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NOSSA HISTÓRIA
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Sumário
INTRODUÇÃO......................................................................................... 4
ADAPTAÇÕES AMBIENTAIS................................................................ 13
OBJETIVOS ....................................................................................... 17
AVALIAÇÃO ....................................................................................... 17
ADAPTAÇÕES DOMÉSTICAS.............................................................. 19
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 61
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INTRODUÇÃO
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O processo de desenvolvimento de uma adaptação envolve sete
aspectos: análise da atividade, assimilação do problema, conhecimento dos
princípios de compensação, sugestões de solução, pesquisa de recursos
alternativos para a resolução do problema, manutenção periódica da adaptação
e treino da adaptação na atividade. Há também a necessidade de orientar a
pessoa com deficiência, sua família e ou cuidador sobre a correta utilização da
adaptação, sobre os cuidados com o dispositivo e sobre o tempo que este deve
ser utilizado (ARAUJO, 2007; TEIXEIRA et al., 2003).
Os fatores a serem considerados na prescrição e/ou confecção de uma
adaptação são a simplicidade do projeto, a manutenção da integridade dos
tecidos moles, o ajuste ao usuário, o custo, a estética, o conforto, a facilidade
para colocação e retirada e a higiene (CAVALCANTI; GALVÃO 2007).
Outro aspecto importante no processo do emprego das adaptações é a
avaliação da inclusão destas nas atividades cotidianas, para mensuração do
grau de independência gerado pela mesma e para orientar as possíveis
modificações nos diferentes contextos analisados. A visita ao ambiente
domiciliar é um fator motivacional para a utilização da adaptação (ARAUJO,
2007).
Quando há uma restrição de uso do dispositivo imposta pelo fator
socioeconômico, há possibilidade do uso de adaptações de baixo custo.
(TEIXEIRA et al., 2003).
Rodrigues (2008) estimula os profissionais envolvidos na indicação de
adaptações a observarem os produtos existentes no mercado e refletirem sobre
possíveis materiais alternativos que diminuiriam o custo na produção.
Elui e Santana (2008) relatam que estes dispositivos são ensinados de
terapeuta para terapeuta e de professor para aluno e comumente não
apresentam moldes, pois são
confeccionados conforme a
necessidade do paciente.
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Muitos brasileiros apresentam restrições em relação a sua mobilidade e
independência.
Estima-se que no Brasil 23,1% da população seja composta por pessoas
idosas ou com algum tipo de deficiência. Esta realidade as impede de exercer
na plenitude sua cidadania por encontrar sérias dificuldades de movimentação
frente à inadequação dos espaços públicos e das edificações, fato conhecido
como Barreiras Arquitetônicas.
TIPOS DE BARREIRAS
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BARREIRA FÍSICA OU ARQUITETÔNICA:
Obstáculos para o uso adequado do meio, geralmente originados pela
morfologia de edifícios ou áreas urbanas.
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A locomoção também é importante nos ambientes fechados – como
shoppings, museus e escolas – onde a disposição dos móveis e objetos pode
facilitar ou dificultar o deslocamento.
BARREIRA COMUNICACIONAL:
Dificuldade gerada pela falta de informações a respeito do local, em
função dos sistemas de comunicação disponíveis (ou não) em seu entorno, quer
sejam visuais (inclusive em braille), lumínicos e/ou auditivos.
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Na comunicação escrita: quando informações importantes não estão
disponíveis em Libras ou em Braile – o que acontece bastante em
bibliotecas, placas de sinalização e até mesmo em sites!
Nos espaços virtuais: quando não há acessibilidade digital, ou seja,
quando os sites não permitem que certas pessoas acessem suas
informações. Também entra aqui a falta de tradução automática, de
audiodescrição e de textos alternativos nas imagens. Muita gente acha
que deixar um site acessível é um trabalho difícil e que não vale à pena
de se realizar. Mas, seguindo algumas dicas simples o processo fica fácil
e traz resultados incríveis – como melhorar o posicionamento da página
nas buscas do Google!
