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U N I V E R S I DA D E
CANDIDO MENDES
MATERIAL DIDÁTICO
SALAS DE RECURSOS
MULTIFUNCIONAIS
Impressão
e
Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
Por fim, a formação dos professores também faz a diferença! Tanto que
você está aqui se capacitando para trabalhar com essas especialidades, ou seja,
sua atuação e as possibilidades de sucesso na docência em muito dependerá de
sua responsabilidade que podemos resumir em comprometimento, estudo, pesquisa
e dedicação.
Frise-se que,
A apostila segue uma lógica que podemos dizer que é didática e ao mesmo
tempo serve de orientação para que a escola participe do programa. Primeiramente,
serão expostos os objetivos, as ações e os critérios para implantação do programa.
Na sequência, teremos definições básicas de ajudas técnicas e tecnologias
assistivas. Reforçaremos o público-alvo e os recursos humanos que são elementos
essenciais para efetivar o programa, bem como teremos as especificações das salas
e uma lista com os recursos materiais pedagógicos necessários. Não poderíamos
nos furtar a suscitar questionamentos e reflexões acerca da importância dessas
salas no ensino regular, sua organização curricular, bem como o atendimento às
famílias.
pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados
cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar,
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores,
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma
redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas
opiniões pessoais.
quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser realizado individualmente ou em
pequenos grupos em horário diferente daquele em que frequentam a classe comum.
2.1 Objetivos
Segundo o Manual de Orientação (BRASIL, 2010), o Programa de
Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, instituído pelo MEC/SEESP (hoje
vinculado a SECADI) por meio da Portaria Ministerial nº 13/2007, integra o Plano de
Desenvolvimento da Educação – PDE, destinando apoio técnico e financeiro aos
sistemas de ensino para garantir o acesso ao ensino regular e a oferta do AEE aos
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e/ou altas
habilidades/superdotação.
2.2 Ações
De acordo com esses objetivos, para que aconteça o processo de
implantação das salas de recursos multifuncionais, o MEC/SEESP realiza as
seguintes as ações:
Ampliando essa orientação, a Lei nº 10.098/00, que trata das normas gerais
e critérios básicos para a promoção da acessibilidade de pessoas com deficiência ou
mobilidade reduzida, dispôs que o poder público promoverá a supressão de
barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação, mediante
ajudas técnicas. Na regulamentação da Lei, o art. 61 do Decreto nº 5.296/04 definiu:
3.1 Público-alvo
Reforçando: a sala de recursos multifuncionais é um espaço para a
realização do atendimento educacional especializado de alunos que apresentam, ao
longo de sua aprendizagem, alguma necessidade educacional especial, temporária
ou permanente, compreendida, segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica, em três grupos:
a) Deficiência intelectual/mental
b) Deficiência Auditiva
linguagem, não terá como desenvolver todo o seu potencial linguístico. Para que
haja um desenvolvimento completo, a criança precisa escutar (ou ver) a linguagem.
c) Deficiência Visual
baixa visão – prejuízo da função visual mesmo após tratamento e/ou refração
óptica. As condições de baixa visão são variáveis, bem como as
necessidades educacionais especiais do estudante com baixa visão, que
variam de um para outro, de acordo com o grau de sua perda visual.
d) Surdo cegueira
e) Deficiência Múltipla
f) Deficiência Física
h) Altas Habilidades/Superdotação
Algumas Secretarias adotam o modelo dos Três Anéis, proposto por Renzulli
(1978, 1986, 1988 apud FLEITH, 2001), através do qual a visão de superdotação
ocorre como resultado da interação de três fatores: habilidade acima da média,
envolvimento com a tarefa e criatividade. Esse modelo vem ao encontro das
diretrizes para a educação do superdotado e talentoso recomendadas pelo
Ministério da Educação e Desporto (FLEITH, 2001).
Esses alunos que, muitas vezes, não têm encontrado respostas às suas
necessidades educacionais especiais no sistema de ensino, poderão ser
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Quanto às crianças com idade de zero a três anos, o AEE se efetiva por
meio de serviços de estimulação precoce, os quais têm como objetivo otimizar o
processo de desenvolvimento e aprendizagem em consonância com outros serviços
públicos. Avançando no processo de desenvolvimento e potencializando a sua
aprendizagem, para os alunos com deficiência visual, surdez, deficiência física,
intelectual e motora, o quadro abaixo descreve algumas das atividades
desenvolvidas nesses espaços (ÁSFORA, 2012).
