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Diversidade na Educação:

Um Olhar Inclusivo
Me. Tércia Marília Martins Brasil
Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento - UPM
Analista do Comportamento Qualificada – QBA/QABA®
Especialista em ABA, Neuropsicologia e Intervenções Precoces no
Autismo
Objetivo
•Apoiar gestores públicos na tomada de decisão sobre o
uso de recursos considerando as melhores evidências
científicas, no menor tempo, com menores custos e
maior efetividade
Objetivos Específicos
 Esclarecer sobre inclusão e barreiras para inclusão
 Conhecimento sobre como realizar avaliação
individualizada e instrumentos que podem ser
utilizados
 Conhecimento sobre as tecnologias mais viáveis para
implementação
Ementa
 A educação da pessoa com deficiência e o paradigma da inclusão total
 Pesquisas em educação especial, o desafio para o gestor e professor
pesquisador
 Práticas baseadas em evidências
 A avaliação individualizada (grupos ou indivíduo) como parâmetro
para o uso de recursos públicos
 Tecnologias atuais e PBE como fator de decisão na educação de
pessoas com deficiências
Historicamente
Na década de 70: Europa desenvolvia políticas intituladas “integração” e os EUA
debatia com o título de inclusão.
O movimento americano de “iniciativa da educação regular” que visava inserir
pessoas com deficiência em salas comuns se bifurcou: Educação Inclusiva e
Inclusão Total
• Inclusão Total: Política sem exceção, todos na sala de aula
• Educação Inclusiva: todos na sala comum, porém, se alguém precisar se
beneficiar de outros ambientes seria possível.
A educação da pessoa com deficiência e o paradigma
da inclusão total
PNEEPEI – Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva de 2008 (Brasil)

A inclusão escolar foi formalizada no Brasil por meio da


Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, que passou a
utilizar o modelo social de deficiência como paradigma e a priorizar a inclusão dos
estudantes público alvo da educação especial.

http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf
A educação da pessoa com deficiência e o paradigma
da inclusão total
2019
Recorde de matrículas nas escolas comuns

O Censo Escolar realizado pelo INEP mostrou recorde no número de matrículas de


PCD nas escolas comuns, passou de 46,8% em 2007 para 87% em 2019.

É claro que o modelo influencia na realidade.


Abordagem

- Consideram que o objetivo principal da


- Acreditam que as escolas são importantes
escola é auxiliar o aluno a dominar
habilidades e conhecimentos necessários mais pelas oportunidades que oferecem

para a vida futura, tanto dentro quanto fora para fazer amizades, para mudar o

da escola. pensamento estereotipado sobre as

- Defendem a manutenção do continuum de incapacidades e para fortalecer as


serviços que permite a colocação desde a habilidades socialização
classe comum até os serviços hospitalares - advogam pela colocação apenas e só na
- Acreditam que a capacidade de mudança da classe comum da escola regular, e pregam
classe comum é finita, e mesmo que uma ainda a necessidade de extinção de
reestruturação ocorra a escola comum não continuo;
será adequada a todas as crianças - creem na possibilidade de reinventar a
escola a fim de acomodar todas as
dimensões da diversidade da espécie
Inclusionistas
humana
totais
Inclusionistas
O entendimento da Dra. Maria Teresa Eglér Mantoan

O ensino individualizado para os alunos que apresentam déficits intelectuais e


problemas de aprendizagem é uma solução que não corresponde aos princípios
inclusivos, pois não podemos diferenciar um aluno pela sua deficiência (como já
vimos no capítulo anterior). Na visão inclusiva, o ensino diferenciado continua
segregando e discriminando alunos dentro e fora das salas de aula.

Também afirma que: “ as turmas decidem em conjunto com o professor...


Currículo deve ser apresentado de forma abrangente, apresentar aos alunos de forma
diversificada e eles deverão escolher livremente...
Uma Hierarquia de Evidências Científicas

Devemos acreditar mesmo em tudo o que vemos?

Fonte: https://redeanalise.com.br/`
Pesquisas em educação especial, o desafio para o gestor e
professor pesquisador

A necessidade de conhecimento sobre PBE (Práticas


Baseadas em Evidências) é um desafio significativo que pode
afetar a implementação eficaz de estratégias educacionais
informadas pela pesquisa na área da Educação Especial/
Inclusiva.
Talvez um dos maiores – e mais difíceis – esforços empreendidos ao longo do
desenvolvimento da ciência, um esforço ainda presente e sempre necessário, seja o
de libertar-se da ilusão de que boas histórias e experiências marcantes provam
alguma coisa. Isso não significa que experiências e histórias não sirvam para nada:
muitas vezes, no dia a dia, são tudo o que temos e, na ausência de informações mais
sólidas, se não nos guiarmos por elas, ficamos paralisados.

