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O que é desenho universal?

Há muito que se fala de um conceito chamado Desenho Universal. Pelo


nome, podemos ter uma idéia de que esse tema trata de um riscado,
traços que criam acessos para o universo, universal, ou seja, toda a
diversidade humana. Mas ainda assim não apanha todo o seu significado.
Aos poucos, mais de perto, vamos percebendo o quanto o Desenho
Universal é capaz de transformar e democratizar a vida das pessoas em
diversos e amplos aspectos, como infraestrutura urbana, prédios públicos,
casas e até produtos de uso no dia-a-dia. E não falamos apenas de pessoas
com deficiência ou mobilidade reduzida, falamos de uma transformação
para todas as pessoas que vivem em sociedade.

A idéia insipiente de um Universal Design nasceu depois da Revolução


Industrial, quando foi questionada a massificação dos processos
produtivos, principalmente na área imobiliária. Havia uma pergunta no ar:
por que criamos ambientes à revelia das necessidades reais do usuário?
Por que estruturamos um modelo de massa que iguala o que não é igual –
ou seja, nós mesmos? A concepção de conforto está intimamente ligada a
fatores pessoais: nossa altura, dimensão, idade, destreza, força e outras
características. Pensando nisso, em 1961, países como Japão, EUA e
nações européias, se reuniram na Suécia para discutir como reestruturar e
recriar o velho conceito que produz para o dito “homem padrão”, que
nem sempre é o “homem real”.

Assim, esta primeira conferência internacional foi berço para que, em


1963, em Washington, nascesse a Barrier Free Design, uma comissão com
o objetivo de discutir desenhos de equipamentos, edifícios e áreas
urbanas adequados à utilização por pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida. Mais tarde, esse conceito – tomado com mais
profundidade pelos Estados Unidos – ampliou seu foco e mudou de nome.
Passou a ser chamado de Universal Design e se propor a atender TODAS as
pessoas, num aspecto realmente universal. Aqui no Brasil, um debate
incipiente sobre esse tema teve inicio em 1980, com o objetivo de
conscientizar profissionais da área de construção. Um ano depois, em 81,
foi declarado o Ano Internacional de Atenção às Pessoas com Deficiência
e, essa discussão mundial, acabou repercutindo por aqui, o que deu mais
corpo ao debate sobre o Desenho Universal.

Naquele ano, por conta da conjuntura internacional, foram promulgadas


algumas leis brasileiras para regulamentar o acesso para todos garantindo
que a parcela da população com deficiência ou mobilidade reduzida
tivesse as mesmas garantias que todos os cidadãos, visto que pagam os
mesmos impostos. Em 1985, foi criada a primeira norma técnica brasileira
relativa à acessibilidade, “Acessibilidade a edificações, mobiliários,
espaços e equipamentos urbanos à pessoa portadora de deficiência”1. Em
1994, essa norma passou por uma primeira revisão e em 2004 pela última,
a qual vale até hoje para regulamentar todos os aspectos de acessibilidade
no Brasil. Bom, chega de papo e vamos mergulhar de vez neste conceito
chamado Desenho Universal. Pode deixar por aqui, na porta de entrada,
boa parte da sua bagagem. A partir de agora, você poderá circular com
conforto, acessibilidade e democracia. Vamos lá! 1 Associação Brasileira
de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, ABNT, 1985.“Desenho universal”:
concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados
por todas as pessoas, sem necessidade de acessibilidade ou de projeto
específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva.

Tomando esses conceitos como base, apresentamos um conjunto de


informações e orientações na perspectiva do desenho universal na
aprendizagem (DUA)3 . O DUA possibilita acesso de todos ao currículo,
independentemente de suas condições, respeitando as particularidades e
os talentos dos estudantes, a partir do uso de estratégias
pedagógicas/didáticas e/ou tecnológicas diferenciadas, incluindo a
tecnologia assistiva. Essa pespectiva expressa a preocupação com o
desenvolvimento de práticas e estratégias educacionais voltadas à
pluralidade de sujeitos do conhecimento. Suas orientações advêm de
diversos estudos que englobam o planejamento, a avaliação, o ambiente e
os recursos que auxiliam no desenvolvimento de ações educacionais,
sejam eles didáticos ou tecnológi
O que é acessibilidade?
De acordo com uma definição do Governo Federal, acessibilidade significa
incluir pessoas com deficiência na participação de diferentes atividades como o
uso de produtos, serviços e informações. Mas a acessibilidade vai além disso.
Além de promover a independência de pessoas com deficiência, a
acessibilidade beneficia muita gente. Quer saber como?

Se estamos carregando uma mala pesada e ao invés de usar as escadas


usamos a rampa, isso é acessibilidade. Se assistimos um vídeo e estamos
impossibilitados de ouví-lo com áudio, seja por alguma questão técnica ou por
estar no transporte público sem fones de ouvido, e ele possui legendas, isso
também é acessibilidade.
Quais são os tipos de
acessibilidade?
Já demos alguns exemplos simples de acessibilidade, mas agora vamos falar
sobre os tipos que existem e o que cada um deles significa.

