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3 UNIDADE 1 - Introdução
5 UNIDADE 2 - O programa de salas de recursos multifuncionais
7 2.1 Objetivos
8 2.2 Ações
SUMÁRIO
11 3.2 Caracterização das deficiências do público-alvo das salas de recursos multifuncionais
36 UNIDADE 7 - Modelo de plano de ação pedagógico (PAP) e o plano de ação individual para o AEE
40 UNIDADE 8 - Legislação pertinente
40 8.1 Decreto nº 6094 de 2007
44 REFERÊNCIAS
49 ANEXOS
3
UNIDADE 1 - Introdução
Vamos começar nossos estudos so- está aqui se capacitando para trabalhar
bre as Salas de Recursos Multifuncionais com essas especialidades, ou seja, sua
(SRM) por um entendimento básico: a di- atuação e as possibilidades de sucesso na
ferença entre uma Sala de Recursos e uma docência em muito dependerá de sua res-
Sala de Recursos Multifuncionais que se dá ponsabilidade que podemos resumir em
em relação ao alunado, à estrutura da sala comprometimento, estudo, pesquisa e de-
e formação do professor. Esse também é dicação.
o ponto de partida para o estudo, a análi-
Dessa maneira, vale a pena refletir e fa-
se e o entendimento das salas de recursos
zer valer as palavras de Marion Welchmann
multifuncionais, objetivo desta apostila.
(s.d): “se uma criança não pode aprender
Pela definição de Alves (2006), as salas da maneira que é ensinada, é melhor en-
de recursos multifuncionais são espaços siná-la da maneira que ela pode aprender”.
da escola onde se realiza o atendimento
Pois bem, partindo do entendimento
educacional especializado para alunos com
que educação inclusiva é um direito as-
necessidades educacionais especiais, por
segurado pela Constituição Federal e que
meio do desenvolvimento de estratégias
esse direito deve ser cumprido pelas redes
de aprendizagem, centradas em um novo
de ensino, considerando ainda que o aces-
fazer pedagógico que favoreça a constru-
so aos recursos pedagógicos e acessibili-
ção de conhecimentos pelos alunos, sub-
dade na escola elimina a discriminação e
sidiando-os para que desenvolvam o currí-
a segregação, veremos que a sala de re-
culo e participem da vida escolar.
cursos multifuncionais é um dos caminhos
A sala de recursos multifuncionais que possibilita a educação de qualidade
atende alunos cegos e surdos, enquanto a para essa parcela da sociedade que tem os
sala de recursos dita “comum” atende alu- mesmos direitos a uma educação de quali-
nos com deficiência mental/intelectual e dade como toda nossa população.
aqueles que apresentam transtornos fun-
Frise-se que,
cionais específicos como TDAH e outros
distúrbios de aprendizagem. o atendimento educacional especia-
lizado trabalha com descrições de-
Quanto à estrutura da sala, as comuns
talhadas de situações, eventos, pes-
utilizam materiais pedagógicos que podem
soas, interações e comportamentos
ser confeccionados pelos próprios profes-
que são observáveis, incorporando a
sores e a comunidade escolar de maneira
voz dos participantes, suas experiên-
geral. A sala de recursos multifuncionais,
cias, atitudes, crenças, pensamentos
por sua vez, recebem materiais, mobiliário
e reflexões, tal e qual são expressas
próprio e computadores, geralmente do
por eles mesmos (ESTEBAN, 2010, p.
governo federal.
125).
Por fim, a formação dos professores
Portanto, precisamos estar abertos,
também faz a diferença! Tanto que você
4
A apostila segue uma lógica que pode- Ao final do módulo, além da lista de
mos dizer que é didática e ao mesmo tem- referências básicas, encontram-se ou-
po serve de orientação para que a escola tras que foram ora utilizadas, ora somen-
participe do programa. Primeiramente, te consultadas, mas que, de todo modo,
serão expostos os objetivos, as ações e podem servir para sanar lacunas que por
os critérios para implantação do progra- ventura venham a surgir ao longo dos es-
ma. Na sequência, teremos definições tudos.
básicas de ajudas técnicas e tecnologias
assistivas. Reforçaremos o público-alvo e
os recursos humanos que são elementos
essenciais para efetivar o programa, bem
como teremos as especificações das salas
e uma lista com os recursos materiais pe-
dagógicos necessários. Não poderíamos
nos furtar a suscitar questionamentos e
reflexões acerca da importância dessas
salas no ensino regular, sua organização
curricular, bem como o atendimento às fa-
mílias.
