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As reflexões sobre corpo e alma datam da Grécia Antiga.

Já nesta época, com


Aristóteles e Platão, havia a especulação sobre a função de percepção e motora do
movimento.

No final do século 17 e início do século 18, questões sobre habilidades motoras e os


processos físicos e fisiológicos estiveram presentes entre os estudos no campo da
Psicologia aplicada ao esporte.

Os estudos de Fitz são considerado os trabalhos iniciais em Psicologia do Esporte.


Fitz afirmou que o esporte era um meio de se preparar para a vida, uma vez que ele
promove a capacidade de julgamento, a habilidade de perceber as condições e também a
habilidade de reagir rapidamente a um ambiente mutável.

Outros dois nomes deste início são Patrick (1903) e Hermann (1921) - eles afirmavam
que o esporte permite o desenvolvimento de hábitos de vida e que os músculos são os
mecanismos com os quais nós desenvolvemos a imitação, a obediência e o caráter.

Seria, portanto, por meio do esporte que a mente, o corpo e a alma se manifestariam na
vida real, em situações reais.

É Kellor quem vai dizer que por meio da atividade física nós construímos um corpo
forte e uma mente forte.

Mais tarde, Norman Triplett, um pesquisador da Universidade de Indiana, realizou os


primeiros experimentos que direcionaram a Psicologia do Esporte no caminho do que
ela viria a ser nos dias de hoje.
Ele estudou a influência dos adversários em ciclistas de rendimento. Ele acreditava que
a presença de um competidor servia de estímulo para a liberação de uma energia que
não era liberada em condições de treino em que não havia a competição.

No início do século 20 surgiram as primeiras discussões sobre a influência do aspecto


psicológico no desempenho de atletas.

Nesta época, o sucesso do atleta era atribuído ao seu controle emocional, ou seja, o seu
controle nervoso sobre o corpo
Porém, a Psicologia do Esporte ainda não estava consolidade como uma ciência e as
publicações eram escritas por pesquisadores de diversas áreas, como educadores, atletas
e jornalistas.

Por volta de 1920, a Psicologia do Esporte surge de diferentes formas na Alemanha, na


União Soviética e nos Estados Unidos da América.

Nos EUA,Coleman Griffith vai ser considerado o pai da Psicologia do Esporte. Isso
porque ele foi o primeiro a criar um laboratório de Psicologia do Esporte em 1925.
Nesta época, a Psicologia do Esporte passou a ser desenvolvida e pesquisada na prática.
Nesse período também surgem os primeiros trabalhos de preparação psicológica com
equipes olímpicas na Tchecoslováquia.

Após a 2ª guerra, os estudos passaram a a enfocar mais as características psicológicase


menos a área do comportamento motor.
Na década de 80 iss se consolida.
Em 1986 foi formada a divisão 47 na APA (Associação Americana de Psicologia). Isso
foi feito com a intenção de especificar a qualificação necessária para se tornar um
psicólogo esportivo. Era clara a existência de duas psicologias esportivas, a educacional
e a clínica.

Bom, a psicologia clínica é praticada por psicólogos e é ramo voltado para a intervenção
- com psicodiagnósticos, técnicas de treinamento mental, acompanhamento dos atletas.
Já a psicologia educacional é praticada por psicólogos, mas também por outros
profissionais. Ela compõe o trabalho no ensino, técnicas motivacionais de grupo e
também desenvolvimento de pesquisas.

E como a Psicologia do Esporte chega no Brasil?

Em 1958 nós tivemos o primeiro trabalho de intervenção quando João Carvalhaes atuou
como psicólogo do São Paulo Futebol Clube e depois trabalhou com a seleção
brasileira.

Em 1979 foi fundada a Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte, da Atividade


Física e da Recreação (SOBRAPE).
Em 2006, por iniciativa de um grupo de psicólogos e profissionais da educação física
surge a Associação Brasileira de Psicologia do Esporte. Ela tem o objetivo de discutir e
promover os estudos e práticas profissionais da Psicologia Esportiva no país.

Dentro dos currículos de Psicologia, a disciplina Psicologia do esporte é uma materia


optativa ou ela nem mesmo existe. É no currículo do curso de Ed. Física que ela é
obrigatória.

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