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PEDAGOGIA - LICENCIATURA

DENISE LEAL DOS SANTOS

PORTIFÓLIO:
LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM
DEFICIÊNCIA

Montes Claros
2020
DENISE LEAL DOS SANTOS

PORTIFÓLIO:
LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM
DEFICIÊNCIA

Trabalho apresentado ao Curso Pedagogia-Licenciatura


da ANHANGUERA, para as disciplinas: Educação
Inclusiva, Libras – Língua Brasileira de Sinais, Educação
e Tecnologia, Homem, Cultura e Sociedade, Práticas
Pedagógicas: Identidade Docente, Educação a Distância
lecionada pelos respectivos professores: Juliana Chueira
Lyra, Tirza Cosmos Dos Santos Hirata, Natália Germano
Gejao Diaz, Maria Eliza Corrêa Pacheco, Luciane
Guimarães Batistella Bianchini, Juliana Chueira Lyra.

Tutor: Aline Gonçalves Nogueira

Montes Claros
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3

2 LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS

COM DEFICIÊNCIA......................................................................................................4

2.1 INCLUSÃO E PERMANÊNCIA NA ESCOLA PEOS ALUNOS COM

DEFICIÊNCIA................................................................................................................4

2.1.1 A INCLUSÃO DE CRIANÇAS DEFICIENTES AO LAZER...........................5

2.1.1.1 AS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO DE

CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NAS ATIVIDADES DE LAZER E

APRENDIZAGEM.........................................................................................................6

3 CONCLUSÃO........................................................................................................8

REFERÊNCIAS.............................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

A inclusão social de pessoas com deficiência tem se consagrado no


mundo ocidental, nas ultimas décadas. O termo deficiente é usado para definir a
ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica (OMS,
2007). Segundo o CIDID (Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades
e Desvantagens), em 1989 a deficiência se refere a perda ou anormalidade de
estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente.
Incluem-se nessas a ocorrência de uma anomalia, defeito ou perda de um membro,
órgão, tecido ou qualquer outra estrutura do corpo, inclusive das funções mentais.
Para a OMS 10% da população mundial possuí algum tipo de deficiência,
entre elas, visuais, auditivas, físicas, mentais, multíplas, transtornos globais do
desenvolvimento e superdotação ou altas habilidade (OMS, 2007). Segundo o IBGE
no Brasil, 14,5% da população possuí algum tipo de deficiência. (IBGE, 2000).
As questões de acessibilidade, à educação, habitação, saúde, transporte,
trabalho, cultura, desporto, lazer e turismo ainda estão em pauta nos desafios para a
inclusão de pessoas com deficiência. O termo acessibilidade começou a ser utilizado
recentemente, surgindo dos serviços de reabilitação física e profissional
principalmente no período pós-guerra. Na década de 1980 campanhas mundiais,
motivadas por grupos de deficientes desenvolvidas para alertar a sociedade a
respeito das barreiras arquitetônicas e exigir não apenas a eliminação pelo desenho
adaptável, como a não-inserção de barreiras já nos projetos arquitetônicos no
desenho universal ou acessível (SASSAKI, 2005). Dito isto, este trabalho tem com o
objetivo a elaboração de produção textual sobre sobre lazer, aprendizagem, inclusão
e acessibilidade de pessoas com deficiência em especial crianças em estágio
escolar.
4