BARREIRA SOCIAL:
Relativa aos processos de inclusão/exclusão social de grupos ou
categorias de pessoas, especialmente no que se refere às chamadas “minorias”,
como grupos étnicos, homossexuais, pessoas com deficiência e outros.
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BARREIRA ATITUDINAL:
Gerada pelas atitudes e comportamento dos indivíduos, impedindo o
acesso de outras pessoas a algum local, quer isso aconteça de modo intencional
ou não.
As barreiras mais difíceis de se perceber são erguidas por nós mesmos.
Mas, por sorte, elas são as mais fáceis de se derrubar, e as que trazem o
maior impacto para a vida das pessoas. Algumas das nossas atitudes com as
pessoas com deficiência podem reforçar as barreiras comunicacionais e
arquitetônicas. São os nossos preconceitos e os estereótipos. E não se engane,
todo mundo tem preconceitos, e não tem nada de ruim em querer acabar com
eles. Mas, para isso, é preciso buscar informação e estar disposto a conhecer
mais sobre o outro, independentemente de quem seja!
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SÍMBOLO INTERNACIONAL DE ACESSO (SIA)
a) entradas;
b) áreas e vagas de estacionamento de veículos;
c) áreas de embarque e desembarque de passageiros com deficiência;
d) sanitários;
e) áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de
emergência;
f) áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas;
g) equipamentos e mobiliários preferenciais para o uso de pessoas com
deficiência.
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Este símbolo pode, opcionalmente, ser representado em branco e preto
(pictograma branco sobre fundo preto ou pictograma preto sobre fundo branco),
e deve estar sempre voltado para o lado direito, permanecendo no padrão
anterior à atualização da norma.
LEI N. 8.842/94
CAPÍTULO I
Da Finalidade
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Inciso V do Artigo 10 da Lei nº 8.842 de 04 de Janeiro de 1994
ADAPTAÇÕES AMBIENTAIS
INTRODUÇÃO
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A etiologia, que é multifatorial, pode se dar em dois grandes grupos, os
fatores intrínsecos e os extrínsecos.
Entre os fatores intrínsecos encontram-se as alterações
fisiológicas da velhice, o uso de medicamentos e as condições
patológicas.
Entre os fatores extrínsecos, destacam-se os perigos
ambientais e os calçados e roupas inadequados.
O monitoramento destes fatores pode ser um diferencial nos indicadores
de quedas ambientais no domicilio e mesmo em instituições de longa
permanência. No âmbito domiciliar, a manutenção da nova estruturação do
ambiente é um grande desafio, visto que os arranjos familiares são comumente
geracionais, somado a questão comportamental e até mesmo cognitiva dos
idosos.
O uso de novas tecnologias também pode contribuir para a prevenção ou
mesmo para a diminuição dos danos recorrentes as quedas.
Estes dispositivos incluem:
sensores de movimento e iluminação,
camas baixas,
cintos de cama,
sistemas de adequação postural,
transferência realizada por sistema de elevação, entre outros.
Vale ressaltar que estes dispositivos devem ser indicados por profissional
qualificado conforme cada caso ou necessidade. Esta problemática, crescente e
relevante em domicílios e instituições de longa permanência, se estende também
em ambientes hospitalares. Para controle dessa situação, atualmente pode-se
contar com a certificação Selo Hospital Amigos do Idoso, que consiste em uma
série de ações do governo paulista em benefício da terceira idade, conferida aos
Municípios/hospitais que cumpram exigências nesse sentido. Para a obtenção
do Selo, as cidades devem cumprir quatro etapas, nas quais estão contidas 40
ações entre eletivas e obrigatórias. Dentre elas: assinatura do Termo de Adesão;
ações obrigatórias para receber o Selo Inicial; ações obrigatórias e eletivas para
adquirir o selo intermediário e uma ação obrigatória para receber o Selo Pleno.
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Todas as ações estão previstas num plano de ação que contemplam
esses requisitos e devem ser seguidos minuciosamente.
