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PADOVAN
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NOSSA HISTÓRIA
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conheci-
mento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvi-
mento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a
divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da
humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de
comunicação.
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Sumário
MÉTODOS DE INTERVENÇÃO II- TEACCH, ABA, PECS E PADOVAN ....................1
NOSSA HISTÓRIA ...........................................................................................................2
INTRODUÇÃO .................................................................................................................4
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS ......7
DEFINIÇÃO DE TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) ..........................7
Causas............................................................................................................................8
Diagnóstico ....................................................................................................................9
Características .............................................................................................................. 11
FATORES QUE DIFICULTAM A APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS TEA ............. 13
Atendimento Educacional Especializado ...................................................................... 16
PRINCIPAIS MÉTODOS EDUCACIONAIS PARA O TEA........................................... 20
MÉTODO TEACCH .................................................................................................... 20
Meios relativos e o ensino estruturado .......................................................................... 21
Agendas de comunicação ............................................................................................. 22
Níveis de trabalho ........................................................................................................ 24
MÉTODO ABA - ANÁLISE APLICADA DO COMPORTAMENTO ............................ 29
Ajuda e Dicas ............................................................................................................... 30
Tipos de dicas .............................................................................................................. 31
Reforçamento positivo ................................................................................................. 33
Metodologia ABA na utilização de reforço positivo, DTT (Tentativas Discretas). ............ 34
Ensino e Aprendizagem Incidental – Generalização ..................................................... 35
SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DA TROCA DE FIGURAS. (PECS) ....... 35
Figura 18: Estrutura de sentença......................................................................... 38
CURRÍCULO FUNCIONAL ........................................................................................... 39
COMUNICAÇÃO SUPLEMENTAR E ALTERNATIVA (CSA) .................................... 40
METODO PANDOVAN ................................................................................................. 42
TRIMEMBRAÇÃO OU ORGANIZAÇÃO TRÍPLICE ................................................... 43
O MÉTODO PADOVAN DE REORGANIZAÇÃO NEUROFUNCIONAL .................... 45
A FENOMENOLOGIA DA TRIMEMBRAÇÃO E O MÉTODO PADOVAN DE
REORGANIZAÇÃO ....................................................................................................... 45
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 46
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INTRODUÇÃO
A filosofia do programa TEACCH tem como objetivo principal ajudar a pessoa com
autismo a se desenvolver da melhor maneira, de modo a atingir o máximo de autonomia na
idade adulta. Aliás, independência é uma das principais preocupações do modelo TEACCH
na ideia de que quanto menos a pessoa ficar monitorada por alguém, melhor para sua
autonomia e qualidade de vida (FONSECA; CIOLA, 2014, p. 15).
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Estudar os princípios orientadores que podem auxiliar na formação da autonomia
de um autista é de grande valia para uma geração, que hoje passa a ver com outros olhos
o “diferente”. Primeiro, as pessoas precisam compreender e saber lidar com as caracterís-
ticas apresentadas pelo aluno com TEA, principalmente nas áreas de comunicação, intera-
ção social e áreas de interesse restrito.
Um segundo motivo é o fato de que muito se fala sobre a inclusão, sobre a inserção
de crianças com TEA ou qualquer outro transtorno, síndrome ou anomalia, nas escolas de
ensino regular, porém pouco é falado do preparo que o professor precisa ter para trabalhar
com um aluno especial.
Apesar de todos os avanços para uma educação mais justa e universal, os profes-
sores ainda vivem sob a égide das contradições, com maior ou menor intensidade, diante
de imperiosa situação de educar para a diversidade, mas com as consequências e os des-
dobramentos deste ato, em razão da complexidade da sociedade contemporânea e, preci-
puamente, das carências da sua formação e do seu espaço de trabalho (CUNHA, 2015,
p.31).
Então, não são necessários apenas métodos, estudos e práticas para auxiliar um
aluno TEA, isso vai muito além, começando pelo professor, na construção de um questio-
namento pessoal, acreditando que cada aluno é capaz, que um aluno com transtorno do
espectro autista aprende e a transformação do seu espaço de trabalho não depende só de
políticas e leis, mas principalmente da pedagogia que o professor acredita.
Neste sentido, o objetivo geral do deste trabalho de conclusão de curso foi analisar
os métodos educacionais utilizados na Associação de Amigos do Autista (AMA) de Araça-
tuba, que favoreçam o desenvolvimento global do aluno com TEA, e os objetivos específi-
cos: identificar quais métodos e programas são utilizados na AMA de Araçatuba, para pro-
mover as habilidades comunicativas, acadêmicas e comportamentais de alunos com TEA;
e analisar qual o método tem melhor aplicabilidade dentro da instituição.
Com a pesquisa de campo no instituto AMA, a intenção foi observar todos os pro-
cedimentos que esses profissionais utilizam para desenvolver suas atividades diárias, de-
sencadeando o aproveitamento para a construção de saberes que serão adquiridos em
torno de todo o projeto.