Pasternak, Natalia; Orsi, Carlos. Que bobagem! pseudociências e outros absurdos


que não merecem ser levados a sério (p. 22). Edição do Kindle.
Mas significa que, para poderem ser tratadas como informação sólida, e não
apenas como guias informais para situações extraordinárias, as lições da narrativa
e da experiência precisam passar por filtros cuidadosos. Mais ainda: significa que
seguir usando impressões, vivências e narrativas como guias, quando há
informação científica disponível, é não só perigoso como também irresponsável. O
direito à própria opinião não implica direito à negligência.

Pasternak, Natalia; Orsi, Carlos. Que bobagem! pseudociências e outros absurdos


que não merecem ser levados a sério (p. 22). Edição do Kindle.
Sugestão de aprofundamento
A educação da pessoa com deficiência e o paradigma da inclusão
total
Inclusionistas Não existe inclusão sem saber especializado e
Acreditam que o objetivo é ajudar o sem levar em consideração práticas baseadas
aluno no domínio de habilidades que em evidências científicas.
o tornem independente dentro e fora
da escola
Inclusionistas totais Uma visão míope e preconceituosa de que
Acreditam que a escola é importante eles vão lá para passar o tempo e que não
mais para que o aluno possa fazer tem capacidade de aprender.
amizades e para fortalecer habilidades
de socialização.

Leitura páginas 42 e 43
Inclusão Total

- Funciona para quem?


- Funciona para o que?
- Funciona a serviço de quem?
Observação sobre o atual cenário
- Não se sinta péssima por talvez ainda não pesquisar e compreender
PBE, estamos imersos em um sistema, estamos ajudando alunos e
cuidando de pessoas mesmo sem usar PBE e isso pode melhorar ainda
mais;
- Só passamos a falar de PBE nos últimos anos;
- O incômodo que sentimos, deve servir para abrirmos o coração para a
busca de novas informações;
- As PBEs precisam ser avaliadas criteriosamente (tripé), olhe sempre as
características da cultura e do histórico pessoal da pessoa ou da
população atendida, a maioria das pesquisas pelo menos na minha área
(psicologia e em psicoterapia), são feitas em pessoas escolarizadas, de
classe média, brancas, que moram na área urbana, etc
Sites de apoio para a área para encontrar PBE

O NCSER é uma fonte confiável para recursos


baseados em evidências na área da Educação Especial.
Oferece avaliações de programas e práticas com base
Fonte: https://ies.ed.gov
em pesquisas
2006
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência:
Modelo social de deficiência: “pessoas com deficiência são aquelas
que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”.

As deficiências são divididas em deficiência física, visual, auditiva,


intelectual, psicossocial e a deficiência múltipla, conceituada como
a associação de duas ou mais deficiências.
As principais barreiras para inclusão segundo a LBI – Art. 3
Barreiras urbanísticas e arquitetônicas

Até 2016, somente 35% das escolas particulares eram acessíveis.


Apesar do número baixo, há uma evolução.

Censo Escolar 2018 – INEP, somente 31% das escolas (55.899) brasileiras
têm dependências acessíveis, enquanto 41% (74.878) possuem banheiros
adaptados.
Efeitos das barreiras urbanísticas e arquitetônicas

• Isolamento social: dificuldades em se mover e interagir com seus


colegas;
• Ansiedade e Depressão: dificuldades e isolamento social levam
a estes quadros;
• Acesso físico limitado: Escadas, degraus altos e falta de rampas
podem dificultar ou impossibilitar o acesso de alunos com
deficiência física a diferentes partes da escola, como salas de
aula, bibliotecas e laboratórios.
• Falta de rampas e corrimãos adequados: A ausência de rampas
com inclinações adequadas e corrimãos estáveis pode dificultar a
locomoção de estudantes com deficiência física em áreas com
desnível, como palcos, auditórios e áreas de recreação.
Efeitos das barreiras urbanísticas e arquitetônicas

