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com TEA
Ano: 2019
1
Willyans Maciel
2019
Curitiba, PR
2
FICHA CATALOGRÁFICA
MACIEL, Willyans
A Escola Inclusiva e seu Diferencial no Atendimento de Estudantes com TEA /
Willyans Maciel. – Curitiba, 2019.
63 p.
Coordenação Técnica: Marcelo Alvino da Silva.
Revisão de Conteúdos: Sérgio Antonio Zanvettor Júnior
Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki.
Material didático da disciplina A escola inclusiva e seu diferencial no atendimento
de estudantes com TEA – Faculdade São Braz (FSB), 2019.
ISBN 978-85-5475-333-7
3
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
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Apresentação da disciplina
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Aula 1 – Escola inclusiva e sua dinâmica de atuação com estudantes com
TEA
Apresentação da aula 1
Importante
De acordo com o quadro clinico, o Transtorno do Espectro
Autista - TEA pode ser classificado em:
1) Autismo clássico. O grau de comprometimento pode variar
muito. De maneira geral, os portadores são voltados para si
mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem
com o ambiente; conseguem falar, mas não usam a fala como
ferramenta de comunicação. Embora possam entender
enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e
apreendem apenas o sentido literal das palavras. Não
compreendem metáforas nem o duplo sentido. Nas formas mais
graves, demonstram ausência completa de qualquer contato
interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar,
não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem
sorrisos, repetem movimentos estereotipados, sem muito
significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e
apresentam deficiência mental;
2) Autismo de alto desempenho (antes chamado de síndrome
de Asperger). Os portadores apresentam as mesmas
dificuldades dos outros autistas, mas em uma medida bem
reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes que
chegam a ser confundidos com gênios, porque são imbatíveis
nas áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto
menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem
levar vida próxima à normal.
3) Distúrbio global do desenvolvimento sem outra
especificação (DGD-SOE). Os portadores são considerados
dentro do espectro do autismo (dificuldade de comunicação e
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de interação social), mas os sintomas não são suficientes para
incluí-los em nenhuma das categorias específicas do
transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil.
Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-
sintomas/tea-transtorno-do-espectro-autista-ii/
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respeitando as possibilidades de cada instituição e o perfil da comunidade em
que ela está inserida. São eles:
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Fonte: https://tudobemserdiferente.files.wordpress.com/2018/03/educacao-inclusiva.jpg
É o princípio segundo o qual cada pessoa é única e deve ser tratada como
tal. Não apenas é o caso que nenhuma pessoa é igual a outra, mas é o caso que
mesmo as características e condições semelhantes podem manifestar-se de
modo diferente.
Por exemplo: um estudante diagnosticado aos quatro anos com
Transtorno do Espectro Autista de nível 1, de acordo com o DSM-5 (Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders, versão 5), pode ainda não ser capaz
de comunicar-se verbalmente aos seis anos, enquanto outro estudante
diagnosticado da mesma maneira e com a mesma idade pode ter apenas
algumas dificuldades pontuais com a linguagem verbal quando atingir os
mesmos seis anos.
O princípio da individualidade não nega os marcos de desenvolvimento
presentes na descrição do desenvolvimento humano ao longo da vida, tampouco
nega as características que os seres humanos compartilham com seus grupos
ou as classificações necessárias ao trabalho educacional, à ciência e à
sociedade humana.
Tal princípio trata de afirmar que, ainda que se compartilhem experiências
e características, cada uma destas experiências, condições e características
será instanciada em cada pessoa individualmente, podendo se manifestar de
maneiras diferentes.
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Por vezes, esta diferença será maior ou menor, mas, somando as
diferenças em cada aspecto, temos pessoas totalmente individuais, que já não
podem ser vistas como grupos absolutamente padronizados.
Na escola, por exemplo, não se poderá pensar no grupo dos estudantes
com TEA e no grupo dos estudantes que não apresentam sinais de TEA, pois
estes grupos são heterogêneos em si mesmos.
Pensá-los como grupos rígidos seria ignorar as formas como os diferentes
estudantes podem interagir com o processo de ensino e aprendizagem para
além desta característica específica (presença ou ausência dos sinais do TEA).
No limite, seria ignorar as formas como eles podem interagir em
sociedade, desrespeitando individualidade e, consequentemente, a identidade,
um valor importante da educação do século XXI.
A partir do princípio da individualidade, será necessário pensar nos
estudantes, de modo geral, como diferentes entre si para atender às
necessidades de cada um, independentemente dos grupos nos quais podemos
classificá-los.
Assim, teremos necessidades educacionais para cada estudante. Autores
como Glat e Pletsch (2013) chegam a defender o abandono do termo
“necessidades educacionais especiais” em favor do termo, mais simples e
abrangente, “necessidades educacionais”.
