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MATRIZ CURRICULAR NA VISÃO DO DESENHO UNIVERSAL DE

APRENDIZA
1- Definições e Terminologia

Apresentaremos algumas definições importantes para explanação


desta disciplina:

 Matriz curricular.
 Currículo.
 Desenho Universal de Aprendizagem.

Trataremos das modificações e também das histórias sociais de


mudança educacional.

A nossa aula inicialmente vai tratar das definições e terminologias


por meio de mapas conceituais1, conforme figura. Temos a
representação da definição de matriz curricular, que aponta que
temos a centralização no aluno, a forma como ele precisa ser
motivado e ter participação ativa no seu processo de aprendizagem,
bem como a estruturação curricular da Educação Infantil em seus
princípios, que vai influenciar esse processo.
A matriz curricular veio dar respostas aos gestores e equipes de
educação para reformulação nas estruturas de organização de
disciplinas que possibilitem aos alunos interesse, motivação e
participação mais significativa no processo educacional.

Tradicionalmente, os cursos sempre visavam à continuidade da


seriação, acarretando assim resultados poucos significativos e
evasão escolar. Com a nova visão de matriz curricular, novas
perspectivas surgiram, por exemplo, o ensino por módulos.

Também ao professor permite a organização para se alcançar a


aprendizagem e a realização dos conteúdos organizados por
módulos por meio de projetos específicos. Sendo assim, o aluno tem
mais participação e experiências reais.
Currículo

A palavra currículo tem alguns significados. O termo vem do grego e


quer dizer uma rota, um caminho. Nesse sentido, muitas vezes é
discutido como o que se refere a um conjunto de competências
básicas, objetivos, conteúdos, critérios metodológicos e de avaliação
do que os alunos devem alcançar em um determinado nível
educativo.

De modo geral, o currículo responde às perguntas: o que ensinar?


Quando ensinar? O que, como e quando avaliar? O currículo, no
sentido educacional, é o projeto que permite planificar as atividades.
Fig. 3 - Mapa Conceitual do desenho universal de aprendizagem

Assim, o desenho universal para aprendizagem tem os seguintes


princípios: individualidade (ver o aluno nas suas necessidades e
habilidades), equidade (todos têm o mesmo direito), estilos de
aprendizagem (oportunidades de diferentes maneiras para aprender,
levando em consideração os canais sensoriais de cada aluno),
direitos (ter todos os recursos ou apoios e adequações necessárias
para aprender), respeito (toda comunidade escolar deve estar
envolvida com o processo de aprendizagem de todos os alunos).

Leva a uma visão diferenciada do que ocorre atualmente nas


unidades escolares, bem como dos recursos que estão disponivies.

A abordagem do DUA leva em consideração o processo do aprender


da pessoa com vistas às redes de conexões para essa
aprendizagem: de conhecimento (o que vamos aprender),
estratégica (de que forma, o “como”) e afetiva (o que faço com o que
aprendo, por quê).
Objetivo do DUA

O objetivo principal do DUA é favorecer a aprendizagem. Para tanto,


o professor vai utilizar de todas as estratégias que permitam aos
alunos experimentar todos os recursos acessíveis e tecnologia
assistiva para alcançar os propósitos da atividade. Dessa forma, o
professor precisa ter em consideração alguns tópicos para alcançar
as metas de aprendizagem:

1. Identificar o curso. Aqui, no que se refere à Educação Infantil, como


é a estruturação.

2. Definir o universo, ter em consideração a diversidade.

3. Envolver os alunos, saber os estilos de aprendizagem.

4. Ter estratégias de ensino, mantendo como prática as diretrizes do


DUA.

5. Aplicar estratégias de ensino, avaliações e organização de novas


estratégias.

6. Plano para acomodações: ver de que forma pode ocorrer o


currículo (sobreposto, modificado e alinhado).

7. Avaliar, acompanhar a eficácia das estratégias por meio de


observação e retroalimentação dos alunos.

As práticas e os princípios do DUA desenvolvido pelo Centro


de Design Universal, nos Estados Unidos, visam incentivar o
desenvolvimento de produtos e ambientes que promovem a:

 Utilização equitativa (todos podem utilizar).


 Flexibilidade no uso (levar em consideração os estilos de
aprendizagem e as possibilidades de cada um).
 Utilização simples e intuitiva (tecnologia assistiva de baixo
custo).
 Informação perceptível (considerar o canal sensorial para
entrada de informações).
 Tolerância para o erro (permitir a reorganização de maneira
diferenciada e o uso de equipamentos para construção do
conceito).
 Baixo esforço físico (ergonomia e acessibilidade nos materiais
e equipamentos de tecnologia assistiva).
 Tamanho e espaço para aproximação e utilização (favorecer os
recusos visuais e físicos).
 O conceito mais específico do Desenho Universal para a
Aprendizagem (DUA) tem alguns aspectos que se destacam
para favorecer a organização das estratégias: (1) percepção,
(2) linguagem, (3) expressões e simbolismo, (4) a
compreensão; (5) ação física; (6) habilidades expressivas,
comunicação; (7) funções executivas, (8) autorregulação.
 As práticas pedagógicas que estão de acordo com os princípios
do DUA têm como ator principal o professor. É ele quem vai ter
claro como organizar as atividades de acordo com os princípios
do DUA, respeitando principalmente os alunos que ali estão. A
figura 4 expõe sobre o papel do professor e os princípios do
DUA.

 Fig. 4 - O Papel do professor baseado nos princípios do DUA


 *Ensino colaborativo ou coensino: atuação de um professor de educação especial e um educador de ensino comum na
divisão da responsabilidade de planejar, instruir e avalaiar a instrução a um grupo heterogêneo de estudantes. GRAMANI
(2012)

Tecnologia e o Design Universal de Aprendizagem

 Vamos retomar os conceitos de tecnologia assistiva e recursos


acessíveis.

 Recursos Acessíveis
Os recursos podem ser considerados ajudas, apoio e também
meios utilizados para alcançar um determinado objetivo; suas
ações, práticas educacionais ou material didático projetado
para propiciar a participação autônoma do aluno com
deficiência no seu percurso escolar (BERSCH; SARTORETTO,
2010).

 Tecnologia Assistiva

Tecnologia Assistiva (TA) é uma área do conhecimento, de


característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam
promover a funcionalidade, relacionada à atividade e
participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência,
qualidade de vida e inclusão social (BRASIL, 2007).

