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36. Sim.
37. Informe qual ou quais foram as adaptações ou alterações nas
atividades:
Foi adicionado um projeto de leitura às atividades. Inicialmente, houve uma
sondagem para compreender o nível de leitura das crianças. A partir disso, são
realizadas aulas individuais e oficinas em grupos divididos por faixa etária. Nas
aulas individuais é reforçado especialmente o letramento, enquanto que nas
oficinas em grupo é enfatizado a contação de histórias da literatura clássica,
tais como as fábulas de Esopo e os contos de fada dos irmãos Grimm. Depois
da história ser contada, as crianças menores têm atividades mais lúdicas e
concretas e as crianças maiores têm atividades voltadas para a interpretação
de texto e a escrita. Por causa disso, as crianças têm mais interesse em ler e
leem com mais fluência. Os resultados não se restringem às aulas de leitura,
mas também podem ser percebidos nas aulas do reforço escolar: as crianças
são mais cooperativas, prestam atenção nas aulas durante mais tempo e têm
mais facilidade para realizar as atividades escolares.
Itauana de Brito Marques tem 7 anos e no primeiro momento não havia oferta
de vaga na rede pública de ensino. Por causa disso, Itauana passou a
frequentar as aulas do espaço pedagógico Maná do Céu. A infante
apresentava muita timidez e insegurança. Durante as primeiras semanas, ela
se recusava a participar das atividades. Em conversa com as psicólogas e a
psicopedagoga da instituição, foi traçada uma estratégia para trabalhar sua
socialização, assim como o desenvolvimento da sua coordenação motora fina e
grossa e lateralidade. Posteriormente, ela foi matriculada no primeiro ano do
ensino fundamental na rede estadual de ensino. As aulas do reforço escolar
deram continuidade ao trabalho de socialização, coordenação motora e a
comunicação da criança, utilizando atividades que trabalham a identidade e o
reconhecimento do nome (com o uso da ficha), as vogais e os números de 0 a
20. Itauana se adaptou totalmente ao ambiente escolar e durante os seis
meses obteve avanços significativos. Hoje, ela é uma criança criativa,
comunicativa e socializa bem com outras crianças.
Marry Victória tem 3 anos e é uma criança doce, gentil, comunicativa e muito
sociável. Ela tem boa convivência com as professoras, as educadoras sociais e
as demais crianças. Desde o ano passado, ela vem se desenvolvendo bem no
espaço pedagógico. Ela reconhece todas as cores, tem desenvolvido boa
coordenação motora fina e grossa, lateralidade e oralidade. Ela reproduz as
histórias que lhe são contadas, assim como o que acontece no seu dia a dia. A
infante tem o desenvolvimento previsto para sua faixa etária.
Moisés Silva, 2 anos, é uma criança carinhosa com graus de timidez que estão
dentro do seu desenvolvimento. Apresenta dificuldades de socialização e fala
que já estão em investigação sobre um possível transtorno, mas esse fator não
o rotula, e ele vem evoluindo positivamente. Quando chegou ao espaço
pedagógico, ela demonstrava resistência e não socializava. Hoje, ele está
habituado ao espaço e vem progredindo gradativamente. Durante o
acompanhamento na escolinha, observamos que a criança demonstra
interesse por atividades sensoriais e de musicalização. Observamos também
uma progressão no seu desenvolvimento motor e da percepção visual. Ele
identifica e reconhece as partes do corpo e as cores primárias.
Priscyla foi uma das crianças que demonstrou interesse nas aulas de leitura
desde o início do projeto. Apesar disso, ela resistia quando tinha alguma
dificuldade. Ela dizia que não sabia fazer a atividade, queria se levantar para
pegar água ou ir ao banheiro, e se distraía com os objetos ao seu redor. Nos
aspectos mais técnicos, ao escrever o alfabeto, ela misturava letras maiúsculas
e minúsculas. Na leitura, ela juntava letra por letra para formar as sílabas. Por
exemplo, para ler a palavra “sapo”, ela lia: “s” com “a” é “sa”, “p” com “o” é “po”,
“sa” com “po” é “sapo”. A princípio, foi realizado um trabalho para despertar o
interesse da criança na leitura. Ela aprendeu 5 trava-línguas. Na medida em
que ela aprendia os trava-línguas, ela queria repassar o conhecimento para
sua irmã e outras meninas do Lar Maná.