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INTRODUÇÃO - O que é inclusão e quais suas características? ................ 03

Ser diferente ...................................................................................................... 05

Componentes para a formação do Professor de Educação Especial ........... 06

Conclusão dos conhecimentos adquiridos ...................................................... 08

Referencias Bibliográficas ............................................................................... 10

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INTRODUÇÃO - O que é inclusão e quais suas características?

Inclusão é o ato de permitir, favorecer ou facilitar o acesso ao meio comum,


indistintamente.
Esse termo é utilizado para: inclusão escolar, inclusão educacional, educação
inclusiva, escola inclusiva, inclusão na educação, inclusão social, inclusão de deficientes.
Na questão escolar, atualmente se admite a participação de deficientes numa sala de
aula que não seja, especificamente, educação especial. A justificativa é que, dependendo do
grau de deficiência, essa convivência é saudável e positiva para ambas as partes (deficientes e
não deficientes). Na questão social, a inclusão tem como proposta a nivelação, sem rotulação
e sem degrau social: todos têm direito a exercer sua cidadania. Na questão trabalhista, a lei
exige a inclusão de deficientes no mercado de trabalho, também dependendo do grau de
deficiência. Dessa forma, o deficiente se sente valorizado e aceito na sociedade em que vive.
Principais características de uma escola inclusiva:
 Um senso de pertencer. Filosofia e visão de que todas as crianças pertencem á
escola e á comunidade e de que podem aprender juntas;
 Liderança o diretor envolve-se ativamente com a escola toda no provimento de
estratégias;

 Padrão de Excelência. Os altos resultados educacionais refletem as


necessidades individuais dos alunos.

 Colaboração e cooperação. Envolvimento de alunos em estratégias de apoio


mútuo (ensino de iguais, sistema de companheiro, aprendizado cooperativo,
ensino em equipe, ensino equipe de assistência aluno-professor, etc.). Novos
papéis e responsabilidades. Os professores falam menos e assessoram mais;
psicólogos atuam junto aos professores nas salas de aula; todo o pessoal da
escola faz parte do processo de aprendizagem.

 Movimento inclusivo, nas escolas, por mais que seja ainda muito contestado, pelo
caráter ameaçador de toda e qualquer mudança, especialmente no meio educacional, é
irreversível e convence a todos pela sua lógica e pela ética de seu posicionamento social. A
inclusão está denunciando o abismo existente entre o velho e o novo na instituição escolar
brasileira. A inclusão é reveladora dessa distância que precisa ser preenchida com as ações
que relacionamos anteriormente. Assim sendo, o futuro da educação inclusiva está, ao nosso
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ver, dependendo de uma expansão rápida dos projetos verdadeiramente embuídos do
compromisso de transformar a escola, para se adequar aos novos tempos. Não se muda a
escola com um passe de mágica, mas a implementação da escola inclusiva é um sonho
possível e estamos trabalhando nesse sentido, colhendo muitos resultados animadores em
redes de ensino e em escolas particulares brasileiras. O LEPED/Unicamp tem assessorado
inúmeros projetos em todo o Brasil, nos Estados de São Paulo. Minas Gerais, Bahia, Rio
Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e ao mesmo tempo pesquisado o que está
sendo realizado diretamente nas salas de aula, produzindo dessa maneira conhecimento a
respeito da inclusão escolar. Os principais indicadores de sucesso dos nossos projetos têm a
ver com as mudanças atitudinais de professores, diretores e da comunidade escolar, assim
como dos pais e alunos das escolas, diante da inclusão. Não se trata aqui de alunos com
deficiência, mas de todos os alunos que estão na escola, mas marginalizados, e dos que estão
fora dela, porque foram excluídos ou ainda não conseguiram nelas penetrar, por preconceitos
de toda ordem: sociais, culturais, raciais, religiosos. Somos um país transcultural dado a nossa
forte miscigenação, mas nem por isso deixamos de discriminar e de isolar os grupos
minoritários mais estigmatizados e também outros, que foram e são considerados inferiores,
como os negros, índios, imigrantes e migrantes do Norte e Nordeste, entre outros. No âmbito
das escolas com as quais estamos trabalhando, os indicadores de sucesso aparecem também
atrelados ao cumprimento dos planos de ação dos sistemas de ensino e das escolas,
individualmente. Salientamos que esses sistemas em que trabalhamos todos eles excluíram a
educação especial de seus organogramas e com isso temos outras condições de tratar as novas
propostas de organização do ensino nas escolas, livres de toda saída possível para fugir da
inclusão. Uma modalidade de ensino única reduz as chances de se encaminhar os problemas e
as dificuldades para ensinar algumas crianças, com ou sem deficiências, em ambientes à parte
e remete os problemas de ensino às escolas, aos professores, à estrutura e ao funcionamento
geral dos sistemas. Essa situação desafiadora, faz com que se ultrapassem os limites
pedagógicos e administrativos das escolas, na direção da inclusão. Em uma palavra, o desafio
da inclusão está desestabilizando as cabeças dos que sempre defenderam a seleção, a
fragmentação do ensino em modalidades, as especializações e especialistas, o poder das
avaliações, da visão clínica do ensino e da aprendizagem. E como não há bem que sempre
ature, está sendo difícil manter resguardados e imunes às mudanças todos os que colocam nos
alunos a incapacidade de aprender.