Tecnologia e o Design Universal de Aprendizagem


Parte 11 de 11

Quando nos referimos a tecnologia assistiva e desenho universal de


aprendizagem, vale lembrar o que já vimos na disciplina de recursos
acessíveis de baixo custo. Hoje, alunos que estão sendo inseridos no
processo de inclusão necessitam de tecnologia assistiva de baixo e
de alto custo também. Entram na primeira categoria as próteses,
como óculos e aparelhos auditivos, e as órteses, como produtos
ortopédicos. Na segunda, estão os computadores com software de
leitor de tela, como Jaws, Virtual Vision e Vox, ou até atualidades
que surgem nas feiras de tecnologia assistiva.

Hoje com os programas de educação inclusiva, o Governo Federal


disponibiliza as salas multifuncionais dos modelos 1 e 2, sendo que
o modelo 2 visa atender aos alunos que apresentam baixa visão e
cegueira, por isso recebem o CCTV Tecnologia Assistiva de
ampliação de texto e possibilidade de alteração de contraste para
facilitar a leitura.

Os recursos de baixo custo incluem as bengalas longas, utilizadas


por pessoas com deficiência visual, baixa visão ou surdocegueira, e
as cadeiras de rodas para alunos com deficiência física (paraplegia)
e/ou deficiência neuromotora (paralisia cerebral e algumas doenças
e síndromes degenarativas).

Temos o uso da tecnologia assistiva no design universal quando nos


referimos às questões de acessibilidade comunicacional,
arquitetônica e atitudinal, com os quais o profissional favorece aos
alunos todos os recursos para acesso à aprendizagem, inclusive as
questões de ergonomia para facilitar o acesso de pessoas com
deficiência física ou mobilidade reduzida, obesidade e o fator idade.

O design universal para aprendizagem é um tema novo e,


principalmente no Brasil, ainda faltam estudo e discussões sobre o
que isso constitui em educação. Também é preciso diferenciação de
outras abordagens que atendam às diferenças individuais e às
necessidades das pessoas com deficiência.

ara os profissionais do Brasil, ainda há necessidade da realização de


cursos de formação continuada para entender o que é o desenho
universal em educação e a tecnologia assistiva. Como são
abordagens que dependem significativamente da tecnologia
moderna, o país ainda não disponibiliza recursos que atendam a
todas as deficiências, tendo um grande número para deficiência
física e neuromotora e deficiência visual, enquanto deficiência
intelectual, deficiência auditiva/surdez, surdocegueira e deficiência
múltipla estão no inicio de pesquisas e organização de atenção.

Na abordagem do design universal, particularmente na área da


educação, os objetivos são semelhantes aos da educação inclusiva,
ou seja, ampliar o acesso, a participação e o progresso de alunos
com deficiência nas escolas das redes municipal e estadual.

O design universal visa criar produtos para favorecer e apoiar


indivíduos com diferentes habilidades e também para as pessoas
com deficiência. Ele permite aos professores e administradores
aprender como organizar os currículos e ambientes de maneira a
motivar os alunos. O foco do DUA é o ambiente de aprendizagem, e
sua finalidade é identificar o potencial e as barreiras de
aprendizagem.

A tecnologia assistiva e o desenho universal de aprendizagem


dependem da tecnologia mais atualizada para melhorar a educação
dos alunos com deficiência. As ferramentas de tecnologia utilizadas
hoje estão permitindo o acesso e a informação de vários alunos com
severas deficiências nas atividades educacionais, sociais e lazer. Na
educação inclusiva, a tecnologia assistiva é utilizada para cada aluno
e visa apoiá-lo na superação de suas barreiras e principalmente na
adequação curricular e no ambiente.

O design universal de aprendizagem e a tecnologia assitiva têm


como objetivo o currículo em si, isto é, a tecnologia é usada para
criar currículo e ambientes.

Alguns teóricos definem que há um número de segmentos


diferentes nos processos de mudança educacional: interno, externo
e pessoal.

Os agentes de mudança interna operam no ambiente escolar para


iniciar e promover a alteração em uma estrutura externa de apoio e
patrocínio; a mudança externa é administrada de cima para baixo,
como é o caso da introdução de diretrizes do Currículo Nacional ou
dos novos sistemas estatais; a mudança pessoal refere-se às
crenças e missões pessoais que indivíduos trazem para o processo
de mudança.

Como Sheehy (1981 apud SILVA, 2008), que argumentou que a


aceitação da mudança só ocorre com uma mudança interior nas
crenças e planos das pessoas.

Na situação atual, nosso modelo de mudança, reformulado, começa


a adotar a seguinte forma:

1. A formulação de mudança.
2. A promoção da mudança
3. A legislação da mudança.
4. O estabelecimento da mudança.

Essa visão parte do pressuposto de que os interesses institucionais e


os individuais são os mesmos. Por exemplo, a obra clássica de Hall e
Hord Change in schools: facilitating the process (Facilitando o
processo de mudança nas escolas, 1987) inclui uma preocupação
com o terreno pessoal dos projetos individuais das pessoas, porém
dentro de uma preocupação com inovação institucional (BOVE,
2011). Eles listam os seguintes “estágios de interesses” sobre
inovação:

 Informacional: uma consciência geral da inovação e interesse


em aprender detalhes sobre ela são indicados. A pessoa
parece não estar preocupada consigo mesma em relação à
inovação. Ela está interessada nos aspectos substantivos da
inovação de uma maneira altruísta, querendo saber mais
sobre características gerais, efeitos e requisitos para seu uso.
 Pessoal: o indivíduo está inseguro sobre as exigências da
inovação, sua incapacidade de satisfazer aquelas exigências e
seu papel com relação à estrutura de recompensa da
organização, o processo decisório e a consideração de
conflitos potenciais com estruturas existentes ou
comprometimento pessoal. Implicações financeiras ou
de status do programa para o próprio indivíduo e seus colegas
também podem ser alvo de reflexão.
 Gerenciamento: a atenção concentra-se nos processos e
tarefas relacionados com o uso da inovação e também com o
melhor uso da informação e dos recursos. Questões
relacionadas com as exigências de eficiência, organização,
administração, cronologia e tempo são as mais importantes.
 Consequência: a atenção concentra-se no impacto que a
inovação terá para os alunos e sua esfera de influência
imediata. O foco é sobre a relevância da inovação para ele, a
avaliação dos seus resultados, inclusive desempenho e
aptidões, e mudanças necessárias para melhorar os
resultados.
 Colaboração: a atenção volta-se para coordenação e
cooperação com os demais com referência ao uso da
inovação.
 Refocalização: a atenção volta-se para a exploração de
benefícios mais universais da inovação, inclusive a
possibilidade de mudanças importantes ou substituição por
uma alternativa mais poderosa. O indivíduo tem ideias
definitivas sobre alternativas a ser propostas ou sobre a forma
existente da inovação (HALL & HORD, 1987, p. 60, fig.
2 apud BOVE, 2011).
Por isso, é importante e apropriado dar à mudança pessoal um lugar
prioritário na análise. Isso vira de cabeça para baixo as teorias de
mudança mais orientadas para as instituições.

