também pode ser usado em celulares.

36
INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 4

Atendimento Educacional
Especializado e Sala de Recursos
Multifuncionais
______________________________________________________________
Autoria: Juliana Zantut Nutti
Leitura crítica: Nancy Capretz Batista da Silva
DIRETO AO PONTO

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é parte da política


de educação inclusiva brasileira e é definido como um conjunto
de atividades, recursos pedagógicos e de acessibilidade, prestadas
de forma contínua para complementar a formação dos alunos
que fazem parte da população-alvo da Educação Especial em Salas
de Recursos Multifuncionais e/ou suplementar a formação de
estudantes com Altas Habilidades/ Superdotação (BRASIL, 2011).

A população-alvo dos serviços oferecidos pelo Atendimento


Educacional Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais
são os alunos com deficiência, com Transtornos Globais do
Desenvolvimento (Transtorno do Espectro Autista, Síndrome de
Rett e psicose infantil, dentre outros) e com Altas Habilidades/
Superdotação (AH/S).

O Atendimento Educacional Especializado deve definir Planos de


Desenvolvimento Individual para a população-alvo, de acordo com as
necessidades e potencialidades de cada participante desse serviço.

O trabalho com alunos com deficiência auditiva e surdez, no


Atendimento Educacional Especializado, deve ser planejado pelos
professores que ministram aulas em Libras e de Língua Portuguesa,
para pessoas com surdez. Os recursos didáticos utilizados na sala
de aula regular para a compreensão dos conteúdos curriculares
também devem ser utilizados no Atendimento Educacional
Especializado em Libras (BRASIL, 2007a).

Ainda, devem-se utilizar imagens visuais e recorrer a outros


recursos, como a dramatização, observando-se aspectos como
a sociabilidade, cognição, linguagem (oral, escrita, viso espacial),
afetividade, motricidade, aptidões, interesses, habilidades e talentos.

38
Para os alunos com deficiência física, é necessário que os
professores do AEE identifiquem as características das deficiências
de cada aluno, diferenciando as lesões neurológicas não evolutivas
dos casos progressivos e os casos em que estão associadas
privações sensoriais visuais ou auditivas, deficiência intelectual
e Transtorno do Espectro Autista (BRASIL, 2007b). Há, ainda, a
associação entre a deficiência física e as limitações de comunicação,
como na paralisia cerebral, o que leva à necessidade de utilização de
recursos de Comunicação Aumentativa e Alternativa.

Com os alunos com deficiência intelectual, o Atendimento


Educacional Especializado deve ser capaz de possibilitar o alcance do
nível da ação reflexiva sobre o conhecimento, a saída da passividade
e da automatização da aprendizagem e o acesso a uma apropriação
ativa do conhecimento (BATISTA, 2006; BRASIL, 2007c).

No Atendimento Educacional Especializado com alunos com


deficiência visual devem ser utilizados recursos óticos e não óticos,
como as lentes de uso especial, lupas, óculos e telescópios manuais
e a adaptação de material didático como a impressão a Braile e o
uso de recursos de Comunicação Aumentativa e Alternativa (BRASIL,
2007d).

Os alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) estão aptos


a frequentar as salas comuns da rede regular de ensino, assim
como o Atendimento Educacional Especializado. No Atendimento
Educacional Especializado para os alunos com TEA, deve-se observar
os seguintes aspectos: flexibilização de tempo para a realização das
atividades propostas; uso de estratégias variadas para se comunicar
com o aluno e atender às suas necessidades; uso de comunicação
direta e frequente com o aluno, durante a realização das atividades
na sala comum, estimular a percepção de que é parte integrante da
turma; apresentação de atitudes positivas em relação à realização
das atividades pelo aluno; incentivo para a realização de atividades
39
e participação em eventos da escola, de forma independente e
autônoma (BELISÁRIO; CUNHA, 2010).

