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UNIVERSIDADE IGUAÇU - UNIG

Alanna Góis, Brenno Henrique, Kauan Felipe, Maria Eduarda Bento,


Nilton Ribeiro Netto, Rayssa Silva, Vinícius Maçana, Vitória Camille
Ferreira, Yuri Reis.

Inclusão de Pessoas com Deficiência:


Cadeirantes

Nova Iguaçu – NI
2022
Alanna Góis, Brenno Henrique, Kauan Felipe, Maria Eduarda Bento,
Nilton Ribeiro Netto, Rayssa Silva, Vinícius Maçana, Vitória Camille
Ferreira, Yuri Reis.

Inclusão de Pessoas com Deficiência:


Cadeirantes

Trabalho solicitado para o projeto de


Direitos Humanos da Universidade Iguaçu
- UNIG

Orientadora: Michelly Brandão

Nova Iguaçu – NI
2022
SUMÁRIO

1. Introdução...................................................................................................4

2. Vida de cadeirantes na sociedade: Dificuldades além da mobilidade.........5

2.1. Preconceito e falta de oportunidades no dia a dia..........................5

2.2. Esperanças para melhorar a vida do cadeirante na sociedade......5

2.3. Capacitismo.....................................................................................7

3. Constituição e Prática no Brasil..................................................................7

3.1. Acessibilidade..................................................................................7

3.2. Educação.........................................................................................8

3.3. Saúde..............................................................................................8

3.4. Transporte.......................................................................................8

3.5. Trabalho..........................................................................................8

3.6. Aposentadoria.................................................................................9

3.7. Eleições...........................................................................................9

4. Como incluí-los na vida social....................................................................9

4.1. Nas escolas:....................................................................................9

4.2. Na área de trabalho:......................................................................10

4.3. Nos transportes públicos:..............................................................11

5. Países que fazem a inclusão de cadeirantes na sociedade......................11

6. Conclusão.................................................................................................13

7. Referências..............................................................................................14
1. Introdução

Nos dias atuais, muito se tem discutido sobre os direitos das pessoas, no
sentido de assegurar a elas o exercício de sua cidadania, mas deveríamos também
discutir sobre os direitos das pessoas com deficiências, pois eles também possuem
os mesmos direitos e devem ter seus exercícios de cidadania asseguradas. No
âmbito escolar, por exemplo, são muito os casos de alunos que estão excluídos do
sistema educacional em decorrência de suas deficiências. Há também aqueles que
estão na escola, mas não possuem o apoio necessário para ter uma educação de
qualidade.

Do ponto de vista de acessibilidade, ainda há muitos desafios que devem


ser enfrentados.

Se a Constituição Federal de 1988, garante que somos todos iguais,


então porque as pessoas que necessitam de cadeiras de rodas para se locomover
ainda sentem dificuldades para estudar, trabalhar e até mesmo ter seus momentos
de lazer?

Partindo desse pressuposto vemos que é necessário um encorajamento


e também levar esta realidade para outras pessoas, para que desse modo
consigamos colaborar na construção pela igualdade e dignidade de todos.
2. Vida de cadeirantes na sociedade: Dificuldades além da mobilidade

2.1. Preconceito e falta de oportunidades no dia a dia

A vida de um cadeirante na sociedade conta com outras limitações, como


o preconceito, a falta de oportunidades, o desrespeito dos que não têm deficiência,
entre outras.

O mercado de trabalho com essas pessoas é, no mínimo, cruel. Por


exemplo: das mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, é irrisório o número
das que estão ativas no mercado de trabalho formal: pouco mais de 403 mil
indivíduos, o que não equivale a 1% dessa parcela da população.

E inserir-se profissionalmente é um desafio que começa ainda na


educação: entre as pessoas com deficiência com 15 anos ou mais, 61,1% não têm
instrução ou possuem o ensino fundamental incompleto, de acordo com o Censo de
2010 do IBGE.

Mas o mercado de trabalho não é o único a ser afetado pelo preconceito,


que está presente em gestos e falas, mesmo quando não são intencionalmente
maldosos.

Quando alguém diz, por exemplo, que um cadeirante que mantém sua
vida em aparente normalidade é um exemplo de superação, está desconsiderando
que aquela pessoa deveria estar incluída na sociedade como qualquer outra,
igualitariamente.