Enquanto essas teorias procuram saber como conseguir que as


pessoas mudem as instituições, o foco deveria ser, ao contrário,
sobre como as pessoas mudam internamente e sobre como aquela
mudança pessoal então termina como mudança institucional.

A cadeia de mudança em questões pessoais segue uma sequência


comum:

Fases do processo criativo Fases de uma passagem bem-sucedida

Preparação Antecipação

Captando impressões e imagens Imaginando-nos na próxima fase da vida

Incubação Separação e incubação

Desfazer-se das certezas Desfazer-se de uma identidade ultrapassada

Imersão e iluminação Expansão

Revisão Incorporação

Estruturação consciente e revisão de material Reflexão sobre nossos novos aspectos e sua
criativo integração

Uma pausa criativa para o reabastecimento do


Hibernação
eu

Descoberta do ambiente natural e sociocultural

A Criança e seu Ambiente

O que entendemos por ambiente?

Em geral, como o conjunto de elementos, fatores, fenômenos e


acontecimentos de naturezas diversas que configuram o contexto no
qual se desenvolve a existência de um ser ou de uma comunidade.

Nesse sentido, ao falar do ambiente em relação às crianças menores


de seis anos, deveremos fazer referência aos ambientes nos quais
elas se desenvolvem (familiar, escolar, rural, urbano, suburbano), às
condições que incidem sobre eles, aos elementos que os constituem
e aos acontecimentos que ali transcorrem.
São coisas que, irremediavelmente, condicionam, determinam e
transformam, ao mesmo tempo, cada contexto.

Assim, ao falar do ambiente dos menores, devemos levar em conta:

 Os espaços onde desenvolvem sua atividade: casa, escola,


praça, rua, parque, bairro.
 Os elementos que esses espaços incluem: pessoas, animais,
plantas, seres inertes, objetos, instrumentos, fenômeno
naturais.
 As relações que se estabelecem entre esses elementos:
cooperação, intercâmbio, participação, passividade, afeto,
confiança, segurança, temor.
 As condições que cada contexto inclui: umidade,
luminosidade, densidade, limpeza, ventilação, ruído,
temperatura.
 Os acontecimentos que aí transcorrem e aqueles que incidem
direta ou indiretamente nos protagonistas que participam
deles: um brinquedo que se quebra, o nascimento de um
irmão, a doença de um pássaro.

O que o conhecimento do ambiente proporciona ao processo de


desenvolvimento e aprendizagem das crianças:

 Pelo desenvolvimento alcançado em nível de manipulação, de


práxis, perceptivo, de imitação, intelectual, linguístico,
emocional, afetivo, relacional, criativo.
 Pelas fontes de informação a que têm acesso e podem
recorrer, da seguinte forma: orais, escritas, gráficas, visuais.
 Pela variedade de seu repertório mental: capacidade
simbólica, processamento da informação, quantidade de
noções e conceitos assimilados, capacidade de estabelecer
relações entre as diferentes noções de organização da
atividade, de reflexão sobre a realidade, de estabelecer
relações entre causa e efeito, entre meios e fins.
 Pela concepção particular de mundo a que submetem suas
estruturas de assimilação em cada momento de sua evolução.
Nessa idade, o sincretismo, a justaposição, a centralidade
muitas vezes geram interpretações da realidade diferentes
daquelas do adulto. Estão impregnadas de concepções
realistas, animistas e artificialistas.
 Pela variedade e composição dos grupos humanos, dos
contextos (espaços, objetos, condições, materiais etc.) a que
têm acesso.
 Pela maneira como se sentem estimuladas a participar:
autônoma, cooperativa, unidirecional, hierárquica, restritiva,
proibitiva, incitadora, sugestiva.
 Pela pluralidade ou unicidade de atividades propostas, assim
como pela natureza delas: de memorização, de manipulação,
simbólicas, expressivas, repetitivas, funcionais, significativas,
de indagação, observação, experimentação, associativas,
reflexivas, lúdicas.

Importante lembrar desses aspectos que a Educação Infantil é a


base para o desenvolvimento da criança, e também que o professor,
com a visão do Desenho Universal de Aprendizagem, terá que estar
atento para a organização do planejamento.

Interação
A interação da criança com objetos de seu ambiente e com outros
semelhantes de sua espécie (crianças e adultos) é essencial para
facilitar seu desenvolvimento integral.

Ao interagir com objetos e elementos do ambiente, capta e


incorpora noções relacionadas às suas qualidades físicas, suas
propriedades, suas características morfológicas e funcionais, as
relações que se estabelecem entre eles e suas associações a
experiências passadas e presentes, adquirindo um significado
especial para ela.

A participação de outros indivíduos nas diferentes atividades facilita


o contato com outras maneiras de fazer, de captar a informação,
com habilidades diferentes, com formas de atuar variadas, com
informações que incitam a confrontar as suas com as dos demais.

Significação

 Para que as aprendizagens realizadas pela criança em relação


à descoberta do ambiente sejam significativas, devemos
propiciar situações e experiências capazes de estabelecer
vínculos significativos entre os novos conteúdos a incorporar e
os que a criança já possui.
 Como assinala Coll (1986 apud AMARAL, 2001), para que a
aprendizagem seja significativa, devem cumprir-se pelo menos
duas condições: que os conteúdos de aprendizagem sejam
potencialmente significativos, isto é, que não sejam arbitrários
nem confusos, e que na estrutura cognitiva do aluno existam
elementos com os quais possa estabelecer relações.
 O aluno deve estar motivado a relacionar o que aprende com
o que já sabe.

Ao falar dos conteúdos relativos ao conhecimento do ambiente,


deixamos claro que nos referíamos tanto a noções e conceitos que a
criança assimila quanto a procedimentos, estratégias e habilidades
necessárias para incorporá-los e a atitudes, valores e normas que
estas incluem.