Os alunos com Altas Habilidades/Superdotação (AH/S), no


Atendimento Educacional Especializado terão acesso às estratégias
e recursos para o atendimento de suas peculiaridades, mas sua
escolarização deve ser articulada com a proposta pedagógica
global da instituição. O AEE deve ser capaz de identificar, elaborar
e organizar as atividades pedagógicas que possam eliminar ou
minimizar os obstáculos relacionados à aprendizagem desses
estudantes, além de oferecer atividades de enriquecimento
curricular, em articulação com as instituições de educação superior,
profissional, tecnológica, de pesquisa, artes, esportes, entre outras.
(BRASIL, 2006)

O Quadro 1 é uma síntese das orientações para o Atendimento


Educacional Especializado, de acordo com a população-alvo, de
forma que você possa consolidar o entendimento dos objetivos
desse serviço para cada tipo de aluno atendido:

Quadro 1 – Síntese das orientações para o AEE de alunos com


deficiência auditiva e surdez, deficiência física, deficiência
intelectual, deficiência visual, Transtornos do Espectro Autista e
Altas Habilidades/ Superdotação
Oferecer aulas em Libras e de Língua
Portuguesa para pessoas com surdez.
Deficiência auditiva
e surdez. Utilizar metodologias com imagens visuais e
outros recursos, como a dramatização.
Identificar as características das deficiências,
diferenciando as lesões neurológicas não
evolutivas dos casos progressivos.
Deficiência física.
Utilizar recursos de Comunicação Aumentativa e
Alternativa, quando a fala estiver comprometida.

40
Alcançar o nível da ação reflexiva sobre o conhecimento.
Deficiência
intelectual. Promover a saída da passividade e da
automatização da aprendizagem.
Utilizar recursos óticos e não óticos (lentes de uso
especial, lupas, óculos e telescópios manuais).
Deficiência visual.
Adaptar material didático (impressão a Braile) e uso
recursos de Comunicação Aumentativa e Alternativa.
Flexibilizar o tempo para a realização das
atividades propostas; uso de estratégias
Transtorno do variadas para se comunicar com o aluno.
Espectro Autista.
Comunicar-se direta e frequentemente com o aluno,
durante a realização das atividades na sala comum.
Elaborar atividades pedagógicas para eliminar e/
ou minimizar obstáculos para a aprendizagem.
Altas Habilidades/
Superdotação. Oferecer atividades de enriquecimento curricular,
em articulação com outras instituições.
Fonte: elaborado pela autora.

Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Secretaria
de Educação Especial. Atendimento Educacional Especializado. Deficiência
Visual. Brasília, 2007d. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/
pdf/aee_dv.pdf. Acesso em: 18 mar. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Secretaria
de Educação Especial. Formação Continuada a Distância de Professores
para o Atendimento Educacional Especializado - Deficiência Auditiva.
Brasília, 2007a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
aee_da.pdf. Acesso em: 18 mar. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Secretaria
de Educação Especial. Formação Continuada a Distância de Professores
para o Atendimento Educacional Especializado - Deficiência Física. Brasília,
2007b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf.
Acesso em: 18 mar. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Secretaria
de Educação Especial. Formação Continuada a Distância de Professores
para o Atendimento Educacional Especializado - Deficiência Mental.

41
Brasília, 2007c. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
aee_dm.pdf. Acesso em: 18 mar. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Secretaria
de Educação Especial. Série Saberes e práticas da inclusão. Saberes e
práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento
às necessidades educacionais especiais de alunos com altas habilidades/
superdotação. 2. ed. Brasília, 2006. ). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
seesp/arquivos/pdf/altashabilidades.pdf. Acesso em: 18 mar. 2021.
BRASIL.Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos.
Decreto n. 7.611, de 17 de Novembro de 2011. Brasília, 2011. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.
htm#art11. Acesso em: 18 mar. 2021.

PARA SABER MAIS

Existem várias categorias de Tecnologia Assistivas e, aqui, será


possível saber mais sobre algumas delas.