Essa mudança de terminologia encontra resistência, principalmente pelo
fato de que a diferenciação entre as necessidades mais comuns e as menos
comuns permitem aos profissionais que atuam com os estudantes com TEA
realizarem classificações úteis e oferecerem atenção direcionada àqueles que
precisam de mais atenção devido a uma dificuldade específica, por exemplo,
com a linguagem verbal.
Neste sentido, a proposta dos autores como Glat e Pletsch pode ser
entendida como mais útil na forma de um lembrete de que não se deve proceder
generalizações apressadas como uma mudança efetiva na terminologia
educacional.
Independente de adotar-se ou não a proposta de Glat e Pletsch (2013),
ao proceder de acordo com o princípio da individualidade, o profissional está
mais propenso a realizar adaptações que beneficiem a todos, tanto professores
quanto alunos, e não segreguem os indivíduos com TEA.
10
Saiba Mais
Howard Gardner nasceu em 1943, na
Pensilvânia, é psicólogo cognitivo e
educacional da Universidade de Harvard,
nos Estados Unidos, sendo conhecido, em
especial, pela Teoria das Inteligências
Múltiplas. Depois de muitas pesquisas com a
inteligência humana, concluiu que o cérebro humano possui
oito tipos de inteligência, as quais se desenvolvem em
diferentes graus. Esta teoria nos ajuda a compreender que
todas as pessoas aprendem, seja em diferentes tempos, de
diferentes maneiras, com diferentes recursos e com a
utilização de diferentes inteligências.
1.3.1 Receptividade
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Amplie Seus Estudos
A matéria “Autismo e escola: os desafios e a necessidade da
inclusão” trata da dificuldade de matricular um estudante com
TEA em escolas regulares e pode ajudar a melhor
compreender a receptividade.
Disponível no link:
http://educacaointegral.org.br/reportagens/autismo-escola-
os-desafios-necessidade-da-inclusao/
1.3.2 Integração
Pesquise
Com o intuito de ampliar seus conhecimentos a respeito de
educação inclusiva, sugiro a leitura da Declaração de
Salamanca:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
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1.3.3 Escola inclusiva
Fonte: https://juliomachado.com.br/a-importancia-da-formacao-do-professor-educador-
para-uma-escola-inclusiva/
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Na última década do século XX, ainda se utilizava apenas a ideia de
integração daqueles estudantes, especialmente crianças, que se mostravam
mais propensos a acompanhar o ritmo e funcionamento da escola regular.
Assim, tinha-se um método unilateral de seleção daqueles que poderiam
beneficiar-se da escola regular e da educação voltada à atuação em sua
comunidade e na sociedade em geral, em oposição àqueles que deveriam
manter-se na educação especial, separada da educação regular.
A mudança de perspectiva começa com uma convenção da UNESCO, na
cidade espanhola de Salamanca, em 1994, cujas definições e recomendações
estão presentes no documento apresentado em UNESCO (1994), que ficou
conhecido pelo nome de Declaração de Salamanca.
Tal convenção provocou um grande movimento de mudança legislativa e
da atitude das escolas por todo o mundo, inclusive no Brasil, com aspectos da
Declaração de Salamanca sendo incluídos na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, de 1996.
A discussão desenvolvida a partir desse período tratou o conceito de
integração como a abordagem que trata de entender se a criança está pronta ou
tem condições de participar em uma escola regular, por outro lado, o conceito de
educação inclusiva trataria, a partir de então, do dever da escola de aceitar a
criança e garantir a ela a de educação que é dada a todas as crianças, permitindo
assim a participação na educação regular. A educação inclusiva é, portanto,
bilateral e permite maiores e melhores adaptações.
Socialização;
Integração na sociedade/comunidade;
Autonomia;
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Melhor compreensão dos comportamentos adequados;
Colaboração.
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iniciativa própria recorreu, pode ser levado a utilizar este mesmo mecanismo,
uma vez generalizado, em outras situações de sua vida, mesmo fora do
ambiente escolar. Este estudante tornou-se mais autônomo, ele é capaz de
realizar mais, por sua própria iniciativa.
Quanto a melhor compreensão dos comportamentos adequados, sabe-se
que é comum entre crianças com TEA a dificuldade de distinguir
comportamentos adequados de inadequados. Escolas inclusivas em diversos
países têm incluído metodologias específicas para auxiliar os estudantes com
TEA a distinguir os comportamentos adequados dos inadequados e comunicar-
se de modo mais eficiente, auxiliando-os a desenvolver a colaboração com os
colegas e professores.
Entre essas metodologias, destacam-se:
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Além dessas adaptações, existem recursos específicos (apoio) para
atender aos estudantes com Necessidades Educacionais Especiais, entre eles,
os estudantes com TEA, deficiências (físicas ou intelectuais) e os estudantes
com altas habilidades ou superdotação. Os mais comuns desses recursos são a
sala de recursos multifuncionais e o profissional de atendimento educacional
especializado.
