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I. Formulário de inscrição
Critérios adicionais
Impacto social - por exemplo, relação com a sustentabilidade ecológica da economia
(descarbonização, eficiência energética) ou outros desafios sociais
Acessibilidade - por exemplo, funcionalidades para pessoas com deficiência
1) Informações e contato
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☐ Provedor de educação/treinamento
☒ Instituto de pesquisa / universidade
☐ Associação profissional
☐ Empresa do setor privado
☐ Outro (favor especificar)
País: Brasil
Caso sua inscrição seja escolhida pelo júri, os candidatos selecionados terão a chance de apresentar
suas iniciativas no International Roadshow em 24 de outubro de 2023, organizado no contexto do
Seminário Internacional de Educação Profissional do SENAI 2023 em Brasília/Brasil. A viagem e a
acomodação de uma pessoa por projeto (incluindo custos de viagem para equipamentos técnicos)
ficarão por conta da BIBB no âmbito do Projeto International Roadshow .
2) Informações básicas
Idioma de uso
Português
Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde, PNS (2019), cerca de 8,4% da população brasileira
possui algum tipo de deficiência. O estudo mostra também que 3,8% dessas pessoas têm deficiência
física nos membros inferiores e 2,7% nos membros superiores.
Esse ponto converge cada vez mais na imediata necessidade de incluir esses grupos ou no dia a dia,
em ambientes profissionais ou nas escolas. As instituições de educação profissional, por exemplo,
devem atender alunos que apresentam Necessidades Educacionais Específicas (NEE), mediante a
promoção das condições de acessibilidade, a capacitação de recursos humanos, a flexibilização e a
adaptação do currículo, conforme o Art. 17 da Resolução nº 2, CNE/ CEB, de 11 de setembro de 2001.
Face ao exposto, a iniciativa aqui apresentada, produto do mestrado em Educação Profissional e
Tecnológica, é o SmartBlink, uma solução computacional que proporciona aos alunos com múltipla
deficiência, comunicação por meio do piscar dos olhos. O SmartBlink é um teclado com frases pré-
determinadas que preza pela diminuição do tempo de comunicação entre o aluno com NEE e o
professor. O foco desta ferramenta são pessoas que não possuem a capacidade de fala e nem a
capacidade motora para uso de um teclado físico, sendo necessário utilizar, por exemplo, os olhos
como alternativa no processo de comunicação. Nesse contexto, se antes eles dependiam de
cuidadores para “interpretar seus pensamentos”, com o software é possível promover autonomia.
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Eles deixam de depender exclusivamente de um auxílio humano e passam a conseguir se comunicar
por meio da seleção de frases com o piscar dos olhos ou a pressão de um botão com os pés, por
exemplo. A proposta da ferramenta é também ser flexível, o professor pode inserir frases que os
alunos usam com frequencia de acordo com a disciplina ministrada, facilitando ainda mais a
velocidade de interação.
A iniciativa em questão faz uso do computador para executar o SmartBlink e de um dispositivo para
detectar o piscar dos olhos integrado a um dispositivo que realiza a captação de ondas cerebrais
através do uso do Eletroencefalografia (EEG), o MindWave 2. Nesse caso, o computador se
apresenta como uma ferramenta que serve como recurso pedagógico no processo de inclusão e
construção da autonomia, diante disso, ao executar o SmartBlink, esse se torna uma ponte no
processo de interação entre a pessoa com deficiência e o ambiente escolar.
A junção do Smartblink com um dispositivo que detecta a intenção do discente se transforma em um
recurso de Interação Humano Computador voltado à área de Tecnologia Assistiva (TA). Sabemos que
a TA pode promover a ampliação de uma habilidade deficitária ou possibilitar a realização de função
que se encontra impedida por circunstância de diferentes deficiências, como é o caso do público-alvo
dessa iniciativa. São desse modo, alunos em que a deficiência física é associada a problemas
decorrentes da fala, mas que possuem um cérebro funcional e consciente, capaz de pensar e
processar estímulos, mas incapaz de traduzir os pensamentos em ação verbal ou gestual com o
professor em sala de aula.
O número de matrícula de alunos com NEE dentro da Educação Profissional e Tecnológica foi de
106.754 em 2020. Esse número representa 5,5 % do total de matrículas nessa modalidade
educacional.
Esses dados só ratificam a imediata necessidade de se contar com diferentes propostas de
Tecnologia Assistiva dentro desses espaços. Assim, quanto mais severamente comprometido em sua
condição estiver esse indivíduo, maior será a necessidade em lhe oferecer condições de
acessibilidade física e dispor de tecnologias que o permita superar, o tanto quanto possível, suas
dificuldades. A pessoa que tem como limitante a capacidade física e verbal, já encontra,
naturalmente, barreiras no seu dia a dia, em especial no processo de ensino aprendizagem. Então, a
solução que propomos de promover comunicação por meio do software que criamos, o SmartBlink,
traz para esses alunos uma forma rápida e de baixo custo para ser usada em ambiente escolar.
Assim, no processo de ensino-aprendizagem, tem-se como benefício a inclusão de alunos com
problemas na fala e acometidos com deficiência motora. Dessa forma, por meio do software
SmartBlink integrado a um dispositivo eletrônico capaz de detectar o piscar dos olhos,
proporcionarmos a esses indivíduos, independência, comunicação e inclusão social.
Sabendo que todo trabalho é passível de novas contribuições e novas propostas, temos como plano
futuro implementar melhorias no que tange ao design e integração com técnicas de Inteligência
Artificial (IA) para predição das frases mais utilizadas pelos alunos de acordo com um dada disciplina
no contexto do EPT e, assim, o próprio software mudar as disposições das frases na tela.
Do ponto de vista do professor, modificar o software para que mostre quantas vezes um aluno
efetivamente enviou uma dúvida e não somente quantas vezes um aluno interagiu com a aplicação.
Além disso, se faz necessário testar a integração do SmartBlink com outros tipos de acionadores que
utilizem, ou não, o piscar dos olhos. Por fim, pretendemos levar a solução para todo Brasil para que
usuários com diferentes comprometimentos cognitivos e motores ajudem no desenvolvimento de
novas funcionalidades e ajustes da solução já implementada.
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II. Condições de participação
As inscrições podem ser enviadas por pessoas jurídicas de direito público ou privado (por
exemplo, provedores de educação e treinamento na área de EPT, institutos/universidades de
pesquisa, associações profissionais, empresas comerciais) que estejam localizadas na
América Latina. As empresas comerciais só poderão se candidatar se o respectivo produto
puder ser caracterizado como Recurso Educacional Aberto (REA) ou Software Livre e de
Código Aberto (FOSS). As inscrições de pessoas físicas não afiliados a uma pessoa jurídica não
poderão ser consideradas.
Esta chamada para inscrições destina-se apenas a iniciativas explicitamente projetadas para
fins relacionados à EPT. Outras iniciativas (por exemplo, nas áreas de educação geral e
pesquisa ou conceitos de ensino e aprendizagem focados em habilidades básicas de
matemática ou de idiomas (estrangeiros) e competências sociais, mesmo que possam ser
transferidas para o contexto da EPT) não poderão ser apoiadas.
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IV. Informações legais