Você está na página 1de 2

FACULDADE UNICORP-PÓLO DE ITABAIANA-PB

CURSO DE NEUROPSICOPEDAGOGIA CLINICO E INSTITUCIONAL

PROFESSORA: Dra Sandra Morais

DISCIPLINA : Educação inclusiva

Relatório de experiência em sala de aula com crianças especiais

No ano de 2019, trabalhei na rede municipal de ensino da cidade de Itabaiana , na Zona


rural, numa turma de multisseriado( 2° e 3º ano), com 14 alunos de idades entre 7 e 8
anos. Nesta turma tinha alunos que apresentava dificuldades de aprendizagem:
problemas emocionais, déficit de atenção, abandono, repetência e hiperatividade. Meu
trabalho constitui-se investigar o conhecimento primitivo de cada aluno, na elaboração
do planejamento de acordo a sua aprendizagem.

Durante esse período foquei na leitura e escrita, mas havia dois alunos que não
apresentava desenvolvimento de acordo com as habilidades trabalhadas. Informei a
direção da escola sobre esses alunos, em seguida buscamos contatos com os familiares,
hoje um dos alunos faz acompanhamentos médicos e já apresentou um laudo médico na
escola , o outro aluno , a família não aceitou , porém recusa buscar ajuda, essa criança
hoje está com 12 anos, no 4º ano do ensino fundamental e apresenta dificuldade na fala ,
na concentração e na socialização.

Durante esse ano letivo de 2019 ,busquei trabalhar de forma interdisciplinar, buscando
atender a necessidade de cada um aluno. No inicio foi difícil, mas busquei estratégicas
na busca de ajudar esses alunos na leitura, escrita e socialização.

Uma grande preocupação que tive durante o meu trabalho foi atender todos os alunos, ao
mesmo tempo em deveria atender dada um respeitando suas características individuais.

No retomada das aulas presencias, esse ano, no mês de outubro, na educação infantil
tenho um aluno com autismo,o mesmo tem acompanhamento médico, vindo de rede
particular de ensino, onde a instituição não aceitou mais esse aluno.
O aluno Wesley no primeiro dia de aula, apresentou extrema dificuldade de aceitação
com o novo ambiente.

No decorrer dos dias letivos tem apresentado uma extrema dificuldades de socialização,
não interagem com os demais colegas, mostrando agitação, agressividades e não
apresenta interesse nas aulas praticas e teóricas( com jogos e brincadeiras)

Ao mim deparar com o aluno autista , fiquei sem direção, mas procurei pesquisar sobre
esse universo colorido buscando fontes , meios de conquista para que pudesse avançar ,
de acordo sua potencialidade. Nossa prioridade na escola é que aprendesse a brincar
interagir com os demais colegas e também que compreendesses as regras sociais e a
rotina da sala de aula e da escola.

Trabalhar com crianças especiais dentro de uma classe regular foi , para mim um
desafio. As dúvidas iniciais foram muitas, principalmente, como vou trabalhar os
conteúdos com eles e os demais? A única certeza que eu tinha é que aquelas crianças
eram meus alunos , a responsabilidades era minha de fazer acontecer a inclusão.

Em fim, diante da experiência com alunos especiais , aprendemos mais dar valor a vida,
são crianças carinhosas estão ali em busca de ajuda. Esses alunos especiais é um desafio,
mas que também nos trouxe a chance de perceber o quanto é possível oferecer a estes
alunos , que por tantas vezes são descriminados. Os alunos especiais não só nos ofereceu
a condição de acreditar na inclusão como também fez sentir educadores inclusivos .

Valem ressaltar que inclusão educacional depende tanto de políticas inclusivas quanto
de práticas pedagógicas, é preciso entender a deficiência como resultado da inter-
relação das limitações individuais presentes no ambiente em que se vive.

Você também pode gostar