Para tentar reduzir, ou evitar completamente, a ideia de segregação dos
estudantes, o atendimento educacional especializado é, geralmente, realizado
no contraturno das aulas regulares. Assim, o estudante pode usufruir de todas
as vantagens de estar inserido na comunidade escolar com seus pares, ao
mesmo tempo que possui um atendimento especializado para lhe dar suporte
nas dificuldades inerentes de sua condição.
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Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
Leia o livro Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais – 5o Edição DSM-5,
(American Psychiatric Association). A “Utilização
do Manual” inclui a “Definição de um Transtorno
Mental”, considerações forenses e uma breve visão geral do
processo diagnóstico e do uso de codificação e
procedimentos para registro.
Resumo da Aula 1
Atividade de Aprendizagem
Na primeira aula foram apresentados os conceitos de
receptividade, integração e escola inclusiva. Com base nos
estudos da disciplina, descreva, em um texto de dez a quinze
18
linhas, como se distingue a receptividade da inclusão e qual a
importância de ambas no processo de tornar uma escola
regular inclusiva.
Apresentação da aula 2
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cadeira de rodas até websites de órgãos públicos sem opção de alto contraste.
Tudo o que impede a acessibilidade.
No sentido educacional, uma barreira é qualquer situação, condição ou
atitude que possa impedir a inclusão ou receptividade do estudante, tanto com
relação ao processo de ensino e aprendizagem quanto com relação à escola
como um todo.
Cada ambiente está propenso a apresentar mais barreiras de um tipo do
que de outro. A escola, como uma pequena sociedade, na qual os estudantes
passam um período considerável de seu dia, pode manifestar todos os tipos de
barreiras. Assim, quando se fala em um sentido educacional de barreira, não se
trata de um conceito diferente, mas da aplicação do mesmo conceito de barreira
apresentado pela legislação, mas compreendido no ambiente educacional.
As barreiras educacionais podem ser muitas, mas é possível classificá-las
em três categorias mais comuns. São elas:
Atitudinais;
Arquitetônicas ou Físicas;
Comunicacionais.
Para Refletir
Qual é o papel da escola na vida de uma pessoa? Ela deve
atuar com qual finalidade?
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educacional, não apenas dos indivíduos com TEA, mas de qualquer pessoa com
necessidades educacionais especiais.
Vocabulá rio
Falacioso: relativo à falácia, uma falha argumentativa ou de
raciocínio que leva a uma conclusão inválida.
Ignorância;
Superproteção;
Generalização;
Exaltação heroica;
Piedade, medo e rejeição.
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interaja livremente com os demais colegas, por receio de que ele sofra algum
ferimento, não consiga interagir, envergonhe-se, entre outras situações.
Embora o cuidado e reconhecimento de limitações seja importante, tratar
o indivíduo com TEA com excesso de cuidado impede que ele desenvolva suas
capacidades e atinja a plenitude de seu potencial.
A generalização trata da negação do princípio da individualidade, quando
se pensa que todos os indivíduos com TEA irão se comportar ou reagir da
mesma maneira, ou ainda, que uma estratégia que funcionou para um indivíduo
com TEA tem necessariamente que funcionar para outro devido ao fato de terem
o mesmo diagnóstico.
A exaltação heroica é a atitude de reagir de maneira exagerada a toda
pequena realização do estudante. Esta atitude surge do juízo de que qualquer
atividade é penosa e difícil para o indivíduo com TEA, o que nem sempre é
verdade.
Piedade, medo e rejeição são três atitudes que tendem a se combinar.
A ideia de que o diagnóstico de TEA é necessariamente um flagelo terrível para
o indivíduo e para a família tem sua origem na falta de compreensão do espectro.
Os indivíduos com TEA precisam de apoio, não de piedade, mas, quando a
piedade está presente, surge o medo de cometer erros, de ser condenado por
suas atitudes ou de não ser capaz de atender às necessidades do estudante.
Quando o medo está presente, surge a rejeição. A rejeição, por seu turno,
irá destruir a receptividade que, como visto anteriormente, é uma condição
importante para que se constitua a escola inclusiva.
Saiba Mais
Níveis de gravidade para transtorno do espectro autista:
Nível de gravidade, comunicação social, comportamentos
restritos e repetitivos:
Nível 1
“Exigindo apoio”. Na ausência de apoio, déficits na
comunicação social causam prejuízos notáveis. Dificuldade
para iniciar interações sociais e exemplos claros de
respostas atípicas ou sem sucesso a aberturas sociais dos
outros. Pode parecer apresentar interesse reduzido por
interações sociais. Por exemplo, uma pessoa que consegue
falar frases completas e envolver-se na comunicação,
embora apresente falhas na conversação com os outros e
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cujas tentativas de fazer amizades são estranhas e
comumente malsucedidas. Inflexibilidade de comportamento
causa interferência significativa no funcionamento em um ou
mais contextos. Dificuldade em trocar de atividade.