Alunos com Alunos com Alunos surdos Alunos com Alunos com
cegueira baixa visão deficiência física deficiência
mental
4.1 Especificações
As salas podem ser de dois tipos: tipo I e de tipo II, variando a sala do tipo II
devido adicionar recursos de acessibilidade para alunos com deficiência visual.
Equipamentos
02 microcomputadores
01 laptop
01 estabilizador
01 scanner
01 impressora laser
01 teclado com colmeia
01 acionador de pressão
01 mouse com entrada para acionador
01 lupa eletrônica
Mobiliário
01 mesa redonda
04 cadeiras
01 mesa para impressora
01 armário
01 quadro branco
02 mesas para computador
02 cadeiras
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01 material dourado
01 esquema corporal
01 bandinha rítmica
01 memória de numerais
01 tapete alfabético encaixado
01 Software comunicação alternativa
01 sacolão criativo monta tudo
01 quebra-cabeça – sequência lógica
01 dominó de associação de ideias
01 dominó de frases
01 dominó de animais em Libras
01 dominó de frutas em libras
01 dominó tátil
01 alfabeto Braille
01 kit de lupas manuais
01 plano inclinado – suporte para leitura
01 memória tátil
01 Reglete de mesa
01 Punção
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01 Guia de assinatura
mobiliários adaptados, tais como: mesa com recorte, ajuste de altura e ângulo
do tampo; cadeiras com ajustes para controle de tronco e cabeça do aluno,
apoio de pés, regulagem da inclinação do assento com rodas, quando
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Vamos tomar como sustentáculo para esse aporte (das salas multifuncionais
no ensino regular) as considerações de Vygotsky e Bronfenbenner.
deve ser a repetição do que ocorre na sala de aula comum, pode levar a diferentes
compreensões, entre elas uma que tem afastado o trabalho do atendimento das
salas de recursos do currículo escolar e dificultado o estabelecimento de relação
desse serviço com o ensino comum (REZENDE; TARTUCE, 2013).
Que as famílias precisam se adaptar à nova rotina ao ter uma criança com
necessidades especiais não há dúvidas, como também é evidente e incontestável a
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a) Amplisoft
permite construir uma prancha com espaços definidos para a inserção de imagens
para uso impresso.
1) 2)
b) Boardmaker
c) HagáQuê
d) Bitstrips
e) Toon Doo
Assim como o Bitstrips, o Toon Doo é uma ferramenta online para a criação
de histórias em quadrinhos. Esta ferramenta também oferece manipulação de
objetos e permite a criação de personagens, com diferentes formas e feições.
De todo modo, temos abaixo três sugestões de blogs que vale a pena visitar:
2. Nome do Projeto.
10. Referências.
1. Identificação da escola:
3. Nome do aluno:
A) Diagnóstico Pedagógico:
B) Orientação escolar:
Para os itens abaixo utilize materiais concretos de fácil manuseio que aluno
possa entender de forma clara os comandos.
CUIDADO: O professor do AEE não trabalha conteúdo de sala de aula, ele trabalha
a dificuldade do aluno. Essa avaliação é importante para saber onde o aluno parou e
como você pode ajudá-lo.
D) Objetivos
G) Metodologia/Procedimentos
H) Registro do processo
Seu parágrafo único diz que essa sala de recursos é um espaço organizado
com equipamentos de informática, ajudas técnicas, materiais pedagógicos e
1
Os decretos fazem parte das normas inferiores às normas infraconstitucionais. Nascem do burocrata
administrativo, é uma normatização interna da administração pública. Normatização que serve para
buscar a fiel execução da lei, ou seja, as normas infralegais detalham o que diz a norma
infraconstitucional. Os decretos são expedidos pelo Presidente da República, para dar fiel execução a
uma lei já existente e dispor sobre a organização da administração pública (BITTENCOURT;
CLEMENTINO, 2012).
TERMO DE ADESÃO
Estabelecimento /Donatário:_________________________________
CNPJ:__________________________________________________
Município/UF:____________________________________________
Nome do responsável:_____________________________________
Telefone:_______________;e-mail:__________________________
Eu,__________________________(nome), nomeado (a) Secretário de Educação, CPF
____________________________, RG______________, residente e domiciliado em
_______________(município/UF), por concordar plenamente com as diretrizes estabelecidas pela
Portaria Ministerial nº l3/2007 efetivo a adesão ao Programa Implantação de Salas de Recursos
Multifuncionais.
Comprometo-me com a adesão das escolas e com os critérios proclamados pela Portaria nº 25/2012.
Fica como dica para os profissionais que pretendem caminhar por essa
estrada: busquem sempre por novas informações, percebam o quanto é importante
seu papel à frente da educação inclusiva e que além de facilitadores devem ser
capazes de orientar e articular metodologias para a educação desses alunos
especiais.
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
BARRETO, Lúcia Cristina Dalago; GOULART, Áurea Maria Paes Leme. Educação
geral ou especial? Um foco na sala de recursos General or special education? An
outbreak in resource room. Educação em Revista, Marília, v.9, n.2, p.93-112, jul.-
dez. 2008. Disponível em:
62
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/educacaoemrevista/article/viewFile/6
37/520
GUALDA, Danielli Silva; BORGES; Laura; CIA, Fabiana. Famílias de crianças com
necessidades educacionais especiais: recursos e necessidades de apoio. Revista
Educação Especial | v. 26 | n. 46 | p. 307-330 | maio/ago. 2013. Santa Maria.
Disponível em: <http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial>
JESUS, Denise Meyrelles de; AGUIAR, Ana Marta Bianchi de. O calcanhar de
Aquiles: do mito grego ao desafio cotidiano da avaliação inicial nas salas de
recursos multifuncionais. Revista Educação Especial | v. 25 | n. 44, | p. 399-416 |
set./dez. 2012. Santa Maria. Disponível em:
<http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial>
MENEZES, Eliana da Costa Pereira de; MELLO, Vanessa Scheid Santanna de.
Atendimento educacional especializado na escola regular: espaço para classificação
e normalização dos alunos. 2010.
http://www.portalanpedsul.com.br/admin/uploads/2010/Educacao_Especial/Trabalho/
08_40_02_A_ARTICULACAO_ENTRE_SERVICO_ESPECIALIZADO_E_CLASSE_
COMUM_A_ORGANIZACAO_CURRICULAR_FRENTE_A_UM_MODELO_INCLUSI
VO.PDF
RIOS, Gabriela Alias; MENDES, Enicéia Gonçalves. Prática pedagógica nas salas
de recursos multifuncionais: enunciados de professores em blogs. Eixo Temático:
Práticas de inclusão/exclusão em educação. Rio de Janeiro: Seminário Internacional
Inclusão em Educação. Universidade e participação. Maio de 2013.
SOUSA, Maria do Carmo da Encarnação Costa de; BRUNO Marilda Moraes Garcia.
Atendimento educacional especializado para alunos com surdez nas salas de
recursos multifuncionais no contexto de escolas indígenas do município de
Dourados. Dourados: Universidade Federal da Grande Dourados/MS, 2012.
TOSTA, Estela Inês Leite; MENDES JUNIOR, Edson; VIEGAS, Luciane Torezan.
Constituição das políticas para educação inclusiva: o programa de implantação de
salas de recursos multifuncionais. Poiésis – revista do programa de pós-graduação
em educação – Mestrado - Universidade do sul de Santa Catarina. UNISUL,
Tubarão, v. 6, n. 10, p. 395 - 410, Jul./Dez. 2012.
ANEXOS
1. Informações Institucionais
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2. Diagnóstico local
4. Gestão
5. Matrículas na Escola
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7. Infraestrutura da escola:
NOME:
ESCOLA:
PROFESSORA DO AEE:
OBJETIVOS:
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO:
softwares Educacionais;
instrumentos Musicais;
quebra-cabeças;
Adequações de materiais:
folhas de E.V.A.
equipe Técnico-pedagógica.
AVALIAÇÃO
3) Sugestão de trabalho para aluno com baixa visão (Fabiana Nunes Queiróz - Sala
de Recursos Multifuncionais da Escola Estadual Bueno Brandão - Uberlândia/MG.
Disponível em: http://educacaoespecialceeeu.blogspot.com.br/2013/07/alunos-com-
baixa-visao-e-cegueira.html#!/)
os alunos com baixa visão deverão trabalhar olhando para os objetos e para
as pessoas;
estimular o aluno a olhar para aspectos como cor, forma e encorajá-lo a tocar
nos objetos enquanto olha;
usar ampliações à mão e impressas (letra tipo Arial com tamanho da letra em
torno de 20 a 24 dependendo da necessidade de cada aluno);
lupas ou pedras manuais ou de mesa são muito úteis para ampliar o tamanho
de fontes.
para aqueles que ainda não sabem ou não dominam o BRAILLE, ensinar
primeiramente por meio de materiais concretos;