 Indagar acerca das peculiaridades de cada criança:


desenvolvimento alcançado, habilidades adquiridas,
conhecimentos assimilados.
 Determinar claramente os conteúdos de aprendizagem com
base em suas peculiaridades, assim como na maneira de
relacioná-los àqueles que já possuem.
 Detectar expectativas, interesses e motivações que estimulem
sua aprendizagem.
 Proporcionar os recursos e as ajudas necessários, mediante
experiências variadas, que permitam a cada criança avançar
em seu próprio ritmo e dentro de suas possibilidades,
tendendo a ampliar o campo de experiência pessoal.

Funcionalidade

A relevância das aprendizagens também está relacionada à sua


funcionalidade, de forma que se possa utilizar em outras situações
os conhecimentos adquiridos (noções, conceitos, habilidades,
atitudes).

Assim, por exemplo, as noções integradas em uma resposta em


relação às qualidades percebidas em determinado elemento devem
poder ser identificadas também em outro. Mediante o
desenvolvimento adquirido quanto à sua capacidade de observação
realizada em nível sistemático, deve-se manifestar maior agilidade
ao efetuá-la em nível espontâneo.

Por exemplo, saber aplicar o procedimento de observação adotado


para analisar as características de uma planta à observação dos
animais.

Quanto mais significativas forem as aprendizagens, maior será sua


funcionalidade e sua aplicação às novas situações. Por isso, na
metodologia utilizada para a descoberta do ambiente, devemos
incentivar os alunos a aplicar as aprendizagens incorporadas a
outras situações.

A Importância da Matriz Curricular na Formação e nas


Competências na Educação Infantil

Currículo e Competências

Quando falamos em educação, muitas vezes os familiares pensam


somente de que maneira vai ser mais rápido o processo de leitura e
escrita de seus filhos, principalmente quando estão na Educação
Infantil. O que realmente representa a educação é um movimento
no qual tanto homens como mulheres conseguem se apropriar
culturalmente das raízes do local onde residem, estabelecendo com
ela uma identidade, uma proximidade, que os leva a tornarem-se
iguais.

O currículo é um dos elementos da cultura escolar que mais tem se


incorporado à racionalidade dominante na sociedade do capitalismo
tardio. Competência refere-se ao “conhecimento da língua por arte
do falante-ouvinte”’ e desempenho, ao “uso efetivo da língua em
situações concretas’’ (CHOMSKY, 1985, p. 229 apud SEMEGHINI;
SIQUEIRA, 2007).

A competência não é um estado:

É um processo. Se a competência fosse um saber-agir, como isto


funcionaria? O operador competente é aquele que é capaz de
mobilizar, de executar de maneira eficaz as diferentes funções de
um sistema em que intervêm recursos tão diversos quanto às
operações de raciocínio, os conhecimentos, os acionamentos da
memória, as avaliações, as capacidades de relacionamento ou de
esquemas comportamentais. Essa alquimia permanece ainda
amplamente como uma terra incógnita (LE
BOTERF apudPERRENOUD, 2002).

A noção de competências envolve, portanto, os dois processos


mencionados: a transferência de conhecimento e a mobilização de
recursos. A competência é a expressão externa dos recursos de que
se dispõe e está relacionada à ação, ou, dito de outro modo, é uma
construção social que conduz a uma dimensão subjetiva
(mobilização de saberes e de recursos) e uma dimensão social
(ação, desempenho, performance).

Os Pais e o DUA

Os pais nem sempre têm controle sobre qual currículo é usado


na sala de aula de seus filhos. Eles podem, entretanto, tomar
atitudes para ajudar a promover o DUA na escola.

Eles podem perguntar aos professores de seus filhos se são


familiares ao conceito de DUA. Eles podem se assegurar que o
Programa de Educação Individualizado (PEI) inclua objetivos
relacionados que irão dar à sua criança o mesmo acesso ao
currículo do que outros estudantes.

Os pais também podem também perguntar para a direção da


escola ou departamento estadual de ensino sobre políticas que
promovem o DUA. Eles podem perguntar por políticas que
requerem novos livros-texto e currículos a serem acessíveis para
estudantes com deficiências.

DUA ajuda a todos os alunos, com ou sem deficiências, a


acessarem, participarem, e progredirem no currículo geral. Ao
embutir alternativas e flexibilidade no currículo, os estudantes
são capazes de aprender e de mostrar seus conhecimentos numa
variedade de maneiras que combinam com seus estilos únicos de
aprendizado.

O UDL remove barreiras desnecessárias de forma que os


estudantes ficam mais capazes de atingir seu completo potencial
(GODFREY, 2006).
A Inclusão no Ensino Regular de Alunos com
Deficiências

A primeira consideração a fazer neste tópico refere-se à dúvida


conceitual em relação aos termos educação inclusiva e educação
especial. A educação inclusiva tem sido entendida, com certa
frequência, por muitos educadores, como o conjunto de ações e
procedimentos voltados para participação de alunos com
deficiências em escolas regulares. No entanto, não é esse o sentido
que tem sido convencionado na terminologia do campo educacional.
Por essa razão, a discussão sobre a inclusão de pessoas com
deficiência na escola deve ser iniciada pela definição de educação
inclusiva, já que a legislação define com clareza o que é a educação
especial.

A educação inclusiva, na acepção dos especialistas, é aquela em que


todas as pessoas têm o mesmo direito ao acesso às instituições de
ensino, portanto, à apropriação da ciência e da cultura, ao
desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, à formação da
cidadania, do senso estético, da moral, independentemente de suas
diferenças. Trata-se, antes de tudo, do direito universal de todos
serem colocados em condições de compartilhar de uma
escolarização que capacite para a vida profissional, social, cultural,
política, implicando uma alta qualidade cognitiva e operativa das
aprendizagens, considerando diferenças de origem social, cultura,
de etnia, sexo, religião, físicas, psicológicas.

Nesse sentido, a educação inclusiva abrange a educação especial,


embora não possa ser confundida com ela. A recusa a todas as
formas de exclusão, mediante a inclusão escolar, impõe, portanto,
aos sistemas de ensino a responsabilidade de enfrentar e atender
aos desafios da igualdade e da diversidade em relação a todas as
pessoas portadoras de necessidades especiais, que têm o direito de
estar inseridas na sociedade, de receber todos os cuidados sociais,
médicos, psicológicos de que necessitem, de terem uma vida digna
e satisfatória.

