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Sumário
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NOSSA HISTÓRIA
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POR QUE UTILIZAR TECNOLOGIAS ASSISTIVAS?
INTRODUÇÃO
Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal
de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades
funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida
Independente e Inclusão. O processo de Educação Inclusiva deflagrado na década de
(90) noventa preconiza que todos os alunos, com e sem deficiência, devem frequentar o
mesmo espaço pedagógico a fim de que convivam e aprendam. A Política Nacional de
Educação Inclusiva (MEC-2008) reforça tais pressupostos, dá outras deliberações e
determina o público alvo da educação inclusiva. Dentre esses alunos destacam as
crianças com Transtorno Global de Desenvolvimento (TGD) nos quais se incluem as
crianças autistas.
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QUEM TEM DIREITO AO ENSINO ESPECIALIZADO?
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São considerados alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles
que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras.
Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome Asperger, síndrome
de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtorno invasivos sem outras
especificações. (Resolução CNE/CEB n˚4/2009, art.4˚ §2).
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Tecnologias assistivas utilizam realidade aumentada para comunicação com
crianças autistas, projetos desenvolvidos em locais como a UFRGS incluem fichas de
comunicação para utilizar com smartphones e mesas interativas onde podem ser usados
objetos comuns para a comunicação, com a tecnologia touchscreen.
COMO SURGIU?
A Tecnologia Assistiva (TA) surge no contexto educacional e no processo
inclusivo como uma metodologia significativa. Para a professora Rita Bersch (2008 p.01),
esta nova forma de comunicação pode ser entendida como: “um termo novo, o arsenal de
recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais
de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e
inclusão”.
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Sendo assim, será através da presente pesquisa, investigando o trabalho de um
professor da sala de recursos multifuncionais de uma escola pública municipal que
buscar-se-á compreender em que consiste o oferecimento da Tecnologia Assistiva aos
alunos autistas e como esse recurso pode contribuir facilitando a comunicação e a
integração social.
OBJETIVOS
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tecnologia torna as coisas possíveis”. (RADABAUGH, 1993) Cook e Hussey definem a TA
citando o conceito do ADA - American with Disabilities Act, como “uma ampla gama de
equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os
problemas funcionais encontrados pelos indivíduos com deficiências”. (COOK &
HUSSEY, 1995) A TA deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação
de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e
que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo envelhecimento.
Podemos então dizer que o objetivo maior da TA é proporcionar à pessoa com deficiência
maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua
comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado e
trabalho.
ORGANIZAÇÃO
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A classificação HEART, é apresentada de forma adaptada no documento EUSTAT
Empowering Users Through Assistive Technology, que foi elaborado por um grupo de
pesquisadores de vários países da União Europeia e é considerada por eles, como sendo
a mais apropriada para a formação dos usuários finais de TA, bem como para formação
de recursos humanos nesta área. Ao apresentar uma classificação de TA, seguida de
redefinições por categorias, destaca-se que a sua importância está no fato de organizar a
utilização, prescrição, estudo e pesquisa de recursos e serviços em TA, além de oferecer
ao mercado focos específicos de trabalho e especialização.
A classificação que segue foi escrita em 1998 por José Tonolli e Rita Bersch e foi
atualizada por eles para corresponder aos avanços na área a que se destina. Ela tem uma
finalidade didática e em cada tópico, considera a existência de recursos e serviços; foi
desenhada com base em outras classificações utilizadas em bancos de dados de TA e
especialmente a partir da formação dos autores no Programa de Certificação em
Aplicações da Tecnologia Assistiva – ATACP da California State University Northridge,
College of Extended Learning and Center on Disabilities.
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AUXÍLIOS PARA A VIDA DIÁRIA E VIDA PRÁTICA
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Exemplos: Materiais escolares (aranha mola para fixação da caneta, pulseira de imã
estabilizadora da mão, plano inclinado, engrossadores de lápis, virador de página por
acionadores).
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Exemplos: prancha de comunicação gerada com o software Boardmaker SDP no
equipamento EyeMax (símbolos são selecionados pelo movimento ocular e a mensagem
é ativada pelo piscar) e pranchas dinâmicas de comunicação no tablet.
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entre outros. Como dispositivos de saída podemos citar softwares leitores de tela,
software para ajustes de cores e tamanhos das informações (efeito lupa), os softwares
leitores de texto impresso (OCR), impressoras braile e linha braile, impressão em relevo,
entre outros.
O controle remoto pode ser acionado de forma direta ou indireta e neste caso, um
sistema de varredura é disparado e a seleção do aparelho, bem como a determinação de
que seja ativado, se dará por acionadores (localizados em qualquer parte do corpo) que
podem ser de pressão, de tração, de sopro, de piscar de olhos, por comando de voz etc.
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As casas inteligentes podem também se auto ajustar às informações do ambiente como
temperatura, luz, hora do dia, presença de ou ausência de objetos e movimentos, entre
outros.
