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RESUMO
ABSTRACT
One of the biggest challenges of urban mobility and accessibility is the inclusion of all
portions of the population in the daily life of cities. In General, accessibility is the fundamental
element of the process that will ensure that promoting urban mobility. With accessibility, all
inhabitants will be safe in their fundamental rights; social inclusion, opportunities and
citizenship. This work brings a structuring in concept of universal design. Universal design mark
is simplified the people lives, products, communications and built environment should be used
by a larger number of users and, above all, autonomously. Users do not make any distinction
considering all ages, statures and "capacities". Our work brings the meeting of the concepts of
universal design to the reading of urban space in its four scales and perception and presenting
the prescriptions of modality and accessibility for each of these scales of perception. However,
mobility and accessibility is not only a matter of physical access, but rather, access to culture
and cultural heritage of our country.
RELEVÂNCIA QUANTO AO TEMA: ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE
Antes de introduzir o tema deste trabalho gostaria de justificar o termo utilizado para
designar pessoas com deficiência e a razão de tratá-las desta maneira de agora em diante. Em
pleno século XX utilizou-se o termo “inválido” para designar pessoas com alguma diferença em
relação ao padrão do homem normal. Felizmente, os valores sociais têm mudado com grande
velocidade e, hoje, o termo não é mais visto em lugar algum. Além do citado, outros termos já
foram utilizados para designar pessoas com deficiência, em inglês, a palavra usada é “disable”,
em língua portuguesa utilizamos os termos: inválido; incapacitado; incapaz; defeituoso;
deficiente; excepcional; pessoas deficientes; portadores de deficiência; pessoas com
deficiência; portadores de direitos excepcionais; pessoais especiais; portadores de
necessidades especiais, mais recentemente, pessoas com necessidades especiais e,
atualmente, pessoas com deficiência.
Quais as razões para se utilizar o termo “pessoa com deficiência” e não os outros? Em
alguns casos a justificativa é óbvia: termos como incapacitado ou defeituosos são, claramente,
pejorativos e preconceituosos. Segundo SASSAKI (2005, p.4), o uso do termo “pessoa com
deficiência” agrega valores às pessoas, tais como:
Além de ter sido escolhido, em 2000, na cidade de Recife, por pessoas com
deficiências a forma como gostariam de ser tratadas, pois não carregam (portador) uma
deficiência. De acordo com a Norma Brasileira, NBR – 9050 (2004, p. 02), o termo
acessibilidade significa a “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para
a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento
urbano e elementos.” E acessível é todo “espaço, edifício, equipamento urbano ou elemento
que pode ser alcançado, acionado, utilizado, vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas
com mobilidade reduzida. O termo acessível implica tanto acessibilidade física como de
comunicação” (NBR-9050, 2004, p. 02).
MOBILIDADE
A mobilidade determina por que razões e por quais maneiras as pessoas se deslocam
pela cidade. Tradicionalmente se considerava a mobilidade urbana como sendo objeto de
estudo da área dos transportes e sistema viário. De fato continua sendo, porém outras
questões devem ser consideradas no projeto urbanístico e de urbanização. Segundo
Vasconcelos (2001), os fatores principais que interferem na mobilidade das pessoas são a
renda, o gênero, a idade, a ocupação e o nível educacional. Não obstante às questões
socioeconômicas, nossa preocupação foca na condição universal da mobilidade. A
preocupação relativa ao acesso universal e a mobilidade urbana ganha outra demanda que
suplanta a capacidade de resolução do sistema viário e dos transportes, entre esta a garantia
de mobilidade às pessoas desigualmente capazes, pessoas com deficiência e com mobilidade
reduzida. O projeto urbanístico e a urbanização de uma cidade serão os instrumentos
fundamentais para garantir as necessidades inerentes à acessibilidade universal.
Especificamente a Mobilidade urbana se traduz na capacidade que o indivíduo terá em transitar
pela cidade, por Rota Acessível, de sua origem até seu destino, seja este um edifício ou um
espaço público. O conceito então da rota acessível é construído como sendo a possibilidade de
circulação livre, desobstruída de qualquer barreira, capaz de garantir o trânsito de forma
autônoma inclusive às pessoas com deficiência e/ou com mobilidade reduzida.
ESCALAS DE CLASSIFICAÇÃO
Escala da Cidade Macro escala da grande dimensão das estruturas urbanas;
Escala do Setor Escala intermediária da área ou do sítio;
Escala do Lugar Micro escala de dimensões específicas do lugar;
Escala do Edifício Micro escala de dimensões específicas dos edifícios.