• Portas estreitas e pesadas: difícil ou impossível entrar ou sair


de salas de aula, banheiros e outros espaços;
• Banheiros inacessíveis: espaço insuficiente para manobrar uma
cadeira de rodas ou com equipamentos inacessíveis, podem
causar constrangimento e dificuldades para os alunos.
• Mobiliário inadequado: Mesas, cadeiras e outros móveis
inadequados em termos de altura e design podem dificultar a
participação dos alunos com deficiência física nas atividades
da sala de aula.
Efeitos das barreiras urbanísticas e arquitetônicas

• Segurança pois falta de planejamento de emergência inclusivo: A falta de planos de


evacuação e procedimentos de emergência que considerem as necessidades de alunos
com deficiência física pode colocá-los em risco durante situações de crise.

• Aulas em locais inacessíveis: Atividades educacionais que ocorrem fora da escola


principal, como excursões ou atividades esportivas, podem ser inacessíveis para alunos
com mobilidade reduzida se não houver planejamento prévio para garantir sua
participação.
• Falta de Espaços Sensoriais: necessidade de organização sensorial, redução de
desconfortos e crises
Barreiras tecnológicas

Que impedem a pessoa com deficiência do


acesso às tecnologias.
Efeitos das Barreiras tecnológicas
• Isolamento social: dificuldades em se mover e interagir com seus colegas;
• Ansiedade e Depressão: dificuldades e isolamento social levam a estes quadros;
• Limitação de Acesso a Informações e Conteúdo Educacional: dificuldades para
acessar informações e materiais educacionais online devido à falta de adaptações,
interfaces inacessíveis ou formatos não compatíveis com suas necessidades
específicas.
• Exclusão de Atividades e Plataformas Digitais: exclusão dos alunos com
deficiência de participar totalmente das mesmas experiências que seus colegas.
Efeitos das Barreiras tecnológicas
• Falta de Ferramentas de Acessibilidade: recursos como legendas para vídeos,
leitores de tela, opções de alto contraste e tamanhos de fonte ajustáveis para acesso e
compreensão do conteúdo digital;
• Dificuldades de Comunicação e Interação: plataformas de bate-papo e fóruns,
prejudicando a comunicação e aprendizagem por meio da interação com os demais;
• Desafios em Atividades de Avaliação: obstáculos em exames e avaliações online,
especialmente se essas avaliações não forem projetadas para acomodar suas
necessidades individuais;
• Falta de Treinamento para Uso de Tecnologia Assistiva: como usar tecnologias
assistivas ou adaptativas, limitando sua independência e participação;
Efeitos das Barreiras tecnológicas

• Desigualdade de Oportunidades: acentuação da desigualdade entre alunos,


limitando as oportunidades educacionais e profissionais futuras;

• Impacto na Autonomia: a maior parte das tratativas atuais se fazem online.


Barreira nos transportes

São as existentes nos sistemas e meios de


transportes. Nos meios de transporte rodoviários, por
exemplo, é obrigatório que haja assentos reservados
para as pessoas com deficiência e para seus
acompanhantes. Além disso, elevadores ou rampas
auxiliam o transporte de pessoas com deficiência física
que utilizem cadeira de rodas no momento de embarque
e desembarque.
Efeitos das Barreiras de transportes

• Desigualdade de Oportunidades: acentuação da desigualdade entre alunos,


limitando as oportunidades educacionais e profissionais futuras;
• Impacto na Autonomia: dependência para locomoção
• Isolamento Social: dificuldade em se deslocar para se encontrar com amigos ou
participar de eventos da escola;
• Limitação de Acesso a Serviços: como cuidados de saúde, educação, emprego e
lazer, o que pode afetar negativamente a qualidade de vida;
• Restrição de Oportunidades de Emprego: dificuldade na busca e a manutenção
de emprego para pessoas com deficiência, limitando suas oportunidades
econômicas.
Efeitos das Barreiras de transportes

• Impacto na Educação: prejudica a frequência escolar e a participação em


atividades educacionais;
• Aumento dos Custos: custos mais altos ao utilizar serviços de transporte
privado ou alternativas não acessíveis;
• Restrição à Participação Cívica: limita a participação em atividades
cívicas, como votação, reuniões comunitárias e eventos políticos;
Barreiras comunicacionais
A relação entre emissor e receptor, e a troca de uma determinada informação que
acontece entre esses interlocutores, é a base de um processo comunicacional.