São garantias pelas quais essas pessoas podem ter assegurado o


direito de serem reconhecidas em suas diferenças, em suas
limitações, e de usufruírem de ações eficazes que lhes possibilitem
inserir-se na sociedade. Não obstante, é preciso reconhecer que
uma pessoa com deficiência que frequenta a escola é um “aluno
com direitos”, cujo atendimento requer condições específicas,
preparo de professores, atendimento especializado, conforme as
limitações físicas, sensoriais ou intelectuais que tenha. Ou seja, a
educação inclusiva inclui o atendimento aos alunos em situações
educativas especiais, entretanto, não necessariamente nos mesmos
espaços físicos.

Há, assim, sérias implicações para a gestão das escolas o


entendimento da educação inclusiva como apenas a integração de
alunos com necessidades especiais nas escolas regulares. Uma
compreensão mais ampliada desse conceito leva a buscar outras
formas de atendimento dos alunos especiais. Com efeito, as escolas
têm uma tarefa muito clara, que é a transmissão e a construção da
cultura, da ciência, da arte, a preparação dos alunos para o
trabalho, para a cidadania, para a vida cultural, para a vida moral
etc. Nesse sentido, a educação escolar consiste em promover
mudanças qualitativas no desenvolvimento e na aprendizagem.

A aprendizagem escolar, como se sabe, tem suas especificidades,


requer determinadas condições e exigências tanto dos alunos como
dos professores, sob o risco de comprometer o que a escola se
propõe a fazer. Se acreditarmos que o objetivo mais democrático da
escola é prover a todos sólida aprendizagem e os meios cognitivos e
instrumentais para compreender a realidade e atuar nela de modo
crítico e criativo, é preciso saber que condições sociais, físicas,
cognitivas, afetivas, psicológicas, pedagógicas são necessárias para
isso.

A Inclusão no Ensino Regular de Alunos com


Deficiências

Aprender implica uma relação com o saber, atingindo o melhor nível


possível de desenvolvimento das capacidades de pensar, raciocinar,
resolver problemas, que supõem determinados requisitos.

Os especialistas no campo da aprendizagem sabem, todavia, que há


crianças e jovens com comprometimentos físicos, neurológicos,
intelectuais que apresentam necessidades de estratégias para
chegar à aprendizagem, as quais são diferentes e individuais.

Não que não devam ou não possam aprender coisas, mas sim que
precisam de flexibilização e às vezes de adequações para atingir
significados e também para compartilhar aprendizagens escolares
comuns.

Exigir nas avaliações os mesmo critérios para todos, sem ter


consideração de diferentes pontos de partida, é fator de exclusão.

Em razão disso, a melhor política de inclusão para as crianças e


jovens com deficiências, nas condições atuais do ensino, é oferecer-
lhes atenções especiais,

atendimento especial com trabalho de professores em ensino


colaborativo e educadores qualificados para atender várias
necessidades dos alunos, com possibilidade de atendimento
individualizado ou em turmas pequenas no Atendimento Educacional
Especializado - AEE, programa do governo sob responsabilidade do
Poder Público, ou em instituições especializadas.

É claro que alunos com certas deficiências, como a auditiva e a


visual, podem frequentar escolas regulares. Talvez isso seja até
desejável, mas algumas escolas devem ser selecionadas para isso
em função da necessidade de número menor de crianças na sala, de
formação específica para os professores etc. Seja como for, não é
justo que políticas globais de atendimento às diferenças resolvam
jogar para escolas e professores responsabilidades que são da
sociedade como um todo.

Então, não se poderia decretar uma educação inclusiva generalizada


em que não se distinguem tipos de diversidades ou desigualdades e
não se pergunta se a escola e os professores do ensino regular dão
conta de fazer isso com a competência necessária.

Parte 12 de 21
A Flexibilidade da Avaliação de Aprendizagem

A estratégia de substituição das séries pelos ciclos de escolarização


está ligada diretamente à avaliação da aprendizagem, que tem por
detrás a questão do fracasso escolar.

Para os planejadores e gestores do sistema de ensino e para os


legisladores, trata-se de minimizar o impacto do fracasso escolar,
especialmente reduzindo os índices de repetência e de abandono.
Para isso, é estratégico romper com a seriação, flexibilizar as
práticas de avaliação e adotar mudanças pedagógicas.

A melhor forma de evitar a exclusão é assegurar condições físicas,


materiais, pedagógicas e psicológicas para uma efetiva
aprendizagem, assim como professores profissionalmente bem
formados.

O critério de qualidade das aprendizagens não pode ser,


prioritariamente, respeitar o ritmo dos alunos, mas saber que
qualidades humanas, sociais e cognitivas são esperadas dos que
saem da escola e entender o que é preciso fazer para conseguir isso
para todos.

Sendo assim, a tarefa das escolas fica muito clara: assegurar as


condições para que a aprendizagem escolar torne-se mais eficaz,
mais sólida, mais consolidada como ferramenta para as pessoas
lidarem com a vida.

Seguem algumas sugestões de instrumentos que possibilitam o


acompanhamento e registro dos trabalhos com os alunos visando a
uma avaliação mais fidedigna do desenvolvimento deles e do
processo de inclusão de alunos com deficiência na Educação
Infantil, além de orientações aos professores para organizaram de
estratégias de ensino.

Orientações de comportamento para desenvolver a comunicação, segundo Maia (2004), com crianças e
jovens com deficiências

Comportamento
O que fazer Por que fazer Como fazer
a ser realizado

Respeitar as Observe a criança Demonstra respeito - Chame a criança pelo seu


características da pelas próprio nome.
criança. características da
criança - Identifique-se sempre
quando se dirigir a ela, por
meio de um objeto pessoal
que é de seu uso diário (por
ex. anel, chaveiro, pulseira
etc.). Pode ser utilizado
também associando como
referência ao objeto
escolhido o cheiro do
perfume utilizado por
pessoas como a mãe ou
outras que convivem com
ela em casa e a professora.

- Posicione-se fisicamente
de forma que a criança
possa ter facilmente
acessibilidade, isto é, a
criança pode aproveitar
seus resíduos visuais ou
auditivos, outros sentidos
como tato, olfato etc. e/ou
ter respostas motoras para
contato e interação com as
pessoas e ambiente.

