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Família

e
Escola

Anna Karoline Pinheiro


Larissa Carlos
Verônica Biano
1. Família, escola,

socialização e

desenvolvimento

educacional
2. letramento, família e

escola
3. agressividade, família e

escola
APRENDIZAGEM -

INTEGRAÇÃO E

ADAPTAÇÃO DO SER

HUMANO AO SEU

AMBIENTE

FAMÍLIA E ESCOLA -

IMPRESCINDÍVEIS À

FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO

COMO CIDADÃO E SER

SOCIAL
sociedade
valores
e padrões
criança
apreensão de

elementos do mundo

interações social;
definição de mundo;
modelo para atitudes

e comportamento
A FAMÍLIA: UM

IMPORTANTE AGENTE

SOCIALIZADOR

Família: primeira instituição social que irá

promover o desenvolvimento das pessoas; o

contexto familiar da criança é o seu lugar de

primeira formação.

Transmição de um capital cultura, de um modo

de estar no mundo.
"Cada família transmite a seus filhos,

mais por vias indiretas que diretas,

um certo capital cultural e um certo


ethos, sistema de valores implícitos e

profundamente interiorizados, que

contribui para definir, entre outras

coisas, as atitudes face ao capital

cultural e à instituição escolar."

Bourdieu (1998, p. 42)


FAMÍLIA E ESCOLA
Instituições fundamentais para desencadear os processos

evolutivos ;
Propulsoras ou inibidoras do crescimento físico, intelectual,

emocional e social.

FAMÍLIA : ESCOLA :
Socialização, proteção,
Conteúdos curriculares,

condições básicas de
instrução e apreensão de

sobrevivência e
conhecimentos; processo

desenvolvimento social,
de ensino-aprendizagem.
cognitivo e afetivo.
A FUNÇÃO DA

ESCOLA NA

FORMAÇÃO DO

SER SOCIAL

Tornar o educando capaz de fazer análises

científicas, críticas e reflexivas.

A escola se constitui num pólo de referência e ampliação de uma identificação

com a família para uma identificação mais geral com o grupo social externo, ou

seja, na construção da identidade do ser social.


(Valadão; Santos, 1997, p. 8).
"O que ocorre é que torna-se difícil

caracterizar os papéis dessas

instituições. As funções da família e da

escola encontram-se muito difusas

numa sociedade tão complexa como a

atual. Há uma confusão de papéis,

sendo que tanto os pais quanto os

professores sentem dificuldades em

definir suas funções." (Valadão; Santos,

1997, p. 47)
Família e escola: uma parceria
necessária para o processo de
letramento

Autoras: Eulália H. Maimoni e Ormezinda Maria Ribeiro


Antes...
Alfabetização e letramento:
"Uma pessoa pode
ser considerada alfabetizada se aprendeu a ler e
escrever, mas não se apropriou da leitura e da escrita, incorporando as
práticas sociais que as demandam. Assim, alfabetizados são aqueles que
decodificam o sinal gráfico, que reconhecem as letras, as copiam de forma
legível, pronunciam os sons que elas representam, mas não saem desse
nível de compreensão - não são capazes de ''traduzir'' em outras palavras
aquilo que ''leram'' ou ''escreveram''."
"Letrada é aquela pessoa que se envolve nas práticas sociais de leitura e de
escrita, alterando seu estado ou condição do ponto de vista social, cultural,
político, cognitivo, lingüístico e até econômico." (Eulália H. Maimoni e
Ormezinda Maria Ribeiro)
Aprendizagem mediada:

"Caracteriza-se por uma situação de interação entre um adulto, ou


colega mais capaz, e um aprendiz. Nela, o agente mediador, que é o
mais capaz nesse momento, seleciona e ordena as aprendizagens,
dando-lhe significados específicos da cultura a que pertence."
(Eulália H. Maimoni e Ormezinda Maria Ribeiro)
PESQUISA: ESTUDOS SOBRE A
MEDIAÇÃO DE ATIVIDADES DE
LEITURA E ESCRITA

As pesquisas foram realizadas na Universidade de Uberaba: a primeira


coordenada por Márcia E. Bortone e a segunda, por Eulália H.
Maimoni,tendo ambas colaborado nas duas pesquisa
O ESTUDO

Consistia em o pai, mãe ou responsável ouvir o


aluno ler, por cinco minutos, um texto curto
escolhido pelo filho, de acordo com o interesse
do ouvinte, sobre temas variados de jornal,
revista ou livro, desde notícias sobre
acontecimentos atuais até receita de bolo ou
curiosidades, como a invenção da escova de
dente, por exemplo, ou sobre esportes.
1º estudo: 2º estudo:
Participaram pais de alunos de Participaram pais
2ª série do ensino fundamental; universitários;
Nível socioeconômico baixo; Filhos frequentavam desde
Esse estudo compreendeu um a pré-escola até a oitava
período de dois anos (1999 - série do ensino
2000). fundamental;
Idades variando de 06 a 16
anos;
Esses pais eram estudantes
de licenciatura da mesma
universidade, no ano de
2001.
Contribuições dos estudos:

Adaptado de Topping;
Os pais podem colaborar com a escola na aprendizagem dos filhos;
"Leitura conjunta";
Testou outro procedimento para as aprendizagens da escrita;
Adaptado apenas para o segundo estudo;
Melhor desempenho em produção escrita;
Aluno universitário como futuro professor: a experiência da
aprendizagem mediada em leitura e escrita utilizada com os seus
filhos pode ser utilizada com os seus alunos.