Os auxílios para a vida diária e vida prática são os produtos que


auxiliam na autonomia e independência das pessoas nas tarefas
de alimentação, vestimenta banho, entre outras, como os talheres
modificados, os suportes para utensílios domésticos, roupas com
velcro, recursos para transferência como barras de apoio etc. Para
as pessoas com deficiência visual e auditiva, há os recursos para
consultar o relógio, utilizar calculadora, termômetros, identificar
a iluminação e as cores do vestuário, identificador de chamadas
telefônicas etc.

As órteses são as peças acopladas a partes do corpo para dar o


posicionamento, a estabilização ou a funcionalidade e as próteses,
que são peças artificiais que substituem as partes ausentes do
corpo; ambas são produzidas sob medida. Para a adequação
postural, que ajuda no desempenho funcional e conforto para a
realização de atividades diversas, existem as cadeiras de rodas,
os assentos e encostos feitos sob medida, as almofadas no leito

42
e os estabilizadores ortostáticos. Os auxílios de mobilidade são
os recursos auxiliares como as bengalas, muletas, andadores,
carrinhos, cadeiras de rodas (manuais ou elétricas), os scooters e
outros equipamentos utilizados para melhoria da mobilidade da
pessoa com deficiência física.

Em relação aos materiais escolares, há recursos do tipo órteses,


como a aranha mola, que serve para estabilizar a mão para escrever
ou digitar, o plano inclinado, os engrossadores de lápis, o virador de
página por acionadores, entre outros recursos. A Figura 2 mostra
uma aranha mola, feita com arame revestido, que envolve o dedo
indicador e o polegar do (a) aluno (a) e fixa um utensílio como uma
caneta ou lápis, com uma ponteira de borracha. A órtese beneficia
pessoas que não conseguem dissociar um dedo para digitar e
podem usar esse recurso para facilitar o posicionamento do punho/
mão e realizar a digitação, viabilizando a produção de escrita e
acesso a ambientes virtuais, segundo Bersch (2013).

Figura 1 – Aranha mola para fixação de caneta com ponteira


para digitação

Fonte: elaborado pela autora.

43
Referências bibliográficas
BERSCH, R. Recursos Pedagógicos Acessíveis: Tecnologia Assistiva (TA) e
Processo de Avaliação nas escolas. 2013. Disponível em: http://www.assistiva.com.
br/Recursos_Ped_Acessiveis_Avaliacao_ABR2013.pdf. Acesso em: 18 mar. 2021.

TEORIA EM PRÁTICA

Um gestor escolar implantará o Atendimento Educacional


Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais, na escola de
Ensino Fundamental do ensino público em que é responsável. Antes
da implantação, acha muito importante apresentar aos docentes,
do ensino regular, as principais características desse serviço e os
objetivos do trabalho que será realizado para cada tipo de aluno
(a) que frequentará o serviço, de uma forma simples e objetiva.
Com base nas informações e discussões sobre o o Atendimento
Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais,
responda: por que é necessário que o gestor apresente aos
docentes do ensino regular dados sobre o Atendimento Educacional
Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais na escola? Se
você fosse o (a) gestor (a) escolar, quais características do AEE
apresentaria aos docentes? Quais os objetivos para os alunos que
compõem a população-alvo desses serviços você destacaria com os
docentes?

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

44
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Indicação 1

O Manual de Orientação do Programa de Implantação de Salas de


Recursos Multifuncionais tem como objetivo informar os sistemas
de ensino sobre as ações deste programa e apoiar a organização
do Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos alunos com
deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas
Habilidades/Superdotação, matriculados no ensino regular.

Pesquise na internet pelo título indicado.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância.


Secretaria de Educação Especial. Manual de de Orientação:
Programa de Implantação de Sala de Recursos Multifuncionais.
Brasília, 2010.

Indicação 2

O objetivo do artigo é auxiliar professores do AEE e gestores a


identificar alternativas em Tecnologia Assistiva que beneficiem
alunos (as) que frequentam as escolas, com um catálogo com
fotografias, descrição de recursos e a indicação de sites onde esses
recursos podem ser visualizados e adquiridos.

Pesquise na Internet pelo título indicado.