Problemas para organização e planejamento são obstáculos
à independência.
Nível 2
“Exigindo apoio substancial”. Déficits graves nas habilidades
de comunicação social verbal e não verbal; prejuízos sociais
aparentes mesmo na presença de apoio; limitação em dar
início a interações sociais e resposta reduzida ou anormal a
aberturas sociais que partem de outros. Por exemplo, uma
pessoa que fala frases simples, cuja interação se limita a
interesses especiais reduzidos e que apresenta
comunicação não verbal acentuadamente estranha.
Inflexibilidade do comportamento, dificuldade de lidar com a
mudança ou outros comportamentos restritos/repetitivos
aparecem com frequência suficiente para serem óbvios ao
observador casual e interferem no funcionamento em uma
variedade de contextos. Sofrimento e/ou dificuldade de
mudar o foco ou as ações.
Nível 3
“Exigindo apoio muito substancial”. Déficits graves nas
habilidades de comunicação social verbal e não verbal
causam prejuízos graves de funcionamento, grande limitação
em dar início a interações sociais e resposta mínima a
aberturas sociais que partem de outros. Por exemplo, uma
pessoa com fala inteligível de poucas palavras que
raramente inicia as interações e, quando o faz, tem
abordagens incomuns apenas para satisfazer a
necessidades e reage somente a abordagens sociais muito
diretas. Inflexibilidade de comportamento, extrema
dificuldade em lidar com a mudança ou outros
comportamentos restritos/repetitivos interferem
acentuadamente no funcionamento em todas as esferas.
Grande sofrimento/dificuldade para mudar o foco ou as
ações. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais, DSM-5, (p. 52).
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Não se trata de apresentar uma imagem geral de todos os indivíduos com
TEA, mas de oferecer o conhecimento atual, bem como fazer conhecer as
pesquisas desenvolvidas na área, para que professores e equipe pedagógica
tenham informações suficientes para julgar cada situação adequadamente.
No contexto geral, tanto a escola quanto órgãos públicos podem promover
treinamentos para melhor capacitar os professores. No contexto individual, os
professores podem buscar mais conhecimento por meio das fontes de pesquisa
confiáveis, como a base de dados PubMed da NLM (United States National
Library of Medicine), a SCIELO (Scientific Electronic Library Online) ou o Banco
de Teses e Dissertações da Capes.
Professores e equipe pedagógica podem ainda participar de cursos livres,
especializações, grupos de estudos e utilizar diversas outras ferramentas. O que
há de mais importante é manter-se em constante atualização e estudo, dada a
natureza complexa dos TEA e dos juízos humanos, que podem levar o
profissional a barreiras atitudinais conscientes ou inconscientes.
Conforme o professor se torna mais experiente, começa a superar com
mais facilidade barreiras como a do medo, piedade e da exaltação heroica, pois
acostuma-se a presenciar o desenvolvimento daqueles indivíduos e a aplicação
em sala de aula do conhecimento adquirido nos treinamentos e leituras.
Assim, pode-se listar como fatores importantes para a superação das
barreiras atitudinais os seguintes itens:
Treinamento;
Atualização;
Informação científica;
Experiência.
Vı́deo
O documentário sugerido O espectro do autismo, por Dr.
Drauzio Varella, auxilia para diagnosticar crianças com TEA,
facilitando assim nos treinamentos, na atualização da
informação científica e suas experiências.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=ia0MomWc4ZA
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2.3 Barreiras arquitetônicas ou físicas
Acesso;
Acomodação;
Mobilidade;
Conforto.
Importante
Conforme estabelece o Plano da Educação Básica em Direitos
Humanos (PNEDH), a principal função social da escola de
Educação Básica é:
[...] a universalização da educação básica, com
indicadores precisos de qualidade e de equidade,
é condição essencial para a disseminação do
conhecimento socialmente produzido e
acumulado e para a democratização da
sociedade. (BRASIL, 2006, p. 23).
Vale também ressaltar que inclui a educação especial.
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2.3.1 Superando as barreiras arquitetônicas ou físicas
Escritas;
Virtuais;
Comunicação interpessoal.
Informações inadequadas;
Formatos não acessíveis;
Ausência de informação;
Ambiguidade de conteúdo.
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2.4.1 Superando as barreiras comunicacionais
Vocabulá rio
Agendas visuais: são ferramentas não verbais para facilitar
a compreensão de uma ou mais rotinas para o estudante com
TEA. Por meio de desenhos é possível descrever a rotina de
chegar à escola ou a hora de dormir, possibilitando que o
estudante saiba o que acontecerá na sequência e possa se
preparar para o evento.