- Estimule os demais
membros da família a
interagir com a criança,
aumentando os parceiros de
comunicação dela.

Respeitar aos - Observar como a Aumenta a - Observe e toque-a com


movimentos da criança expressa as intencionalidade cuidado, percebendo para
criança suas necessidades, seja dos movimentos da onde ela dirige a atenção.
pelos movimentos criança,
corporais, seja favorecendo a - Observe respiração,
dirigindo-se até o local comunicação. tensão muscular,
desejado ou movimentos corporais,
estendendo as mãos. pequenos movimentos das
mãos e olhos e expressão
- Responder de modo facial.
que ela sabia que teve
uma resposta. Por ex.: - Responda imitando, mas
ela balança o corpo não controlando a mão da
para mostrar que quer criança. A mão do adulto
ir até o balanço no deverá estar debaixo da
quintal. Junto com a mão da criança, permitindo
criança, faça o livre acesso para tentar
movimento de pegar ou direcionar a mão
balançar, leve-a até o do adulto ao objeto ou
quintal, coloque sua pessoa desejado.
mão no balanço, faça
novamente o - Fique atenta aos repetidos
movimento de balançar gestos que a criança realiza
e coloque-a para e responda a eles,
balançar. tornando-os comunicativos.

Usar pistas táteis. Toque suavemente no Torna o mundo - Toque no braço da criança
corpo ou na mão da mais previsível e antes de pegá-la no colo.
criança, indicando o não tão surpreso e
que irá fazer. inesperado para - Deixe-a tocar na fralda
criança. seca antes de tirar a fralda
molhada, antecipando que
irá trocá-la.

- Toque no ombro da
criança para lhe dizer que
está ali ou que vai embora.

- Toque no peito ou no
pescoço da criança para
indicar que vai colocar o
babador, antecipando que é
a hora do almoço.

- Construa ambiente seguro


e encorajador de
exploração, por ex., no
quarto ou na sala pode
haver uma caixa de papelão
para guardar os brinquedos.

Facilitar o uso da Criar oportunidades - Dá oportunidade - Imite as ações da criança.


vez (meu turno, para ela interagir com o de aprender sobre
seu turno). adulto e/ou com os as interações - Jogue ou brinque com a
demais membros da naturais de uma criança, com brincadeiras
família. família. de acordo com a sua idade.

- Conhece os - Dê oportunidades de ela


demais membros fazer escolhas.
da família e
promove a - Aproxime-se da criança
igualdade entre os para brincar com ela.
parceiros de
comunicação com a
criança.

- Favorece as
mudanças, sendo
interessante e
agradável para a
criança.

Criar Dê oportunidades para - Dá mais Apresente à criança


oportunidades de a criança poder possibilidades para situações nas quais ela
escolha. escolher o que quer a criança controlar possa ter a iniciativa e
fazer, comer, vestir, o seu mundo. escolher o que quer, por
ver, sentir, com quem meio de diferentes formas
quer ficar ou onde quer - Dá autonomia. de comunicação, por ex:
estar. objetos de referência,
gestos naturais, desenhos,
palavras ou imagens,
durante as atividades de
vida diária.
Tornar a Convidar a criança para Torna possível uma - Use palavras e gestos
linguagem conversar. Pode ser por forma de naturais
acessível. gestos naturais, fala, comunicação e a
objetos de referência aquisição da - Dê ordens simples e
ou outros objetos e linguagem. significativas. Por ex: beba
desenhos. seu leite, pegue a bola.

- Utilize objetos de
referência ou desenho
quando for apropriado à
criança.

Antecipar as - Eleger objetos Dá condições de Por ex: ir ao médico. -


atividades, locais e utilizados na vida diária segurança para a Todas as vezes que a
pessoas. que dão referência aos criança surdocega criança tenha a consulta,
locais, pessoas e saber qual será sua utilize uma mochila, um
atividades, rotina. cartão do médico ou um
caracterizando-os de brinquedo com que ela
acordo com suas gosta para brincar no tempo
funções. de espera, para que a
criança surdocega saiba
diferenciar a ida à consulta
da ida à escola ou do
passeio até a casa dos
parentes, que deverão ter
outros objetos que
identifiquem esses locais ou
pessoas ou atividades.

Motivar a criança a - Criar situações reais. Amplia sua - Antecipe com objeto de
comunicar-se Por ex: ir ao parque comunicação, referência o local ou a
público ou praça para linguagem e pessoa com quem a criança
conhecer o local, ter interação com o vai estar. Leve-a para
contato com pessoas, meio e as pessoas. conhecer,
animais. Ir ao tocando,cheirando olhando
supermercado, ou a quando tiver resíduo visual
outros locais em que ou movimentando para
possa escolher o que explorar o som.
quer comer.
- Deixe-a explorar o
ambiente e/ou a pessoa,
para que possa perguntar
sobre o que está tocando.

- Ofereça sua mão para que


ela possa ter um parceiro
para explorar e conversar.

Comunicar a Utilize todas as formas Favorece a escolha Utilize gesto natural, Libras
criança sobre o de comunicação para da forma de tátil, movimento corporal,
ambiente, pessoas que a mensagem comunicação e a expressão facial, fala ou
e outros. chegue até a criança. desenho e escrita quando a
interação com o criança já estiver em nível
meio e as pessoas. simbólico de comunicação,
para comunicar, explicar o
que será realizado e com
quem.

Confirmar a Mostre para a criança, Favorece a Perguntar à criança por


mensagem por meio das diferentes comunicação e a meio das diferentes formas
comunicada. formas de linguagem da de comunicação o que foi
comunicação, que ela criança para transmitido, quais suas
entendeu a mensagem. entender o dúvidas e o que entendeu
ambiente ao seu da mensagem.
redor e interagir
com as pessoas,
motivando-as a
comunicar-se.

Tabela dos elementos do Desenho Universal de Aprendizagem, segundo Acrey, Johnstone e Milligan
(2005)

Centro Nacional de
Educação Elementos de
Aplicação
Elementos e sala de aula
Resultados

População de teste População de sala Projetar todos os materiais de sala de aula com o
inclusiva de aula inclusiva usuário final (populações estudantis diversas) em
mente.

Construções definidas O mesmo Lembre-se da construção que você está tentando


com precisão ensinar ou de teste. Evite construções irrelevantes,
materiais que podem ensinar ou testar
comportamentos ou informações não objetivados.