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Ser diferente

Tanto o vídeo, quanto as músicas, busca ressaltar a conscientização das diferenças


entre as pessoas e a importância das desigualdades.
Essa questão nos leva a uma reflexão acerca das desigualdades existentes no mundo,
no contexto de perfeição e imperfeição.
Desde a Antiguidade o homem apresenta dificuldades para lidar com questões que vão
além de seu conhecimento, ou do padrão de normalidade. Ao longo da história casos de
exclusão, de discriminação, marcaram e ainda marcam os grupos tidos como “diferentes”,
esses grupos são submetidos às mais diversas formas de divisão, desde serem tratados como
impuros e até serem sacrificados por não serem desvendados, com o tempo houve avanço das
ciências medicas e da tecnologia, fato que veio trazer novos conhecimentos para se entender
as diferenças das pessoas com deficiência, e buscar meios para facilitar a vida dessas pessoas
e tanto que hoje essas pessoas contam com o amparo de uma legislação.
Desde que o mundo é mundo as pessoas lutam contra o preconceito. Índios, negros,
judeus, mulheres, deficientes, classes menos favorecidas, homossexuais, todos
experimentaram a dor que esse sentimento pode causar. Pessoas “condenadas” por causa da
cor da pele, sua origem, genética, limitações, herança e preferências. E infelizmente sempre
haverá alguém que se julgue melhor do que o outro, independente de qual seja a sua verdade.
Quando pensamos em todo esse histórico, agradecemos pelo fato de que as coisas hoje em dia
fluem melhor. A sociedade está um pouco mais tolerante e se ainda há preconceito, e ninguém
duvida disso, o mesmo costuma se apresentar camuflado. A lei passou a valer mais.