Formas de linguagem: escrita, visual, em forma de áudio ou audiovisual, entre outras.

Comunicação ocorre quando um desses meios sai do emissor e chega ao receptor.


Efeitos das Barreiras Comunicacionais

• Impacto no Comportamento: dificuldades comunicacionais podem gerar


dificuldades de comportamento (ex: auto-lesão, hetero-lesão, destruição de
propriedade);
• Impacto na Autonomia: dependência para obtenção de itens, acesso a
lugares, auto-cuidado;
• Isolamento Social: dificuldade em se comunicar gera isolamento;
• Limitação de Acesso a Serviços: como cuidados de saúde, educação,
emprego e lazer, o que pode afetar negativamente a qualidade de vida;
• Impacto na alfabetização: dificuldade de leitura e escrita, cascata de
prejuízos cognitivos e sociais;
• Ansiedade e Depressão: dificuldades comunicacionais e isolamento social
levam a estes quadros;
PNEEPEI – Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva de 2008 (Brasil)
• Sala de Aula Comum
• AEE (multifuncional)

No resto do mundo (exceto na Itália): Tripé


• Escola especializada + Sala Especializada + Sala
Comum
Ações exequíveis à nível de governança, táticas e operacionais
para os municípios sobre as barreiras de inclusão em geral
À Nível de Governança – Agentes Políticos
1) Identificação das necessidades globais sobre a inclusão escolar no seu município
considerando os tipos de barreira.
1.1) Dados sobre os alunos (escola, idade, turno, turma, tipo de atendimento que tem recebido,
laudo.
1.2) Identificação de suas estruturas físicas e de pessoas para a demanda, caso não exista
organismo com esta finalidade, recomendamos criação.
1.3) Identificação da linha de base de conhecimento da sua equipe tática e operacional em
seus níveis de necessidade de conhecimento, ex: pesquisar para contratações no nível tático,
fazer plano de ensino no nível operacional;
1.4) Promover as mudanças mapeadas a partir das necessidades identificadas nos itens
anteriores, transformando em política institucional;
Barreira: Comunicação
Efeito Comportamento: Alunos que apresentam os seguintes comportamentos: auto e
heterolesão (se bater e bater em outras pessoas), destruição de propriedade
(derrubar ou quebrar materiais, mobília, janelas), fuga para a rua (tentar sair de
dentro da escola ou já ter conseguido sair de dentro da escola), comportamento
sexual inapropriado (masturbação em local público).

Indicação Avaliação Funcional do Comportamento, Plano de Mudança Comportamental,


Científica Intervenção baseada no antecedente, Suportes Visuais, CAA – Comunicação
alternativa e aumentativa e outras tecnologias assistivas, acomodaçoes
sensoriais.
O que fazer em Garantir/ contratar o treinamento da equipe executora e/ou contratação de
nível tático profissionais especializados
O que fazer em Reunião com os pais para explicação do processo e assinatura do termo de
nível operacional consentimento, treinamento da equipe que lida com o aluno, execução do
procedimento e aplicação, agendamento das reuniões mensais de monitoramento
do progresso do aluno
Barreira: Comunicação
Efeito • Autonomia: dependência para obtenção de itens, acesso a lugares,
auto-cuidado;
• Impacto na alfabetização: dificuldade de leitura e escrita, cascata
de prejuízos cognitivos e sociais
Indicação Intervenção baseada no antecedente, Suportes Visuais, CAA –
Científica Comunicação alternativa e aumentativa, Método Fônico, libras e outras
tecnologias assistivas.
O que fazer em Garantir/ contratar o treinamento da equipe executora e/ou contratação
nível tático de profissionais especializados. Adquirir materiais específicos para uso
do aluno.
O que fazer em Reunião com os pais para explicação do processo e assinatura do termo
nível operacional de consentimento, fazer a avalia treinamento da equipe que lida com o
aluno, execução do procedimento e aplicação, agendamento das
reuniões mensais de monitoramento do progresso do aluno
Modelo de um fluxograma operacional
Barreiras: Urbanísticas e Arquitetônicas
Impacto Participação nas aulas e aprendizagem: Com mobiliário, mesas,
cadeiras e outros móveis inadequados em termos de altura e design
podem dificultar a participação dos alunos com deficiência física nas
atividades da sala de aula.