física, sensorial e/ou intelectual. Entre- les que possuem diagnósticos de autis-
tanto, conforme documentos orienta- mo, síndromes do espectro do autismo e
dores nacionais (MEC/Educação Infantil, psicose infantil, conforme classificação
2002, v. 4), a caracterização do estudante do Ministério da Educação (MEC/SEESP,
com deficiência múltipla não se dará ape- 2007). Além desses diagnósticos, é im-
nas em decorrência da somatória aleató- portante ressaltar que as classificações e
ria de suas deficiências, mas da observa- características dos transtornos incluídos
ção quanto ao grau de implicação dessas nessa categoria são aquelas constantes
deficiências para a pessoa. Nesse sentido, no Manual de Diagnóstico e Estatística
o nível de comprometimento e as possibi- das Doenças Mentais – DSM IV-TR - (APA.
lidades funcionais do estudante, de sua 2002) e na Classificação Internacional de
comunicação, de sua interação social e de Doenças – CID 10 - (OMS, 2000).
aprendizagem é que determinam as ne-
O autismo é um transtorno global do
cessidades educacionais do estudante.
desenvolvimento caracterizado por um
f) Deficiência Física desenvolvimento anormal ou alterado,
manifestado antes da idade de três anos,
A deficiência física é caracterizada pelo
e apresenta uma perturbação caracterís-
comprometimento de condições motoras
tica do funcionamento em cada um dos
que acometem algumas pessoas de for-
três domínios: interações sociais, comu-
ma a comprometer-lhes a mobilidade, sua
nicação, e comportamento focalizado e
coordenação motora geral e/ou sua fala.
repetitivo.
Geralmente essas implicações são conse-
quentes de lesões neurológicas, neuro- O autismo apresenta grandes dificulda-
musculares, ortopédicas, reumáticas ou des para ser diagnosticado e é considerado
má-formação de natureza congênita. Des- como uma síndrome comportamental com
sa forma, conforme documentos orienta- etiologias múltiplas. É caracterizado por
dores nacionais (MEC, 2004), a deficiên- provocar um comprometimento acentua-
cia física refere-se ao comprometimento do no uso de múltiplos comportamentos
do aparelho locomotor, que compreende não-verbais, tais como: contato visual di-
o sistema osteoarticular, o sistema mus- reto, expressão facial, posturas corporais
cular e o sistema nervoso. As doenças e gestos para regular a interação social, e
ou lesões que afetam quaisquer desses acentuado fracasso em desenvolver ha-
sistemas, isoladamente ou em conjunto, bilidades de comunicação apropriadas ao
podem produzir quadros de limitações nível de desenvolvimento esperado, isso
físicas de grau e gravidade variáveis, se- porque a pessoa com autismo apresenta
gundo o(s) segmento(s) corporal(is) afe- uma falta de disposição para compartilhar
tados(s) e o tipo de lesão ocorrida. prazeres, interesses ou realizações com
outras pessoas, bem como não apresenta
g) Transtornos Globais do Desenvol-
reciprocidade social ou emocional.
vimento (TGD)
O autismo atípico é um transtorno glo-
Os estudantes com Transtornos Glo-
bal do desenvolvimento que se caracteriza
bais do Desenvolvimento (TGD) são aque-
por apresentar, geralmente após a idade
14
de três anos, características que não res- ração do tipo autístico da interação social
pondem aos três grupos de critérios diag- e da comunicação. Pode ser também cha-
nósticos do autismo infantil. Dessa forma, mado de demência infantil, psicose desin-
a criança não apresentará manifestações tegrativa, psicose simbiótica ou síndrome
patológicas suficientes em um ou dois dos de Heller.
três domínios psicopatológicos no autis-
O Transtorno de Asperger é um trans-
mo infantil. Assim, podem ser observadas
torno caracterizado por uma alteração
características de interações sociais re-
qualitativa das interações sociais recí-
cíprocas, comunicação, comportamentos
procas, semelhante à observada no au-
limitados, estereotipados ou repetitivos
tismo, com um repertório de interesses
implicados no autismo infantil. O autismo
e atividades restrito, estereotipado e re-
atípico ocorre habitualmente em crianças
petitivo. Entretanto, ele se diferencia do
que apresentam um retardo mental pro-
autismo essencialmente pelo fato de não
fundo ou um transtorno específico grave
ser acompanhado de um retardo ou de
do desenvolvimento de linguagem do tipo
uma deficiência de linguagem ou do de-
receptivo.