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O trabalho foi dividido em três capítulos, a definição, critérios diagnósticos caracte-
rísticas do transtorno do espectro do autismo, assim como os fatores que dificultam a apren-
dizagem, foram abordados no primeiro capítulo. O segundo capítulo intitulado “Principais
métodos educacionais para o TEA” faz menção a um levantamento bibliográfico sobre o
tema e descreve os objetivos e funcionalidade de cada método educacional. Por fim o ter-
ceiro capítulo se refere à pesquisa, realizada por meio de questionários respondidos pelos
profissionais atuantes na AMA.
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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: DEFINIÇÃO E
CARACTERÍSTICAS
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torno de Hiperatividade associado a Retardo Mental e Movimentos Estereotipados, Sín-
drome de Asperger, Outros Transtornos Invasivos do Desenvolvimento e Transtorno Inva-
sivo do Desenvolvimento não especificado
O documento ainda descreve a pessoa com TID a partir do aparecimento de:
lesão marcante na interação social recíproca, marcante lesão na comunicação, padrões
restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades, e anor-
malidades de desenvolvimento que devem ter sido notadas nos primeiros três anos para
que o diagnóstico seja feito.
Causas
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A Interação de genes com o ambiente, infecções e intoxicações durante o período
pré-natal, prematuridade, baixo peso e complicações no parto são alguns dos fatores que
podem contribuir negativamente também.
O mau funcionamento dos neurotransmissores é o principal aspecto das caracte-
rísticas da criança com TEA.
Diagnóstico
O transtorno não é curável, ele irá acompanhar a criança pelo resto de sua vida,
mas o diagnóstico precoce e os acompanhamentos especializados levam a melhorias sig-
nificativas. De acordo com Pires (2011, p.49):
Tem-se como objetivo garantir que crianças com distúrbios ou atrasos no desen-
volvimento tenham atendimento adequado de acordo com a demanda, possivelmente com
diminuição dos danos já causados e aumento das chances de melhor prognóstico, além da
ampliação da rede de fortalecimento e apoio aos familiares.
gem social anormal e dificuldade para estabelecer uma conversa normal a compartilha-
mento reduzido de interesse, emoções ou afeto, a dificuldade para iniciar ou responder a
interações sociais;
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a.b) Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação
social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal pouco integrada a anor-
malidade no contato visual e linguagem corporal ou déficits na compreensão e uso gestos,
a ausência total de expressão faciais e comunicação não verbal;
a.c) Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, variando,
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• Ausência de uso social de quaisquer habilidades de linguagem existentes;
• Diminuição de ações imaginativas e de imitação social;
• Pouca sincronia e ausência de reciprocidade em diálogos;
• Pouca flexibilidade na expressão de linguagem e relativa falta de criatividade e
imaginação em processos mentais;
• Ausência de resposta emocional a ações verbais e não-verbais de outras pes-
soas;
• Pouca utilização das variações na cadência ou ênfase para refletir a modulação
comunicativa;
• Ausência de gestos para enfatizar ou facilitar a compreensão na comunicação
oral.
• Obsessão por padrões estereotipados e restritos de interesse.
• Apego específico a objetos incomuns;
• Fidelidade aparentemente compulsiva a rotinas ou rituais não funcionais espe-
cíficos;
• Hábitos motores estereotipados e repetitivos;
• Obsessão por elementos não funcionais ou objetos parciais do material de re-
creação;
• Ansiedade com relação a mudanças em pequenos detalhes não funcionais do
ambiente. (OMS, 1993).
Para que o diagnóstico seja, essas características, assim como no DSM-V, devem
ser notadas nos primeiros três anos.
Deficiência intelectual e transtorno do espectro autista costumam ser comórbidos;
para fazer o diagnóstico da comorbidade de transtorno do espectro autista e deficiência
intelectual, a comunicação social deve estar abaixo do esperado para o nível geral do de-
senvolvimento. (DSM - V, 2014)
Características
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As crianças com TEA são um grande desafio a inclusão, a dificuldade de interagir
socialmente, restrições na comunicação e a demonstração em interessar-se muitas vezes
por assuntos e situações desconectadas da escola, faz com que o processo para a ade-
quação da criança autista seja sempre rodeado de muita ansiedade.
Os sintomas variam muito de indivíduo para indivíduo. Em alguns quadros, há o
acometimento de convulsões, já que o transtorno pode vir associado a diversos problemas
neurológicos e neuroquímicos. Aparece desde o nascimento ou nos primeiros anos de vida,
proveniente de causas ainda desconhecidas, mas com grande contribuição de fatores ge-
néticos. Trata-se de uma síndrome tão complexa que pode haver diagnósticos médicos
abarcando quadros comportamentais diferentes. Isto porque o autismo varia em grau de
intensidade e de incidência dos sintomas [...] (CUNHA, EUGÊNIO, 2015, p.23)
Pessoas com TEA são caracterizadas como: quietas, esquisitas, estranhas, desin-
teressadas e costumam passar facilmente despercebidas pela ausência da fala e interação
social. Essas crianças se encontram na maioria das vezes sozinhas, preferindo brincadei-
ras isoladas, onde não seja necessário o contato com o outro (CUNHA; EUGÊNIO, 2015).
