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Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do título
de Especialista em Educação Especial e Inovação Tecnológica.
___________________________
Coordenação do Curso
Banca examinadora
____________________________
Prof.(a) Dr. Fábio Brum Thimóteo
Orientador(a)
____________________________
Prof.(a) xxxxxx
Instituição xxxxxx
____________________________
Prof.(a) xxxxxx
Instituição xxxxxx
The right to quality education is essential for the development of citizenship and the
expansion of democracy. Public investments in education are extremely important for
reducing poverty, crime and expanding economic growth, well-being and access to
fundamental rights by the population. One of these rights is literacy. Recent surveys
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) present data from 2019
that there are about 11 (eleven) million illiterates in Brazil. I believe that technology
combined with the development of phonological awareness can be used in order to
provide new possibilities and perspectives in the teaching-learning process. To
achieve success in education through innovation, combined with assistive technology
resources, technological innovation and the implementation of UDL (Universal
Design for Learning). Neuroscience has advanced in its research bringing promising
data from the use of these tools, providing students with better performance in
different areas of knowledge and success in learning for all.
1 - Introdução ............................................................................................................07
6 - Referências...........................................................................................................28
Introdução
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um sentido lógico para o aluno, visando um cotidiano escolar onde o sucesso é
possível.
Pretendemos pontuar as dificuldades que as crianças apresentam ao cursarem
a Classe de Alfabetização, principalmente em relação às crianças das classes
populares, pela inexistência de políticas públicas adequadas às camadas sociais no
ensino fundamental, responsáveis, em grande parte, pela reprodução da escola
através da história perversa da repetência e da evasão.
Cabe nos questionar: “Quem é o responsável por tanto analfabetismo?”, “Por
que crianças que passam anos na escola, mas não conseguem compreender a
linguagem escrita?”, “O que os educadores, tem feito para mudar esse quadro?...”
Portanto, cabe este trabalho: levar o professor educador a refletir sobre o
processo de ensino-aprendizagem com uma perspectiva em novas estratégias de
ensino, e, se este tem sido significativo para seus alunos; indicar formas que poderão
levar o aluno a compreender e assimilar a linguagem escrita, oral e sonora;
proporcionar ao educador o entendimento de que ele é o facilitador da aprendizagem,
não é o transmissor dos conteúdos, pois estes vêm da própria experiência do aluno.
Sabemos que os analfabetos se encontram em um mundo limitado, que é
inteiramente dependente do outro, para obter qualquer tipo de esclarecimento e
informação. As consequências podem ser vistas nitidamente na sociedade, onde
àqueles que não tiveram acesso à escola, ficam a margem da maioria dos benefícios
oferecidos pela sociedade.
Acreditando-se que é possível ensinar e aprender para todas as crianças. Visto
que antes de entrar na escola, de ser alfabetizada, ela já adquiriu sua história,
trazendo consigo seu universo de conhecimentos. É capaz de expressar: oralmente,
por sinais ou outros recursos que proporcione seu aprendizado, de entender nossa
língua e falar com desenvoltura nas circunstâncias da vida em que precisa usar a
linguagem, apesar de suas limitações na linguagem e de nem sempre saber ler e
escrever.
O professor é a peça fundamental neste processo de alfabetização, pois é ele
que conduzirá seus alunos a ter prazer em aprender, ter sempre a consciência que a
alfabetização é um processo. Não é limitada a momentos compartilhados no cotidiano
escolar. A escola, o professor e o mediador escolar têm a função de criar os caminhos
para que as crianças avancem nesse processo e construa com suas próprias mãos
outros caminhos que poderão por ele passar.
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Faz-se necessário que haja uma nova visão no processo de alfabetização,
onde o sucesso é possível, tornando cidadãos capazes de ler e escrever.
Apresentaremos duas práticas de Ensino que tem apresentado excelentes
resultados na escolarização: a Consciência Fonológica, que visa desenvolver as
habilidades para o sucesso na alfabetização e o Desenho Universal da Aprendizagem
(DUA) tem reúne estratégias que possibilitam todos os estudantes a aprender.