O envelhecimento populacional é o fenômeno demográfico observado
atualmente no Brasil, desde meados do século XX, que tem sido expresso pelo
crescente aumento da expectativa de vida da população e do contingente de
idosos. As projeções indicam que até o ano de 2025 a população idosa no Brasil
corresponderá a mais de 32 milhões de pessoas.
De acordo com o mencionado por pesquisadores, com o aumento da
expectativa de vida dos brasileiros e sendo o envelhecimento um processo ativo,
houve um crescimento das doenças crônico-degenerativas e em decorrência, os
declínios funcionais. O prejuízo funcional, ou a dificuldade do idoso em
desempenhar tarefas da vida diária, aumenta o risco de acidentes com
consequente agravo do processo saúde-doença, altera a qualidade de vida,
interfere na autonomia e independência e pode levar ao isolamento social e até
mesmo a institucionalização.
Neste processo, o ambiente domiciliar e extradomiciliar exercem papel
fundamental na promoção da autonomia do idoso, como facilitador no exercício
das funções e na interação com o meio, porém, quando não adaptado às suas
necessidades, pode funcionar como uma barreira para o desempenho
satisfatório das atividades.
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Em seguida, deve ser realizada uma análise dos ambientes acessados
pelo idoso para que se mantenha a característica do domicílio e que se modifique
o menos possível, valorizando a utilização do ambiente a todas as pessoas do
domicílio. Este processo inclui os locais onde o paciente circula, o mobiliário que
ele utiliza, as rotas que interligam os ambientes e o planejamento e a viabilização
do ambiente em casos de emergência.
Após estes dados, inicia-se o processo de avaliação ambiental, que
consiste na identificação das barreiras relacionadas aos objetos e dispositivos
necessários para o desempenho funcional e o nível de alcance; mobiliário;
segurança / risco de acidentes; circulação / espaço e pistas visuais e auditivas.
Realizada esta avaliação, obtêm-se dados suficientes para o
planejamento da adequação do ambiente, a exploração de alternativas de
facilitadores, o uso provisório das adaptações (caso possível); a aquisição das
adaptações ou modificações ambientais; o treino da utilização das mesmas e o
monitoramento das adequações.
A fundamentação teórica utilizada no processo de adaptação consiste na
ABNT 9050, os princípios do design universal, os conceitos da Classificação
Internacional de Funcionalidade (CIF) e a análise da atividade, ferramenta
utilizada pelo Terapeuta Ocupacional.
Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho,
com rampas, elevadores, adaptações em banheiros, entre outras, que retiram
ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com
deficiência dependem de projetos arquitetônicos, respeito às medidas
antropométricas, considerações clínicas ou da deficiência da pessoa e
otimização de espaços e ambientes de interação. Ademais, a adaptação do
comportamento e do ambiente favorece a função, quer seja de interação com o
ambiente, quer seja para mobilidade.
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– Barreira arquitetônica ambiental: impedimento da acessibilidade ao
deficiente, representado por obstáculo natural ou resultante de implantações
arquitetônicas / urbanísticas.
– Parâmetros antropométricos: medidas referenciais consideradas de
adoção necessária e indispensáveis nas edificações e equipamentos de
interesse, para que possam torná-los acessíveis às pessoas deficientes.
OBJETIVOS
Pontos importantes:
- Focos de Atenção da Equipe de Saúde
- Movimento livre e independente
- Inclusão social
- Legislação
AVALIAÇÃO
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- Fatores culturais (influência em atitudes e interesses, normas de
comportamento, tradições e definições de regras)
- Fatores de cidadania (aceitação da comunidade para as adaptações
ambientais)
- Fatores organizacionais (características ambientais e suas relações com
organizações e instituições - incluindo regras e leis).