Crianças com autismo, muitas vezes, buscam contatos sociais, mas não sabem
exatamente o que fazer para mantê-los. Podem até chamar os coleguinhas a irem em suas
casas, mas as brincadeiras não costumam durar muito tempo; elas acabam deixando o
grupo de lado para brincarem sozinhas (SILVA; GAIATO; REVELES, 2012, p.14).
Segundo Khoury et al. (2014) nos casos mais graves da característica da interação
social, podem ser encontradas crianças que se balançam e podem balbuciar de maneira
estereotipada durante períodos longos de tempo, essa característica prejudica ainda mais
a socialização da criança com TEA, uma vez que, qualquer vinculo que ela consiga esta-
belecer pode ser cortado porque a sua “anormalidade” não será compreendida.
Khoury et al. (2014) também fala sobre a dificuldade de interpretar sinais, brinca-
deiras de duplo sentido, piadas, perguntar retóricas também é uma forte característica da
criança com TEA, até mesmo daquela que consegue estabelecer e manter uma relação
social.
As crianças com TEA também podem muitas vezes preferir animais as pessoas ou
relacionamentos virtuais, onde o seu “estranho” é menos perceptível.
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Entre suas características, é marcante o fato de que a criança com TEA não con-
siga realizar o contato visual, e se consegue não o mantém por muito tempo (CAMINHA et
al. 2016).
Prejuízos na comunicação verbal e não verbal também são características de pes-
soas com TEA. A ausência ou atraso da fala é o fato que mais preocupam os pais, e os
instigam a procurar ajuda profissional.
As ecolalias podem ser reproduções de falas que a criança acabou de ouvir ou
frases que a criança ouviu há muito tempo e está reproduzindo o que vem de sua memória
(KHOURY et al. 2014). Essa disfunção na linguagem verbal é descrita como ausência de
intenção comunicativa, apenas reproduzindo falas de filmes, desenhos ou de um adulto do
seu convívio diário.
Dentro dessa característica, observa-se também que algumas pessoas com TEA
não conseguem relatar exatamente como foi seu dia, dizendo apenas as partes que lhe
marcaram ou de seu interesse, falando muitas vezes sozinho, não deixando que outro in-
terfira. Quando estabelecem uma comunicação espontânea, querem falar apenas de as-
suntos de seu interesse, muitas vezes voltando sempre em questões repetitivas.
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emita sons, se balanceie ou emita outras formas comportamentais. Os sinais podem ser
óbvios ou simplesmente passar despercebidos (SILVA; GAIATO; REVELES, 2012).
Segundo o DSM-5 (2014) o transtorno do processamento sensorial é frequente-
mente identificado nas pessoas com TEA. A causa é genética, e os estímulos do meio
ambiente precisam ser perceptíveis para aqueles que convivem com as pessoas TEA. A
sensibilidade sensorial interfere no modo como o cérebro recebe, processa e responde aos
estímulos vindos dos sentidos.
É importante que pais e professores evitem oferecer mais de um estímulo por vez
para pessoas TEA, já que, para eles é mais fácil compreender e trabalhar com apenas um
estimulo por vez. O essencial é oferecer um estimulo visual antes da verbalização. São
ações simples, que podem facilitar o dia a dia do autista, segundo Khoury et al. (2014).
O ser humano tem dez sentidos e não cinco como imagina-se, e o autista que tem
o transtorno do processamento sensorial, vive diariamente cada um deles como relata
Kwant (2016).
Os cinco sentidos popularmente conhecidos são visão, audição, tato, olfato e pala-
dar. Além desses, a literatura aponta para o sistema vestibular responsável pelo equilíbrio;
a propriocepção relacionada a postura, contração muscular, sensação de “controle” sobre
o próprio corpo; a interocepção responsável pelas sensações interiores de fome, sede,
sono, bexiga cheia, batimentos cardíacos e cansaço; a nocicepção que favorece a sensa-
ção de dor) e, por fim a termo-cepção que faz o registro de temperatura explica a especia-
lista em autismo (KWANT 2016).
Pessoas com TEA poder ser hipersensíveis aos estímulos do meio ambiente. Inter-
pretam esses estímulos de forma exacerbada e costumam fugir, ficar estagnadas ou agre-
dir.