 1. Acessibilidade atitudinal:

Esse é o exemplo mais simples de ser colocado em prática, porque depende


apenas de nós. Acessibilidade atitudinal diz respeito às ações que tomamos
como indivíduos para diminuir as barreiras entre as pessoas com deficiência e
sem deficiência. É se colocar minimamente no lugar do outro, pensar e realizar
ações que promovam um mundo mais justo e inclusivo para todas as pessoas.

 2. Acessibilidade arquitetônica:

Já reparou naqueles elevadores do metrô, rampas dos ônibus ou mesmo no


corrimão das escadas? Esses são exemplos de acessibilidade arquitetônica. A
acessibilidade arquitetônica está relacionada aos recursos que permitam a
locomoção de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, em
qualquer espaço com autonomia.

 3. Acessibilidade metodológica:

Pessoas com deficiência encontram inúmeros desafios no dia a dia e isso


também inclui o contexto da educação. Mesmo leis que garantem o acesso
pleno delas às instituições de ensino, os obstáculos ainda são grandes. A
acessibilidade metodológica também conhecida como acessibilidade
pedagógica envolve a diversificação de metodologias e técnicas para viabilizar
total acesso de pessoas com deficiência à educação.

 4. Acessibilidade programática

Contamos por aqui que existem diferentes leis que garantem os direitos das
pessoas com deficiência, certo? E a acessibilidade programática está
justamente ligada à sensibilização, conscientização e aplicação dessas
normas, decretos, regulamentações, leis e políticas públicas que respeitam as
necessidades das pessoas com deficiência.

 5. Acessibilidade instrumental
 O objetivo da acessibilidade instrumental é superar barreiras no uso de
utensílios e ferramentas que são necessárias no desenvolvimento de atividades
escolares, profissionais, de recreação e até mesmo de lazer. Softwares de leitores
de tela, quadros de comunicação aumentativa, engrossadores de pincéis, canetas,
lápis, são bons exemplos.

 6. Acessibilidade nos transportes

Pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida têm saído cada vez mais
de suas casas, seja para ir ao trabalho, estudar ou fazer um trajeto mais
distante por lazer. Por isso, a demanda por acessibilidade no transporte tem
seguido uma curva crescente.

Ela não diz respeito apenas aos assentos preferenciais nos meios de
transporte, mas em todo o processo que a pessoa realiza para fazer a sua
viagem. Catracas que permitam a passagem de pessoas em cadeiras de
rodas, piso tátil e placas de sinalização estão dentro dessa categoria de
acessibilidade.
 7. Acessibilidade nas comunicações

Tornar as comunicações de fácil entendimento para o maior número de


pessoas possível é o objetivo desse tipo de acessibilidade. Somos seres
comunicacionais, seja através da fala, de sinais ou expressões. Sem a
comunicação não conseguimos nos relacionar enquanto indivíduos e
sociedade. Intérprete de Libras, assistentes virtuais, legendas em vídeos são
exemplos de acessibilidade comunicacional.

 8. Acessibilidade digital

Por conta do avanço acelerado da tecnologia e da presença cada vez maior


das pessoas nas redes sociais, que transformou a forma como nos
relacionamos atualmente, a acessibilidade digital é um dos tipos de
acessibilidade mais discutidos e exigidos nos últimos anos.

Ainda assim, pesquisas revelam que menos de 1% dos sites está acessível
para pessoas com deficiência. A inclusão de textos alternativos em imagens,
aplicação de alto contraste nas páginas web e muitas outras opções de
tecnologias assistivas, fazem parte da acessibilidade digital.

 9. Acessibilidade natural

A acessibilidade natural tem como missão quebrar barreiras que a própria


natureza produz. Vegetação irregular, árvores que viram obstáculos no
caminho ou fecham trilhas, terra, areia, água… A acessibilidade natural
acontece quando, por exemp

lo, nas praias são disponibilizadas cadeiras de rodas anfíbias para que pessoas
com deficiência física possam se locomover na areia e entrarem no mar.

Princípios do desenho universal


Para que de fato o conceito funcione com o
intuito de democratizar os espaços, ambientes e produtos
e equipare as pessoas em seus direitos, foram
estabelecidos sete princípios do desenho universal.

Mundialmente adotados por programas de acessibilidade, eles têm


diversas funcionalidades. Confira abaixo quais são eles:

 Uso equiparável: relacionado a igualdade, define que os espaços,


produtos e objetos precisam ser usados de forma igualitária por pessoas
que apresentam diferentes capacidades e graus de habilidades. Assim, a
utilização e adaptação se tornam etapas acessíveis e equivalente para
todos.