2.2. Esperanças para melhorar a vida do cadeirante na sociedade


Ciente das necessidades dessa população, o Governo implementou a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2005), a fim de
garantir que qualquer pessoa com deficiência física, ou com mobilidade reduzida,
tenha a autonomia de se locomover e conviver em sociedade da melhor maneira
possível.

Embora seja um passo essencial para a garantia de uma vida mais digna
do cadeirante em sociedade, a lei ainda tem suas limitações.

Além dela, existe também a Lei de Cotas (Lei nº 8213/1991), que garante
que 2% das vagas das empresas que têm entre 100 e 200 funcionários sejam
destinadas a beneficiários reabilitados e pessoas com deficiência (essa
porcentagem varia de acordo com o número de funcionários, mas não ultrapassa
5%).

Mas, além das leis, uma forma muito efetiva de aprimorar a vida do
cadeirante na sociedade é fazer mudanças que garantam todas as formas de
acessibilidade no dia a dia. Afinal, uma vez que o cadeirante tenha a sua autonomia
assegurada – em termos de mobilidade, de oportunidade, de ser visto como igual –,
a integração com o resto da sociedade vem mais facilmente.

As cidades têm uma necessidade urgente de se adaptar e um grande


desafio pela frente!

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),


45,6 milhões de pessoas (o que equivale a 23,91% da população brasileira) têm
algum tipo de deficiência.

Mas, mesmo que correspondam a uma parcela considerável da


sociedade, as necessidades desses indivíduos continuam a ser negligenciadas e
desconsideradas: a acessibilidade, por exemplo, permanece como um desafio diário
a ser enfrentado, inclusive em termos de trabalho e lazer.

Ao se falar de acessibilidade, boa parte da população considera apenas


as dificuldades daqueles que têm deficiência física para se deslocar e movimentar,
como calçadas em condições precárias, transporte sem adaptação, ausência de
banheiros adequados e outros problemas de natureza arquitetônica.
Dificilmente se considera, porém, que acessibilidade também diz respeito
a outras dificuldades além da mobilidade.

2.3. Capacitismo

O capacitismo é um preconceito dirigido a qualquer pessoa que apresenta


uma deficiência, seja ela física, intelectual ou sensorial. Como outras formas de
preconceito, ele contribui e atrapalha os direitos e a dignidade humana das pessoas
com deficiência, o que acaba gerando desigualdades e injustiças e a exclusão social
de membros desse grupo.

Segundo o Laboratório de Estudos sobre Processos de Exclusão Social


(LEPES) da Unifor, o capacitismo pode ser expresso por meio de atitudes negativas
e depreciativas, e de comportamentos hostis e discriminatórios dirigidos a qualquer
pessoa que apresenta algum tipo de deficiência. Ele também pode ser manifestado
sob formas que, podem parecer positivas, como a superproteção, a piedade e
elogios exagerados dirigidos a essas pessoas. E também através de “brincadeiras”
que são feitas no dia a dia que as pessoas, por falta de conhecimento, nem
percebem ou imaginam que tais “brincadeiras” se tratam de temos preconceituosos.

3. Constituição e Prática no Brasil

Os direitos da pessoa com deficiência são aqueles previstos na


Constituição Federal e no Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015)
que visam promover a igualdade de direitos e combater a discriminação das
pessoas com deficiência.

Os principais direitos para a pessoa com deficiência são:

3.1. Acessibilidade
Possibilidade de acessar os diferentes espaços com autonomia. Deve
sempre haver:

 vaga reservada e sinalizada para veículos que transportam pessoa com


deficiência nos estacionamentos,
 banheiros acessíveis e sanitários nos espaços públicos abertos e, ao menos,
um banheiro acessível nos edifícios, e
 reserva de 2% da lotação de teatros, cinemas, auditórios, estádios, casas de
show, ginásios de esporte para pessoas com deficiência.

3.2. Educação
Na escola a pessoa com deficiência tem direito a:

 Orientação pedagógica personalizada


 O Universitário com deficiência tem direito a provas adaptadas, com tempo de
realização adicional e os auxílios necessários.

3.3. Saúde
A pessoa com deficiência tem direito:

 À prioridade no tratamento de saúde nas redes pública e particular.