A educação é o que existe de mais importante numa sociedade, porque é a
instituição que mantém e dinamiza as forças culturais capazes de superar as
dificuldades existentes e sugerir alternativas novas de organização social. Sem
educação é impossível determinados povos e nações aprimorar os seus potenciais e
oferecer melhoria materiais, culturais e espirituais para as gerações futuras.
A Educação precisa ser prioridade no Brasil. Ela é a base, o alicerce e a
substância da vida social. A evasão, a repetência, as baixas notas, os problemas de
indisciplina, o desinteresse, são indicadores das profundas deficiências do atual
sistema de ensino, principalmente na sua organização pedagógica e em suas ações
sociais.
Pretendemos então, estar discorrendo sobre este tema que é tão necessário
para a melhoria da nossa sociedade, que trata da importância do sucesso no processo
de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita.
Portando, estaremos apresentando no decorrer deste trabalho os aspectos
relacionados à alfabetização, tais como: o que é a alfabetização; dificuldades na
alfabetização e reflexão no Processo de Ensino-aprendizagem.
Posteriormente falaremos sobre a Educação Inclusiva e suas práticas
pedagógicas.
Apresentando na finalização deste trabalho as Estratégias de Ensino por meio
da Consciência Fonológica e do Desenvolvimento Universal da Aprendizagem na
alfabetização que visam assegurar o sucesso de todos os alunos.
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Revisão de Literatura
Sabemos que o mundo caminha a passos largos, a cada dia são realizadas
inúmeras descobertas, a tecnologia tem avançado em uma velocidade incrível. Mas
mesmo diante de tantos recursos, ferramentas, pesquisas e técnicas há um público
que se encontra a margem da sociedade. Público esse que não tem acesso a uma
educação de qualidade, a assistência médica adequada e a qualidade de vida é
precária.
Mesmo diante de tantos avanços, o analfabetismo é um fator que precisa de
atenção. O que impede uma criança de ser alfabetizada? Enquanto professores, o
que temos feito para minimizar estes dados de analfabetismo? E a família, como pode
contribuir para que a criança seja alfabetizada no tempo certo?
Há inúmeros questionamentos e diferentes aspectos que interferem direta e
indiretamente neste cenário. Os problemas estão aí, ano após anos. Mas o que
podemos fazer para mudar esta realidade?
Pesquisas relatam que o índice de analfabetismo cresceu na Pandemia:
O número de crianças de seis e sete anos no Brasil que não sabem ler e escrever
cresceu 66,3% de 2019 para 2021 – explicitando um dos efeitos da pandemia
de Covid-19 no ensino brasileiro.
A análise foi divulgada, nesta terça-feira (8), pela organização Todos Pela Educação,
com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ao
todo, 2,4 milhões de crianças brasileiras não estão alfabetizadas nesta faixa etária.
O número corresponde a quase metade (40,8%) do grupo inteiro. Daniel Corá e
Juliana Alves. CNN, São Paulo.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/numero-de-criancas-brasileiras-que-nao-sabem-ler-e-escrever-
cresce-66-na-pandemia/Acesso em 06 de mai de 2023.
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Figura 2 – Crianças em uma sala de aula
https://img.youtube.com/vi/cw_aYtJ2O0U/sddefault.jpg
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/numero-de-criancas-brasileiras-que-nao-sabem-ler-e-
escrever-cresce-66-na-pandemia/Acesso em 06 de mai de 2023.
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Estas inquietações me levaram a realizar pesquisas sobre o assunto até que conheci
a Consciência Fonológica. Desde então, tudo passou a fazer sentido.
Encontrei algumas respostas aos meus questionamentos e comecei a colocar
em prática com meus alunos e foi surpreendente o resultado.