Indicação Consulta às diretrizes de acessibilidade e normas técnicas, avaliação


Científica específica das necessidades do aluno, consulta às recomendações de
profissionais especialistas sobre as adaptações
O que fazer em Adquirir materiais específicos e realizar adaptações ambientais para
nível tático uso do aluno e treinamento sobre o uso
O que fazer em Montagem da mobília, treinamento da equipe que lida com o aluno,
nível operacional execução do procedimento e aplicação;
Barreiras: Urbanísticas e Arquitetônicas
Impacto Segurança pois falta de planejamento de emergência inclusivo: A
falta de planos de evacuação e procedimentos de emergência que
considerem as necessidades de alunos com deficiência física pode
colocá-los em risco durante situações de crise.

Indicação Consulta às diretrizes de segurança e normas técnicas, criação de uma


Científica política de segurança, PBIS – Suporte ao Comportamento Positivo
O que fazer em Garantir/ contratar o treinamento da equipe executora e/ou contratação
nível tático de profissionais especializados. Adquirir materiais específicos para uso
do aluno.
O que fazer em Treinamento e execução
nível operacional
A avaliação individualizada (grupos/instituição) como
parâmetro para o uso de recursos públicos
Avaliação à nível institucional
A avaliação individualizada (grupos/instituição) como
parâmetro para o uso de recursos públicos
Avaliação à nível institucional
A avaliação individualizada (grupos/instituição) como
parâmetro para o uso de recursos públicos
A avaliação individualizada (grupos/instituição) como
parâmetro para o uso de recursos públicos
A avaliação individualizada (grupos/instituição) como
parâmetro para o uso de recursos públicos
A avaliação individualizada (grupos/instituição) como
parâmetro para o uso de recursos públicos
A avaliação individualizada (grupos/instituição) como
parâmetro para o uso de recursos públicos
A avaliação individualizada (grupos/instituição) como
parâmetro para o uso de recursos públicos
A avaliação individualizada (grupos/instituição) como
parâmetro para o uso de recursos públicos
A avaliação individualizada (grupos ou indivíduo) como
parâmetro para o uso de recursos públicos
Com base em uma matriz de prioridades, recomendo realizar os
investimentos para correção das constatações a partir das
melhores evidências disponíveis

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC478
8645/
1.Tipo de Comportamento: O SMS permite que os educadores registrem os tipos de
comportamentos exibidos pelos estudantes. Isso pode incluir comportamentos
positivos, como seguir instruções, ou comportamentos negativos, como interrupções
ou agressão.
2.Frequência: O SMS permite que os educadores registrem a frequência com que os
comportamentos são exibidos pelos estudantes. Isso pode incluir o número de
comportamentos positivos ou negativos exibidos durante um período de tempo
específico, como um dia ou uma semana.
3.Local: O SMS permite que os educadores registrem o local onde os
comportamentos ocorrem. Isso pode incluir a sala de aula, o corredor, o refeitório
ou outros locais na escola.
4.Hora do dia: O SMS permite que os educadores registrem a hora do dia em que os
comportamentos são exibidos pelos estudantes. Isso pode ajudar a identificar
padrões comportamentais que possam estar relacionados a eventos específicos do
dia.
5.Antecedentes: O SMS permite que os educadores registrem informações sobre os
eventos que ocorrem antes de um comportamento ser exibido pelos estudantes. Isso
pode incluir informações sobre o que foi dito ou feito pelo professor ou pelos
colegas de classe.
6.Consequências: O SMS permite que os educadores registrem as consequências
que ocorrem após um comportamento ser exibido pelos estudantes. Isso pode incluir
a atenção do professor ou uma consequência disciplinar.
Intervençao em PBIS – Positive Behavior Support (Suporte ao
Comportamento Positivo).
Intervenção em PBIS – Positive Behavior Support (Suporte ao
Comportamento Positivo).
Prevenção Universal (Nível 1): Nesse nível, a ênfase está na prevenção geral, criando um ambiente positivo para todos os
indivíduos. Isso inclui a definição de expectativas claras de comportamento, ensino de habilidades sociais, modelagem de
comportamentos desejáveis e fornecimento de elogios e reforços positivos quando os comportamentos adequados são
exibidos. A prevenção universal visa criar um clima escolar ou institucional positivo para todos os indivíduos.