O estudo de relação entre a habilidade pessoal e o contexto em que o
indivíduo estará inserido pode envolver:
– Arquitetos
– Cientistas sociais
– Antropólogos
– Design de interiores
– Bio-engenheiros
– Equipes de Saúde
(Parâmetros Antropométricos para acessibilidade: Medidas e padrões referenciais
básicos, segundo a Associação Brasileira de Normas e Técnicas – ABNT. Disponível em:
www.ufpb.br/cia/contents/manuais/ abnt-nbr9050-edicao-2015.pdf)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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ADAPTAÇÕES DOMÉSTICAS
Uma das principais preocupações para que se garanta o bem-estar e a segurança das
pessoas com mobilidade reduzida é a aplicação de pisos antiderrapantes que garantam uma
aderência adequada mesmo no contato com a água.
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ADAPTAÇÕES DOMÉSTICAS PARA IDOSOS
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Sala adequada
Sala e corredor:
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Banheiro seguro
Ter um banheiro adaptado para as necessidades que a idade exige pode deixar a vida
de idosos mais fácil e confortável. O medo de novas quedas leva o idoso a diminuir suas
atividades, provocando a síndrome da imobilidade. Imagem: Pinterest
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Cozinha acessível
Ter de subir em uma cadeira para alcançar algo guardado no armário mais
alto representa um grande risco, ainda mais para quem possui algum tipo de
limitação física. Adaptações no mobiliário ou mesmo na organização ajudam a
tornar a cozinha mais segura e prática para idosos.
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Quarto adaptado para Idosos. Criador: Reinaldo Meneguim 11-9961-8791 Direitos
autorais: Reinaldo Meneguim/HORUS PHOTOGRAPH
Escada:
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Cuidados para a casa toda
Para pessoa com deficiência física, ou mora com alguém que é usuário
de cadeira de rodas, provavelmente já sabe que é necessário fazer algumas
adaptações na casa. Além de garantir a segurança e o conforto, os ajustes
também permitem mais autonomia para se locomover e realizar as atividades de
rotina.
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Rampas
Nivelamento de pisos
Muitas casas acabam apresentando um leve desnível entre os cômodos
quando há tipos diferentes de piso. No entanto, para que seja seguro circular
com a cadeira de rodas, é fundamental que o piso esteja todo perfeitamente
alinhado.
Uma boa ideia é utilizar em todos os ambientes o piso vinílico, que é
bastante versátil, resistente, e ainda é mais silencioso do que outras opções.
Evite também carpetes, que dificultam a locomoção, e tapetes, que podem sair
do lugar e causar acidentes.
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rodas. Assim, será possível ter mais independência nas tarefas, cozinhar e fazer
as refeições confortavelmente.
Leve em conta também o acabamento dos móveis — evite quinas, por
exemplo, e dê preferência pelas extremidades mais arredondadas, que não
causam ferimentos durante a locomoção.
Não se esqueça de que é preciso ter bastante espaço ao lado da cama,
para a hora de deitar, e também espaço junto a mesas, para que a pessoa na
cadeira de rodas possa se posicionar junto a elas.
Barras de apoio
As barras de apoio são fundamentais no banheiro, para que a pessoa com
deficiência possa utilizá-lo sozinha, tanto junto ao sanitário quanto dentro do box.
Além do banheiro, elas também podem ser instaladas em outros pontos
da casa, principalmente no quarto. As barras de apoio dão mais autonomia aos
movimentos e ajudam a evitar quedas.
Por ser um item de segurança, é imprescindível que a instalação da barra
seja feita por um profissional capacitado; ele pode garantir sua firmeza, se a
altura está correta e se ela atende às normas da ABNT.
Piso antiderrapante
O piso antiderrapante é uma das mais importantes adaptações; isso
porque muitas vezes é possível ficar de pé (como no momento de sair da cadeira
para a cama), mas um escorregão pode causar sérios acidentes.
Além disso, o piso adequado também torna mais cômodo e mais seguro
locomover-se na cadeira de rodas ou com andadores.
O ideal é utilizar piso antiderrapante em toda a casa, mas os locais mais
necessários são o quarto e as áreas da casa que costumam ficar molhadas,
como cozinha e banheiro.