Itens não Materiais não Materiais não tendenciosos e acessíveis são aquelas
tendenciosos e tendenciosos e que consideram a diversidade de todos os alunos e
acessíveis. acessíveis. não apresentam material que pode ser ofensivo ou
dar a um grupo uma vantagem sobre o outro.

Passível de O mesmo Mesmo os testes e materiais mais bem projetados


acomodações podem precisar ser ajustados em acomodações.
Evite linguagem ou diagramas que não podem ser
convertidos em Braille, traduzidos ou lidos voz alta.

Procedimentos O mesmo Testes e materiais devem ser claros e


simples, claros e compreensíveis. Os testes são inválidos se os
intuitivos estudantes não conseguem entender o que o
professor espera. Os alunos de entendem de forma
mais clara o que se espera se receberem
frequente feedback.
Máxima legibilidade e O mesmo A linguagem deve ser clara, simples e direta.
compreensibilidade

Legabilidade máxima O mesmo O tamanho da letra deve ser grande e bastante


familiar para os alunos
com dificuldades visuais para ler. O texto
excessivamente ampliado, no entanto, pode causar
dificuldades para alguns leitores. Para esses
leitores, aumentar a margem direita, espaço em
branco em torno do texto, fontes sem serifa e
espaço entre linhas melhoram a legibilidade.

Relação entre os princípios do desenho universal e elementos do desenho universal nas avaliações

Elementos das avaliações no


Princípio do desenho universal
desenho universal

Uso equiparável – desenho universal é útil e Refletida em todos os elementos.


comercializável para pessoas com habilidades diversas.

Uso flexível – desenho universal acomoda uma ampla Especialmente refletida nos
gama de preferências individuais e habilidades. elementos:

 1 (avaliação inclusiva da
população),
 3 (itens acessíveis e não
tendenciosos),
 4 (passível de
acomodações) e
 6 (máximo de legibilidade e
compreensibilidade).

Uso simples e intuitivo – desenho universal é fácil de Especialmente refletida nos


compreender, independentemente de experiência, elementos:
conhecimento, habilidades de linguagem ou corrente nível
de concentração do usuário.  5 (instruções e
procedimentos simples,
claros e intuitivos),
 6 (legibilidade máxima e
compreensibilidade),
 7 (legibilidade máxima).

Informação perceptível – desenho universal comunica a Especialmente refletida nos


informação necessária eficazmente para o utilizador, elementos:
independentemente do ambiente, das condições ou das
habilidades sensoriais do usuário.  4 (passível de
acomodações),
 5 (instruções e
procedimentos simples,
claros e intuitivos), e
 7 (legibilidade máxima).

Tolerância ao erro - projeto pode ser usado eficiente e Refletida nos elementos:
confortavelmente com um mínimo de fadiga.
 2 (construções
precisamente definidas) e
 5 (instruções e
procedimentos simples,
claros e intuitivos).

Esforço físico baixo - projeto pode ser usado de forma Refletida principalmente no
eficiente e confortavelmente com um mínimo de fadiga. elemento

 7 (legibilidade máxima).

Tamanho e espaço para aproximação e utilização – Refletida principalmente nos


tamanho adequado é fornecido para o alcance elementos:
abordagem, manipulação e uso do espaço,
independentemente do tamanho do corpo, postura ou  4 (passível de
mobilidade do usuário. acomodações) e
 7 (legibilidade máxima).

Estratégia do Desenho Universal de Aprendizagem

Texto traduzido e baseado em apostilas cedidas do curso de


Desenho Universal de Aprendizagem, ministrado pela Dra. Maria
Bove, da Universidade de Vermount, em São Paulo, 2011.

O professor, para organizar ambientes e estratégias visando o


desenho universal de aprendizagem, precisa organizar os contextos,
ter orientações que guiem os alunos nas atividades. Para isso
colabora a tecnologia assistiva, como computadores, scanners,
impressora a laser, câmeras digitais, tablets. Essas tecnologias
promovem ao professor possibilidades de criar diferentes materiais e
estratégias que levem ao aluno a aprendizagem.
É fundamental que o professor saiba sobre o uso de tecnologia
assitiva, como também que organize o material de acordo com a
necessidade do aluno e seu estilo de aprendizagem.

O professor, ao organizar as informações de forma estruturada e


consistente, leva em consideração a individualidade de cada aluno,
bem como a estruturação de um design.

Para organizar o layout de uma página, precisamos ter em


consideração os seguintes aspectos:

Estratégia do Desenho Universal de Aprendizagem


Parte 18 de 21

Para alunos com dificuldades de aprendizagem por problemas de


leitura: utilizar papel de transparência sobre a folha para facilitar a
leitura (pode variar de aluno para aluno). Essas cores de acetato
são as que favorecem a atenção visual.

Para alunos que apresentam dificuldade de atenção por apresentar


comportamento de crianças que apresentam síndrome alcólica fetal
e/ou com mães que foram usuárias de droga durante a gravidez. As
cores a ser utilizadas são pastéis.

Blocos
Texto isolado com uma margem (10-20% cinza claro).
Linhas
O professor pode usar linhas para seções separadas do guia de
estudo. Uma linha de meio ponto poderia separar as seções de um
teste que apresentam orientações diferentes.

Marcadores
Chamam atenção para tópicos importantes

Alinhamento

 O alinhamento de informações importantes geralmente retrata


que a margem à esquerda é o ponto de partida.
 Agrupamento por palavra.
 É importante o conjunto de palavras em qualquer contexto.
 Tente evitar uma quebra de linha em grupos de palavras que
os alunos precisam lembrar.
 Controlar as quebras de linha com a estrutura da sentença (e,
se necessário, reduzir o tipo o tamanho dos grupos de
palavras em “1” ponto).

Formato

 Simples.
 Identificar a função dos materiais.

Cor do papel
Para pessoas com baixa visão em virtude de catarata congênita:

Para pessoas com baixa visão por retinose pigmentar:


Para pessoas com baixa visão por deficiência visual de origem
cortical: são as cores que oferecem contraste para dar atenção
visual.

Margens
Uma margem larga à esquerda favorece o espaço para realização de
furos nas páginas e para manter a margem de uma página em
um notebook.

Página e números
O professor deve usar números de página para ajudar a organizar e
sequência de várias páginas dentro de um grupo e também incluir a
data de criação de um documento como um lembrete para si
mesmo.