Essas crianças precisam de estímulos dosados, pois em suas características vão
sempre ter texturas preferíveis, para a comida, cobrem as orelhas quando expostos a ba-
rulho excessivo, não gostam de ser tocados, entre outros. Essas características quando
exploradas positivamente para a criança, e quando percebidas precocemente, evitam muito
sofrimento para o autista em todos os momentos de sua vida. (DEFENDI, 2016).
Ao contrário da hipersensibilidade, quando a criança com TEA procura por estímu-
los sensoriais o tempo todo, pulando ou olhando diretamente para a luz, girando coisas
initerruptamente demonstram características de uma hipossensibilidade. Essa necessidade
de estímulo pode gerar impactos negativos no desenvolvimento da criança, pois nem sem-
pre as reações são as mesmas frente ao estímulo.
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A escola, como um todo deve estar preparada para variadas situações e claro para
os variados perfis diferentes de crianças autistas, adequando-se com materiais e meios
didáticos que levem a criança com o transtorno a criar vínculo com a sala de aula e suas
propostas de estimulação.
A grande maioria de crianças com TEA não gostam e não suportam barulhos, as
mudanças de rotinas, regras e a identificação dessas situações estressantes previnem e
ajudam no conforto para que esse aluno continue frequentando a escola.
Para defendi (2016) os professores, consequentemente devem adaptar o currí-
culo de acordo com a criança, direcionando um foco mais individualizado. A maioria dos
autistas apresentam morbidades como: ansiedades, TDAH, TOC, déficit de atenção, pro-
blemas de sono, e fobias especificas, onde atrapalha muito a criança no seu processo de
aprendizagem, e nesses casos o uso de medicamentos pode ser muito importante.
Por parte dos professores, a vivência desses primeiros momentos pode ser parali-
sante, carregada de sentimento de impotência, angústia e geradora de falsas convicções a
respeito da impossibilidade de que a escola e o saber/fazer dos professores possam con-
tribuir para o desenvolvimento daquela criança. (BRASIL, 2010, p.22).
O ingresso de uma criança autista em uma escola regular é garantido por lei, porém
muitas instituições se veem perdidas quando o assunto é inclusão, porque afinal, inclusão
sem especialização dos professores na verdade é uma exclusão.
A inclusão significa que a escola deve se adequar aos educandos e não eles a ela.
O educador e a instituição devem buscar conhecimentos para saber receber e trabalhar
com seus alunos, pois assim melhor será o tipo de intervenção direcionada aos alunos com
deficiência, segundo Nunes (2012, p.289).
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As instituições escolares possuem diversos déficits, como carências de rede de
apoio e desconhecimento das estratégias efetivas de ensino voltadas para a educação es-
pecial. Além de aumentar a ansiedade em lidar com o educando, tais aspectos influenciam
as práticas pedagógicas empregadas e diminuem as expectativas dos docentes no que diz
respeito à educabilidade de seus educandos.
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Essas salas servem para dar mais apoio a escola, aos pais dos alunos com TEA e
principalmente as crianças que, precisam de um olhar especial, para serem capazes de
realizar todas e quaisquer atividades que seja proposta na escola regular.
A oferta do atendimento educacional especializado - AEE deve constar no Projeto
Pedagógico da escola de ensino regular, prevendo na sua organização:
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Figura 2: Modelos de agendas utilizadas nas salas de AEE.
18
São atribuições do professor do atendimento educacional especializado:
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h. Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando a
disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estraté-
gias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.
i. Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com os
serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros (BRASIL, 2008, p.4).
MÉTODO TEACCH
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Na perspectiva educacional, o foco do Programa TEACCH está no ensino de capa-
cidades de comunicação, organização e partilha social. Assim, centra-se nas áreas fortes,
frequentemente encontradas nas crianças com perturbações do espectro do autismo: pro-
cesso visual, memorização de rotinas e interesses especiais. O programa deve ser sempre
adaptado a níveis de funcionamento diferentes e às necessidades de cada pessoa. (FON-
SECA; CIOLA, 2014, p.18).
As abordagens mais recomendadas para ensinar uma criança com TEA são aque-
las com estímulos que se utilizam de apoios visuais. Os alunos demonstram com frequência
determinadas forças de pensamentos concretos, nas rotas de memória e na compreensão
das relações visões parciais, demonstram dificuldades no raciocínio simbólico, comunica-
ção e atenção, os objetos, as figuras, pistas escritas podem ajudar esses alunos a aprender
a comunicação e desenvolver alto controle, sendo assim os orientam na organização e na
qualidade de comportamento (FONSECA; CIOLA, 2014).
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O aluno autista constrói a sua aprendizagem através de rotinas organizadas e tais
necessitam de um ambiente estável visando à organização, por isso espaços são visual-
mente demarcados, com isso as atividades incorporam os seus conceitos, pois o ambiente
guia, clarifica, orienta e antecipa, abstendo a dependência e a confusão não necessária.
Agendas de comunicação
Segundo Fonseca e Ciola (2014), as crianças com TEA necessitam de uma pro-
gramação, pois muitos têm problemas com memória sequencial e organização do tempo.