senvolvimento cognitivo. Esse transtorno
O Transtorno de Rett é caracterizado é acompanhado, por vezes, de episódios
por um desenvolvimento inicial, aparente- psicóticos no início da idade adulta. É tam-
mente normal, seguido de uma perda par- bém chamado de psicopatia autística ou
cial ou completa de linguagem, da marcha transtorno esquizóide da infância.
e do uso das mãos, associado a um atraso
h) Altas Habilidades/Superdotação
no desenvolvimento craniano e que ocor-
re habitualmente entre 7 e 24 meses. Por A heterogeneidade desse grupo de in-
isso, observa-se que o desenvolvimento divíduos apresenta-se como um desafio
social e o lúdico permanecerão detidos à definição de parâmetros precisos que
enquanto o interesse social continuará, determinem um conceito único de altas
em geral, conservado. habilidades/superdotação. O que na prá-
tica ocorre é a construção desses parâ-
O transtorno desintegrativo da infân-
metros a partir dos referenciais teóricos
cia é uma espécie de transtorno global
adotados para o atendimento educacio-
do desenvolvimento caracterizada por
nal especializado ofertado pelos diversos
ser antecedido por um período de desen-
sistemas de ensino (ALENCAR; FLEITH,
volvimento completamente normal, cuja
2001). No que se refere à definição oficial,
característica é a perda manifesta das ha-
o MEC/SEESP, ao lançar a Política Nacio-
bilidades, anteriormente adquiridas em
nal de Educação Especial na Perspectiva
vários domínios do desenvolvimento, em
da Educação inclusiva, em 2008, consi-
um período de poucos meses. Essas mani-
dera estudantes com altas habilidades/
festações são acompanhadas tipicamen-
superdotação aqueles que demonstram
te por uma perda global do interesse pelo
potencial elevado em qualquer uma das
ambiente, pela apresentação de condu-
seguintes áreas: intelectual, acadêmica,
tas motoras estereotipadas, repetitivas
liderança, psicomotricidade e artes, iso-
e maneirismos, bem como por uma alte-
ladas ou combinadas, além de potencial
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mais uma vez, o sujeito professor entra Nessa perspectiva, cabe ao profes-
em cena, na medida em que planejar é sor:
pensar e criar estratégias. O pensar é um
ato individual, mas não é solitário. Afinal, realizar atividades que estimulem o
não podemos esquecer que ninguém pen- desenvolvimento dos processos mentais:
sa sozinho. Pensar envolve ouvir e ser ou- atenção, memória, raciocínio, imaginação,
vido pelos outros. É no pensar com o outro criatividade, linguagem, entre outros;
e para o outro que o professor pode en- proporcionar ao aluno o conheci-
contrar as estratégias adequadas a cada mento de seu corpo, levando-o a usá-lo
tipo de situação e problema enfrentado. como instrumento de expressão cons-
(SALGADO, 2006, p. 62). ciente na busca de sua independência e
Ao analisar a formação e a ação peda- na satisfação de suas necessidades;
gógica do professor, no processo de in- fortalecer a autonomia dos alunos
clusão, Salgado (2006 apud BARRETO para decidir, opinar, escolher e tomar ini-
e GOULART, 2008) conclui que a prática ciativas, a partir de suas necessidades e
depende fundamentalmente da sua cons- motivações;
tituição histórica, seus valores e convic-
ções. Sugere ainda a utilização dos três propiciar a interação entre os alu-
AAA, de Nóvoa, aderir, agir e autocons- nos em ambientes sociais, valorizando as
cientizar-se, essenciais à transformação diferenças e a não-discriminação;
de verdades e conceitos em novos para- preparar materiais e atividades
digmas, que garantam uma relação dialó- específicas para o desenvolvimento da
gica entre os sujeitos, e que a Educação aprendizagem dos alunos (ALVES, 2006,
possa ser “especial” para todos. p. 23-24).
O documento Sala de Recursos Multi- Ressalte-se o papel socializador do pro-
funcionais: espaço para o atendimento fessor que atuará nessas salas, pensando
educacional especializado, elaborado pelo não somente no aluno como também nas
Ministério da Educação e Secretaria da relações com suas famílias, conforme ve-
Educação Especial, em 2006, ao se referir remos adiante.
ao atendimento dos alunos com deficiên-
cia mental nas Salas de Recursos, reafirma
as áreas de desenvolvimento e esclarece
que “[...] os professores realizam a me-
diação docente de forma a desenvolver
os processos cognitivos, também chama-
dos processos mentais, que oportunizam
a produção do conhecimento” (ALVES,
2006, p. 21).