Intervenção Estratégica (Nível 2): Para aqueles que necessitam de intervenções mais específicas, o PBIS oferece uma
abordagem estratégica. Isso pode envolver grupos pequenos de estudantes ou funcionários que exibem comportamentos
problemáticos persistentes. A intervenção nesse nível pode incluir programas de ensino de habilidades sociais, orientação
e monitoramento mais intensivo e a identificação de fatores desencadeantes e estratégias de manejo.

Intervenção Intensiva (Nível 3): Para um pequeno número de indivíduos que demonstram comportamentos muito
desafiadores e persistentes, a intervenção intensiva é necessária. Isso envolve uma avaliação completa dos fatores que
contribuem para os comportamentos problemáticos e o desenvolvimento de planos individualizados de suporte
comportamental. A intervenção intensiva geralmente requer uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogos, terapeutas,
professores e outros profissionais.
A avaliação individualizada (indivíduo) como parâmetro para o uso
de recursos públicos
• Converse e crie vínculo com o seu aluno
• Olhe para a história de vida
• Olhe para os valores (ACT)
• Olhe para o que ele sabe fazer
• Olhe para as preferências
• Obtenha o assentimento
• Utilize instrumentos avaliativos que façam sentido no repertório atual do aluno e suas
necessidades individuais;
• Convide – o a participar do planejamento
• É direito que seus pais participem, conheçam e autorizem a execução do planejamento
se ele for menor de idade ou seus pais sejam seu curadores
A avaliação individualizada (indivíduo) como parâmetro para o uso de
recursos públicos

- Planejamento centrado na pessoa (inclusionismo)


- Planejamento centrado na instituição (inclusionismo total)

- O planejamento centrado na pessoa é um processo que pode permitir


que indivíduos atendidos participem ativamente em seu planejamento
de transição;

- Planejamentos centrados na pessoa dão aos indivíduos e suas


famílias uma voz para garantir que os objetivos quando desenvolvidos
permitam o máximo de autonomia e autodeterminação;
O que você gostaria que mudasse no seu dia – a – dia aqui
na universidade/escola?
O que te incomoda?
Quais as suas preocupações presentes e futuras?
O que você costuma fazer para reduzir os seus incômodos?
Quais as coisas que você gosta de fazer?
No ensino médio, fundamental, como aprendia melhor?
Como você costuma comunicar suas necessidades,
sentimentos e alegrias?
Como você prefere receber feedback?
Instrumentos de Avaliação Individualizada
Maior parte dos nossos alunos com deficiências precisam ter
um PEI – Plano de Ensino Individualizado
• Comunicação Funcional;
• Redução de comportamentos difíceis;
• AVD (Atividades de Vida Diária);
• Habilidades Sociais;
• Alfabetização;
• Alimentação;
• Aumenta o nível das habilidades dos indivíduos, gerando generalização e manutenção
dos comportamentos;
• Pode ser utilizado e programado para qualquer ambiente e por isso aumenta o repertório
de habilidades do indivíduo, tem que ter generalização programada;
Algumas reflexões fundamentais ao selecionarmos metas e objetivos:

- A habilidade que pretendo ensinar é correspondente a idade do aluno?


PEI – PLANO DE ENSINO INDIVIDUALIZADO
- É necessário ensinar isso agora?
O Plano de Ensino Individualizado (PEI) é um
documento que tem como objetivo elaborar - Esta habilidade será usada na vida real e em vários ambientes
um conjunto de metas, estratégias e ações
pedagógicas adaptadas às necessidades
específicas de um aluno com deficiência ou
diferentes?
com necessidades educacionais especiais.
O PEI é elaborado por uma equipe
- Se o aluno apresentar dificuldade para fazer, quais ajudas teremos, serão
multidisciplinar que inclui profissionais como
psicólogos, pedagogos, terapeutas ajudas de fácil acesso?
ocupacionais e fonoaudiólogos, além dos
professores e da família do aluno. - A comunidade do aluno (casa, família, igreja), acha importante que ele
Esse documento contempla informações
importantes sobre o aluno, como suas saiba isso?
habilidades, dificuldades, interesses e
necessidades educacionais, e define as
estratégias que serão utilizadas para que ele
- O aluno tem pré-requisitos para o aprendizado desta nova habilidade?
possa desenvolver todo o seu potencial. - Esta habilidade continuará sendo importante no futuro?
______________________________ - A habilidade dará ao aprendiz acesso a novos reforçadores e competirá
Porto Velho, xx de Março de 2023
com comportamentos interferentes?
- O aluno participará de atividades aprendendo esta habilidade?
- No dia – a – dia do aluno, esta habilidade será mantida por situações que
acontecem naturalmente?

