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EVOLUÇÃO E CRITÉRIOS DA NBR 6118:2003

Prof. Dr. Antonio Carmona Filho


Prof. M.Sc. Thomas Garcia Carmona
1. INTEGRAÇÃO ENTRE NORMAS

Enquanto que a versão de 1978 da NBR 6118 previa também aspectos executivos a
revisão de 2003 é dedicada exclusivamente ao projeto de estruturas de concreto.

Os aspectos relativos à execução são tratados agora em uma nova norma brasileira
a NBR 14931:2003.

Por outro lado a versão da NBR 6118 de 2003 incorporou as normas de projeto de
estruturas de concreto protendido (NBR X) e concreto simples (NBR Y).

2. REFERENCIAS NORMATIVAS

??

3. INTERFACE ENTRE PROJETO E CONSTRUÇÃO, UTILIZAÇÃO E


MANUTENÇÃO (CAP. 25)

3.1. Aceitação do Projeto

A nova NBR 6118 define que cabe ao contratante proceder o recebimento do


projeto e que caso não tenha habilitação técnica deverá designar um preposto
legalmente habilitado.

Caso sejam constatadas não-conformidades deve ser emitido termo de aceitação


provisório, do qual devem constar as pendências.

Uma vez sanadas as pendências deverá ser emitido o termo definitivo de aceitação.

3.2. Recebimento do Concreto e do Aço

A norma define que esses materiais devem ser recebidos verificando-se a sua
conformidade com as normas NBR 12655, 7480, 7481, 7482 e 7483.

3.3. Não Conformidades em Obras Executadas

Nesse aspecto as disposições não diferem muito das constantes da NBR 6118 de
1978 e define que caso sejam detectadas não conformidades nas obras executadas
poderão ser adotdas as seguintes ações corretivas:

a) Revisão do projeto considerando os valores obtidos em ensaios.


b) Realização de ensaios em testemunhos extraídos da estrutura e nova verificação
estrutural.
c) Caso não seja aceita a não conformidade poderão ser definidas restrições de
uso, reforço da estrutura, demolição parcial ou total ou ainda a prova de carga da
estrutura desde que não haja risco de ruptura frágil.
A prova de carga deve ser planejada procurando representar a combinação de
carregamentos que determinou a não-conformidade, não sendo adequada caso
exista possibilidade de ruptura frágil.

Deverá ser feito monitoramento continuado do carregamento e da resposta da


estrutura.

Existem dois tipos de ensaio de prova de carga:

Ensaio de aceitação: visa confirmar que o desempenho global da estrutura está em


conformidade com o projeto. A carga é aplicada entre o valor característico e o valor
de projeto para ELU.

Ensaio de resistência: tem por objetivo mostrar que a estrutura ou elemento


estrutural tem pelo menos a resistência adotda para o projeto, sendo suficiente levar
o carregamento até o valor de projeto para o ELU.

3.4. Manual de Utilização, Inspeção e Manutenção

Dependendo do porte da estrutura e da agressividade do meio deve ser produzido


por profissional habilitado e devidamente contratado pelo contratante um manual de
utilização, inspeção e manutenção, conforme a NBR 5674.

4. INTERFACE ENTRE A QUALIDADE DOS MATERIAIS E OS REQUISITOS DE


PROJETO (CAP. ??)

5. DIRETRIZES PARA A DURABILIDADE (CAP. 6)

A revisão de 2003 incorporou a abordagem de durabilidade baseada na experiência


que ha muitos anos é consta das normas internacionais como a EHE, ACI etc.

Essa abordagem se baseia em classificar a agressividade ambiental

Embora a norma versão de 1978 já tivesse a definição de alguns parâmetros para


levar em conta a durabilidade a nova versão é muito mais completa que a anterior.

Segundo a norma as estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de


modo que sob as condições ambientais e utilização preconizados conservem sua
segurança, estabilidade e aptidão durante seu período de vida útil.

A NBR 6118:2003 define que vida útil de projeto é o período de tempo durante o
qual se mantêm as características da estrutura, desde que atendidos os requisitos
de uso e manutenção.

O conceito de vida útil é aplicável à estrutura como um todo ou às partes e assim


determinadas partes podem merecer consideração especial com valor de vida útil
diferente do todo.
A falta de uma definição clara da vida útil de projeto efetivamente requerida para os
diversos tipos de estrutura continua dando margem a discussões pois não é clara a
definição de que ponto da vida útil de uma estrutura termina a fase de manutenção e
tem lugar a recuperação da mesma.

Esse quadro está mudando e definições explícitas de vida útil deverão constar da
normalização de edificações de até cinco pavimento ainda em projeto (CE-
02:136.01).

5.1. Mecanismos de Degradação

5.1.1. Mecanismos de Deterioração Relativos ao Concreto

Lixiviação por ação de água puras ou ácidas.


Expansão por sulfatos ou reação álcali-agregado

5.1.2. Mecanismos de Deterioração Relativos à Armadura

Os mecanismos de degradação relativos à armadura são os que causam a


despassivação do aço no interior do concreto e assim podem propiciar o início da
corrosão.

Os dois mecanismos fundamentais que promovem a despassivação de armaduras


são a penetração de íons cloreto e a carbonatação do concreto.

Corrosão de armaduras
5.2. Agressividade do Ambiente

Embora a norma brasileira explicite quais são os mecanismos de degradação


relativos ao concreto e à armadura as classes de agressividade definidas na tabela
6.1. são relativamente pobres em relação a outras normas mais completas e se
restringe fundamentalmente à agressividade com relação à armadura.

Abaixo a tabela de classificação da agressividade ambiental da NBR 6118:2003.

COPIAR A TABELA 6.1.

6. CRITÉRIOS DE PROJETO COM VISTAS À DURABILIDADE (CAP. 7)

Nesta seção são definidos critérios de drenagem e formas arquitetônicas


aconselháveis para uma boa durabilidade da estrutura.

6.1. Qualidade do Concreto e Cobrimento

Em função da classe de agressividade ambiental definida deverão ser especificados


em projeto a resistência do concreto e a relação água/cimento de acordo com a
tabela 7.1.

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