 Ao atendimento domiciliar se não puder ir até o hospital por conta
de doença grave; a receber sem custos próteses e órteses físicas,
auditivas e visuais que suplementem suas limitações;
 Á receber do SUS os medicamentos necessários ao tratamento;
 Ao atendimento pedagógico quando internada por período igual ou
maior que um ano.

3.4. Transporte
Direito ao uso gratuito do transporte coletivo, desde que com a
carteirinha. No transporte coletivo urbano, o acompanhante também viaja de forma
gratuita.

No transporte intermunicipal, que faz viagem de uma cidade para outra,


as empresas de ônibus devem separar dois assentos para viagem das pessoas com
deficiência, de preferência na parte da frente do veículo. Caso não tenha mais
assento disponível, empresa deve oferecer passagem para o horário ou dia
seguinte. Para o transporte gratuito entre estados, a pessoa com deficiência deverá
solicitar a carteira de passe livre.
3.5. Trabalho
O salário e os critérios de admissão do trabalhador com deficiência não
devem ser discriminados em relação ao dos demais trabalhadores, visando a
igualdade de oportunidades.

A pessoa com deficiência não pode ser dispensada da empresa privada


sem justa causa sem que outra pessoa com deficiência seja contratada. (§ 1 do
artigo 93 da lei n° 8.213/1991).

Nas empresas com mais de 100 funcionários, de 2 a 5% das vagas


devem ser reservadas para pessoas com deficiência. E nos concursos públicos deve
haver sempre reserva de vagas para pessoas com deficiência.

3.6. Aposentadoria
para os casos de deficiência grave, o homem deve contribuir por 25 anos
e a mulher por 20,10 anos a menos que a regra geral, para os casos de deficiência
moderada, o homem deve contribuir por 29 anos e a mulher por 24, 6 anos a menos
que a regra geral, para os casos de deficiência leve, o homem deve contribuir por 33
anos e a mulher por 28, 2 anos a menos que a regra geral.

Na aposentadoria por idade, precisa contribuir ao menos por 15 anos e ter


a idade mínima de 65 anos para o homem e 61 anos e 6 meses para mulher.

3.7. Eleições
A pessoa com deficiência que para ela se torne impossível ou
demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, não é obrigada
a votar, segundo o art.6°, inciso l, "a" do Código Eleitoral.

Deve ser solicitado ao juiz eleitoral (vá a um cartório eleitoral) a dispensa


(Resolução do TSE 21.920/2004)

Direito de Habitação:

A lei assegura à pessoa com deficiência o direito de habitar o imóvel


destinado à residência da família na falta dos seus pais, desde que o único bem
imóvel a ser inventariado.

O direito de habitar da pessoa com deficiência não impede que ele


participe da herança
4. Como incluí-los na vida social

4.1. Nas escolas:

A coordenação e os professores precisam conhecer as particularidades


dos alunos portadores de necessidades físicas, pois assim podem se locomover e
aprender melhor, já que tudo estará adaptado. Para isso, é preciso também que haja
modificações nas escolas, como: portas largas, rampas de acesso, cadeiras
adaptadas, mesas acopladas na cadeira de rodas, sanitários espaçosos, entre
outros.

O aluno deverá ficar na primeira fileira ou no centro da sala, para que


possa receber ajuda caso precise, além de facilitar a locomoção.

A professora precisa explicar para os outros alunos sobre as


necessidades físicas do aluno cadeirante, pois com as outras crianças tendo
conhecimento, evita a discriminação, que pode ocorrer pela falta de entendimento no
assunto.

De acordo com a Lei n° 7.853/89, de outubro de 1989 (Apoio às pessoas


portadoras de deficiência), é crime recusar suspender, adiar, cancelar ou extinguir a
matrícula de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível
de ensino, seja público ou privado. A pena pode variar de um a quatro anos de
prisão, mais multa.

4.2. Na área de trabalho:

Há quase três décadas uma lei foi criada para garantir a inclusão de
pessoas deficiência física no mercado de trabalho. A medida é prevista na Lei de
Cotas para Pessoas com deficiência (8.213/91). A legislação determina que
empresas com 100 ou mais empregos devem reservar algumas dessas vagas para
deficientes.
Por mais que exista uma lei que visa incluir pessoas com deficiência no
âmbito de trabalho, pesquisas apontam que menos de 1 em 5 com deficiência estão
empregados. Pois os empregadores veem essas pessoas como responsabilidades e
não como ativos em potencial.