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Vocabulá rio
Comorbidade: presença de ao menos duas condições ou
doenças em um mesmo indivíduo, podendo uma agravar a
outra, potencializando-se de forma mútua.
Não apenas o ambiente torna uma barreira mais ou menos frequente, mas
cada indivíduo pode ser afetado por diferentes barreiras, de diferentes maneiras,
a depender da sua condição, em termos biológicos, das suas capacidades e do
tipo de barreira.
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Por exemplo, para um estudante que utiliza cadeira de rodas, as barreiras
arquitetônicas são as mais evidentes. Caso ele procure acessar a biblioteca da
escola e exista uma escada, sem rampa de acesso, ficará impossibilitado de
fazê-lo, mas para um estudante que utiliza uma muleta canadense como
dispositivo auxiliar de marcha, a escada pode não ser um problema tão grave.
O mesmo ocorre com o estudante com TEA para o qual a comunicação
com a bibliotecária pode se constituir em uma barreira mais grave do que a
escada mais íngreme.
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Uma equipe bem motivada e treinada, pode não estar pronta para pôr em
prática as adaptações necessárias ao conceito de escola inclusiva devido à falta
de recursos financeiros ou materiais.
Como destacado anteriormente, a superação das barreiras atitudinais se
dá em grande medida pelo treinamento, sendo preciso angariar mais
conhecimento para substituir as concepções anteriores, quando estas são
baseadas em suposição incorretas ou conhecimento parcial da condição do
estudante.
Não obstante, treinamento custa dinheiro e se a instituição não possui
recursos para tais treinamentos, será muito mais difícil superar as barreiras
atitudinais.
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2.10 AEE, LDB e Constituição
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Como estudantes que não estão no espectro (TEA) podem fazer uso de
outros complementos para atender necessidades que venham a ter, da mesma
forma, estudantes com deficiência física, intelectual, sensorial e mesmo
estudantes com altas habilidades, também chamadas de superdotação, podem
fazer uso do AEE, e frequentemente o fazem, para complementar e estimular
sua aprendizagem.
Esta complementação facilitaria a interação e socialização com colegas,
o aprendizado e o acesso aos diferentes pontos da escola, o que promoveria a
inclusão do estudante. Nesta linha, não haveria uma segregação, seja o AEE
realizado em sala ou em centros especializados.
Uma dificuldade específica dos estudantes com TEA é a questão da
generalização. Como esta é uma dificuldade geral dos indivíduos com TEA, ao
se realizar o AEE fora da escola é preciso atenção para esta questão, pois o
estudante pode não ser capaz de generalizar o aprendizado realizado no AEE
para o ambiente escolar.
Também, a escola pode não estar preparada para auxiliar o estudante a
trabalhar a questão da generalização. Analisando por este aspecto, o AEE,
presente na mesma escola que o estudante frequenta as aulas regulares, é um
diferencial relevante na sua inclusão.
Vı́deo
Para melhor entender o AEE - Atendimento Educacional
Especializado e sua função, para tanto sugiro o vídeo
disponível no link:
https://www.youtube.com/watch?v=RCGL9kb0Hh8
32
Não obstante, segundo Welin (2011), a educação inclusiva oferece as
condições para que o indivíduo com TEA possa escolher como e se deseja
interagir, integrar-se e colaborar.
A escolha dos comportamentos adequados é, de fato, baseada em
atitudes típicas dos seres humanos, mas o estímulo a esses modos e a correção
de hábitos inadequados trata de ensinar ao indivíduo com TEA o que é
necessário para colaborar em um ambiente humano, mas a decisão de colaborar
ou não cabe ao indivíduo.
Como exemplo, um estudante introvertido não é transformado em
extrovertido apenas ensinado que, para colaborar em sociedade, é preciso
interagir com outros indivíduos.
O exemplo do estudante introvertido é conveniente, pois a introversão
(voltar-se para si mesmo) é uma característica comum dos indivíduos com TEA,
embora não exclusiva destes, não por acaso, a escolha do termo "autismo".
Eugen Bleuler, em 1910, fez referência a isso ao afirmar que interferências
externas são consideradas intoleráveis para o indivíduo com TEA.
A educação é uma forma de aperfeiçoamento cognitivo, para qualquer
aluno. Afirmar que este aperfeiçoamento cognitivo nega a natureza de tal aluno
é negar a ele a possibilidade de atingir seu máximo potencial, vivendo uma vida
autônoma e como parte de sua comunidade.
O desenvolvimento da Escola Inclusiva não é simples, envolve diversos
desafios e algumas barreiras precisam ser superadas, feito isso os benefícios
podem ser grandes para o estudante com TEA. Ao compreender as barreiras,
desafios e estudar as controvérsias, os profissionais tornam-se capazes de
compreender também o diferencial que a escola inclusiva terá na educação
destes estudantes, desenvolvendo conhecimento e método para melhor
trabalhar tais aspectos.