Campainha de emergência
Uma das melhores maneiras de garantir a segurança de uma pessoa com
deficiência é certificar-se de que ela seja rapidamente socorrida caso haja algum
problema.
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Por isso, instalar campainhas pela casa, posicionadas em local baixo e
próximo ao chão, é uma excelente ideia. Além disso, é importante que elas se
comuniquem com outros ambientes da casa.
As campainhas são simples de serem instaladas e fazem toda a
diferença. Elas também são regulamentadas pela norma da ABNT que trata
sobre a acessibilidade, a NBR9050:2015.
Cama motorizada
As pessoas com deficiência física passam muito tempo sentadas ou
deitadas; por isso, é importante alternar as posições para evitar dores, lesões e
até mesmo atrofia dos músculos.
Uma cama motorizada é uma boa maneira de garantir o conforto, pois ela
pode ser reclinada em vários ângulos, elevar a região das pernas e ter a sua
altura totalmente ajustada.
Para quem precisa de ajuda para se alimentar ou fazer a higiene pessoal,
a cama também é muito prática para o cuidador.
Banheiro confortável
Além de contar com barras junto ao sanitário e no box, e de ter piso
antiderrapante, o banheiro deve oferecer total comodidade.
Isso inclui, por exemplo, a instalação de uma pia de altura mais baixa, e
sem nenhuma mobília embaixo, para que a pessoa possa encaixar-se com a
cadeira de rodas por baixo dela na hora de usar.
Para quem sente mais dores devido ao frio, pode-se considerar instalar
um piso aquecido no banheiro. Embora não seja uma medida muito popular em
nosso país, pelo seu clima predominantemente quente, essa medida tem um
grande impacto no conforto.
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Se a casa tiver um jardim, o ideal é que haja espaços sem grama ou raízes
de árvores aparentes, pois é muito difícil a locomoção com cadeira de rodas
nesse tipo de solo.
Aproveite o quintal para criar uma área para hobbies, como jardinagem,
espaço de leitura etc. Quem tem piscina em casa pode instalar um elevador
individual ao lado dela; afinal, atividades na água são uma ótima terapia para
pessoas com deficiência, desde que acompanhadas.
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Figura 1 – Aluna com deficiência visual usando um computador para
escrever
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empilhadeira adaptada convenientemente para isso. Estes exemplos são
parecidos, só que o índice de amplificação do potencial humano vai se tornando
cada vez mais e mais alto!
Isso me faz lembrar uma frase famosa, criada há muitos anos por Mary
Pat Radabaugh, antiga diretora do Centro Nacional de Apoio para Pessoas com
Deficiência da IBM, nos Estados Unidos, que hoje está um tanto desgastada pelo
uso, mas muito verdadeira:
“Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais
fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis.”
Mas será que a tecnologia está ali, disponível para qualquer pessoa usar?
Esta empilhadeira adaptada existe no mercado? Um empresário compraria esta
empilhadeira robotizada para dar emprego a uma pessoa sem pernas?
O tempo vai passando e as tecnologias acabam por permear a vida de
um número cada vez maior de pessoas. Cada vez mais acesso, mais gente
usando. Será mesmo? Infelizmente a tecnologia nunca é gratuita e nunca é para
todos. Assim, a pessoa que não é deficiente mas não tem recursos financeiros
também não terá acesso às tecnologias.
Pela lógica vigente no mundo atual, para toda tecnologia que pode ser
produzida, é preciso que exista alguém que queira (e possa) obtê-la, e este fluxo
tem que resultar em lucro. Com isso em mente, temos que pensar nas questões
importantes de subsídios de cunho social e na existência de produtos voltados
para a distribuição em larga escala para pessoas sem recurso, em particular
aqueles que tenham deficiência.
Quando não há um equilíbrio mediado por ações honestas de política
pública, atrelada a medidas de cunho social, a evolução tecnológica acaba
contribuindo para o aumento do desequilíbrio econômico, em que os pobres
empobrecem mais, à medida que os ricos enriquecem mais.