2 LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS


COM DEFICIÊNCIA

2.1 INCLUSÃO E PERMANÊNCIA NA ESCOLA PEOS ALUNOS


COM DEFICIÊNCIA

O movimento pela inclusão abrange várias ações como, cultural,


pedagógica, social e política, visa o direito de todos os alunos a aprender sem
nenhum tipo de exclusão. A educação inclusiva faz parte de um paradigma
educacional que se fundamenta na concepção dos direitos humanos, que luta pela
igualdade, e que avança em relação ao ideal de justiça nas circunstâncias que
revelam exclusão dentro ou fora da instituição escolar (Política Nacional De
Educação Especial Na Perspectiva Da Educação Inclusiva, 2008). Nessa
perspectiva, a eduação inclusiva está amparada pela Lei Brasileira De Inclusão Da
Pessoa Com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a
assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das
liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e
cidadania (lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015).
Nos última década, o MEC (Ministério da Educação) vem demonstrando
um efetivo interesse pela melhoria da educação dos alunos com necessidades
educacionais especiais, a despeito de, também, evidenciar uma oscilação na
significação da Educação Especial e, mais recentemente, da Educação Inclusiva.
Em janeiro de 2008, a SEESP/MEC aprovou e publicou documento intitulado Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Na sequência da normatização nessa área, em relação aos alunos com
necessidades educacionais especiais, dentre os quais há alunos com deficiências,
foram estabelecidas diretrizes pelo Decreto n. 6.571, de 17 de setembro de 2008,
pelo Parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) n. 13/2009 e pela
Resolução n. 4, de 2 de outubro de 2009. Tais atos legais e normativos
regulamentam o Atendimento Educacional Especializado na modalidade Educação
Especial e evidenciam importante avanço nas posições nacionais.
Por outro lado, a quantidade de alunos por professor, ausência de
recursos materiais e pedagógicos e suporte das redes de escolas públicas
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apresentam dificuldades para a concretização da inclusão escolar. Além disso, a


inclusão não é apenas colocar alunos com deficiência dentro das unidades
escolares, mas garantir a inclusão desses alunos em todos os processos que
abrangem o aprendizagem, a cultura, a formação curricular, a socialização e o lazer.
 
2.1.1 A INCLUSÃO DE CRIANÇAS DEFICIENTES AO LAZER

O lazer pode ser interpretado como aquelas atividades com o intuíto de


propiciar a senssação de bem-estar, lazer é, via de regra, interpretado como o
tempo para atividades prazerosas com um sentido de descanso das atividades de
trabalho ou obrigações. A valorização das atividades de lazer para a melhoria da
qualidade de vida ganhou destaque nos últimos anos, no entanto, a população de
pessoas com deficiências tem sido negligênciada pelas autoridades públicas oficiais
e da própria sociedade civil.
A partir da Constituição Federal de 1988 no Brasil, disposições legais e
normativas foram elaboradas, focalizando o lazer priorizando as condições de
acessibilidade para pessoas com deficiência. Hoje, museus, parques e outras áreas
destinadas ao lazer e à cultura têm sido projetados, construídos ou adaptados para
o acesso das pessoas com deficiências e que tenham necessidades especiais, de
modo a diminuir os obstáculos à sua participação e à melhor utilização em situação
de inclusão social. A aprovação do citado Decreto n. 5.296, de 02 de dezembro de
2004, foi uma importante conquista, regulamentando leis de 2000 que dão prioridade
de atendimento a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, além de
estabelecer normas e critérios básicos para a promoção da acessibilidade de tais
pessoas (Brasil, 2004).

2.1.1.1 AS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO DE


CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NAS ATIVIDADES DE LAZER E
APRENDIZAGEM

Entre as disposições da legislação brasileira, o Decreto Federal 3.298/99,


dispõe que a pessoa com deficiência deve ser incluída em todas as iniciativas
governamentais, respeitadas as suas peculiaridades (Decreto 3298/99 | Decreto nº
6

3.298, de 20 de dezembro de 1999). Destacamos que a inclusão social ocorre tanto


na família, na escola, no parque, no trabalho ou em qualquer outra forma de
organização social e ferramentas vêm sedo elaboradas no intuito de promover a
acessibilidade de pessoas com deficiência.
A tecnologias assistiva vem sendo elaborada para promover a autonomia
e desenvolvimento do ser humano, enquanto sujeito dos seus processos, e também
para a construção de uma Escola Inclusiva. A Tecnologia Assistiva, é utilizada como
mediadora, como ferramenta para a equiparação de oportunidades e para a
atividade autônoma da pessoa com deficiência, na sociedade atual (GALVÃO
FILHO, 2009).
A Tecnologia Assistiva engloba produtos, recursos, metodologias,
estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade,
relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e
inclusão social. (CAT, 2007).
Considera-se produtos da Tecnologia Assistiva, desde artefatos simples
como uma colher adaptada ou um lápis com uma empunhadura mais grossa para
facilitar a preensão, até sofisticados sistemas computadorizados, utilizados para
proporcionar uma maior independência, qualidade de vida, autonomia e inclusão
social da pessoa com deficiência (GALVÃO FILHO e DAMASCENO, 2006). O
avanço acelerado dos recursos computacionais apresentam cada vez mais
relevância e são mais acessíveis os recursos de Tecnologia Assistiva relacionados à
área de informática. Por exemplo, o computador utilizado como caderno eletrônico,
para o indivíduo que não consegue escrever no caderno comum de papel,
adaptações de teclado, de mouse, software especiais, etc (GALVÃO FILHO,
HAZARD e REZENDE, 2007, p. 30). Podemos destacar as Adaptações físicas ou
órteses onde aparelhos ou adaptações fixadas e utilizadas no corpo do aluno e que
facilitam a interação do mesmo com o computador, tais avanços representam uma
enorme melhoraria na inclusão de crianças com deficiência nas atividades de lazer e
aprendizagem.
7