Dificuldades

Compreensão dos procedimentos;


As crianças levavam para casa textos com histórias infantis;
Não interessavam aos seus pais e eles acabavam dormindo
Intervenção dos pesquisadores;
No segundo estudo: falta de tempo dos pais para ouvirem seus filhos
Apesar das dificuldades...
No primeiro estudo:

Resultados da primeira pesquisa animadores;


Melhora significativa dos alunos;
Procedimento de leitura conjunta;
Compreensão de texto;

No segundo estudo:

No segundo estudo, observou-se uma grande resistência dos pais para


cumprir as tarefas de produção de texto;
Desinteresse em participar dos encontros;
Faltando ou não concluindo os textos.
Constatamos então...
"Se, na sua relação com os filhos, pais apresentam a característica já descrita de
transmitir significados e afetos, e se produzir texto tornou-se uma prática
aversiva para eles, talvez em função de uma história escolar fundamentada em
punição constante para erros de escrita, é possível que esses pais estejam
transmitindo para seus filhos que escrever não pode ser fácil nem dar prazer.
Assim, observou-se que aqueles pais que apresentavam tal dificuldade
também não conseguiam trabalhar a escrita com o filho em casa, ficando sem
trazer os textos semanais solicitados. Mesmo o procedimento de leitura, que
parecia ter sido melhor aceito, nem sempre era aplicado conforme a proposta,
segundo seus relatos nos encontros."
Eulália H. Maimoni e Ormezinda Maria Ribeiro
Por fim

O trabalho de intervenção realizado na escola parece ter


alcançado melhores resultados;
Melhor desempenho dos alunos, assim como uma maior
participação do pais.
AGRESSIVIDADE, FAMÍLIA E ESCOLA

Discussões sobre agressividade na família e na escola de acordo com o


estudo "Avaliação da agressividade na família e escola de ensino
fundamental", de Maria Cristina Rodrigues, Anelise Silva e Janete
Aparecida.
Considerações sobre agressividade:

A agressão é uma conduta que, além de episódica, não é


facilmente definível.
O comportamento agressivo exerce influência direta sobre o
desenvolvimento pessoal e a vida em grupo.
O modelo de comportamento que os pais apresentam tem
grande influência sobre o desenvolvimento da agressão na
criança.
Ao ingressarem na educação infantil, crianças agressivas têm
problemas de concentração, perceptivos e de aprendizagem.
Método:

Participantes: Participou uma população de 758 crianças de


segunda série (43,9%), terceira série (29,2%) e quarta série
(26,9%).
Instrumento: Escala de Agressividade para Crianças e Jovens
(Sisto & Bazi, 1998)
Procedimento: A aplicação do instrumento foi realizada
coletivamente nas classes, com no máximo quarenta crianças,
em horário escolar, pela pesquisadora.
Resultados e discussão:
Observaram-se diferenças significativas de agressividades entre
os gêneros, já que os meninos apresentam mais
comportamentos agressivos quando comparados às meninas.
Assim como as diferenças significativas de agressividade entre
escola pública e privada.
Idade e série: O período mais agressivo é por volta dos 10 anos
de idade, quando frequenta a 4ª série.
Leme (2004) analisa que há transferência de agressividade entre
contextos, sendo a generalização mais frequente de casa para a
escola.
Considerações finais

A escola tem grande importância educacional

na formação do ser social, por isso, a sintonia

entre escola e família é fundamental para que

criem uma força de trabalho capaz de provocar

a mudança da estrutura social. Portanto, a

parceria de ambas é necessário para que

juntas atuem como agentes facilitadores do

desenvolvimento pleno do educando.


Considerações finais
É necessária a participação efetiva dos pais no

processo de ensino-aprendizagem dos seus

filhos, pois o conhecimento é alcançado em sua

plenitude quando ambas as instituições andam

e trabalham juntas, com participação da

família nas questões escolares, proporcionando

uma relação harmoniosa entre escola e família,

sendo fator de mudança da realidade social

para despertar maior interesse dos indivíduos

em relação à participação nas questões sociais,

culturais, políticas e econômicas da sociedade

na qual estão inseridos, com o intuito da busca

por uma sociedade melhor.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BOURDIEU, Pierre. O espírito de família. In: ______. Razões práticas: sobre a teoria da ação. Campinas:

Papirus, 1996.

De Sousa, A. P. (2008). A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional.

Revista Iberoamericana De Educación, 44(7), 1-8. https://doi.org/10.35362/rie4472172

VALADÃO, Cláudia Regina, e SANTOS, Regima de Fátima Mendes (1997): Família e escola: visitando seus

discursos.
(Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a UNESP-Franca).

WIECZORKIEVICZ, Alessandra Krauss; BAADE, Joel Haroldo. Família e escola como instituições sociais

fundamentais no processo de socialização e preparação para a vivência em sociedade. Revista Educação

Pública, v. 20, nº 20, 2 de junho de 2020. Disponível em:

https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/19/familia-e-escola-como-instituicoes-sociais-

fundamentais-no-processo-de-socializacao-e-preparacao-para-a-vivencia-em-sociedade
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
RIBEIRO, O. e MAIMONI, E. Revista brasileira de estudos pedagógicos - Família e escola:
uma parceria necessária para o processo de letramento. R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 87,
n. 217, p. 291-301, set./dez. 2006.

Joly, M. C. R. A., Dias, A. S., Marini, J. A. S. Agressividade na família e escola de ensino


fundamental. Psico-USF, v. 14, n. 1, p. 83-93, jan./abr. 2009.
OBRIGADA A TODOS!

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