A consciência fonológica é uma habilidade que vem sendo estudada no mundo
inteiro há mais de quarenta anos e esta habilidade está correlacionada ao sucesso da
alfabetização. Tão importante quanto o que se ensina e se aprende é como se ensina
e como se aprende. (COLL, César)
Pesquisadores consideram a possibilidade da consciência fonológica ser um
facilitador da aprendizagem para todas as crianças, sejam elas com transtornos ou
não, com deficiência ou não, com dificuldades de aprendizagem ou não.
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O Desenho Universal da Aprendizagem tem como objetivo capturar esses
estudantes marginalizados e desenvolver seu planejamento pedagógico de forma que
todos sejam contemplados.
Acreditamos que este novo conceito de ensino aliada ao desenvolvimento da
consciência fonológica pode ser uma excelente ferramenta para trazer grandes
benefícios e minimizar os índices de analfabetismo no Brasil e no mundo. Precisamos
modificar a nossa forma de ver para modificar a realidade, como disse Lair Ribeiro: “A
medida que você modifica a sua percepção, você modifica a realidade, porque
percepção é realidade, tudo o mais é ilusão.” Lair Ribeiro
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Percurso Metodológico
Alfabetização
Dificuldades na Alfabetização
As crianças em processo de alfabetização quando apresentam dificuldade de
aprendizagem ou baixo rendimento escolar faz necessário buscar uma análise sobre
os aspectos teóricos do assunto à partir da queixa escolar. Emília Ferreiro e
colaboradores por meio de suas pesquisas trouxeram um novo olhar sobre a
concepção de alfabetização, ocasionando a organização das patologias nesta fase de
aprendizagem escolar. Logo, a alfabetização obtém uma nova forma de ser vista, pois
antes era apenas uma transmissora de um conhecimento pronto, que para recebê-lo
a criança que apresentar algumas habilidades. Ela passou a ser resultante da
integração da criança, como construtor do conhecimento, e da linguagem escrita.
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O professor alfabetizador realiza uma avaliação tendo como base esta visão
permite ao aluno compreender o que escreve ou lê, adquirindo o prazer pela leitura e
escrita. Muitas das vezes a necessidade em obter uma avaliação do que está sendo
transmitido ao aluno, gera uma exigência para o cumprimento de prazos na execução
e assimilação dos conteúdos que pode trazer graves consequências e dificuldades na
escrita e na leitura na alfabetização.
A estimulação por meio da consciência fonológica utilizará recursos que
possibilite ao educando perceber o significado da leitura e da escrita. Poderá ser
utilizando jogos, fichas ilustradas com os sons das letras do alfabeto, rimas, desenhos,
pinturas, histórias, etc. A observação nas atitudes do estudante em relação a cada
atividade é muito significativa para este processo de alfabetização.
É essencial que haja uma análise do que o aluno é capaz de ler e escrever
associando com as exigências que há na escola. Respeitando sempre o nível no
processo de alfabetização de cada criança, pois a capacidade real de uma criança
que encontra-se no nível pré-silábico se difere de outra criança que já consegue
diferenciar as letras e seu valor sonoro.
Quando este ritmo individual de cada indivíduo é ignorado gera uma dificuldade
que irá se agravando a cada dia, levando a criança a recusar a cumprir as atividades
que exigem a leitura e a escrita. Alguns episódios de problemas na alfabetização
podem estar relacionados a questão simbólica, que influencia de forma inconsciente
na aquisição da leitura e da escrita. Assim, a criança internaliza alguns aspectos,
como: não quero crescer, não compreender seu papel no mundo, não consegue
realizar os registros, etc. logo, entendemos que o domínio da alfabetização representa
autonomia, crescimento diante dos pais e do mundo que o cerca.
Quando o processo de alfabetização não acontece de uma maneira tranquila e
natural, a pressão sobre a criança torna-se um fator complicador. Os adultos,
familiares, professores, e até amigos voltam sua atenção para a aquisição da leitura
e da escrita, fazendo cobranças, comparações, muitas vezes com a melhor das
intenções.
A rotulação que se faz com as crianças que apresentam dificuldade e são vistas
como “preguiçosas” é outro aspecto que precisa ser dissociado no aprendizado. A
“preguiça” pode ser um sinal de dificuldade.