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Resumo da Aula 2
Atividade de Aprendizagem
Além das barreiras, outros desafios podem se colocar no
caminho da escola inclusiva. Em um texto entre dez e quinze
linhas, explique, de acordo com a disciplina, como a superação
gradativa das barreiras atitudinais pode auxiliar no atendimento
aos estudantes com TEA.
Apresentação da aula 3
Saiba Mais
Para elaborar o PPP da escola, é importante que a equipe
docente conheça a legislação que orienta, a começar pela
LDB 9394/96, pelas Legislações Estaduais e Municipais: o
PNE – Plano Nacional de Educação (2014); PEE – Plano
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Estadual de Educação e o PME – Plano Municipal de
Educação.
Prevenir as barreiras;
Respeitar o princípio da individualidade;
Organizar a dinâmica da escola inclusiva.
Vı́deo
Sugiro, para um melhor entendimento, o vídeo a seguir, que fala
sobre o Projeto Político Pedagógico:
https://www.youtube.com/watch?v=WVp2qC8HGAQ
35
3.2 As três dimensões do PPP
Para Refletir
Neste contexto, vale reforçar a importância da formação
continuada do profissional da Educação, pesquisar e
aprofundar-se na Educação Infantil e suas práticas.
Missão;
Clientela;
Dados sobre a aprendizagem;
Relação com as famílias;
Recursos;
Diretrizes pedagógicas;
Plano de ação.
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Quanto aos estudantes com TEA, destaca-se a relação com as famílias,
o plano de ação e os recursos. Naturalmente, todos os elementos são
importantes, mas estes requerem atenção especial no desenvolvimento, tanto
por serem mais desafiadores quanto por serem mais efetivos.
No item clientela se define quem é o público-alvo da escola, a
comunidade em que ela está inserida, região atendida, entre outros elementos,
todos para compreender melhor os estudantes que podem vir a se matricular na
escola de modo a antever suas necessidades e preparar-se.
Importante
A concretização de uma inclusão educacional valorosa
perpassa por uma efetivação do desenvolvimento de
aprendizagem favorável aos reclamos de uma formação
humana integral. Portanto, incluir é viabilizar a formação
humana integral do sujeito.
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É possível utilizar consultores externos ou modelos, como rascunho, para
a composição do Projeto Político Pedagógico, mas a equipe da escola precisa
estar envolvida, do contrário o consultor não possui os elementos necessários
para oferecer um bom trabalho em relação ao projeto.
O PPP não acessível trata de não deixar o PPP acessível aos membros
da comunidade escolar ou ter uma visão meramente institucional do PPP. A
visão meramente institucional entende que o PPP serve para atender aos
requisitos dos órgãos fiscalizadores e não para estabelecer uma rota para o
funcionamento e dinâmica da escola. Ao proceder desta maneira, os membros
da equipe pedagógica e docente ficam sem orientação e podem acabar por atuar
de maneira desconexa.
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Quando se pensa e desenvolve o projeto político pedagógico a partir do
princípio da individualidade, os itens a se incluir ou ajustar para tornar a escola
inclusiva começam a se encaixar com mais facilidade, não apenas para o
estudante com TEA, mas para todos os estudantes.
Dessa forma, a escola maximiza sua capacidade de ser inclusiva, pois ao
tornar-se inclusiva para todos, compreendendo suas diferenças e necessidades,
a escola se torna um ambiente mais atrativo para os estudantes com TEA,
ambiente no qual o estudante se sente mais à vontade para compartilhar
experiências de aprendizagem e, tanto quanto possível, socializar.
A escola inclusiva depende de toda a equipe, desde os professores até a
equipe diretiva. Assim, o projeto político pedagógico deve se alicerçar na
educação dos alunos, não na educação de grupos diferentes de estudantes.
Não se pode ter uma separação de itens direcionados para determinado
grupo de estudantes como base do projeto, pois isso gerará um projeto principal
e um projeto paralelo, o que pode acabar por criar um ambiente de segregação:
Adaptações curriculares;
Flexibilização curricular.
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3.7 Adaptações curriculares
40
3.8 Flexibilização curricular
3.9 Dinâmica
41
Adaptações de grande porte;
Adaptações de pequeno porte.
Banheiros adaptados;
Rampas de acesso;
Ampliação dos recursos humanos;
Mudanças na base curricular ou nas diretrizes.
Como se pode notar pelos exemplos, são todas adaptações que alteram
a forma da escola, de sua organização ou de sua base de conteúdo. Nestes
casos, os professores têm pouco poder para promover as adaptações, mas
podem influenciá-las ou recomendar que adaptações específicas seja realizada.
As chamadas Adaptações de Pequeno Porte, por seu turno, são as
adaptações que podem ser feitas em sala de aula ou nas salas de recursos
multifuncionais, pelos professores, profissionais de AEE e outros profissionais
que atuam diretamente com os estudantes.