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Componentes para a formação do Professor de Educação Especial
Quanto à formação dos professores na ótica do especial na educação, já temos muitos
meios de capacitar esses profissionais: nas Habilitações dos Cursos de Pedagogia, nas
inúmeras especializações que se criam nos cursos de pós-graduação, na formação continuada
oferecida pelas redes de ensino como "cursos preparatórios para a inclusão", no acervo de
clínicas e instituições que atendem a alunos e pessoas com deficiência. Trata-se da velha e
conhecida formação que é necessária para manter a ideia de que a escola-clínica é a que
resolve os problemas das deficiências e, em consequência, da inclusão escolar.
A formação tradicional em educação especial não se destina a profissionais que terão o
compromisso de incluir os excluídos da escola, pois não lhes incute a ideia do especial da
educação, que redirecionam objetivos e práticas de ensino, pelo reconhecimento e valorização
das diferenças. Porque continua a dividir, a separar, a fragmentar o que a escola deve unir
fundir, para se fortalecer e tornar-se justa e democrática, cônscia de seus deveres e dos
preceitos constitucionais que garantem a todos os cidadãos brasileiros uma escola sem
preconceitos, que não discrimina sob qualquer pretexto – Art.3º parágrafo IV do Título I da
Constituição da República Federativa do Brasil.
Na perspectiva da educação aberta às diferenças e do ensino inclusivo a formação dos
professores não acontece pelos mesmos caminhos acima referidos; ela é construída no interior
das escolas, continuamente, à medida que os problemas de aprendizagem dos alunos com e
sem deficiência aparecem e considerando-se concomitantemente o ensino ministrado, suas
deficiências, inadequações, conservadorismo.
Trata-se de uma nova formação, que busca aprimorar o que o professor já aprendeu
em sua formação inicial, ora, fazendo-o tomar consciência de suas limitações, de seus talentos
e competências, ora, suplementando esse saber pedagógico com outros, mais específicos,
como o sistema braile, as técnicas de comunicação e de mobilidade alternativa - aumentativa,
ora aperfeiçoando a sua maneira de ensinar os conteúdos curriculares, ora levando-o a refletir
sobre as áreas do conhecimento, as tendências da sociedade contemporânea, ora fazendo-o
provar de tudo isso, ao aprender a trabalhar com as tecnologias da educação, com o
bilinguismo nas salas de aula para ouvintes e surdos.
Mas tudo isso sendo entendido como um processo de trabalho que é necessário para
que a escola acolha a todos os alunos, sem preconceitos e cônscia de seus compromissos de
formadora e não apenas de instrutora das novas gerações e transmissora de um saber, que é
ultrapassado continuamente e que, assim sendo, não pode ser sistematizado

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aprendido/ensinado, como antes. Como ensinar aos professores em formação inicial ou em
serviço práticas heterogêneas e inclusivas, a partir de uma política de formação de professores
que enfatiza a deficiência, que categoriza os aprendizes e seus professores e que, assim
procedendo, opta pela homogeneidade das práticas e exclui os que nela cabem em uma
modalidade específica de educação? Na verdade, o ensino dicotomizado em regular e
especial, define mundos diferentes dentro das escolas e dos cursos de formação de
professores. Essa divisão perpetua a ideia de que o ensino de alunos com deficiência e com
dificuldades de aprendizagem exige conhecimentos e experiência que não estão à altura dos
professores regulares. Há mesmo um exagero em tudo o que se relaciona à educação especial,
que desqualifica o ensino regular e os professores que não terem a habilidade de ensinar essa
clientela. Temos, então, de recuperar, urgentemente, a confiança que os professores do ensino
regular perderam de saber ensinar todos os alunos, sem exceção, por entenderem que não há
alunos que aprendem diferentes, mas diferentemente.
Resumindo o que acabamos de descrever e comentar, podemos afirmar que existiu e
ainda existe uma ambiguidade na direção dos atendimentos da educação especial. As
principais tendências de nossas políticas nacionais de educação especial até 1990 foram o
atendimento terapêutico e assistencial, em detrimento do educacional, propriamente dito. A
ênfase no apoio do governo às ações das instituições particulares especializadas nas
deficiências continua acontecendo, o que marca a visão segregativa da educação especial no
Brasil. Infelizmente, ainda não se tem uma clara definição das nossas autoridades
educacionais sobre a adoção de uma política verdadeiramente inclusiva em nossas escolas
regulares. Se a educação especial se protege, ao se mostrar temerosa por uma mudança radical
da escola, a educação regular se omite totalmente, passando pela questão muito rapidamente,
mas protegendo-se da mesma forma de toda de qualquer transformação de seu trabalho nas
escolas, alegando falta de preparo dos professores e de condições funcionais para atender a
todas as crianças, inclusive as que têm deficiências.
Nesse jogo político-institucional quem perde são sempre as crianças e a nação
brasileira, que tem suas novas gerações mais uma vez privadas dos benefícios de uma escola
que ensinaria justiça, democracia e abertura às diferenças, pelo método mais eficiente – a
convivência entre pares. A educação especial e todas as utilizações dessa adjetivação nos
programas, projetos, planos de ação para desenvolver a escolaridade de alunos com
deficiência ainda têm um peso muito forte e ajudam a dividir os alunos, professores, sistemas,
escolas, ideias, legislação, ao invés de ampliar a especialização do ensino em todos os alunos.