As formas que necessárias para a inclusão dessas pessoas seriam:


preparar a equipe de recrutamento e seleção, sensibilizar as pessoas a terem
respeito e empatia, alterar o cenário da empresa para que essas pessoas tenham
uma melhor forma de trabalhar e também promover a diversidade

4.3. Nos transportes públicos:

Passageiros com deficiência, sofrem com a falta de acessibilidade nos


ônibus, trem, entre outros transportes públicos. Dentre eles estão os cadeirantes que
sofrem com a dificuldade de se locomover como por exemplo, ir em consultas
médicas, visitar um parente, ou resolver assuntos ou qualquer outro tipo de
problema.

A dificuldade de locomoção é diária; A maioria dos elevadores dos ônibus


no Rio não funcionam.

Nos trens e metrôs, ao contrário dos ônibus já adaptados, os acentos


especiais de trens e metrôs não estavam sendo cumpridos. Guardas municipais
começaram a percorrer vagões de trens para verificar se o decreto do prefeito
Marcelo Crivella de 26 de fevereiro de 2019, que garante todos os acentos de
pessoas idosas, gestantes e pessoas com crianças de colo e deficientes físicos,
estavam realmente sendo cumpridos.

Essas medidas foram tomadas para o bem dos cadeirantes, ou seja,


foram tomadas para a INCLUSÃO SOCIAL DESSES, NOS TRANSPORTES
PÚBLICOS.

como incluí-los na sociedade?


- Tomando medidas simples como essa, para garantir os mesmos
direitos de pessoas comuns... Que é: se locomover livremente, e ter a acessibilidade
para ir e vir.

5. Países que fazem a inclusão de cadeirantes na sociedade

É possível citar vários países que tem a acessibilidade como uma de suas
principais prioridades, como por exemplo o Canadá, que possui em suas estações
ferroviárias adaptações pensando nas pessoas portadoras de necessidades
especiais.

Outro país exemplar no quesito acessibilidade é a Suécia, que vem


investindo a quase duas décadas para que toda a população tenha acesso as
mesmas coisas. Praticamente todas as calçadas suecas contam com pisos táteis de
alerta e direcionais, corrimões em todas as escadas, meios-fios acessíveis para a
entrada de veículos, alertas eletrônicos que indicam os destinos dos transportes
públicos entre outro incontáveis aparelhos e recursos de última geração para que
todos os portadores de condições especiais tenham a possibilidade de satisfazer
todas as suas necessidades.

Outro exemplo muito interessante é a cidade de Barcelona, que


percebeu a verdadeira importância da acessibilidade para a população enquanto
recebia os jogos paralímpicos de 1992. Bares, restaurantes, praças e diversos
pontos turísticos passaram a ter acesso facilitado e o serviço especial "sem
barreiras?' foi inserido nos aeroportos, para disponibilizar qualquer tipo de
atendimento para pessoas com a mobilidade reduzida.
13

6. Conclusão

...
14

7. Referências
(s.d.). Fonte: Planaltogov:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm

(s.d.). Fonte: EssenceCuidados: https://essencecuidados.com.br/vida-de-cadeirante-


na-sociedade/

(s.d.). Fonte: exame: https://exame.abril.com.br/brasil/so-1-dos-brasileiros-com-


deficiencia-esta-no-mercado-de-trabalho/

Redação AME. (s.d.). Fonte: https://amigosmultiplos.org.br/noticia/veja-quais-sao-os-


direitos-garantidos-por-lei-para-pessoas-com-deficiencia/?
gclid=Cj0KCQjw4PKTBhD8ARIsAHChzRLqjQLQF3HIEL2zRBPHdQRiOaxGS
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Santos, M. P. (2011). A inclusão escolar de alunos cadeirantes: uma questão de


acessibilidade. 2011. 43 f. Monografia (Especialização em Desenvolvimento
Humano, Educação e Inclusão Escolar)—Universidade de Brasília,
Universidade Aberta do Brasil, B.

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