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São chamadas de adaptações não significativas, pois não alteram a
forma como currículo é desenvolvido ou o formato e funcionamento da escola
como um todo, mas são realizadas de acordo com os casos presentes ou
previstos na escola.
Link: https://institutoitard.com.br/o-que-e-educacao-inclusiva-um-passo-a-passo-para-
a-inclusao-escolar/
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As barreiras atitudinais também são superadas pela previsão de
adaptações de pequeno porte no Projeto Político Pedagógico, na medida em
que, ao permitir-se que o professor faça adaptações em sua forma de apresentar
o conteúdo, diversificá-lo e controlar o tempo das atividades, abre espaço para
a reinterpretação das dificuldades dos estudantes e permite-se que este
manifeste suas habilidades.
A flexibilização curricular estará presente neste mesmo aspecto,
aparecendo no Projeto Político Pedagógico como uma forma de estimular as
adaptações que, por sua vez, estimularão os estudantes com TEA a atingirem
seu máximo potencial, consideradas as limitações sempre que houver.
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/57/legislacao-inclusao-autismo
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importante compreender os momentos em que se pode aplicar adaptações e
quais adaptações são adequadas a cada momento.
Pode-se dividir os momentos de adaptação em cinco categorias:
45
3.11 Adaptar ou flexibilizar
Resumo da Aula 3
Atividade de Aprendizagem
As adaptações de pequeno porte permitem superar boa parte
das barreiras. Com base nos conhecimentos adquiridos na aula
três, descreva, em um texto de dez a quinze linhas, como se
pode superar as barreiras atitudinais por meio de um Projeto
Político Pedagógico mais flexível em relação às adaptações de
pequeno porte para tornar a escola mais receptiva e inclusiva
aos estudantes com TEA.
46
Aula 4 – Documentos específicos (PEI e PDI) e avaliação de aprendizagem
Apresentação da aula 4
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Mantém os objetivos gerais;
Desenvolve a colaboração.
Vocabulá rio
Heterogeneidade: característica do que é heterogêneo,
sem uniformidade, coerência e/ou correspondência: o meio
urbano apresentava maior heterogeneidade social.
Particularidade do que é composto por partes distintas;
inomogeneidade.
Saiba Mais
A dissertação de mestrado de Daniel da Silva Costa, Plano
Educacional Individualizado: Implicações no Trabalho
Colaborativo para inclusão de Alunos com Autismo,
apresenta os resultados da aplicação do PEI em uma escola
regular e, assim, é uma boa forma de compreender como a
aplicação do PEI pode causar mudanças na escola em
direção ao conceito de escola inclusiva. Disponível no link:
https://repositorio.ufsm.br/handle/1/7287
48
O desenvolvimento do PEI envolve necessariamente o professor de sala
regular, profissional de AEE, equipe pedagógica, pais e os profissionais que
fazem o acompanhamento de saúde do estudante, entre eles, fonoaudiólogo,
médico, fisioterapeuta, entre outros. Sempre que possível, estes profissionais
devem realizar reuniões em conjunto para definir os objetivos, práticas e
intervenções mais adequadas para o estudante.
A participação do estudante é produtiva sempre que ele for capaz de
manifestar suas opiniões sobre seu próprio aprendizado. A participação dos
profissionais da saúde nas reuniões nem sempre é possível, mas deve haver
uma comunicação entre a escola e tais profissionais, com uma troca bilateral de
informações.
49
4.3 Questões de orientação e etapas de desenvolvimento
O que ensinar?
Como ensinar?
Em que condições?
Por que ensinar?
Conhecer o estudante;
Estabelecer os objetivos;
Elaborar um cronograma;
Avaliar e reavaliar.
50
Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
Sugiro a leitura do material Análise dos Efeitos de um Plano
Educacional Individualizado no Desenvolvimento Acadêmico
e Funcional de um Aluno com Transtorno do Espectro Autista
(Débora Mara Pereira), para aprofundar seu conhecimento e
ampliar sua biblioteca de estudo.
https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/14582/1
/DeboraMP_DISSERT.pdf
51
Em alguns casos, pode ser necessário adotar um novo formulário ou
incluir campos que estejam ausentes. Ao conhecer os conceitos e campos
principais, o profissional será capaz de verificar esta necessidade.
Uma das propostas mais comuns é dividir o documento em duas partes:
Fonte: http://www.blogin.com.br/2018/04/26/pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-
para-o-aee/
52
informação constará a recomendação de uma intervenção por meio de PECs,
para atender a esta necessidade.
Identificação do estudante;
Relatório circunstanciado;
Avaliação Geral;
Avaliação do aluno;
Desenvolvimento do estudante.