Arnold, M (2015)
Algumas reflexões fundamentais que precisamos nos aprofundar ao
escrevermos o PEI do nosso aluno
•Distinguir acomodações de modificações e estratégias/intervenções
instrucionais
•Descrever como as acomodações instrucionais e de teste ajudam os alunos
com deficiência a obter acesso ao currículo de educação geral e às avaliações
•Compreender as responsabilidades da equipe do PEI, incluindo o papel dos
professores, para tomar decisões de acomodação para alunos com deficiência
•Selecione acomodações apropriadas que abordem as barreiras apresentadas
pelas deficiências de um aluno e leve em consideração seus objetivos de
aprendizado
•Identificar como os professores podem garantir que os alunos recebam o
maior (máximo) benefício das acomodações
•Use dados objetivos para determinar a eficácia de uma acomodação
Acomodações
Deficiência Barreira Algumas Acomodações

Deficiência visual Leitura de texto impresso •Áudio do texto


•Letras maiores
•Braile

Dificuldade de aprendizagem Decodificação de texto •Livros de áudio


específica •Leitor humano

TDAH Permanecer focado na tarefa •Permitir pausas frequentes


•Marcar as respostas diretamente na
prova, em vez de no gabarito do
teste

Deficiência Física Escrever respostas •Permitir resposta oral


•Software de fala para texto
Com isso em mente, é importante reconhecer que as adaptações não mudam o que os alunos aprendem, mas sim como eles acessam o
aprendizado.
1. Não mude as expectativas de aprendizado
2. Não reduza os requisitos da tarefa
3. Não mude o que o aluno deve aprender
Acomodações
Barreira relacionada Categoria de acomodação Exemplos

A forma como a informação é apresentada (por •Acomodações de apresentação •Livros e materiais com letras grandes
exemplo, texto, palestra, vídeo) •Permitir que um aluno acesse informações de •Dicas visuais (por exemplo, texto codificado
outras maneiras além dos meios visuais ou por cores)
auditivos padrão •Livros de áudio
•Mude a maneira como instruções, instruções e •Legendas codificadas em vídeos
informações são apresentadas

A maneira pela qual o aluno deve responder •Acomodações de resposta •Software de fala para texto
(por exemplo, escrita, fala) •Permitir que os alunos concluam tarefas ou •Ditar oralmente as respostas (usando um
avaliações por meio de outras maneiras além gravador digital)
das respostas verbais ou escritas típicas

As características do ambiente (por exemplo, •Definindo acomodações •Assentos preferenciais (por exemplo, perto do
nível de ruído, iluminação) •Permitir uma mudança no ambiente ou em professor)
como o ambiente está estruturado •Testando em um local separado

O tempo e a programação da instrução (por •Horários e agendamento de acomodações •Tempo prolongado para concluir a tarefa
exemplo, hora do dia, duração da tarefa) •Permitir alterações em quando e quanto tempo •Pausas frequentes
os alunos têm para concluir tarefas ou •Sessões de teste mais curtas
avaliações
•Permitir que as tarefas sejam divididas em
seções menores
Acomodação não pode ser confundida com modificação
Deficiência Barreira Possível Modificação Modificações são adaptações que
alteram o que os alunos
aprendem e são usadas com
Deficiência Lendo texto Fazer outra coisa no alunos que precisam de mais
visual impresso lugar de ler suporte ou ajustes do que as
acomodações podem
Dificuldade de Decodificando Leia um livro de nível fornecer. Enquanto as
acomodações nivelam o campo
aprendizagem texto de dificuldade menor
de jogo, as
específica modificações mudam o campo de
jogo. Ao contrário das
TDAH Permanecendo Menos perguntas de acomodações, as modificações:
1) Mude as expectativas de
focado lição de casa aprendizado
2) Reduza os requisitos da tarefa
Deficiência Escrever Escrever menos linhas
Física respostas
Obrigada
Me. Tércia Marília Martins Brasil
Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento - UPM
Analista do Comportamento Qualificada – QBA/QABA®
Especialista em ABA, Neuropsicologia e Intervenções Precoces no
Autismo
tercia.brasil@neurokind.com.br

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