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Exemplos: Projeto de acessibilidade no banheiro, cozinha, elevador e rampa externa.
ÓRTESES E PRÓTESES
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Exemplos: Próteses de membros superiores e órtese de membro inferior, substituição de
membros criados artificialmente pro membros reais, criação de auxiliares pequenos como
dedos.
ADEQUAÇÃO POSTURAL
Ter uma postura estável e confortável é fundamental para que se consiga um bom
desempenho funcional. Fica difícil a realização de qualquer tarefa quando se está
inseguro com relação a possíveis quedas ou sentindo desconforto.
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fazem parte deste grupo de recursos da TA. Quando utilizados precocemente os recursos
de adequação postural auxiliam na prevenção de deformidades corporais.
AUXÍLIOS DE MOBILIDADE
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Exemplos: Carrinho de transporte infantil, cadeira de rodas de auto-propulsão, cadeira de
rodas.
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Exemplos: Lupas manuais, lupa eletrônica, aplicativos para celulares com retorno
de voz, leitor autônomo mapa tátil em relevo, representação tátil de uma obra de arte em
museu.
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Exemplos: Aparelho auditivo; celular com mensagens escritas e chamadas por vibração,
aplicativo que traduz em LIBRAS mensagens de texto, voz e texto fotografado.
MOBILIDADE EM VEÍCULOS
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ESPORTE E LAZER
Exemplos: ACESSÓRIOS - pessoas com deficiência visual podem jogar bola, por
exemplo. Para isso, coloca-se uma bola sonora (acessório para possibilitar o som) para
possibilitar a prática esportiva e o lazer. ADAPTAÇÕES - pessoas com deficiência visual
podem correr. Para isso, coloca-se uma prótese (adaptação) que possibilita a corrida.
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PLURIDISCIPLINARIEDADE E A ORGANIZAÇÃO DE
SERVIÇOS EM TA
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• PARTICIPAR ATIVAMENTE DE TODO O PROCESSO DE SELEÇÃO: Ser ativo
no processo de experimentação de várias alternativas tecnológicas, retroalimentando a
equipe de profissionais com suas considerações, em cada item de TA experimentado. O
usuário e familiares conhecem profundamente o problema e a organização do ambiente
onde a tecnologia será implementada. Estas informações serão fundamentais para que a
equipe defina de forma exitosa a melhor solução em TA.
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uma única equipe. Nela, os profissionais serão os consultores e os formadores e os
usuários assumem um papel ativo desde a definição do problema até a escolha da
solução.
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busca complementar suas aulas e enriquecê-las, tornando-a também mais atrativas para
seus alunos.
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aluno e para que não dissocie o conhecimento da realidade (EMER, 2011). Por isso, a
formação docente é de extrema relevância para que o professor esteja preparado no
processo de mediar o aluno a novos mundos e descobertas do saber, como sujeitos
pensantes, capazes de refletir e agir criticamente diante dos desafios pessoais e
profissionais (EMER, 2011).
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pretendidas. Muitas vezes temos a tendência de direcionar a nossa “busca” por “grupo de
recursos” para grupos de pessoas com uma “determinada deficiência”: recursos para
cegos, recursos para surdos, recursos para pessoas com deficiência física, recursos para
pessoas com deficiência intelectual, recursos para autistas etc. Este ponto de vista não
considera que as pessoas com deficiência são diferentes entre si, vivem em contextos
diferentes e enfrentam problemas únicos de participação e desempenho de tarefas, nos
lugares onde vivem. Buscando conhecer e comprar a TA desta forma, teremos uma forte
tendência ao fracasso, ao desperdício financeiro e finalmente ao abandono do recurso.
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Assim, no sentido de auxiliar a inclusão escolar do aluno autista a TA pode ser
uma estratégia utilizada para possibilitar a ampliação ou a substituição da sua linguagem,
bem como no processo de escolarização.
Tal acontece uma vez que, de acordo com os dados colhidos na pesquisa, através
desse recurso, são preparadas atividades que atendem as singularidades do aluno. Cada
prancha de comunicação PECS (figura nº03) é produzida de acordo com cada criança,
favorecendo o seu desenvolvimento cognitivo. Outro fator importante no processo
inclusivo observado é que o professor da sala multifuncional e o professor referência
trabalham de forma articulada. Sem o suporte do professor de AEE o professor da sala
comum sente-se inseguro. Considera-se que a TA deve ser introduzida na sala de recurso
multifuncional e, posteriormente, ampliada para a sala regular.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MELLO, Ana Maria S. Ros de. Autismo: guia prático. Colaboração: VATAVUK,
Marialice de Castro. 6ed.-São Paulo: AMA; Brasilia: Corde, 2007 .
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BRASIL. SDHPR - Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com
Deficiência - SNPD. 2009. Disponível em:
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/publicacoes/tecnologia-assistiva Acesso em
06/12/2012
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