53
Na avaliação do aluno apresentam-se detalhes de sua condição,
especialmente detalhes de diagnósticos anteriores, sua condição de saúde geral
e as necessidades educacionais especiais já verificadas.
Por fim, o item “desenvolvimento do estudante” tratará do
desenvolvimento das funções específicas, buscando identificar as dificuldades e
potencialidades do estudante. As funções verificadas são:
Função motora: postura, manipulação de objetos, locomoção,
combinação de movimentos, orientação espaço temporal, coordenação,
equilíbrio e lateralidade.
Função cognitiva: percepção (visual, auditiva, sinestésica, tátil, espacial
e temporal), atenção, memória, linguagem e raciocínio lógico;
Função social: áreas emocional, afetiva e social – frustração, isolamento,
estado emocional, medos, cooperação, interação com grupos e afetividade;
Ações necessárias;
Organização do AEE;
Sala de recursos multifuncionais.
Com base nos itens da primeira parte, serão verificadas quais ações são
necessárias e dentre estas quais já estão em curso e quais ainda precisam ser
implementadas. Estas ações incluem principalmente adaptações de pequeno e
grande porte.
A organização do AEE (atendimento educacional especializado) trata de
estabelecer os horários, dias, atividades específicas a serem realizadas na sala
de recursos multifuncionais ou outro ambiente com apoio do profissional de AEE.
O propósito deste item é antever a necessidade de materiais, espaço, recursos
adicionais e outros itens.
Quanto à sala de recursos multifuncionais, é preciso verificar os
equipamentos necessários já existentes e ainda por adquirir o cronograma de
uso da sala e de possíveis atividades fora da sala de recursos multifuncionais.
54
4.6 Avaliação do período
55
A partir da avaliação, deve ser possível que os professores compreendam
as mudanças necessárias nas práticas em sala de aula e quais intervenções
podem ser realizadas para aperfeiçoar o aprendizado.
Por sua vez, o estudante deve ser capaz de compreender o resultado da
avaliação, compreendendo o que pode fazer para aperfeiçoar-se.
Formativa;
Processual;
Diagnóstica.
Título I
Da Educação
CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO BÁSICA
56
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 24º A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de
acordo com as seguintes regras comuns:
V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os
de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições
de ensino em seus regimentos;
57
necessidades do estudante para aquisição de conhecimento e adaptará a
avaliação de acordo com o que se espera verificar em cada estudante.
Adaptar as atividades avaliativas, como provas e exames, não significa
preparar uma prova que o estudante certamente acertará tudo, não significa
organizar o conteúdo da avaliação de acordo com o que este estudante vai
certamente conseguir responder com facilidade.
A atividade avaliativa, como parte do processo de ensino e aprendizagem
da escola inclusiva, exige que a prova, exame ou qualquer outra forma de
avaliação desafie o estudante, dentro de suas possibilidades e do que foi
trabalhado em sala, levando-o a aplicar as ferramentas e conhecimentos que
adquiriu para solucionar os problemas, situações e questões apresentadas na
atividade.
Quando se procede desta maneira, o estudante pode terminar a atividade
avaliativa com mais conhecimento do que possuía quando iniciou tal atividade.
Se for mantida a possibilidade de isto ocorrer, então a avaliação de
aprendizagem estará relacionada ao fazer pedagógico, ao processo de ensino e
aprendizagem.
58
Assim, o que pode ser feito em relação às avaliações para torná-las
significativas ao estudante com TEA se divide em quatro itens:
Resumo da Aula 4
Atividade de Aprendizagem
Conforme estudado na quarta aula desta disciplina, a
formulação do PEI e do PDI, previstas no PPP fornecem base
para as adaptações curriculares e respeitam a flexibilização
curricular. Com base neste processo, descreva, em um texto de
dez a quinze linhas, como o PEI e o PDI podem ajudar a
59
organizar as avaliações de maneira que estas se relacionem
mais adequadamente ao fazer pedagógico.
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Resumo da disciplina
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Referências
CAMERON, C. Why we are disabled people, not people with disabilities. Disabilities
Art. 2015.
GILLIAN, W. 'We Don't Need to be Cured' Autistics Say. Wayback Machine. National
Review of Medicine. Volume 3. No. 8. April 30, 2006.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar : o que é? por quê? como fazer?. Maria Teresa
Eglér Mantoan. — São Paulo : Moderna , 2003.
62
MANTOAN, M. T. E. A Inclusão Escolar de Deficientes Mentais: contribuições para
o Debate. In. Revista Integração,
Brasília, ano 7, n. 19, p. 50-57. 1997.
NARANJO, María del Pino Lecuona; MARTIN, Azucena Hernández; GOMEZ, Maria
Cruz Sánchez. Da integração à escola inclusiva na espanha. Estilos clin., São Paulo
, v. 5, n. 9, p. 8-31, 2000 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
71282000000200002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 03 dez. 2018.
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