 Uso flexível: o design dos produtos, serviços ou espaços deve atender


pessoas que apresentem diversas habilidades e preferências, tornando-se
adaptável para qualquer uso.

 Uso simples e intuito: o design é de fácil entendimento para que todos


possam compreender, independentemente das experiências,
conhecimentos, habilidades de linguagem ou nível de concentração
apresentado por cada pessoa.

 Informação de fácil percepção: o design comunica a informação de forma


efetiva e fácil, independentemente das condições que o ambiente
apresenta ou das habilidades que o usuário possui. Isso acontece, por
exemplo, quando a informação é pensada para atender todas as
necessidades do receptor, mesmo que ele seja uma pessoa com
deficiência auditiva ou visual.
 Tolerante ao erro: outro princípio importante é a tentativa de minimizar
possíveis riscos ou consequências causadas por ações acidentais ou não
intencionais. Assim, é preciso que o projeto busque sempre diminuir os
riscos, perigos e consequências desfavoráveis causadas por ações
acidentais.

 Baixo esforço físico: o design deve ser usado de forma eficiente,


proporcionando conforto e o mínimo de fadiga ao usuário.

 Dimensão e espaço para aproximação e uso: por fim, o design deve


estabelecer dimensões e espaços que sejam apropriados para o acesso,
alcance, uso e manipulação de todos, sendo independente de tamanho,
postura ou mobilidade do usuário.

Muito há para se falar quando o assunto é deficiência, educação inclusiva


ou acessibilidade. No ensino superior isso também se evidencia,
principalmente ao se tratar da acessibilidade ao conhecimento em cursos
de graduação, pós-graduação e formação continuada.

Usualmente, quando se aborda a questão da acessibilidade nos contextos


educacionais, seja no âmbito da pesquisa ou da construção de práticas
profissionais, há predominância de um foco voltado à busca de estratégias
para que estudantes com deficiência tenham o seu direito de acesso ao
conhecimento ampliado. Entretanto, pesquisadores, a exemplo de Böck,
Gesser e Nuernberg (2018), têm apontado a necessidade de ampliar, no
contexto do ensino superior, práticas inclusivas para todos os estudantes,
com escolhas éticas, cuidadosas e intencionais por parte dos docentes,
que valorizem a diversidade de características de todos os aprendizes e
rompam com o binarismo normalidade/deficiência.

Na modalidade de educação a distância, torna-se relevante refletir sobre


os caminhos para a implementação de uma prática sensível ao
acolhimento da variabilidade de perfis de aprendizagem dos estudantes.
No estudo sobre expectativas que cursistas de Educação a Distância (EaD)
possuem sobre a acessibilidade, Böck, Gesser e Nuernberg (2019)
identificaram que o framework do Desenho Universal para Aprendizagem
(DUA) contemplou as falas dos participantes, revelando ser adequado
para a aplicabilidade no planejamento e na oferta de cursos que se
pretendem acessíveis, considerando, a priori, a existência de pessoas com
diferentes características para participação e permanência nos cursos a
distância.

Existem diferenças consideráveis entre cursos propostos com


acessibilidade para os estudantes com deficiência e aqueles organizados
partindo do framework do DUA. Edyburn (2010) sugere que a distinção
principal reside na concepção inicial dos projetos dos cursos. Em cursos
com acessibilidade para o estudante com deficiência, o recurso a ser
implementado é proposto tendo por base quase que exclusivamente a
lesão, ou seja, a marca biológica no sujeito, por exemplo, a oferta da
audiodescrição ocorre mediante a matrícula/inscrição de uma pessoa cega
no curso, os áudios são pensados para uso desse público, entre outras
situações.

Em cursos perspectivados a partir do DUA, os recursos, as estratégias, as


metodologias e as avaliações são elaboradas visando ampliar o acesso
para todos. Ou seja, os áudios utilizados são para aqueles que querem
acessar as informações e aprender ouvindo e, dessa maneira, dá-se uma
oferta ampla de recursos e materiais, os quais possibilitam que os
estudantes realizem escolhas no percurso da aprendizagem, fortalecendo
a característica proativa da EaD. Nesse sentido, qualquer estudante pode
significar aquele recurso proposto como sendo para seu uso e se sentir
contemplado no seu modo de aprender.

No intuito de potencializar a participação e agência dos estudantes nos


diferentes espaços de aprendizagem, as diretrizes do DUA alargam o
espectro da acessibilidade para além do comumente centrismo na lesão.
De acordo com Rose et al. (2006), o DUA incorpora uma pedagogia
acessível em três considerações específicas e centrais do
ensino/aprendizagem: o modo como os estudantes reconhecem e
representam as informações (princípio da representação); o modo como
eles expressam e atuam com o que sabem (princípio da ação e expressão);
e os meios para se engajarem na aprendizagem (princípio do
engajamento).

Para tanto, é relevante se atentar às três redes neurais em que são


apoiados os princípios, sendo elas: as redes de reconhecimento (reunir e
categorizar o que se vê, se ouve e se lê); redes estratégicas (organizar e
expressar ideias); e redes afetivas (ligam a experiência de aprendizagem a
um fundo emocional, determinando o envolvimento e a motivação). Com
base nessas redes e princípios, os currículos, atividades e metodologias
são projetados atendendo as diferenças individuais dos estudantes no
processo de se relacionar com o conhecimento, para além do diagnóstico.

Embora haja quase trinta anos de pesquisas sobre o DUA em diferentes


países, os registros de estudos sendo realizados por pesquisadores
brasileiros é bastante recente. Zerbato (2018), preocupada em “[...] como
ensinar os professores a planejar o ensino pensando na estratégia do
DUA”, focou os estudos no desenvolvimento e na avaliação de um
programa de formação de professores em DUA e apresenta uma revisão
identificando algumas publicações que surgem timidamente no Brasil,
sendo a primeira em 2013.

Evidenciou-se, no estudo da referida pesquisadora, a ausência de


pesquisas experimentais aplicadas no campo da educação a distância.
Muito do que se viu foram estudos que se utilizam do DUA
exclusivamente como base teórica.

Outro pesquisador e teórico da área, Edyburn, publicou em 2010 uma


revisão em uma conceituada revista internacional do campo da deficiência
com um título bastante provocativo - Would you Recognize Universal
Design For Learning if You Saw it? Ten Propositions for New Directions for
the Second Decade of UDL. (Você reconheceria o Desenho Universal para
Aprendizagem se você o visse? Dez proposições para novas direções na
segunda década do DUA).

No artigo, o autor diz que precisamos entender o que significa


implementar o DUA, “[...] precisamos entender como medir os resultados
do DUA. E, finalmente, precisamos renovar nosso compromisso de
oportunizar equidade a todos os alunos no caso dos esforços com o DUA
fiquem aquém” (Edyburn, 2010, p. 40.). Tal publicação ampliou o interesse
na temática e suscitou outras questões para investigação.

Neste estudo, partiu-se da premissa de que é preciso fortalecer estudos e


práticas voltadas à efetivação do DUA nos contextos de aprendizagem na
realidade brasileira, com um recorte para a educação a distância. Para
tanto, a pesquisa foi realizada com o objetivo de identificar se cursistas
reconhecem a presença e a contribuição dos recursos disponibilizados e
organizados a partir do framework do Desenho Universal da
Aprendizagem em seus processos de participação com agência,
permanência e engajamento em um curso de educação a distância do qual
foram partícipes.
Diferentes indagações permearam o estudo, tais como: quais expressões
desse framework seriam identificadas como recursos para acessibilidade
ao conhecimento? Ou ainda, haveria uma compreensão do uso dos
facilitadores como algo comum a todos? A acessibilidade proposta no
curso seria percebida como algo para ampliar a participação e
engajamento de todos os partícipes no curso?

Os constructos do DUA coadunam com os princípios e propósitos do


campo dos Disability Studies in Education (DSE), apresentado por David
J. Connor na página da American Educational Research Association em
2008. Em uma aproximação com esse campo, pautou-se na compreensão
da deficiência a partir do modelo social da segunda geração (Diniz, 2007),
com a contribuição das teóricas feministas, as quais rejeitam os modelos
pautados no déficit, na falta ou como algo a ser corrigido, mas defendem a
ideia de ser a deficiência uma experiência humana, singular e relacional
com os contextos sociais.

A perspectiva feminista também destaca a necessidade de uma ética do


cuidado no plano público e a remoção de barreiras para garantia da
participação. Ademais, respeitou-se as vozes das pessoas que
experienciam a deficiência no planejamento da pesquisa e buscou-se a
promoção da justiça social no contexto da aprendizagem a partir de
oportunidades inclusivas (Connor; Gabel; Gallagher; Morton, 2008).

É relevante evidenciar a concepção de deficiência que permeou e


sustentou as escolhas ao longo do estudo, pois “[...] longe de ser
irrelevante, a forma como perspectivamos a deficiência é essencial na
forma como definimos os problemas e delineamos as soluções” (Martins
et al., 2017, p. 54). Com o DSE há um compromisso de adoção de práticas
e compreensões pautadas nos princípios da educação inclusiva.

Ademais, o campo dos Disability Studies aponta que a deficiência não


deve ser considerada uma fatalidade ou uma tragédia que acomete
apenas um grupo específico e também não pode ser entendida apenas
como uma diferença. “Boas sociedades permitem as pessoas a lidar com
esta situação, removendo barreiras, fornecendo suporte e
compreendendo a deficiência como parte da variação humana, ao invés
de uma anormalidade a ser descartada”
Calçadas acessíveis
1. DIVISÃO DA CALÇADA EM FAIXAS DE UTILIZAÇÃO

As calçadas no Brasil, para serem acessíveis, devem ser


separadas em 3 faixas de utilização. Começando pelo lado
esquerdo e caminhando para o lado direito, primeiro temos a
FAIXA DE SERVIÇO, no meio temos a FAIXA LIVRE e do lado
esquerdo temos a FAIXA DE ACESSO.
A FAIXA DE SERVIÇO, terá largura mínima de 70 cm e neste local
devem ser instalados todos os equipamentos urbanos, como
postes árvores e demais itens.
A FAIXA LIVRE será o local de circulação das pessoas, com largura
mínima de 1,20 m, piso antiderrapante, piso não trepidante e
com inclinação transversal máxima de até 3%.
A FAIXA DE ACESSO, caso a calçada tenha largura maior que 2,00
m, poderá existir para auxiliar no acesso a edificação, ou até
mesmo ser ocupada por jardins.

2. SINALIZAÇÃO VISUAL E TÁTIL


O piso tátil direcional é um elemento obrigatório nas calçadas
brasileiras, para auxiliar na circulação de pessoas com deficiência
visual ou baixa visão, que representam mais de 29 milhões de
pessoas no Brasil (conforme CENSO IBGE 2010).
No caso da calçada executada pelo Sebrae MS, além do piso tátil
direcional, também foram executadas guias de balizamento ao
redor das floreiras.
O piso tátil direcional e de alerta, neste caso, seguiu a definição
estabelecida pela cartilha de calçadas da Prefeitura Municipal de
Campo Grande, com a utilização do piso tátil direcional na cor
vermelha e o piso tátil de alerta na cor amarela.

3. TIPOS DE PISOS PERMITIDOS EM CALÇADAS


"Os materiais de revestimento e acabamento devem ter
superfície regular, firme, estável e não trepidante para
dispositivos com rodas e antiderrapantes, sob qualquer condição
(seco ou molhado).
Deve-se evitar a utilização de padronagem na superfície do piso
que possa causar sensação de insegurança (por exemplo,
estampas que, pelo contraste de desenho ou cor, possam causar
a impressão de tridimensionalidade)."
Qual é a importância das calçadas com
acessibilidade?
O artigo 5º da Constituição Federal estabelece o que conhecemos como o direito de ir
e vir de todos os cidadãos brasileiros. Desse modo, qualquer pessoa, que tenha ou não
alguma deficiência ou mobilidade reduzida, deve ter o direito de circular facilmente
por qualquer lugar.

No entanto, é comum que nos deparemos com a existência de desníveis, buracos,


lixeiras, bueiros destampados e pisos escorregadios. Esses elementos limitam a livre

,circulação dos pedestres, de forma geral e, principalmente, das pessoas


com deficiência e mobilidade reduzida.

Se tais problemas atrapalham qualquer pedestre durante um passeio, as


dificuldades são ainda maiores para quem precisa utilizar uma cadeira de
rodas, por exemplo. As calçadas sem acessibilidade e os locais inacessíveis
inibem a circulação segura dessas pessoas. Desse modo, elas são induzidas
ao isolamento, já que são privadas da vida social, visto que as condições
necessárias de locomoção não são cumpridas.
As calçadas levam as pessoas ao trabalho, ao comércio, aos shoppings e a
diversos lugares, sendo importante que elas possibilitem a circulação
segura para qualquer pessoa. Desse modo, algumas regras são necessárias
para que esse deslocamento seja possível, sobre as quais falaremos na
sequência.
Quais são as regras sobre calçadas
com acessibilidade?
A criação da norma técnica NBR 9050/04 — Acessibilidade a Edificações,
Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos — atualizada em 2015 pela
ABNT, trouxe muitos benefícios para as pessoas com deficiência, que vão
desde a mobilidade até outros assuntos.
Ela tem alcance federal e estabelece vários parâmetros que são
obrigatórios para produções arquitetônicas respeitarem a diversidade.
Além das leis, a arquitetura inclusiva vem se fortalecendo entre a
população. Isso acontece de forma independente ou por meio de ONGs,
que debatem a adaptação dos espaços e geram resultados positivos para a
acessibilidade.
Quando falamos especificamente da calçada acessível, ressaltamos que
ela deve atender aos critérios contidos na NBR 9050/2004. Desse modo,
ela respeitará alguns princípios básicos para garantir a segurança das
pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

As calçadas não podem conter degraus e inclinações transversais


acentuadas. Isso também acontece em projetos de acessibilidade que
visam a dar condições de mobilidade para as pessoas com deficiência
visual.

Elas precisam ter uma superfície regular, firme, contínua, antiderrapante e


que não cause trepidação em dispositivos com rodas sob qualquer
condição. A utilização de piso tátil também é um grande diferencial, já que
auxilia na locomoção segura de pessoas com deficiência visual.
De quem é a responsabilidade de
tornar as calçadas acessíveis?
A manutenção das calçadas é uma responsabilidade do proprietário ou
responsável pelo imóvel. Isso abrange os munícipes, as entidades privadas
e os organismos governamentais. As prefeituras, por exemplo, devem
zelar pelas boas condições dos passeios em áreas públicas municipais,
adequar as vias estruturais e agir em locais de grande movimentação,
como hospitais, escolas, terminais, entre outros.

Manter e conservar esse patrimônio, portanto, é um dever e um direito de


cada cidadão, sendo que o principal objetivo é tornar a cidade um local
mais democrático, humano e que garanta a acessibilidade para todos os
indivíduos.

O exemplo da Secretaria de São Paulo

A Secretaria de São Paulo pode ser ressaltada como um exemplo de


acessibilidade, já que proporcionou atuações específicas para pessoas com
deficiências. O Decreto 45.904 de 2005 criou uma padronização para os
passeios públicos da cidade.

Desse modo, as calçadas devem ser feitas com alguns pisos


preestabelecidos, com especificações de largura, inclinação e faixas de
ocupação, garantindo que todos os indivíduos consigam circular
com autonomia e segurança.
Para melhorar o cumprimento do decreto e, principalmente, para que as
calçadas do município fossem reformadas para garantir acessibilidade aos
cidadãos, foi criado o Programa Emergencial de Calçadas, por meio da Lei
Municipal nº 14.675, de 2008.

Por meio dele, a prefeitura pôde reformar calçadas no que chamamos de


Rotas Estratégicas e Estruturais, pontos relevantes para a cidade. Essas
áreas reúnem os serviços importantes oferecidos nos bairros, como
bancos, escolas, paradas de embarque, entre outros lugares essenciais.

Neste artigo, vimos algumas informações sobre calçadas com


acessibilidade, que são fundamentais para garantir a locomoção e a
segurança das pessoas com mobilidade reduzida. O direito de circular
pelos diversos espaços de uma cidade não deve ser privado, sendo
importante que tais locais tenham as condições necessárias para isso. A
conscientização deve partir dos órgãos públicos e também de cada
cidadão, pensando sempre em tornar a vida do próximo mais leve.

Vazamento na calçada de quem é a


responsabilidade?
Em síntese, todo município possui um Código de Posturas, que regula o
uso do espaço urbano pelo cidadão. Onde fica estabelecido que a
responsabilidade das calçadas é do proprietário. No entanto, a Prefeitura
é obrigada a fiscalizar se as regras estão sendo cumpridas. Quando não
são cumpridas, o proprietário da residência pode ser notificado e,
posteriormente, multado.
Entretanto, a responsabilidade do vazamento na calçada deve ser
atribuída diante da consideração de aspectos pertinentes ao fato. Isto é,
se o vazamento aconteceu por conta de uma intervenção inadequada (do
morador, da empresa de abastecimento de água ou da Prefeitura), cabe
ao responsável pelo ato, arcar com o prejuízo.

Mobilidade Urbana
Mobilidade Urbana é definida como a condição que permite o
deslocamento das pessoas em uma cidade, com o objetivo de desenvolver
relações sociais e econômicas. Ônibus, metrô, outros transportes coletivos
e carros fazem parte das soluções de mobilidade.

No dicionário, mobilidade significa “facilidade para se mover”. A ideia,


então, é tornar esse movimento fluido e prático.

A questão é: cada vez mais as cidades estão perdendo a capacidade de


permitir que as pessoas se movam com qualidade.

Por este motivo, o tema mobilidade urbana passou a ser repensado.

Há interesse em trazer de volta o seu sentido primário e original, para


melhorar a qualidade de vida das pessoas de forma sustentável. Isso inclui
aspectos econômicos, sociais e políticos, como veremos mais abaixo.
Para atingir esses objetivos, o poder público precisa se comprometer,
oferecendo à população um plano de mobilidade urbana. Ele contém as
previdências a serem traçadas, que miram em um espaço público com
maior qualidade de vida. Isso sim é a chamada mobilidade urbana
sustentável.

" é definida como as condições presentes no espaço que viabilizam a


circulação de pessoas, mercadorias e cargas nas cidades.

A mobilidade tem se tornado um desafio para os grandes centros urbanos,


que experimentaram rápida expansão de seu tecido urbano e da frota de
veículos particulares, contrastando com transportes públicos e vias
insuficientes e de baixa qualidade em muitos casos.

Garantir a mobilidade urbana é proporcionar maior fluidez ao espaço


urbano e tornar a cidade mais acessível àqueles que a habitam,
assegurando uma melhor qualidade de vida à população."

O que é mobilidade urbana?


Mobilidade Urbana é definida como a condição que permite o
deslocamento das pessoas em uma cidade com o objetivo de desenvolver
relações sociais e econômicas. Ônibus, metrô, outros transportes coletivos e
carros fazem parte das soluções de mobilidade.

O que é plano de mobilidade urbana?


Plano de mobilidade urbana é um conjunto de diretrizes pensadas para
melhorar o deslocamento sustentável das pessoas em uma cidade, sempre
de olho resultados positivos na qualidade de vida.

Atualmente, as cidades brasileiras podem desenvolver um plano de


mobilidade urbana que tenha como base usar os meios de transporte para
trazer rapidez no ir e vir das pessoas, sem agredir o meio ambiente.

Sabendo o que é mobilidade urbana, resta conhecer o conceito de


mobilidade urbana sustentável.

Ele está diretamente ligado ao tipo de transporte usado para o


deslocamento de pessoas. Somado a isso, está também a preocupação em
facilitar trajetos, considerando amenizar impactos ambientais causados por
combustíveis fósseis que degradam o ambiente, por exemplo.

Neste aspecto, as soluções apresentadas na mobilidade urbana sustentável


incluem a implementação de sistemas de deslocamento sobre trilhos, como
metrôs, bondes e ônibus “limpos”, que alternam entre motor elétrico e a
diesel, e os VLTs (veículos leves sobre trilhos).

Há também a preocupação na integração desses transportes com outros


mecanismos facilitadores do deslocamento: ciclovias, esteiras rolantes com
alta capacidade, elevadores de grande porte para suportar maior número de
pessoas, bicicletas públicas e teleféricos.

O que é mobilidade urbana e qualidade de vida


O ir e vir da casa para o trabalho dos brasileiros virou um problema nos
últimos anos, prejudicando a qualidade de vida principalmente dos
metropolitanos. O uso do carro é o principal vilão. Há 1 automóvel para
cada 4,4 habitantes, causando congestionamentos problemáticos e
impedindo o deslocamento fluído nas cidades.

De acordo com o Numbeo, site internacional especializado em comparar


metrópoles sob diferentes aspectos, há 7 capitais brasileiras entre as cidade
com o trânsito mais lento do mundo, em uma lista de 163 metrópoles
analisadas.

Se sobra tempo no engarrafamento, falta tempo para buscar o filho na


escola, curtir um jantar com a família e outras atividades de lazer que ficam
prejudicadas.

Para solucionar problemas de falta de tempo por causa do conglomerado de


carros, algumas cidades fazem um planejamento urbano que pode atender
a demanda da metrópole, como é o caso de Belo Horizonte.
Mobilidade urbana e desenvolvimento urbano
A urbanização no Brasil começou no final do século XIX com a chegada da
industrialização, consolidando-se na década de 1930.

Mas foi na segunda metade do século XX que a urbanização se fortaleceu


devido ao surgimento da automatização mecânica das atividades produtivas
no meio rural. Isso desencadeou o desemprego e a migração da área rural
para as cidades.

Por causa desse deslocamento em massa, o Brasil passou a ter cidades


populosas e predominantemente urbanas. Em 1960, 80% dos brasileiros já
moravam em cidades e não mais em espaços rurais. A concentração de
migrantes foi direcionada para cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte e Porto Alegre.

Esse desnível populacional causou importante desigualdade no número de


habitantes nas áreas urbana e rural. Veio a falta de infraestrutura, a
incapacidade de suportar os novos moradores das cidades e o déficit de
desenvolvimento econômico.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro vivem 90% da população de toda a região
Sudeste. Já no Nordeste e Norte, as taxas de urbanização são as menores do
país. Pará, Maranhão e Piauí são os estados menos urbanizados do Brasil.

Portanto, o planejamento da mobilidade urbana é fundamental. Tanto para


as novas áreas que serão urbanizadas quanto para solucionar os problemas
de desenvolvimento urbano nas metrópoles mais caóticas.

Mobilidade urbana e a arquitetura


O que é mobilidade urbana sem arquitetura? O papel da arquitetura,
palavra grega que significa “principal construção”, é crucial para se
estabelecer o desenho adequado da cidade.

Mas a própria arquitetura se sucumbiu à progressão desenfreada da


urbanização. Cidades viraram caixas de concreto sobre ruas de asfalto,
despreocupadas com a ordem e a fluidez.

O que é acessibilidade e mobilidade urbana?


Pessoas com deficiência física em geral passam um terço de qualquer
deslocamento se locomovendo a pé ou em cadeiras de rodas, sem poder
usar um transporte público.

Por isso, as políticas de acessibilidade urbana passaram a repensar a


maneira como construir uma infraestrutura capaz de dar fluidez ao
deslocamento dessas pessoas.

Parte do conjunto de soluções de mobilidade urbana para obter um espaço


público mais acessível são: calçadas confortáveis e niveladas, sem buracos
ou obstáculos, ruas com marcações para deficientes visuais, corrimão e
outras alternativas que permitem o deslocamento seguro e estável.

COLETA URBANA DE RESÍDUOS


E SUA INFLUÊNCIA NA
MOBILIDADE

Transporte e coleta seletiva de lixo:


A escolha da solução tecnológica mais adequada passa necessariamente
pela colaboração efetiva de toda uma população atendida pelo sistema
(RIBEIRO.T.F; LIMA.S.C, 2000).

Assim, nos países desenvolvidos não se admite mais, a não ser em


situações muito especiais, a coleta porta-a-porta, considerada atrasada
em sociedades mais modernas. A existência de containers basculáveis em
pontos estratégicos nos logradouros públicos permite a economia e a
rapidez do serviço de coleta.

Neste caso, é importante lembrar a melhora que se adquire na questão de


segurança e de respeito ao trabalho humano (FORMAGGIA, 1998). O
processo de remoção de lixo compreende em geral as seguintes etapas: a
coleta domiciliar, utilizando caminhão coletor, ou outro meio apropriado;
transporte até uma estação de transbordo (geralmente disponível nas
cidades de médio e grande porte), utilizando o mesmo veículo coletor;
compactação e ou outros processamentos, inclusive separação do lixo;
transporte da estação para o aterro sanitário, utilizando meios
econômicos de transporte; acondicionamento do lixo no aterro sanitário.
Um dos riscos é devido às conversões perigosas.

Outro item de segurança é evitar as passagens ociosas do veículo nas ruas


de trânsito intenso, ou locais de grande tráfego de pedestres, o qual pode
ser considerado, com a formação apropriada de matriz de custos, acima
definida.

Com estas considerações, pode-se achar um roteiro que minimize o custo


total da etapa de coleta, incluindo o consumo de combustível, o desgaste
do veículo, a duração do serviço e acidentes de trânsito.
Coleta de lixo noturna:
Umas das alternativas mais viáveis economicamente para o porte da
cidade em estudo é a coleta noturna de lixo. Muitas cidades como: Rio
Claro-SP, Guarulhos-SP, São Paulo-SP, Campina Grande do Sul-PR, Belo
Horizonte-MG entre outras, adotaram o turno da noite, entre 18h e 21h,
para a coleta seletiva de lixo.

Segundo Costa (2016) a coleta noturna melhora a mobilidade do trânsito


de veículos, pois não atrapalha o fluxo das vias em horários de pico, além
de reduzir o impacto visual de resíduos expostos nas calçadas, facilitando
o deslocamento dos pedestres. Os garis ficam protegidos do sol,
trabalham em temperaturas mais amenas, livres da intensa
movimentação de veículos e atuam em ruas e avenidas mais vazias
Coleta de lixo urbano por meio de contêineres inteligentes:
Outra solução é a instalação de containers em locais estratégicos providos
de um sistema de gerenciamento de resíduos que utiliza a Internet das
Coisas (IoT), permitindo que concessionárias de coleta e cidadãos tenham
informações em tempo real sobre a localização e o volume do lixo de cada
container distribuído pela cidade propondo uma solução tecnológica para
otimização deste serviço. O sistema pode gerar ganhos significativos, em
termos de meio ambiente, de conforto para a população e de reduzir
gastos para a prefeitura.

Os contêineres inteligentes, segundo a Inatel (2019), Evento: XXVIII


Seminário de Iniciação Científica ODS: 9 - Indústria, Inovação e Infra-
estrutura 4 são compostos por sensores, GPS, tecnologias de comunicação
sem fio e uma fonte de alimentação, com baterias recarregáveis por
placas fotovoltaicas.

Que permite através de um aplicativo, que pode ser instalado em um


smartphone ou computador, acessar via internet os dados presentes e
disponibilizá-los aos usuários. Ao mesmo tempo, é possível que as
concessionárias responsáveis pela coleta do lixo utilizem as informações
geradas pelas lixeiras para realizar rotas mais eficientes, que passem por
áreas com maior necessidade de coleta.
Conclusão:

O expressivo número da população que reside em cidades demonstra o


constante crescimento do processo de urbanização e essa tendência de
urbanização traz como consequência dentre outros problemas oriundos
de grandes centros, o intenso tráfego de veículos principalmente em
horários onde a demanda de locomoção das pessoas é intensificado.

Um dos problemas de mobilidade urbana apontados neste artigo foi a


relação entre o modelo atual da coleta seletiva do resíduo da cidade de
Santa Rosa/RS e o tráfego de veículos, que consistiu na realização de uma
pesquisa popular, onde uma amostra de 100 pessoas foram consultadas.

A pesquisa indicou que a maioria dos entrevistados afirma que a coleta


dos resíduos atrapalha o fluxo do trânsito, gerando lentidão em certos
horários e congestionamento de veículos além de possíveis riscos de
acidentes.

Através do presente estudo, buscou-se alternativas paliativas para


solucionar tal problema, as alternativas citadas são a coleta seletiva por
meio de contêineres inteligentes, também o sistema pneumático de
coleta seletiva do lixo que consiste em pontos de coletas e transporte dos
resíduos por tubos coletores, e a alternativa de mudança do horário
habitual para a coleta em horário noturno

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