19
UNIDADE 4 - As salas de recursos
multifuncionais
4.1 Especificações 01 quadro branco
e a partir da relação com o meio social Além disso, precisamos nos lembrar da
as crianças passam a desenvolver funções linguagem, o principal instrumento de in-
psicológicas mais bem dotadas ou enten- termediação no qual surge como funda-
didas como funções superiores (SOUZA; mental a zona de comunicação para que o
MARTINS, 2006). estímulo seja possível e que seja causa das
respostas processadas (MACIEL, 2011).
Considerando esse desenvolvimento,
cabe ressaltar que isso acontece devido Sierra (2009, p. 3) descreve que base-
outras questões envolvidas nesse meio. ando-se na teoria vygotskiana, é possível
Para Vygotsky, a relação do homem com afirmar que a defesa de que pessoas com
seu contexto não é de forma direta, mas deficiências [...], podem vir a conquistar
é feita através de interferências de ele- um nível de desenvolvimento elevado dos
mentos definidos por ele como instru- seus psiquismos e consciência, valendo-
mentos e signos. -se do pensamento e da linguagem ver-
bais para apreenderem o mundo e com-
[...] a formação histórica e social da
preendê-lo para, depois, intervir sobre o
consciência se dá ante as ações do
mesmo.
homem em sua vida social, media-
das pelo uso de instrumentos e de Dessa maneira, reafirmando as ideias
signos. É justamente, a criação e a do estudioso, a linguagem se mostra,
apropriação de ferramenta e de ins- portanto, como uma forma de edificar a
trumentos psicológicos (signos) que cultura, enriquecendo-a com sistemas
leva a efetivar o trabalho instrumen- complementares como a fala e o pensa-
tal (VYGOTSKY, 1989 apud SIERRA, mento. E nessas características, a fala
2009, p. 2). para Vygotsky, surge a partir do momento
em que a criança interiorizou um aspecto
Utilizando esses elementos, Vygotsky
do mundo externo em meio constante de
faz apreciação ao fato da mediação no
interação. Para o autor, é como uma forma
contexto da aprendizagem. Para ele, as
de “caracterizar os aspectos tipicamente
informações levadas às crianças possuem
humanos do comportamento e elaborar
um veiculador identificado como “estímu-
hipóteses de como essas características
lo” que irá intermediar as respostas da-
formam-se, ao longo da histórica humana,
das por elas. Estímulo também entendido
e de como se desenvolvem durante a vida
24
pode ser encontrado nos softwares Bo- 1)Tela principal do editor livre de pran-
ardmaker e Escrevendo com Símbolos ou cha.
em livro (Combination Book).
b) Boardmaker
O Boardmaker é um software proprie-
tário, cuja sexta versão contém mais de
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4500 símbolos (PCS) que são utilizados ra seu uso não seja específico para CAA,
para a confecção de pranchas de comuni- o mesmo pode ser utilizado em função de
cação (MAYER-JOHNSON 2010 apud AVI- que os recursos que contém possibilitam
LA, 2011). o desenvolvimento de estratégias diver-
sificadas voltadas para a comunicação e o
letramento.
d) Bitstrips
O Bitstrips é uma ferramenta online
Tela principal do Boardmaker para a construção de charges animadas.
Não se trata de um software educativo,
O Boardmaker é ferramenta destinada mas pode ser utilizado para tal fim.
à confecção de pranchas, oferecendo op-
ções de localização e aplicação de símbo- Esta ferramenta oferece diversas op-
los (já contidos no software) e imagens (as ções de cenários e personagens, com
quais podem ser importadas). As imagens possibilidades de modificações dos mes-
e legendas podem ser editadas dentro do mos, trabalhando-se elementos como a
software. São oferecidas também as op- aparência física das pessoas, suas vesti-
ções de imprimir, para que se possa traba- mentas e estado de humor. Com isso, po-
lhar as pranchas construídas em material de-se trabalhar com as crianças questões
concreto, e salvar, para que as pranchas referentes a características (pessoais e
construídas possam ser retomadas poste- de outros), fazendo a montagem de per-
riormente. Além disso, o Boardmaker tam- sonagens.
bém oferece uma série de templates que As histórias criadas são salvas num ser-
permitem ao usuário, por exemplo, orga- vidor e acessíveis ao público, sempre que
nizar agendas, calendários e atividades. autorizado pelo criador das mesmas.
c) HagáQuê O acesso ao Bitstrips ocorre a partir do
Este software foi desenvolvido pelo seu endereço na internet: http:www.bits-
Núcleo de Informática Aplicada à Educa- trips.com. Para utilizá-lo, basta que o usu-
ção (NIED) da Universidade Estadual de ário crie um login no site indicado.
