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O QUE É MEDIAÇÃO?

"O serviço do mediador escolar tem como objetivo atender as necessidades


educacionais especiais dos alunos por ele atendidos complementando, suplementando e
servindo de apoio ao ensino comum"

(Burkle e Redig, 2009, p.1) O mediador atua junto ao professor


e demais envolvidos no processo, inclusive aos alunos, dando suporte
prático e teórico à aprendizagem dos mesmos. O atendimento,
geralmente, se dá no interior da sala de aula; com serviço de
orientação e de supervisão pedagógicas nas escolas que possuem
alunos incluídos.

É chegado o grande momento, a hora da mudança educacional, cultural e social,


em que devemos buscar continuamente a reciclagem do aprendizado, em que
precisamos quebrar paradigmas e preconceitos, mas também aprender que ninguém
consegue nada sozinho e que somente juntos em união família e professor devem andar
em conjunto rumo ao novo conceito educacional, o conceito da oportunidade para todos.

Alguns países apresentam mais registros desta experiência. Na França, entre 1998
e 2003, foram desenvolvidas as primeiras integrações individuais com mediadores
escolares. Esses profissionais eram recrutados e formados por associações, de forma
pontual, visando ao tipo de dificuldade que eles acompanhavam. Em junho de 2003, eles
passaram à responsabilidade da Educação Nacional. Nos Estados Unidos, uma
característica relevante da mediação é que todo o staff, equipe escolar, deve
compreender a dificuldade do aluno, que o faz responder de uma forma diferente dos
outros estudantes. É importante o treinamento dos colegas. O staff educacional deve ser
treinado diretamente para aquela criança com a sua equipe, compreendendo seus pontos
fortes e necessidades prioritárias para. Poder atuar com ela. A equipe deve incluir
professores, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, além dos pais.

Na Grã-Bretanha, os mediadores escolares trabalham em escolas com professores


de turma, a fim de ajudar a oferecer experiências relevantes de aprendizagem para as
crianças.
Independentemente do título que apresentam, ficam baseados em escolas
primárias, secundárias ou especiais. Em escolas primárias e especiais, eles devem ser os
primeiros a ajudar uma criança ou um pequeno grupo de crianças com necessidades
especiais. Em escolas primárias e especiais, eles devem ser os primeiros a ajudar uma
criança ou um pequeno grupo de crianças com necessidades especiais, ou podem
trabalhar direto em uma classe particular. Em escolas secundárias, eles devem trabalhar
com uma única criança, abarcando todas as áreas do currículo. Cabe destacar que, na
última década, o número de mediadores escolares cresceu impressionantemente neste
país. (GROOM, B.; ROSE, R. Supporting The inclusion of pupil with social, emotional and
behavioral difficulties in the role of teaching assistants. J Res Spec Educ Needs. 2005; 5
(1): 20-30).

O mediador escolar surge nas escolas particulares do Rio de Janeiro, devido ao


crescimento das chamadas " crianças em situação de inclusão". Com isso, as escolas se
veem às voltas com uma nova demanda: Como incluir esses "novos" alunos? No
processo de construção dessa resposta, o "mediador" aparece como possível
instrumento, mas logo se torna imprescindível nas salas de aula cariocas, e o número de
profissionais exercendo essa prática cresce rapidamente.

A necessidade do mediador escolar é, normalmente, apontada pela escola como


condição para que o "aluno em situação de inclusão" possa frequentar o espaço escolar.
Este aluno é apresentado como uma criança (adolescente) com algum transtorno,
deficiência ou sintoma que dificulta a sua experiência escolar, se comparada aos
parâmetros ditos "normais". A escola entende que as demandas desse aluno vão para
além das possibilidades dela e, por isso, leva aos pais a necessidade de um profissional
que acompanhe a criança (adolescente) na escola. A família, na maioria das vezes, fica
responsável por arcar financeiramente com esse profissional.

O primeiro e mais fundamental objetivo do mediador é ajudar o aluno a criar suas


próprias ferramentas para usufruir do espaço escolar de forma independente tornando a
sua vida escolar mais potente e autônoma uma vez que esse objetivo seja atingido
acreditamos que o mediador deixa de se fazer necessário e o aluno pode continuar seu
aprendizado com professores e amigos nesse contexto o mediador atua como uma ponte
entre a criança adolescente e suas relações professores, colegas, coordenação e o
próprio aprender. Não deixa de trabalho é autonomia, portanto busca-cortar essa ponte
cada vez mais ocupando, um lugar de passagem e desenvolver na criança e ao professor
o papel de gerir e garantir uma vivência escolar completa e de qualidade para aquele para
aquele aluno.
A prática de mediação que temos operado nas escolas vem produzindo incômodos
e ruídos., e essa é a nossa maior conquista, uma atuação que propicia questionamentos e
abre um campo de reflexão. Enquanto estivermos produzindo tensões que investigue
mudanças, mesmo que pequenas, garantimos uma prática ética e potente. Tendo como
valor máximo do nosso trabalho a crença na potencialidade de cada criança procuramos
auxiliá-la a encontrar maneiras que propiciam o desenvolvimento de suas capacidades e
habilidades, mesmo que, por um período, seja necessário que nós emprestemos como
"suporte" para assegurá-la de sua capacidade enquanto sujeito.