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Conclusão dos conhecimentos adquiridos

O entendimento de que a Educação Especial constitui-se uma modalidade de ensino


dentro da educação regular. Trata-se da gama de serviços que se destinam a atender crianças,
adolescentes e adultos com necessidades educacionais especiais (não apenas os deficientes),
ou seja, pessoas com deficiência intelectual, deficiência física, sensorial, múltipla, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades (superdotados). Não é possível radicalizar a
discussão de inclusão e negar a necessidade de serviços especializados para apoiar a vida
independente destas pessoas.
Não há como negar os avanços políticos relativos à inclusão escolar e social das
pessoas com necessidades especiais, porém as reflexões sobre a qualidade e a efetividade de
tais ações são primordiais.
A educação especial e a inclusiva formam um sólido paradigma educacional
respaldadas na subjetividade dos direitos humanos, que compactua com a igualdade e as
diferenças como princípios inseparáveis na vida cotidiana humana, e que prossegue se
comparados às ideias de equidade formal e social ao se contextualizar com as circunstâncias
históricas da produção e reprodução da exclusão dentro e fora do universo escolar.
Quando as dificuldades são reconhecidas e enfrentadas de maneira reflexiva e
progressista na educação em sua totalidade, surge a necessidade contradições em relação às
práxis discriminatórias até então cristalizadas, com isso formas alternativas, baseadas no
senso crítico, são criadas para uma ação inclusiva que assume esse espaço acrítico tornando-o
crítico como centro de discussões e debates sobre a sociedade atual e o papel da educação
sobre superação da exclusão em vigor.
O princípio que orienta a estrutura inclusiva é o de que escolas deveriam acomodar
todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais, linguísticas ou outras. Aquelas deveriam incluir crianças deficientes e
superdotadas.
No contexto desta Estrutura, o termo "educação inclusiva" refere-se a todas aquelas
crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de
deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Muitas crianças experimentam dificuldades de
aprendizagem e, portanto possuem necessidades educacionais especiais em algum ponto
durante a sua escolarização. Escolas devem buscar formas de educar tais crianças bem
sucedidas, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas.

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Existe um consenso emergente de que crianças e jovens com necessidades
educacionais especiais devam ser incluídas em arranjos educacionais feitos para a maioria das
crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafio que confronta a escola
inclusiva é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e
capaz de bem sucedida de educar todas as crianças.
O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que elas sejam capazes de
prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças: o estabelecimento de tais escolas é
um passo crucial no sentido de modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidades
acolhedoras e de desenvolver uma sociedade inclusiva.
Sociedade essa que deve oferecer educação gratuita e de qualidade para todos.
A formação de professores especializados exige a perseverança e o envolvimento no
processo de todos que buscam a escola aberta às diferenças. Os caminhos da mudança fazem-
se constantemente e não tem fim.
Devemos promover uma efetiva participação dos alunos com deficiência nas
atividades escolares, identificando necessidades destes alunos. No entanto só saberemos
identificá-las se eles estiverem, de fato, nas redes comuns de ensino e participando ativamente
dos espaços comuns a todos.
A inclusão na escola não resolverá a questão da deficiência da criança, visto que é um
problema real, clínico e objetivo. E que o trabalho dos profissionais em educação não é
suficiente para a inclusão, se a sociedade não se preparar para receber essa criança, ou seja,
não podemos ser ingênuos a ponto de acreditar que uma lei resolve a questão.
Referências Bibliográficas

http://www.habitus.ifcs.ufrj.br/pdf/abntnbr6023.pdf

http://annq.org/eventos/upload/1330376572.pdf

http://editora-arara-azul.com.br/novoeaa/revista/?p=149

www.oei.es/quipu/brasil/docentes.pdf

portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_ead

www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/viewFile/9263/8389

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