BERSCH, R. Recursos Pedagógicos Acessíveis: Tecnologia Assistiva


(TA) e Processo de Avaliação nas escolas. 2013.

45
QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. Sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE), assinale


a alternativa correta:

a. É um conjunto de atividades, recursos de acessibilidade


e pedagógicos prestados para substituir a formação da
população-alvo da Educação Especial.
b. É realizado em Salas de Recursos Multifuncionais para
substituir a formação da população-alvo da Educação Especial.
c. É um conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e
pedagógicos prestados para complementar a formação da
população-alvo da Educação Especial.
d. A população-alvo dos serviços do Atendimento Educacional
Especializado são os alunos com deficiência.
e. Deve definir os Planos de Desenvolvimento Individual de
acordo com as necessidades e potencialidades dos alunos
com deficiência.

46
2. Sobre as orientações para o Atendimento Educacional
Especializado para a população-alvo da Educação Especial,
assinale a alternativa correta:

a. O tempo para a realização das atividades para os alunos


com TEA deve ser igual ao dos outros alunos, para não haver
segregação.
b. Para alunos (as) com deficiência auditiva e surdez, o uso
de metodologias com imagens visuais e recursos como a
dramatização são contraindicados.
c. O AEE para alunos (as) com deficiência intelectual deve
promover a automatização da aprendizagem, por meio do
treino e da repetição de atividades.
d. Deve-se utilizar recursos de Comunicação Aumentativa e
Alternativa com alunos (as) com deficiência física com a fala
comprometida.
e. É desnecessário minimizar obstáculos para a aprendizagem
em alunos (as) com Altas Habilidades/Superdotação no AEE.

GABARITO

Questão 1 - Resposta C
Resolução: A alternativa C é correta, pois o Atendimento
Educacional Especializado (AEE), que faz parte da política de
educação inclusiva brasileira, é definido como um conjunto
de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos
organizados de forma institucional e contínua, prestados
de forma a complementar a formação dos (as) alunos (as)
que fazem parte da população- alvo da Educação Especial.
As demais alternativas são incorretas, pois o AEE tem como
objetivo complementar e/ou suplementar a formação da
população-alvo da Educação Especial e não de substituir
47
a formação, e o AEE é realizado em Salas de Recursos
Multifuncionais para complementar a formação da população-
alvo da Educação Especial; a população-alvo dos serviços
oferecidos pelo Atendimento Educacional Especializado nas
Salas de Recursos Multifuncionais são os (as) alunos (as) com
deficiência, com Transtornos Globais do Desenvolvimento
(Transtorno do Espectro Autista, Síndrome de Rett e psicose
infantil, entre outros) e com Altas Habilidades/Superdotação
(AH/S); os Planos de Desenvolvimento Individual devem ser
definidos para os (as) alunos (as) com Transtornos Globais do
Desenvolvimento (Transtorno do Espectro Autista, Síndrome de
Rett e psicose infantil, entre outros) e com Altas Habilidades/
Superdotação (AH/S), não apenas para os (as) alunos (as) com
deficiência.
Questão 2 - Resposta D
Resolução: A alternativa D é correta, pois há casos de alunos
(as) com deficiência física, como na paralisia cerebral, que
possuem comprometimento na fala e necessitam da utilização
de recursos de Comunicação Aumentativa e Alternativa no
AEE. As alternativas são incorretas, pois uma das orientações
para o AEE de alunos (as) com TEA é a flexibilização do tempo
para a realização das atividades e não a padronização e o
uso de metodologias com imagens visuais e recursos como
a dramatização, para alunos (as) com deficiência auditiva e
surdez são indicados e necessários; o AEE para alunos (as) com
deficiência intelectual não deve promover a automatização da
aprendizagem, por meio do treino e da repetição de atividades
e, mas a reflexão sobre o conhecimento; uma das orientações
para o AEE de alunos com Altas Habilidades/Superdotação são
as atividades para eliminar ou minimizar os obstáculos para sua
aprendizagem.

48
BONS ESTUDOS!

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