O BRASIL E A MEDIAÇÃO

O panorama no Brasil não é diferente historicamente, onde leis e documentos


foram criados na intenção de garantir o sucesso da inclusão, mas que ainda encontram
Barreiras, sejam profissionais ou institucionais para que saiam do papel e se torne uma
realidade para todos. Recentemente, em Brasília, a partir da denúncia de mães e pais o
ministério público foi sancionada uma lei que proíbe as escolas de cobrarem taxas extras
para estudantes com deficiência. (http://df.gov.br/notícias/item/5669-lei-pro%C3%ADbe-
cobran%C3%A7a-de-taxa-extra-a-alunos-com-defici%C3%AAncia.html).

Quando penso na mediação e como cheguei a ela, surpreendo-me e me pego


diversas vezes imagina numa tela em branco onde tudo que eu imaginava para minha
vida teria de ser pintado novamente todos os meus professores ao longo da minha vida
tiveram papel importantíssimo, mas nunca pensei neles como pessoas que dia a dia
elaborava meio de se fazer entender para um monte de crianças com histórias e
conceitos diferentes. Na realidade, achava que eles não faziam nada além de me
obrigarem a gostar da matéria que eles ensinavam. Muitas vezes agradeço mentalmente
por toda a dedicação deles porque, sinceramente, a profissão do professor é mais difícil,
integrante, e motivadora que existe, fora que você deve não somente aprender a passar
sua mensagem mas também a deixar depois de um ano inteiro de dedicação os
pequenos ir embora rumo ao outro professor e as outras descobertas meu trabalho
começou na pandemia na verdade como relatei na primeira aula meu trabalho começou
em 2009 quando eu me formei tive dois alunos especiais e logo depois lecionei uma
turma esse é um aluno não era autista e logo depois eu engravidei o meu filho que hoje
tem 13 anos que tem síndrome de Down a minha longa história na educação especial
iniciou-se na pandemia antes eu atuava apenas como mãe é típica que conhecia o lado
do professor porém estava experimentando e aprendendo qual era o meu papel com uma
mãe especial mas voltando lá para o papel do professor quando eu entrei na educação
especial em particular com crianças autista como síndrome de Down e déficit de atenção
nesse período é claro, minha motivação foi meu próprio filho, diagnosticado como
síndrome de Down frequentava a escola porém por falta de conhecimento na área eu
achava que ele não podia frequentar a escola devido ao diagnóstico porém há uma
grande demanda de dificuldades dentro da área da Educação probleminha a tarefa de
tentar ensiná-lo, e a primeira coisa que aprendi foi que não poderia trabalhar com erros e
acertos, e que a educação tradicional não funcionaria com o Júnior ou com nenhuma
outra criança com deficiência, teria de ser tudo adaptado individualizado com gosto de
poesia, e isso sempre me motivou minha primeira experiência foi numa creche na
mangueira com Tiago, a cada palavra sua me motivava e ver com os olhos que a
educação precisava ter um outro olhar um olhar empático e seguindo esse pensamento
de que para ser uma mediadora e orientadora eu deveria desconstruir tudo que eu já
sabia como profissional de educação para reconstruir, esbarrei com uma frase que me
faria realmente a crer no real sentido de ser professor de uma criança com necessidade
educacionais especiais e uma delas foi a primeira tarefa era aprender a enxergar como
eles.
"A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. (N i e t z s c h e)”

O PAPEL DO MEDIADOR ESCOLAR

O mediador é aquele que no processo de aprendizagem favorece a interpretação


do estímulo ambiental, chamando a atenção para os seus aspectos cruciais, atribuindo
significado à informação recebida, possibilitando que a mesma aprendizagem de regras e
princípios sejam aplicados às novas aprendizagens, tornando o estímulo ambiental
relevante e significativo, favorecendo o desenvolvimento.

1. Deve auxiliar o estudante no cumprimento de atividades na sala de aula.


2. Também deve acompanhar o estudante nos atividades extraclasse.
3. Não pode substituir o professor regente, professor do AEE, em nenhuma
atividade ou responsabilidade referente à sua profissão;
A principal função do mediador é ser o intermediário entre a criança e as situações
vivenciadas por ela, onde se depare com dificuldades de interpretação e ação. Logo, o
mediador pode atuar como intermediário nas questões sociais e de comportamento, na
comunicação e linguagem, nas atividades e/ou brincadeira dirigidas e/ou pedagógicas.

O mediador também atua em diferentes ambientes escolares, tais como a sala de


aula, as dependências da escola, pátio e nos passeios escolares que forem de objetivo
social e pedagógico.

