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ITINERÁRIO FORMATIVO

Laboratório
Educacional
de Informática (LEI)
Todos os direitos reservados à
Secretaria da Educação do Estado do Ceará - Centro Administrativo Governador Virgílio Távora.
Av. General Afonso Albuquerque Lima, S/N – Cambeba, Fortaleza-CE - Cep: 60.822-325.
Ano de Publicação: 2023.

Elmano de Freitas da Costa


Governador
Jade Afonso Romero
Vice-Governadora

Eliana Nunes Estrela


Secretária da Educação
Maria Jucineide da Costa Fernandes
Secretária Executiva de Ensino Médio e da Educação Profissional
Helder Nogueira Andrade
Secretário Executivo de Ensino Médio e da Educação Profissional
Oderlânia Leite
Secretária Executiva de Gestão da Rede Escolar
Emanuelle Grace Kelly Santos de Oliveira
Secretária Executiva de Cooperação com os Municípios
Stella Cavalcante
Secretária Executiva de Planejamento e Gestão Interna
Vagna Brito de Lima
Coordenadora Estadual de Formação Docente e Educação a Distância
Ideigiane Terceiro Nobre
Coordenadora de Gestão Pedagógica do Ensino Médio
Módulo I
Tecnologias na Educação:
Caminhos e Possibilidades

UNIDADE I
Possibilidades de Uso das
Tecnologias na Educação:
Preparação para a ação
AUTORA: Germânia Kelly Ferreira de Mereiros
Introdução

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Recursos tecnológicos e
sua disponibilidade no
contexto escolar: o que
existe? Como utilizar?

Inicia-se esta seção antecipando que não há resposta única para essa
pergunta. Considerando que as tecnologias permeiam todo o cotidiano, pode-se
afirmar que a capacidade de utilizá-las como recurso pedagógico é diretamente
proporcional ao potencial humano de pensar e conjecturar alternativas criativas.
Porém, na perspectiva de apresentar aos professores lotados nos Laboratórios
Educacionais de Informática (LEI) algumas sugestões, não como receitas, mas
como possíveis pontos de partida, elencou-se um conjunto de espaços e
ferramentas destinadas ao desenvolvimento dos processos de ensino e
aprendizagem, sejam da iniciativa pública, sejam da privada, considerando, no
entanto, a acesso livre a tais ambientes e ferramentas.

Considerando o cenário escolar com toda a sua diversidade, imagina-se que


quanto maior for a oferta de possibilidades de se desenvolver o ensino e a
aprendizagem, melhor para professores e alunos, acreditando que estes podem
se servir da criatividade na perspectiva de uma aprendizagem significativa.
Contudo, quando o assunto é Tecnologias na Educação, o campo das
possibilidades precisa passar por uma criteriosa etapa de planejamento, uma vez
que, dependendo da alternativa tecnológica selecionada, deve estar alinhada não
só ao objetivo pedagógico, mas com uma série de elementos, como aquisição ou
acesso da tecnologia selecionada, conectividade, perfil dos professores e alunos,
incluindo-se os paradigmas educacionais mantidos pelos professores e outras
variáveis que somente um bom planejamento pode se antecipar e definir como
satisfatória a experiência que se deseja executar.

Na busca por diferentes alternativas, é possível sugerir diferentes recursos,


metodologias e, portanto, caminhos a serem construídos juntos. Nesse contexto,
apresentaremos nesse curso alguns recursos ofertados pelas instituições
públicas, pelos jogos, softwares e aplicativos da Web 3.0.
Para a seção dos portais e demais serviços ofertados pelo Ministério da
Educação (MEC), realizou-se um estudo implicando na descrição dos serviços
ofertados e na forma de acesso.

A seção dos jogos demandou uma abordagem mais detalhada sobre uso e
quebra de paradigmas, uma vez que sua utilização costuma estar associada muito
mais à diversão do que à aprendizagem, como se aprender passasse por algo
enfadonho. Na oportunidade, apresentou-se alguns jogos com diferentes
possibilidades de desenvolvimento de conteúdo associado ao currículo escolar e a
temas transversais, como educação ambiental, liderança e lógica.

Relacionado aos softwares, a sua inserção no campo das possibilidades se


deu mais em função da qualidade da conectividade existente em algumas escolas
do que por seu valor conteudista. Sem desmerecer este segundo aspecto, a ideia
é dispormos de uma possibilidade de utilização do Laboratório Educacional de
Informática (LEI) de maneira off-line e diversificar as formas, para que, com isso,
dificuldades não se transformem em impedimentos, resistências ou frustrações,
considerando aqui possíveis dificuldades de conexão que a escola possa
apresentar.

Dessa forma, precisamos dispor de um conjunto de alternativas, sejam elas


online, sejam off-line, compreendendo que a escola não está alheia a esse cenário
nem limita-se às atividades presenciais e restritas ao período das aulas. A partir
do conhecimento mais amadurecido quanto ao uso das TICs na Educação,
professores e gestores podem inserir em seu planejamento diversas atividades,
cujo LEI funcione como palco para o desenvolvimento de aprendizagens mais
prazerosas e significativas.
POSSIBILIDADES DE USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO:
PREPARAÇÃO PARA A AÇÃO
PLATAFORMAS

O Governo Federal, na perspectiva de apoiar o processo, promoveu várias


iniciativas, como o Mecflix, Guia de Tecnologia Educacional e Portal do Professor.
Tais programas atuam prioritariamente na formação de professores e na
disponibilidade de aulas planejadas. Pensando nas atribuições do professor do
LEI, tratou-se de indicar as plataformas, não com vista à imposição de um
trabalho, mas no entendimento de que quem vai com a ideia de colaborar, deve
ter um repertório mínimo que permita apontar alternativas pedagógicas quanto ao
uso das Tecnologias na Educação.