Acreditamos que cabe aos professores o papel da alfabetização, eles precisam
estar preparados para este processo. Os pais também podem contribuir para esta
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aquisição do conhecimento, tendo o cuidado para não exigir da criança mais do que
ela pode oferecer. Algumas atitudes podem contribuir positivamente para o sucesso
na alfabetização, tais como:
o Tornar o contato com a leitura e a escrita prazeroso, misterioso – ler para a
criança, contar histórias, ler na frente das crianças (os pais que têm hábito de
leitura têm mais chance de desenvolver o hábito de leitura nos filhos);
o Disponibilizar material – como revistas, gibi, livros. É importante que tenham
muitas gravuras e pouco texto. Com o tempo a criança se interessará pelo texto,
mas é normal que o interesse inicie pelas figuras;
o Fornecer os estímulos certos para o desenvolvimento da percepção auditiva e
desenvolver a estimulação fonológica e metafonológica das palavras. Estimular a
percepção dos sons, por meio das habilidades de consciência silábica,
consciência de palavras, etc.
o Estimular o desenho, a pintura, o contato com diferentes materiais (não só na hora
do dever de casa, mas como uma brincadeira em diferentes momentos). Sentar
para desenhar junto e “brincar de escrever”.
o Jogar jogos. Jogo de rimas, jogo da memória é excelente para ajudar na
alfabetização. A criança identifica os iguais e os diferentes, a posição das peças,
memoriza visualmente as peças, etc. Outros jogos: dominó, dama, quebra-
cabeça, ludo.
o O importante é sempre fazer de forma agradável e divertida, para que a criança
goste de aprender, goste de ler, goste de escrever.
o Após a experimentação de várias alternativas (tanto pela escola quanto pela
família) a utilização de estímulos da forma correta trará benefícios e o sucesso na
alfabetização.
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A alfabetização sob uma perspectiva epistemológica
Segundo o dicionário:
Educação Inclusiva
A Educação Inclusiva tem obtido grandes mudanças por meio de alguns
movimentos políticos, social e educacional, tais como: Conferencias Mundiais e
Fóruns realizados pela Unesco nos anos de 1990, 1994 e 2000 e a Convenção sobre
os direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2008), com o objetivo de garantir a
educação para todos os estudantes portadores de necessidades especiais. Diversas
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medidas estão sendo discutidas e tomadas para que todos tenham condições de ter
acesso ao ensino regular independente de suas condições físicas, motoras,
intelectuais, emocionais, etc.
E, uma vez que a Educação Inclusiva tem vindo a ser reconhecida como uma meta a
atingir pelos sistemas educativos em todo o mundo, alguns autores sublinham a
urgência de criar comunidades de aprendizagem inclusivas para todos os alunos
(Curcic, 2009; Kats, 2012; 2013; UNESCO, 2009)
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Objeto Educacional
Consciência Fonológica
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Não podemos cometer o erro em dizer que cada criança tem seu tempo de
aprender. A neurociência afirma que para aprender a ler e a escrever tem prazo
determinado. Por meio de pesquisas foi descoberto que o desenvolvimento de uma
substância branca em uma área específica do cérebro, a região temporoparietal
esquerda que é responsável pela associação dos sons e letras, o crescimento desta
substância ocorre entre os cinco aos oito anos de idade. Logo, o tempo é crucial para
que a criança seja alfabetizada na idade certa.
Temos muito casos de crianças que ultrapassam esta faixa etária e não foram
alfabetizadas. Cabe a cada profissional da educação se apropriar destes
conhecimentos e assumir a reponsabilidade em contribuir para que todos os seus
alunos sejam alfabetizados no tempo certo.
A linguagem é um fator importante para o desenvolvimento e a aprendizagem.
A linguagem oral seria indispensável para a habilidade de leitura e escrita. Precisamos
também levar em conta as crianças que se comunicam por meio da linguagem não
verbal e não somente a oral. Para os casos cabe uma estimulação específica de forma
que o professor proporcione a este grupo de alunos alternativas de comunicação no
processo de alfabetização ou em qualquer segmento de ensino.