Tipo

A escolha do tipo é talvez o aspecto mais essencial quando há a


criação de um documento. A fonte padrão para a maioria dos
textos que os adultos leem é uma fonte com serifa. As pequenas
linhas (serifas) associadas às bordas da letra ajudam ao colocar o
texto ao longo de uma linha invisível e colaboram na leitura de
páginas de texto. A maioria dos livros e jornais usam serifa
fontes. Times Roman é uma fonte padrão (ACREY; JOHNSTONE;
MILLIGAN, 2005).

Para pessoas com baixa visão, o melhor tipo é Verdana.


Outras considerações

 Cor

Ao utilizar um tipo de cor, lembre-se de que ela tem valor para


enfatizar palavras ou conceitos. Algumas cores, como verde ou
amarelo, podem ser difíceis de ler e tornar a informação dificil,
então verifique a legibilidade antes de imprimir um conjunto de
materiais de classe. [...]

Use negrito para palavras importantes.

As palavras sublinhadas são mais difíceis de ler. Use negrito ou


itálico em vez disso (ACREY; JOHNSTONE; MILLIGAN, 2005).

 Recursos visuais

Recursos visuais como mapas e tabelas, gráficos, ou de uma figura


ajudam os alunos a estudar e reconhece a relação entre o local e
outros conteúdo de classe. O professor pode digitalizar imagens a
partir do livro (com os créditos do editor), e os alunos podem
recorrer a eles (ou à cor deles), assim o reforço da aprendizagem.

Gráficos adicionais e imagens podem ajudar na aprendizagem.


Em áreas sujeitas em que o conceito de tempo é importante, incluir
uma simples linha do tempo que referencie as relações do tópico a
que o guia de estudo se dirige pode ajudar os alunos a desenvolver
um sentido de tempo (ACREY; JOHNSTONE; MILLIGAN, 2005).

 Plano para uso futuro

Depois de desenvolverum formato funcional, o professor pode salvar


partes essenciais como um modelo e usá-los em guias de estudo
adicionais (ACREY; JOHNSTONE; MILLIGAN, 2005).

 Uso de computadores

Computadores podem ser utilizados na preparação de materiais de


sala de aula, tornando assim o seu uso menos demorado depois que
o professor desenvolve o modelo original.

O iPad é muito rico em aplicativos, favorecendo a baixa visão e


também aos alunos que apresentam dificuldades para leituras, como
também aos alunos que apresentam surdez e deficiência intelectual.
Instrumentos de Registros e Acompanhamentos

São alguns instrumentos que auxiliam os professores para registro e


acompanhamento das atividades planejadas e baseadas no desenho
universal para aprendizagem.

Autoavaliação do Professor - Avaliação Alternativa


Avaliação alternativa: analisando o desempenho do professor. Como
percebo minhas habilidades como professor? Eu tenho o
conhecimento e as habilidades sobre:

 Currículos.
 Inserção de tecnologias nas minhas estratégias educacionais.
 Novos métodos de ensinamento (ex. aprendizado cooperativo,
currículo flexível, centros de interesse, transferências).
 Estudo aprofundado dos assuntos ensinados.
 Avaliação de desempenho do aluno.
 Gerenciamento da sala de aula, incluindo disciplina do aluno.
 Direção às necessidades dos alunos com deficiências severas.
 Outros tópicos:____________________________________
 Quais conhecimentos e habilidades sobre a avaliação
alternativa eu gostaria de desenvolver posteriormente?
 Quais estratégias de desenvolvimento profissionais eu acredito
me ajudariam no desenvolvimento do meu conhecimento e
das minhas habilidades?
 Existem novos papéis e relações que eu gostaria de
desenvolver como professor (conselheiro de parceiro, técnico,
líder de professores)?
 Eu posso ajudar no estabelecimento de uma cultura (iniciar
um grupo de estudo, apresentar seminários, resumir artigos
de jornais) para apoiar o desenvolvimento da avaliação
alternativa na minha escola?
 Quais recursos estão disponíveis por meio de outros
professores, na minha escola ou no meu bairro para me
ajudar a reforçar meu papel como professor?
 Quais recursos poderiam estar disponíveis na minha
comunidade?
 Quais passos de ação eu gostaria de iniciar?

São alguns instrumentos que auxiliam os professores para registro


e acompanhamento das atividades planejadas e baseadas no
desenho universal para aprendizagem.
Autoavaliação do Professor - Avaliação Alternativa
Avaliação alternativa: analisando o desempenho do professor. Como
percebo minhas habilidades como professor? Eu tenho o
conhecimento e as habilidades sobre:

 Currículos.
 Inserção de tecnologias nas minhas estratégias educacionais.
 Novos métodos de ensinamento (ex. aprendizado cooperativo,
currículo flexível, centros de interesse, transferências).
 Estudo aprofundado dos assuntos ensinados.
 Avaliação de desempenho do aluno.
 Gerenciamento da sala de aula, incluindo disciplina do aluno.
 Direção às necessidades dos alunos com deficiências severas.
 Outros tópicos:____________________________________
 Quais conhecimentos e habilidades sobre a avaliação
alternativa eu gostaria de desenvolver posteriormente?
 Quais estratégias de desenvolvimento profissionais eu acredito
me ajudariam no desenvolvimento do meu conhecimento e
das minhas habilidades?
 Existem novos papéis e relações que eu gostaria de
desenvolver como professor (conselheiro de parceiro, técnico,
líder de professores)?
 Eu posso ajudar no estabelecimento de uma cultura (iniciar
um grupo de estudo, apresentar seminários, resumir artigos
de jornais) para apoiar o desenvolvimento da avaliação
alternativa na minha escola?
 Quais recursos estão disponíveis por meio de outros
professores, na minha escola ou no meu bairro para me
ajudar a reforçar meu papel como professor?
 Quais recursos poderiam estar disponíveis na minha
comunidade?
 Quais passos de ação eu gostaria de iniciar?

Parte 11 de 21
Parte 1 de 11

Quais são os comportamentos para desenvolver a comunicação de crianças com deficiência?

Quais são os elementos do desenho universal de aprendizagem?

Quais são os aspectos para organização de estratégias na visão do DUA?

Quais são os elementos do currículo?

Quais são as diretrizes da Educação Infantil?

Quais os aspectos do principio do Desenho Universal?

Qual é o papel do professor no DUA?

Por que o conhecimento do ambiente favorece a aprendizagem?

Porque a interação entre as crianças é importante?

Quais são os estágios de interesses sobre inovação:

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