O trabalho com as agendas ajuda também sobre a orientação das atividades programadas
do dia a dia, diminuindo a ansiedade sobre o desconhecido, dando mais autonomia a cri-
ança, uma vez que, ela já tem uma noção do que deve fazer.
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As autoras também esclarecem que, a criança precisa saber que terá atividades
que ela não considera prazerosa, seguida de atividades do seu gosto, isso motiva o aluno
a completar as tarefas programadas.
Fonseca e Ciola (2014) explicam que, a agenda pode ser indicada de várias formas,
dependendo apenas do nível de compreensão da criança, podendo ser ilustrada com fotos,
concreta com objetos, pictogramas, escritas, etc. Cada aluno deve ter sua própria agenda
de acordo com sua necessidade.
Não basta colocar um cartão com uma imagem esperando que o aluno reconheça
e passe a cumprir a sequência. Se for um aluno de baixo funcionamento que não entende
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o significado do símbolo, aquele cartão não passara de um pedaço de papel com um borrão
sem significado (FONSECA; CIOLA, 2014, p. 35).
Níveis de trabalho
Fonseca (2006) sugere esse termo (níveis) para que o educador saiba identificar
em que momento cognitivo e funcional o aluno esta, para estruturar atividades que com-
templem aspectos ainda não atingidos pela criança, e reforçar habilidades já desenvolvidas.
De acordo com o processo de aquisição das habilidades cognitivas e psicomotoras,
pretendemos imaginar níveis de trabalho a fim de oferecer ao educador um caminho mais
direto de avaliação, preparo de materiais e ensino de habilidades onde inseridos no con-
texto das tarefas estão conceitos psicopedagógicos e conteúdos escolares – e não apenas
mecanismos como emparelhar, transferir, sobrepor, selecionar, organizar, classificar.
(FONSECA; CIOLA, 2014, p.61).
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Então, de acordo com o estilo cognitivo de cada criança, apresenta-se os níveis de
trabalho:
Nível I – Atividades iniciais: preparação e atividades motoras
Para cumprir com uma atividade de nível I, pessoa não precisa de estratégias de
resolução cognitiva ou buscar critérios para a solução de problemas. Nesta fase, exigência
é ainda motora, inicial, básica e preparatória para os níveis posteriores. Normalmente as
pessoa que se encontram no nível I ainda não desenvolveram estruturas linguísticas sufi-
cientes para provocar comunicação, não conseguem usar objetos nem brinquedos funcio-
nalmente, possuem pouco foco atencioso, pouco uso de integração olho x mão não conse-
gue resolver atividades que exigem encaixe, classificações, seriações, comparação, não
conseguem estabelecer igualdades entre objetos (emparelhar identidades) nem descri-
mina-los quando solicitados, ou seja, estão em um nível de funcionamento mais baixo ou
são ainda menores de 2 anos de idade para quem ainda se espera este tipo de pensa-
mento( FONSECA; CIOLA, 2014, p.62).
Nessa primeira fase, o apoio dos objetos é necessário para que o aluno internalize
os conceitos apresentados pelo educador. Com o trabalho voltado para a questão motora,
as exigências cognitivas iniciam a partir do próximo nível.
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No Nível I, o aluno precisa de auxílio físico total para começar a compreender os
objetivos das tarefas e como proceder na execução do sistema de trabalho.
Nível II
Como dito anteriormente, a partir desse nível inicia-se a ênfase no trabalho
cognitivo, entretanto incorporando o aspecto trabalhado no primeiro nível (triar, transpor-
tar/transferir), trabalhando como combinar elementos concretos, selecionar, fazer o parea-
mento de objetos iguais e diferentes etc. O nível II exige que a pessoa consiga discriminar
elementos e reconhecer objetos, mas ainda não se espera que o aluno consiga fazer a
identificação planificada em imagens e figuras.
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Para mudar do nível II para o III, o aluno precisa discriminar figura-fundo, identificar
imagens, parear objetos com pictogramas ou fotos e trazer as habilidades do nível I e II.
Nível III
Neste nível, espera-se que o aluno já consiga executar sem auxilio as habilidades
trabalhadas anteriormente, realizando pareamento de figuras, descriminando imagens, le-
tras, iniciando processo gráfico, etc.
Este nível dispensa o uso de objetos, pois nessa fase a criança já está com o
processo de discriminação de imagens completo, tendo assim o domínio dessa habilidade.
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Para passar do nível III para o IV, o aluno necessita dominar o valor sonoro das
letras e sílabas, relacionar imagens com sua representação escrita, trazer as habilidades
do nível I, II e III.