Não podemos nos esquecer que cada criança possui as suas particularidades
e necessidades, algumas desenvolveram essas habilidades mais cedo, enquanto
outras mais tarde.
O desenvolvimento da habilidade de consciência fonológica inicia do menor
para o maior grau de complexidade. Precisamos iniciar a estimulação dos sons por
meio das rimas, posteriormente avançamos para a segmentação de palavras em
sílabas, depois para o reconhecimento dos sons individuais e por último a
manipulação dos fonemas.
O resultado esperado dependerá da forma que o professor conduzirá este
trabalho. Precisa ser realizado de forma explicita e específica apresentando a
habilidade a ser desenvolvida e o seu significado por meio de exemplos.
Os materiais pedagógicos podem ser elaborados de diversas maneiras de
acordo com a demanda que o educador possui em sua classe. Podendo utilizar fichas
com ilustrações, materiais digitais, jogos, etc.
A seguir faremos a descrição de como podemos desenvolver as habilidades da
consciência fonológica seguidos de alguns exemplos práticos. Seguindo a ordem a
seguir:
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o Consciência da palavra – busca a estimulação por meio da escuta, entender o
que falamos e ouvimos por meio de palavras, frases, músicas, conversas ou
histórias. Ir estimulando por meio de atividades sensoriais introduzir crianças a
uma variedade de conceitos e palavras descritivas (ou seja, quente, frio, grande,
alto, baixo, molhado, seco, rápido, lento). Falar durante brincadeiras, construindo
blocos, brincando de faz de conta. Falando frases e apresentando gradativamente
o conceito de palavras e frases. Pra cada palavra bater uma palma; escrever
frases em um cartão e ir cortando palavra por palavra; reunir algumas fichas com
palavras e formar frases, etc.
o Consciência de sílabas – levar o aluno a perceber que as palavras podem ser
divididas em partes menores, ou seja, em sílabas. Primeiro o aluno foi levado a
perceber a existência de palavras nas frases, ou seja, só é possível formar uma
frase com a composição de palavras. Nesta segunda etapa, é possível perceber
que uma palavra é composta por sílabas. É primordial entender as sílabas para
só assim ser possível perceber a palavra. Nesta fase não é necessário que a
criança tenha o conhecimento das letras.
o Rimas e aliteração – rima é a repetição dos sons que ocorre no final da última
sílaba dos vocábulos ou versos. As rimas podem ser classificadas quanto a
fonética, quanto ao valor e quanto a tonicidade.
Especialistas em leitura americanos usam rimas para identificar crianças que podem
ter problemas para aprender a ler. Segundo eles cerca de 80% dos alunos de jardim de
infância encontrarão prontamente, por exemplo, três palavras que rimam com “gato”.
Os outros 20% que não conseguirem poderão ter problemas para se alfabetizarem
(LYON, 1995). Fonte: BRITES, Luciana, 2019, p.34
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É essencial trabalhar muitos textos com rima, histórias, músicas, versos,
brincadeiras com fantoche, apresentar figuras que rimam ou não. Criar enigmas a
partir de uma palavra, etc.
Supomos que tenhamos um aluno com Deficiência Intelectual e gostaríamos
que ele percebesse a rima. Como o aluno tem dificuldade em produzir a fala, podemos
usar figuras para as quais o aluno possa apontar. Em seguida, podemos utilizar
cartões de figuras para ele manipular e unir pares formando rimas, primeiramente
somente dois modelos e depois ir incluindo um a um, começando o que rima e depois
o que podem ser misturados em palavras. Pode iniciar mostrando à criança uma foto,
por exemplo, de um leão. Comece dizendo: “Aqui está a figura de um leão.”; “O leão
tem um bocão.”; “O leão saradão”.