 A seguir, uma breve coletânea das principais iniciativas


disponíveis para os professores.

- MECFlix¹: A plataforma MECFlix disponibiliza videoaulas gratuitas. No site, o


usuário encontra conteúdos, como o boletim de notícias diário com informações
sobre o Enem, resoluções de vídeo com questões dos anos anteriores
comentadas por professores, videoaulas e uma plataforma de estudo
personalizada com planos de estudos, exercícios e simulados on-line.

A decisão de como e quando utilizar essa plataforma é do professor. Contudo,


como professor do LEI, você pode apresentar a possibilidade e estar junto no
momento do planejamento, observando o momento oportuno para sugerir.
Figura 1 - Página inicial do MECFlix

- Guia das Tecnologias Educacionais²: trata-se de publicação na qual o MEC


oferece aos gestores educacionais uma coletânea de materiais e tecnologias para
uso nas escolas públicas brasileiras, com o objetivo de disseminar as tecnologias
aos sistemas de ensino. Apresenta-se subdivido em cinco blocos: Gestão da
Educação; Ensino-Aprendizagem; Formação de Profissionais da Educação;
Educação Inclusiva e; Portais Educacionais. Todos os blocos se referem a
tecnologias que estão sendo coordenadas pelo MEC.

- Portal do Professor³: Caracterizado como espaço para troca de experiências


entre professores do ensino fundamental e médio, é um ambiente virtual com
recursos educacionais que pode contribuir na realização de um trabalho docente
mais rico e dinâmico. Foi lançado em 2008, em parceria com o Ministério da
Ciência e Tecnologia, sendo um espaço público, cujo objetivo é apoiar os
processos de formação dos professores brasileiros e enriquecer a sua prática
pedagógica, podendo ser acessado por todos os interessados. O conteúdo do
portal inclui sugestões de aulas de acordo com o currículo de cada disciplina e
recursos, como vídeos, fotos, mapas, áudio e textos.
Figura 2 - Página inicial do Portal do Professor

O ambiente dispõe, além de links para objetos de aprendizagem, de uma


comunidade de aprendizagem onde os professores de todo o País podem
compartilhar suas ideias, propostas, sugestões metodológicas para o
desenvolvimento dos temas curriculares e para o uso dos recursos multimídia e
das ferramentas digitais. A intenção é provocar um intercâmbio de experiências
para o desenvolvimento criativo de novas estratégias de ensino e aprendizagem.

As atividades disponíveis nesta área são sugestões de professores em uma


proposta colaborativa. Qualquer pessoa pode acessar as sugestões, deixar
comentários, classificá-las ou baixá-las.

No mesmo portal, encontra-se também o Jornal do Professor como veículo


destinado a revelar e discutir o cotidiano da sala de aula, que contempla: o link
para baixar recursos multimídia, cujo conteúdo é previamente selecionado para
atender a todos os componentes curriculares e temas relacionados; a
disponibilidade de informações sobre cursos e materiais, indicando sites com
informações sobre os programas de capacitação que o MEC e demais instituições
oferecem, e também materiais de estudo contendo orientações, apostilas,
estratégias pedagógicas, entrevistas, publicações diversas e outros recursos para
fundamentação do trabalho docente; o espaço de colaboração, destinado a trocas
de informações de diferentes formas e compartilhamento do trabalho de
educadores de todo o país, buscando a valorização das experiências docentes e
fomentando experiências de estratégias pedagógicas mais criativas, inclusivas e
dinâmicas.

- Banco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE): Portal onde são


disponibilizados, de forma gratuita, recursos educacionais em diversas mídias e
idiomas (áudio, vídeo, animação/simulação, imagem, hipertexto, softwares
educacionais). Distribuídos nas áreas do conhecimento, os objetos educacionais
atendem desde a educação básica até o ensino superior.

Figura 3 - Página inicial do Banco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE)

O BIOE¹ funciona de maneira integrada com o Portal do Professor, o site da


TV Escola e o Portal do Domínio Público. Além de promover um alinhamento
quanto as iniciativas governamentais, incentiva um planejamento diversificado,
alternando recursos e metodologias. Para isso, o banco dispõe de vários objetos,
produzidos, inclusive, em outras línguas que não o português, ampliando a
disponibilidade.

¹ Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/>


No caso de material de origem brasileira, os números são tímidos. Contudo,
isso não implica em limitação de uso, uma vez que boa parte está no link de
animações e simulações, o que permite uma compreensão, independente da
língua de origem. Fica fácil superar a barreira da língua quando a percepção
passa primeiro pela leitura da imagem e do movimento.

Observando a quantidade de objetos educacionais para o ensino fundamental


e médio, sobretudo na área da Matemática e da Ciências da Natureza e suas
Tecnologias, somado aos indicadores de aprendizagem dos últimos anos, que
apontam um grande déficit na aquisição de conhecimentos básicos na área da
Matemática, consideramos que a disponibilidade de objetos nessa área pode
sinalizar um caminho a mais na perspectiva de melhorarmos os indicadores de
aprendizagem desse componente curricular.

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