Nível IV
Nesse nível, a criança já estabelece relações entre uma imagem e seu correspon-
dente escrito, já consegue associar numeral com sua respectiva quantidade, e de forma
geral já está com os conceitos para a alfabetização já instalados em seu pensamento, que
já opera em um nível simbólico. Neste nível são propostas atividades de emparelhamentos,
associações, seriação, com o uso de palavras, letras, números, operações, situações, pro-
blema, leitura, completar lacunas (FONSECA; CIOLA, p.66).
O quarto e último nível possuem atividades menos estruturadas, para que possa
chegar o mais perto possível das atividades oferecidas pelo currículo comum, aqui as agen-
das escritas podem e devem ser introduzidas.
Figuras 12 e 13: Modelos de atividades nível IV, relação da imagem com a escrita.
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MÉTODO ABA - ANÁLISE APLICADA DO COMPORTA-
MENTO
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criança dependente dele. A resposta adequada da criança tem como consequência a ocor-
rência de algo agradável para ela, o que na prática é uma recompensa. Quando a recom-
pensa é utilizada de forma consistente, a criança tende a repetir a mesma resposta.
(MELLO,2007,p 37).
Ajuda e Dicas
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certo. Visa usar o menor nível possível de dicas necessárias para que o objetivo seja al-
cançado.
Quando queremos que crianças aprendam habilidades e conceitos, precisamos
ajudá-las dando-lhes dicas suficientes para que possam executar determinada tarefa com
sucesso. As dicas vivem acontecendo em situações naturais. (LEAR, 2004, p.65)
Tipos de dicas
Lear (2004) identifica dois tipos de dicas: Dicas de Estímulo e Dicas de Resposta,
a dica de resposta ela envolve o comportamento de outro indivíduo que ajuda na efetuação
da resposta. As dicas de resposta podem ser:
Verbal- Dividia em verbal parcial (VP) e verbal total (VT). A VP tem como funda-
mento dar a resposta inteira, exemplo: Qual o seu nome? Douglas. Já a verbal parcial,
significa dar apenas uma parte da resposta, como um tipo de começo: Qual o seu nome?
Dou...
Gestual- Apontar a resposta correta ou indicá-la olhando na direção da resposta
certa. Pode ser pelo movimento, inclinando a cabeça para dar um sinal ou até mesmo exe-
cutar uma ação. Suponha-se que a criança recebe ajuda para brincar de esconde-esconde,
nesse momento poderia ser dado uma dica para a criança procurar atrás da porta inda-
gando-a: O que será que tem pendurando na porta? E fazer movimentos de abre e fecha
usando as mãos.
Modelação - Essa dica tem por objetivo mostrar a criança como fazer alguma
coisa. No momento que você mostra e pede para a criança observar como você lava as
mãos, ao pedir para que o aluno toque sua própria cabeça e ao mesmo tempo executa o
movimento, logo o comportamento está sendo modelado.
Física- Ajuda física para que o aluno consiga completar uma tarefa colocando sua
mão sobre a dela para que pegue os brinquedos, segure um giz, empilhe blocos, use garfo
ou colher entre outras tarefas. Essa dica é também chamada de condução Mão–sobre Mão
que significa pegar esse aluno e conduzi-lo até o local designado. A Iniciativa é outro tipo
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de dica física, uma espécie de cutucada, podendo ser feita com uma leve pressão sobre o
braço, ombro, ou costas, dever começar delicadamente, para que o movimento de tocar um
braço indique que está na hora de levantar a mão, ao tocar as costas fazer a criança lembrar
de começar a andar, ou até mesmo dar tapinhas para mostrar para ele que chegou a sua
vez.
Dicas de estímulos: É algo que você faz para tornar o estímulo mais avançado e
mais provável de ser escolhido, existem dois tipos: Intra-estímulo e extra estímulo. O pri-
meiro é quando você muda alguma coisa do próprio estímulo para que se destaque e tenha
mais chances de ser escolhido. Trocando o tamanho (tornando ele maior que o resto); as
formas (podem ser redondas quando o resto é todo quadrado); e a cor (sendo a escolha
correta, quando o resto é branco-e-preto). Já o extra estímulo é quando se adiciona ao
estímulo coisas para ajudar a criança a responder certo. Exemplo: usar um adesivo de
coração sobre o cartão que está a resposta correta. Logo você poderá remover esse ade-
sivo e assim esperar a resposta correta.
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Figura 14: Exemplo de dica.
Essa dica é o reverso da aprendizagem sem o erro, uma vez que ela segue dicas
da mínima para a máxima, ela não deve ser usada para ensinar novas habilidades, pois a
criança errará muito mais e a situação se tornará menos reforçada.
Reforçamento positivo
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repetira esse balbuciado outras vezes. Sendo assim essas consequências ajudam e refor-
çam o comportamento, lembrando que por serem agradáveis o indivíduo se comportará
assim para conquistar e produzir novas consequências.
O Ensino por Tentativas Discretas (Discrete Trial Teaching – DTT) é uma das me-
todologias de ensino usadas pela ABA. Tem um formato estruturado, comandado pelo pro-
fessor, e caracteriza-se por dividir sequências complicadas de aprendizado em passos
muito pequenos ou “discretos” (separados) ensinados um de cada vez durante uma série
de “tentativas”
(trials), junto com o reforçamento positivo (prêmios) e o grau de “ajuda2 ”
(prompting) que for necessário para que o objetivo seja alcançado. (LEAR,
2004, p.1)
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Ensino e Aprendizagem Incidental – Generalização
Lear (2004), explica que o método é por meio do ensino um-para-um, sendo uma
das formas utilizadas pelo ABA, o aprendizado adquirido é um método generalizado para
as várias situações cotidianas. A partir do progresso que a criança apresenta, torna-se
capaz de assimilar linguagens, conceitos e habilidades que não são ensinadas em sessões
diretamente individuais, sendo assim são chamadas de aprendizagem incidental, onde se
tem um equilíbrio nas atividades e variedades de locações tanto de professores e de tera-
peutas podendo ajudar para que a generalização das habilidades para que se tornem mais
fáceis.
O Ensino Incidental refere-se "às interações entre um adulto e uma criança que
ocorrem naturalmente em situações rotineiras, e que são usadas pelo adulto para transmitir
novas informações ou promover a prática no desenvolvimento de novas habilidades de co-
municação (HART; RISLEY, 1975, p. 411)
Essa prática traz segurança para a criança, pois naturalmente ele consegue desen-
volver suas habilidades sem perceber que faz parte de uma atividade planejada pelo pro-
fessor.
O método PECS, foi desenvolvido para auxiliar crianças e adultos com autismo e
outros distúrbios de desenvolvimento para que ambos possam adquirir habilidades de co-
municação. Esse sistema é utilizado primeiro com indivíduos que não se comunicam ou
que possuem comunicação, mas com baixíssima eficiência (MELLO 2007).
O PECS visa ajudar a criança a perceber que através da comunicação ela pode
conseguir muito mais rapidamente as coisas que deseja, estimulando a assim a comunicar-
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se, e muito provavelmente a diminuir drasticamente problemas de conduta. Tem sido bem
aceito em vários lugares do mundo, pois não demanda materiais complexos ou caros, é
relativamente fácil de aprender, pode ser aplicado em qualquer lugar e quando bem apli-
cado apresenta resultados inquestionáveis na comunicação através de cartões em crianças
que não falam, e na organização da linguagem verbal em crianças que falam, mas que
precisam organizar está linguagem”. (MELLO 2007,p.39).
O PECS consiste em uma aplicação sequencial de seis fases, segundo Bondy com
o livro “Considerações da Aplicação do Método PECS em Indivíduos com TEA”:
O treino do PECS, inicialmente, ensina o indivíduo a pedir algo que lhe interessa:
pode ser um objeto ou até mesmo uma situação (um intervalo, ir ao banheiro, ir para casa
etc.). O sujeito aprende a dar uma figura para outra pessoa (representação de um objeto
ou de uma situação), que por sua vez lhe entregará o que foi pedido. Indivíduos nessa fase
do treino aprendem rapidamente novos comportamentos, pois são imediatamente reforça-
dos pelas consequências de suas respostas (BONDY, 1994, p. 306).
A utilização desse método é eficiente desde o início de sua utilização, pois o resul-
tado é notado pela criança ou adulto rapidamente, principalmente nos casos onde a comu-
nicação é inexistente.
De acordo com Bondy (1994), a fase I é denominada de Causa e efeito Os alunos
aprendem a trocar uma única figura para itens ou atividades que eles realmente querem.
Figura 15: Como se comunicar
A Fase II, denominada distância, usa-se ainda a primeira figura da fase I, porém os
alunos aprendem a generalizar esta nova habilidade e usá-la em lugares diferentes, com
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pessoas diferentes e usando distâncias variadas. Eles aprendem a ser comunicadores per-
sistentes. (BONDY, 1994).
De acordo com Bondy (1994), a fase IV, intitulada Estrutura de sentença, os alunos
aprendem a construir frases simples em uma tira de sentença usando um ícone "Eu quero"
seguido por uma figura do item que está sendo solicitado.
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Figura 18: Estrutura de sentença
Na fase V denominada O que você quer, os alunos aprendem a usar PECS para
responder à pergunta: "O que você quer?". Por fim, a fase VI, comentando, permite que os
alunos aprendam a comentar em resposta a perguntas como: "O que você vê?", "O que
você ouve?" e "O que é isso?". Eles aprendem a compor sentenças começando com "Eu
vejo", "Eu ouço", "Eu sinto", "É um", etc.
Figura 19: Comentando perguntas e resposta
Para que se atinjam resultados positivos deverá envolver a participação dos pais e
profissionais de forma intensiva, a partir das preferências da criança.
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CURRÍCULO FUNCIONAL
Esse método visa à melhoria da qualidade de vida dos alunos, de um modo geral,
trata-se de um empreendimento de ensino que projeta oportunidades para os alunos apren-
derem naturalmente habilidades importantes para torná-los pessoas mais independentes,
felizes e bem produtivas, nas diversas áreas importantes da vida humana. Falvey (1982 p.
12) descreve que o “Currículo Funcional é aquele que facilita o desenvolvimento de habili-
dades essenciais, a participação em uma grande variedade de ambientes integrados”.
Cerqueira (2008) relata que o currículo deve ser apropriado a idade cronológica de
cada aluno e ter a referência e a realidade social. Este método proporciona ajuda a todos
os alunos, e não somente aqueles que apresentam dificuldades educativas especiais, po-
dendo beneficiar as habilidades e no futuro auxiliar a interação deste aluno com os colegas
e demais crianças com idade cronológica.
O currículo não deve ser concebido de maneira a ser o aluno quem se adapte aos
moldes que oferece, mas como um campo aberto à diversidade. Tal diversidade não deve
ser entendida no sentido de que cada aluno poderia aprender coisas diferentes, mas sim
de diferentes maneiras (PASTOR. 1995 p. 142-14).
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para atender à diversidade das salas de aula, dos alunos (GARRIDO LANDIVAR, 1999, p.
53).
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e de palavras, vocalizadores ou até mesmo o próprio computador que através de software
específico, pode trazer uma ferramenta poderosa para comunicação e voz.
Pelo menos três fatores ambientais são cruciais para se estimular o desenvolvi-
mento da fala: (1) uma relação positiva sob o ponto de vista emocional com um tutor que
incentive as iniciativas de comunicação da criança; (2) pelo menos um modelo de fala (uma
pessoa) que utilize padrões de linguagem simples, porém bem-formados; e (3) oportunida-
des para a exploração e variação das experiências cotidianas que estimulem a necessidade
de comunicação (VAN RIPER; EMERICK, 1997, p. 91).
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METODO PANDOVAN
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TRIMEMBRAÇÃO OU ORGANIZAÇÃO TRÍPLICE
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rativa, a tendência à imobilidade, permite sensação, percepção e consciência, é cataboli-
zante, tem sentido centrípeto, é configurador, ordenador e diferenciador. O metabólico-mo-
tor apresenta como características o centro caudal, a mineralização central nos ossos lon-
gos, assimetria e espiral, a enorme capacidade regenerativa, não permite sensação, per-
cepção e consciência em condições fisiológicas, é anabolizante, tem tendência ao movi-
mento, sentido centrífugo, dissolvente, caótico e aquecedor.3
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O MÉTODO PADOVAN DE REORGANIZAÇÃO NEU-
ROFUNCIONAL
O método Padovan de reorganização neurofuncional foi criado e desenvolvido pela
fonoaudióloga Beatriz Padovan, na década de 1970. Consiste na recapitulação das etapas
do desenvolvimento neurológico.
A terapia pode ser realizada em ambiente hospitalar, domiciliar e ambulatorial, para
pacientes de qualquer idade, desde o neonato até o idoso.
É aplicada em distúrbios de fala e linguagem, retardo no desenvolvimento neuropsi-
comotor; reabilitação neuromotora, síndromes genéticas, entre outros.
O ritmo na realização do movimento varia de acordo com a queixa do paciente. Os
movimentos são realizados concomitantemente com a recitação, pelo terapeuta, de poe-
mas curtos, médios e longos num ritmo sincronizado com a atividade motora.
Este trabalho apresenta um olhar mais acurado e ampliado pela antroposofia dos
exercícios do método Padovan de reorganização neurofuncional. Com base na fenomeno-
logia da trimembração e na avaliação da qualidade da sequência dos movimentos, observa-
se qual a dinâmica que prevalece, a do sistema neurossensorial ou a do metabólico-motor.
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REFERÊNCIAS
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em: < file:///C:/Users/User/Desktop/comunicacaoalternativa.pdf >.Acesso em :12
nov.2018.
EUGENIO, Cunha. Autismo na Escola: Um jeito diferente de aprender, Um jeito
diferente de ensinar. Rio de Janeiro. Editora Wak, 2015.
FONSECA, Maria Elisa Granchi; CIOLA, Juliana De Cássia Baptistella. Vejo e
aprendo: Fundamentos do Programa TEACCH; O ensino estruturado para pessoas com
autismo. 1. Ed. Ribeirão Preto, SP: Book Toy, 2014.
GARRIDO, Jesus Landívar et al. Adaptações Curriculares. Guia para os Profes-
sores tutores de educação primária e educação especial. Madrid: Editorial Eces, Sil, 1999.
KOURY, Laís Pereira et al. Manejo Comportamental de Crianças com Trans-
tornos do Espectro do Autismo em Condição de Inclusão Escolar: Guia de Orientação
da Professores. São Paulo: Memnon, 2014.
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