Campinas (UNICAMP) com vistas a propor- e) Toon Doo
cionar a criação de histórias em quadri-
nhos por crianças dos primeiro e segundo Assim como o Bitstrips, o Toon Doo é
ciclos do ensino fundamental, ainda não uma ferramenta online para a criação de
familiarizadas com o computador. Embo- histórias em quadrinhos. Esta ferramenta
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D) Objetivos G) Metodologia/Procedimentos
1° Desenvolver atividades de sequen- Jogos; Pranchas; Tipos de texto; Rimas;
ciação: palavras, objetos, etc. Jogos online; Atividades direcionadas à
fase silábica; Dinâmicas; Jogos de mesa;
2° Propiciar momentos de atividades
Jogos da memória; Quebra- cabeça; His-
para consciência fonológica das palavras
tórias;
em nível silábico.
H) Registro do processo
3° Propor atividades com recursos de
lateralidade e temporalidade, envolvendo Através de relatórios e fotos, filmes,
o esquema corporal e conceitos de dia, de acordo com a necessidade. (CASO
mês e ano, tempo recente: ontem, hoje, PRECISAREM DE UTILIZAR AS FOTOS DO
amanhã, etc. ALUNO E SUAS VIVÊNCIAS PUBLICAMEN-
TE, FAÇAM O TERMO DE AUTORIZAÇÃO
No caso de deficiência intelectual,
PARA QUE LHES DEEM RESPALDO.
você deve utilizar o menor número de
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aceitar a doação com encargos dos bens a ção dos equipamentos doados;
serem enviados às escolas selecionadas e
V - orientar a escola destinatária para
contempladas pelo Programa e concordar,
instituir no seu Projeto Político Pedagógi-
integralmente, com as suas diretrizes.
co, a organização e oferta do Atendimento
Art. 4º - A doação será revertida, me- Educacional Especializado complementar
diante notificação extrajudicial à DONA- ou suplementar à escolarização de estu-
TÁRIA, quando esta der causa a uma das dantes público-alvo da educação especial,
seguintes situações: matriculados nas classes comuns do ensi-
no regular, na Educação de Jovens e Adul-
I - violação dos objetivos ou inobser-
tos e na Educação Profissional;
vância das diretrizes do Programa; ou,
VI - promover a formação continuada
II - quando comprovada a ociosidade ou
aos professores que atuam no AEE;
o mau uso dos equipamentos.
VII - zelar pela segurança e integridade
Art. 5º - São obrigações deste Ministé-
dos equipamentos, inclusive acionar as
rio no âmbito do Programa:
respectivas “garantias de funcionamen-
I - viabilizar e garantir a entrega dos to” oferecido pelo fornecedor; e,
equipamentos e mobiliários;
VIII - restituir os bens doados em per-
II - acompanhar as atividades desenvol- feitas condições de conservação e funcio-
vidas; namento em caso de reversão da doação.
III - avaliar a efetiva utilização dos bens Art. 7º - No ato da adesão ao Programa
em conformidade com a finalidade esta- Implantação de Salas de Recursos Multi-
belecida; e, funcionais far-se-á a doação dos bens que
compõem as Salas de Recursos Multifun-
IV - reaver os bens no caso de reversão
cionais, a ser consolidada após sua efetiva
da doação, e realocá-los para outras esco-
entrega.
las públicas e/ou órgãos passíveis de con-
templação pelo Programa Implantação de
Salas de Recursos Multifuncionais.
TERMO DE ADESÃO
Estabelecimento /Donatário:_________________________________
CNPJ:__________________________________________________ Município/
UF:____________________________________________
Nome do responsável:_____________________________________
Telefone:_______________;e-mail:__________________________
Eu,__________________________(nome), nomeado (a) Secretário de Educação,
CPF ____________________________, RG______________, residente e domi-
ciliado em _______________(município/UF), por concordar plenamente com as dire-
trizes estabelecidas pela Portaria Ministerial nº l3/2007 efetivo a adesão ao Programa
Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais.
Comprometo-me com a adesão das escolas e com os critérios proclamados pela Portaria
nº 25/2012.
Fica como dica para os profissionais que pretendem caminhar por essa estrada: bus-
quem sempre por novas informações, percebam o quanto é importante seu papel à frente
da educação inclusiva e que além de facilitadores devem ser capazes de orientar e articular
metodologias para a educação desses alunos especiais.
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48
ANEXOS