Também pode acompanhar a criança ao banheiro, principalmente se estiver com


objetivo de desfralde, auxiliando nos hábitos de higiene, promovendo independência e
autonomia no decorrer da rotina.

Isso poderá ser acordado junto à equipe escolar, se esta tiver auxiliar de turma,
para que não aconteça conflito nas ações. Além de adaptar a estrutura física para
organizar objetos no entorno.

Mediadores escolares também prestam apoio aos professores em sala de aula.


Eles ajudam com as atividades e trabalhos de adaptação individualizada, a fim de permitir
que os professores ganhem tempo com as demais atividades do dia a dia. Podem ajudar
e apoiar as crianças na aprendizagem e aplicação de material de classe.

De igual forma, proporcionam aos alunos uma atenção individual, quando os


alunos estão tendo dificuldades com o material proposto para o resto do grupo. Algumas
adaptações curriculares podem ser feitas seguindo a proposta do professor da turma e
das terapias de apoio. Para tanto, é necessário conversar com a com a equipe terapêutica
para que as ações sejam coerentes e uniformes.

RELAÇÃO MEDIADOR - FAMÍLIA

O Mediador, por acompanhar de perto o desenrolar da escolarização, deve ter


especial atenção ao reportar aos pais sobre os fatos mais importantes ocorridos na sala
de aula e no ambiente escolar. Este compartilha de informações não deve perder de vista
que o objetivo principal é verificar quais foram as situações mais favoráveis de
estimulação para aquela criança e possibilitar a sua generalização no ambiente
doméstico.
As estratégias de estimulação e intervenção pedagógicas que não forem bem
sucedidas devem orientar futuras tentativas/intervenções e somente servir para tal
propósito. Em hipótese alguma o mediador escolar deve perder de vista a ética das
informações que deve passar à família. As impressões pessoais e sugestões no
tratamento, por exemplo, devem ser discutidas com toda a equipe. Somente informações
pertinentes ao desenvolvimento da criança, em concordância com a escola e terapeutas,
deverão ser repassadas.

RELAÇÃO MEDIADOR – ALUNO

Não se pode perder de vista que o objetivo maior do mediador escolar é promover
o desenvolvimento da criança, que precisa de um suporte adicional no ambiente natural
de aprendizagem. Portanto, posturas de superproteção ou a atuação como cuidador são
ineficientes e não condizem com a proposta da mediação.
O profissional deve, sempre em parceria com o professor, saber quando o apoio
deve ser mais diretivo, a hora que deve se afastar visando à autonomia. É importante
também saber identificar o momento em que um outro aluno pode ser incentivado a
assumir momentaneamente esse papel.

RELAÇÃO MEDIADOR - PROFESSOR – ESCOLA

O professor da classe é o responsável por organizar as ações de todos os seus


alunos, inclusive do que precisa, ao menos momentaneamente, de um mediador escolar.
O mediador atua em parceira com a escola com objetivo de compartilhar conhecimento.
Quanto mais os profissionais que assistem a criança estiverem preparados, maior será o
desenvolvimento dela e, consequentemente, o êxito profissional daqueles que nela
investem. Além disso, a atuação do mediador também diz respeito a atividades que
favoreçam a interação do professor com aquela criança. Ter outro adulto na turma
atuando com uma criança especifica, não exclui o professor da relação com seu aluno.

O mediador deve estar apto a orientar o professor com estratégias que favoreçam
o comportamento interativo com o aluno. O mediador não pode esquecer que a turma,
incluindo a criança que ele atua, tem um professor para conduzi-la. É fundamental ter
sensibilidade para que o professor não se sinta invadido, mas que ele entenda o mediador
como um parceiro profissional que entrou turma dele para somar.

PARA REFLETIR...

“Precisamos, pois, de uma educação comprometida “sabedoria” de viver junto,


respeitando as diferenças, comprometida com a construção de um mundo mais humano e
justo para todos os que nesse habitam, independente de cor, credo ou opção de vida.”

Helena Gurfinkel

Referências:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0103-84862010000100010

O PAPEL DO PROFESSOR

Quando penso na mediação e como cheguei a ela, surpreendo-me e me pego


diversas vezes imagina numa tela em branco onde tudo que eu imaginava para minha
vida teria de ser pintado novamente todos os meus professores ao longo da minha vida
tiveram papel importantíssimo, mas nunca pensei neles como pessoas que dia a dia
elaborava meio de se fazer entender para um monte de crianças com histórias e
conceitos diferentes. Na realidade, achava que eles não faziam nada além de me
obrigarem a gostar da matéria que eles ensinavam. Muitas vezes agradeço mentalmente
por toda a dedicação deles porque, sinceramente, a profissão do professor é mais difícil,
integrante, e motivadora que existe, fora que você deve não somente aprender a passar
sua mensagem, mas também a deixar depois de um ano inteiro de dedicação os
pequenos ir embora rumo ao outro professor e as outras descobertas meu trabalho
começou.

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