3 CONCLUSÃO

A inclusão de pessoas com deficiência no que diz respeito a Educação, o


Lazer e demais setores sociais são dependentes de fatores legais e políticos que
podem tanto favorecer quanto criar e ampliar desvantagens para pessoas com
deficiências. A legislação brasileira, focaliza a necessidades das pessoas com
deficiências. No entanto, não se pode esquecer que muito ainda deve ser feito no
que tange a inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiências.
As possibilidades tecnológicas, como a Tecnologia Assistida, a qual
viabiliza diferentes alternativas e concepções pedagógicas, para além de
ferramentas ou suportes para a realização de tarefas, se constituem elas mesmas
em realidades que configuram novos ambientes de construção e produção de
conhecimentos, que geram e ampliam os processos de aprendizagem, socialização
e lazer de pessoas com deficiência.
A educação, a cultura e o lazer constituem, espaços estruturados com
fundamental poder de mediação na consolidação da inclusão social da pessoa com
deficiência, e portanto, inclusão social implica participação ativa no grupo social
pautada no respeito à diversidade individual e à pluralidade cultural.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Diretrizes Operacionais para


o atendimento educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação
Especial. Parecer CNE/CEB nº 12/2009. Brasília, DF: Ministério da Educação, 3 jun. 2009.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/pceb013_09_homolog.pdf Acesso em: 06 jun.
2020.

BRASIL. Decreto nº 3298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a lei nº 7.853, de 24 de outubro


de 1989, dispõe sobre a política nacional para integração da pessoa portadora de deficiência,
consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1,
Brasília, DF, 21 dez. 1999. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm>.
Acesso em: 06 jun. 2020.

BRASIL. Decreto nº 6571, de 17 de setembro de 2008. dispõe sobre o atendimento educacional


especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
e acrescenta dispositivo ao decreto n° 6.253, de 13 de novembro de 2007.  Diário Oficial da União:
seção 1, Brasília, DF, 18 set. 2008. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/decreto/d6571.htm>. Acesso em: 06 jun. 2020.

BRASIL. Decreto no. 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.148, de 8 de
novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de
dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 3 dez. 2004. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/decreto%205296-2004.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2020.

BRASIL. Estatuto da Pessoa com Deficiência - 3. ed. - Brasília: Senado Federal, Coordenação de
Edições Técnicas, 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm . Acesso em Acesso em: 06 jun. 2020.

BRASIL. Lei nº 13146, de 6 de julho de 2015. INSTITUI A LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO DA


PESSOA COM DEFICIÊNCIA (ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA). Diário Oficial da
União: seção 1, Brasília, DF, ano 127, 7 jul. 2015. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 06 jun. 2020.
Brasil. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2008.
Ministério da Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf.
Acesso em: 06 jun. 2020.

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http://www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/corde/Comitê%20de%20Ajudas%20Técnicas/Ata
_VII_Reunião_do_Comite_de_Ajudas_Técnicas.doc> Acesso em: 06 jun. 2020.

GALVÃO FILHO, T. A. Tecnologia Assistiva para uma Escola Inclusiva: apropriação, demandas
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GALVÃO FILHO, T. Tecnologia Assistiva: favorecendo o desenvolvimento e a aprendizagem em


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9

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SEESP/ SEED/ MEC. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: A Escola Comum
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SEESP/ SEED/ MEC. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: O Atendimento


Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Intelectual, Fascículo II, Brasília, 2010.

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