A aliteração consiste na percepção da repetição dos sons das palavras. Ocorre
através da repetição de sílabas, que podem ocorrer no início, no meio ou no final da
palavra. Uma forma de trabalhar a estimulação desta habilidade é o uso de trava-
línguas, no qual há a repetição dos sons fonêmicos nas palavras. Um exemplo bem
conhecido é: O rato roeu a roupa do rei de Roma, neste trava-língua o aluno é levado
a perceber o som da letra /R/ no início das palavras.
o Consciência do Fonema: Este é o nível mais avançado da consciência
fonológica, neste nível é importante que a criança faça a relação da letra com seu
respectivo som. O trabalho com os fonemas deve iniciar de uma percepção mais
simples para a mais complexa. É importante saber que o fonema: é a menor
unidade da língua; não é pronunciado isoladamente; não é audível e é abstrato
(pode ocorrer dificuldade em percebê-los).
Neste nível é importante estimular a criança para que ela realize operações
cognitivas, tais como: adicionar, segmentar, omitir, manipular e analisar os sons
da palavra que está ouvindo, sendo capaz de entender os sons existentes em
cada sílaba.
Stanislas Dehaene, em seu livro Os neurônios da leitura, diz que é preciso colocar o
estímulo hierárquico no cérebro, a fim de que a criança possa reconhecer as letras e
os grafemas e os transformar em imagens acústicas de sua língua; todas as outras
etapas de nível ortográfico e enriquecimento de vocabulário dependem disto
diretamente. (Fonte: Silva, Carla Cristina dos Santos da., 2020, p. 140 Neurociência
para alfabetização.)
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Desenho Universal da Aprendizagem
Figura 4 - Princípios básicos do Desenho Universal para a Aprendizagem DUA. Fonte: Nunes e Madureira
(2015). Acesso em 10 junho de 2023 em https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Principios-basicos-do-
Desenho-Universal-para-a-Aprendizagem-DUA-Fonte-Nunes-e_fig1_338010245
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facilitador neste processo educacional por meio de diferentes estratégias de
ensino-aprendizagem.
2) Como apresentamos a informação: Podemos apresentar de diversas maneiras,
por meio de símbolos, da linguagem, por desenhos, objetos manipuláveis, etc.
3) Fornecer múltiplos meios de ação e expressão: os alunos podem se expressar
através de desenhos ou da linguagem. O professor precisa fornecer as
possibilidades, diferentes maneiras de abordar o conteúdo.
A elaboração do currículo de forma que ele se torne acessível para todos os
alunos faz-se necessário seguir os seguintes componentes:
1 – Objetivo: O que é importante?
2 – Estratégias: O que preciso para alcançar o objetivo?
3 – Recursos e materiais: O que estarei utilizando para a aplicação do conteúdo?
4 – Métodos: Como vou ensinar?
5 – Avaliação: Analisar se os critérios estabelecidos foram alcançados.
Acreditamos que uma escola inclusiva é aquela que reúne estratégias e
ferramentas que possibilite o desenvolvimento cognitivo, social e emocional de todos
os alunos. Independentemente de sua condição física ou intelectual sejam
contemplados com um ensino que seja pensado para todos.
Este trabalho tem como público alvo os estudantes em fase de alfabetização,
embora as estratégias de ferramentas até aqui apresentadas podem ser utilizadas em
diferentes níveis de escolarização.
A consciência fonológica aliada ao DUA podem ser meios eficazes com
resultados comprovados cientificamente e envolve ativamente todos os estudantes na
fase de alfabetização, acreditamos que toda criança merece e precisa ser
alfabetizada.
Resultados esperados
Como mencionado anteriormente, minha trajetória na área da educação
começou muito cedo. No início da minha carreira profissional como professora não
tinha o conhecimento que tenho hoje. Como diz Thomas Hobbes, “Conhecimento é
poder”. Poder esse que me libertou da angustia de não compreender porque
determinado aluno não conseguir se alfabetizar, liberdade para buscar as ferramentas
e usar estratégias eficazes no dia a dia letivo.