Fonte: Bustos Romero 2001
Neste ambiente temos então a preocupação de transitar pela grande forma física e
organizacional da cidade. Os meios que utilizamos para esta atividade são: o transporte público
e o privado. Em vista a uma Rota Acessível, há de se prever os percursos característicos e
exigidos pelo plano urbanístico de uma cidade, ou mesmo pela condição urbana da cidade e
garantir o trânsito entre os setores desta. Na atual conjuntura e no sentido de contribuir com a
estrutura de mobilidade e acessibilidade urbana, devemos verificar:
O traçado das rotas acessíveis garantindo as necessidades básicas de locomoção entre os
setores da cidade e a possibilidade de acesso aos diversos usos da vida cotidiana. Deve-se
considerar a capacidade de mobilidade própria de cada usuário em função da idade, saúde,
estatura, e etc.;
Os meios de transporte, públicos ou privados, capazes de promover o trânsito e que este
garanta o acesso de todos os usuários. Neste conceito, introduzimos outro denominado:
Ajudas técnicas como sendo todo e qualquer aparato introduzido na rota acessível capaz de
facilitar a acessibilidade e a mobilidade urbana;
A Escala do Setor - O Passeio Garantido: A escala do setor, própria para o trânsito das
pessoas ao acessar os diversos lugares da cidade: largos, praças, alamedas, etc. Em nossa
análise quanto à mobilidade urbana escala do setor nos servirá para refletirmos sobre as ações
necessárias a garantir o passeio autônomo do usuário. Diferentemente da escala da cidade,
aqui, a circulação não compreende grandes distâncias e muito provavelmente não será
realizada com a ajuda técnica dos veículos de transporte. O passeio será o foco de trabalho
nesta escala. O passeio no sentido do trânsito livre das pessoas pelas vias e espaços públicos
da cidade. Mais especificamente o elemento principal que trabalhado nesta escala é a calçada
e o passeio público. Semanticamente, calçada e passeio se encontram definidas de forma
semelhante.
Calçada: “Caminho pavimentado, lateral, ao longo das ruas, em nível pouco superior a estas,
destinado ao trânsito de pedestres” e;
Passeio: “Parte lateral e um pouco elevada de algumas ruas, destinada ao trânsito de quem
anda a pé; calçada”.
Como agenciadores da mobilidade urbana faremos algumas distinções entre estes dois
elementos. Trataremos aqui as calçadas, em seu sentido amplo, como o conjunto de elementos
ao longo das vias que reúne guia ou meio-fio, guia ou meio-fio rebaixada, faixa de serviço,
soleira, passeio, sinalizações táteis de alerta e direcionais, entre outros. Ressalvando que o
termo faixa de serviço se destina para nomear a área onde serão colocados os postes,
placas, telefones públicos, caixas de correio, lixeiras e demais elementos necessários e de uso
público; área de soleira será a área onde ajustaremos o nível da calçada ao nível da cota de
soleira das edificações e o passeio ficará reservado para a área da calçada livre e qualquer
barreira para o trânsito de todas as pessoas. Cabe aos projetos nesta escala a preocupação
com o estágio intermediário entre calçada e o acesso aos veículos de transporte usados para a
transposição de grandes distâncias, em outras palavras as vagas de estacionamento devem
ser bem projetadas para garantir todas esta peculiaridades de estacionamento.
A Escala do Lugar - O Chegar Seguro: O Lugar é capaz de conferir identidade ao espaço
otimizando as relações pessoais especificando as funções, as praças exemplificam esta
condição. Seja qual for a característica da praça: De passagem, de descanso, de poder, de
contemplação ou outra a essência do lugar é preservada. Para as questões da mobilidade
urbana devem ser avaliadas sob a ótica do uso da chegada no lugar e do uso do mesmo. Aqui,
além das calçadas, ouros elementos se tornam protagonistas. Para garantir o desenho
universal os acessos ao lugar devem ser previstos, as sinalizações, os percursos na
qualidade de rota acessível do lugar, a utilização dos espaços, atrativos, de descansos ou
outros, por todas as pessoas inclusive as com deficiência ou mobilidade reduzida, o mobiliário
urbano adequado aos usos e aos usuários. Porque uma praça, próxima a um setor residencial,
que possui vocação para ser espaço de convívio urbano está condenada apenas a servir uma
parcela da população. Prestemos a atenção aos mobiliários tradicionalmente usados nas
praças de nossas cidades, reparemos na sinalização de elementos, alerta ou direcionamento;
ou mesmo, nos brinquedos dos parques infantis. Verifiquemos agora se estes promovem a
mobilidade urbana e acessibilidade universal ou se comprometem a inclusão social.
ACESSIBILIDADE
Segundo a lei 10.098/2000, em seu Art. 2º, define acessibilidade como a “possibilidade
e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e
equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de
comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.”
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA