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Introdução a engenharia: Sustentabilidade e acessibilidade na construção civil

Grupo: Luis Guilherme Ferreira Xavier / 122037025 


             Jacó Sena Soares de Souza / 122037027 
            Marcos Antonio Gonçalves da Silva Júnior / 122037012 
            Alan do Vale Neves / 122037010 
            Vanderley Ferreira dos santos / 122037026 

A princípio, para discutir a ideia de acessibilidade é importante discutir a ideia de


barreiras “atitudinais” que existem na sociedade, na qual existe o estigma que pessoas com
deficiência não são capazes de realizar certas tarefas, a charge abaixo ilustra uma situação
análoga a que foi descrita.

Charge de Ricardo Ferraz: deficientes físicos não raramente são subestimados

Diante do que foi apresentado, é importante sobre a percepção errada de  “pessoas com
deficiência” da sociedade suscita o capacitismo, definido pelo Glossário de termos
relacionados à acessibilidade e deficiência, da Câmara dos Deputados como sendo  “ato de
discriminação, preconceito ou opressão contra pessoa com deficiência. É uma barreira
‘atitudinal’. Em geral, ocorre quando alguém considera uma pessoa incapaz, por conta de
diferenças e impedimentos corporais. O capacitismo está focalizado nas supostas ‘capacidades
das pessoas sem deficiência’ como referência para mostrar as supostas ‘limitações das pessoas
com deficiência’. No capacitismo, a ênfase é colocada nas supostas ‘pessoas capazes’, as
quais constituem a maioria da população e são supostamente consideradas ‘normais’.” No
discurso de segregação, valoriza-se o corpo forte e o falso ideal da perfeição.
É nesse equívoco que as pessoas são segregadas por falta de acessibilidade em
transportes, construções civis e entre outros. Nesse aspecto, a concepção do Professor Mario
Sergio Cortella mostra-se a correta para entendermos que todos nós somos deficientes, então
todos precisamos de acessibilidade e esse preconceito precisa ser combatido.
A partir disso, é possível concluir que a sustentabilidade de uma sociedade está
intimamente ligada à questão de acessibilidade, ou seja, não é possível dizer que uma
sociedade é sustentável se uma parcela da população que faz parte dela não tem as mesmas
condições de acesso aos serviços que a cidade oferece isso seja pela existência de barreiras
arquitetônicas, físicas, sociais, tecnológicas ou até mesmo pela existência de barreiras
“atitudinais”. Portanto, a ideia de sustentabilidade deve estar ligada não somente a
preservação do meio ambiente, mas sim deve também estar relacionada à garantia de
equidade de acesso aos direitos que regem a sociedade. De acordo com Márcio Augusto
Araújo, consultor do IDHEA – Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica,
Construção, em seu artigo “A Moderna Construção Sustentável”: “Construção sustentável é
um sistema construtivo que promove alterações conscientes no entorno, de forma a atender as
necessidades de edificação, habitação e uso do homem moderno, preservando o meio
ambiente e os recursos naturais, garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e
futuras”. O que se mostra consonante com o conceito de desenvolvimento sustentável do
relatório Brundtland, da ONU, que o definiu como sendo: “Desenvolvimento sustentável é
aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras
gerações em satisfazer suas próprias necessidades”
O Sistema ISO caracteriza Edifícios Sustentáveis através das normas ISO 21930
(2007) - Sustentabilidade na construção civil – Declaração ambiental de produtos para
construção e ISO 15392 (2008) – Sustentabilidade na construção civil – Princípios gerais
como sendo: “Edificação sustentável é aquela que pode manter moderadamente ou melhorar a
qualidade de vida e harmonizar-se com o clima, a tradição, a cultura e o ambiente na região,
ao mesmo tempo em que conserva a energia e os recursos, recicla materiais e reduz as
substâncias perigosas dentro da capacidade dos ecossistemas locais e globais, ao longo do
ciclo de vida do edifício. (ISO/TC 59/SC3 N 459)”.
Diante do que já foi abordado é possível chegar à conclusão que um edifício para ser
considerado sustentável deve ser construído de maneira a reduzir os impactos sobre o meio
ambiente, seja através do uso de técnicas e recursos que minimizam os impactos sobre o
ambiente, seja por meio do uso de tecnologias que possam tornar o impacto da construção em
longo prazo o menor possível, como, por exemplo, o uso de painéis solares para gerar energia
para suprir o consumo do edifício sem causar malefícios ao meio ambiente. No entanto, como
abordado nos parágrafos supracitados a ideia de sustentabilidade está intimamente a ideia de
acessibilidade. Portanto, para uma construção ser considerada sustentável além dela não
causar um grande dano ao meio ambiente, ela deve garantir que todos que eventualmente
possam vir a residir ou trabalhar no edifício consigam ter pleno acesso as regiões da
construção, para isso medidas devem ser tomadas, por exemplo, a instalação de pisos táteis
para aqueles que possuem algum tipo de deficiência visual, a instalação de rampas e
elevadores para aqueles que necessitam usar cadeira de rodas, mas também deve ser
colocadas em portas de acesso, placas em braile indicando o local que essa porta leva.
Infere-se, portanto, que uma construção é sustentável se atender as necessidades de
acessibilidade a todos os indivíduos, assim como deve causar o menor impacto ambiental
possível, preservando os recursos para que as gerações futuras consigam utilizar do mesmo.

Bibliografia:
A moderna construção sustentável por Márcio Augusto Araújo-
https://www.voltimum.com.br/sites/www.voltimum.com.br/files/pdflibrary/
01_moderna.pdf 

Acesso em 10/06/2022 as 18:00 ,


https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/6042/3/54.pdf Acesso em 10/06/2022 as
17:46

SCHEWINSKY, S. R. A barbárie do preconceito contra o deficiente: todos somos vítimas. Acta Fisiátrica,
São Paulo, v. 11, n. 1, p. 7-11, abr. 2004 -
https://e-revista.unioeste.br/index.php/trama/article/download/26199/17003/100306

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