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Alguns anos atrás tive um aluno com TDA/H que não conseguiu ser
alfabetizado. Isto me causou uma profunda tristeza e um sentimento de culpa veio ao
meu encontro. Mesmo diante de várias tentativas, não consegui alfabetizar este aluno.
Após isso, iniciei uma busca por respostas, pois sempre busquei dar o meu melhor
para ver o sucesso escolar dos meus alunos.
Iniciei então, uma maratona em busca destas respostas, fiz vários voltados
neurociência e a alfabetização e conheci a consciência fonológica. Quando aprendi
como o cérebro reage aos estímulos e como acontecia seu desenvolvimento cognitivo,
a relação de como o professor ensina e como o aluno aprende trouxe diversas
contribuições para a minha prática pedagógica.
Foi incrível ver como os alunos eram alfabetizados em um tempo bem mais
curto que o método antes utilizado. Independente do transtorno de aprendizagem a
alfabetização acontecia.
Nestes últimos anos tive o privilégio de acompanhar estes alunos nas séries
seguintes e sua evolução no processo de escrita e leitura é surpreendente. Os alunos
no 2º ano do Ensino Fundamental estão com uma leitura fluente e sua escrita com
poucos erros ortográficos.
Entendemos que é importante o professor se apropriar dos conceitos de como
a escrita se constrói, é essencial conhecer e saber em qual fase da escrita a criança
se encontra (pré-silábico, silábico, silábico-alfabético ou alfabético). A criança precisa
estar em contato diariamente com materiais e recursos que estimulem sua
compreensão a cerca do desenvolvimento da leitura e da escrita.
A estimulação feita da maneira correta, respeitando os níveis hierárquicos da
consciência fonológica proporciona aos alunos o avanço nos níveis da escrita de
forma satisfatória e evolutiva. Quando a criança chega no nível alfabético, não
podemos achar que ela está alfabetizada. Ela precisa se apropriar da ortografia que
ocorrerá após esta etapa.
Antes de me apropriar deste conhecimento era muito comum exigir do meu
aluno a escrita correta das palavras ao invés de analisar e fornecer os estímulos
corretos para que ele consiga fazer a análise e a apropriação do conhecimento e ir
conseguindo avançar no seu processo de alfabetização.
O Desenho Universal da Aprendizagem será o próximo recurso a ser
implementado em minha prática pedagógica. Após iniciar a Especialização em
Educação Especial e Inovação Tecnológica pude conhecer mais este recurso.
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Acredito que o DUA é um recurso essencial para obtermos o sucesso escolar com
uma amplitude que se faz necessária nos dias atuais. Vejo que a Consciência
fonológica já traz em suas práticas recursos e técnicas com os princípios e os
componentes que norteiam o Desenho Universal da aprendizagem, sendo o principal
deles proporcionar o aprendizado para todos os alunos.
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Considerações Finais
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Por muitos anos alunos foram reprovados por não conseguirem ser
alfabetizados, mas até então não sabia que estava ensinando da maneira incorreta.
Após descobrir que precisava ensinar da forma que eles teriam condições de
aprender, tudo mudou.
Concluímos então que a utilização da consciência fonológica pode contribuir de
maneira significativa para a intervenção e prevenção do fracasso escolar na
alfabetização independente das limitações da criança. Cabe ao professor, buscar os
recursos e materiais necessários para propiciar a educação de qualidade. O resultado
que pode ser esperado vai além da alfabetização, por meio desta prática é possível
resgatar a autoestima dos alunos em ver em seu rostinho a alegria por aprender a ler
e a escrever.
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Referências
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre Alfabetização. 24ª ed. São Paulo, Cortez,
2001. – (Coleção Questões da Nossa Época).
SILVA, Carla Cristina dos Santos da. Neurociência para alfabetização. 2ª ed. Maringá:
SHS Editora, 2020.
ALVES, Juliana. Crianças brasileiras que não sabem ler e escrever cresce na
Pandemia. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/numero-de-
criancas-brasileiras-que-nao-sabem-ler-e-escrever-cresce-66-na-pandemia/Acesso
em 06 mai de 2023.
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