Em resumo, não é tão importante o que a tecnologia representa, mas o
uso que fazemos dela.
Ou, dito de outra forma, e aproveitando as palavras de Melvin Kransberg
(1986):
A tecnologia não é boa nem é má, mas também não é neutra.
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2 Conceitos teóricos sobre deficiência
Fonte: http://www.socialistamorena.com.br
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Felizmente estas conotações tão pejorativas vão paulatinamente
perdendo sua força, e a palavra deficiência vai ganhando aceitação social,
mesmo que expressões discutíveis, como “criança especial”, ainda sejam
cunhadas e acabem por virar um modismo politicamente correto.
Concluindo esta primeira abordagem, é importante observar que a palavra
“deficiente” é usada de forma diferente:
dependendo das diversas finalidades práticas ou teóricas;
variando com as diferentes culturas e situações socioeconômicas;
podendo se amoldar para ser compatível com a conveniência individual.
Um exemplo: uma pessoa cega de um olho pode querer que sua visão
monocular seja considerada legalmente como deficiência, a fim de ser
contemplada em reserva de vagas para as cotas de emprego; no entanto, a
mesma pessoa não quer ser considerada da mesma forma, quando almeja tirar
uma carteira de habilitação para dirigir caminhões.
Fonte: http://miltonribeiro.sel21.com.br
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O que é mais importante: o fato de Beethoven ter ficado surdo, ou de ter
composto (quando surdo) melodias de uma beleza transcendental? Quando eu
agrego a esse raciocínio algumas considerações sobre a origem etimológica da
palavra “deficiente” – cujas raízes latinas significam “sem eficiência” –, a ideia
central é que se eu obtiver eficiência, não sou deficiente…
As palavras importam, quando tentamos explicar o mundo. É preciso usar
as palavras corretas, escolhidas com muito critério. Nós sugerimos que você leia
um artigo de Romeu Sassaki que explica o uso correto de termos como “pessoa
com deficiência”, “necessidades especiais”, “deficientes” e muitas outras.
https://www.deficienteciente.com.br/necessidades-especiais.html
Até os anos 1940, a visão que se tinha sobre as pessoas com deficiência
era a menos favorável possível, dependentes da caridade, chegando ao limite
de exibição em freak shows (Ver Figura 2). Foi mais ou menos nesta época que
se estabeleceu o “modelo médico”, uma abordagem que define a deficiência
como “uma propriedade do corpo do indivíduo“. Neste modelo, o centro de
referência são os médicos, autoridades publicamente reconhecidas que se
preocupam com assuntos relacionados à etiologia, diagnóstico, prevenção e
tratamento de doenças físicas, sensoriais e cognitivas. Neste modelo, as
pessoas com deficiência são pessoas inerentemente inferiores que devem ser
curadas ou tratadas. Em outras palavras, são elas, e não a sociedade, que
precisam ser modificadas ou melhoradas.
A partir dos anos 1960-70, criaram-se novos conceitos sobre deficiência,
considerando que os indivíduos são extremamente afetados por fatores que não
estão no corpo, mas no mundo que nos cerca. Um bom ambiente adaptado de
trabalho, por exemplo, é muito mais importante do que o fato de a pessoa ter ou
não ter uma perna.
Esta abordagem recebe o nome de “modelo social” e desafia o modelo
médico, que é focado exclusivamente em um corpo individual que clama por
tratamento, correção ou cura. A partir da aceitação do modelo social,
estabeleceu-se que não é uma deficiência ou necessidade de ajuste do
indivíduo, mas sim as barreiras socialmente impostas que determinam o sucesso
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ou insucesso da pessoa com deficiência na sociedade. Isso implica a
disponibilização ampla de locais acessíveis, transporte, meios de comunicação
adequados etc. O modelo social trata da eliminação de tais barreiras como uma
questão inalienável de direitos civis.
Muitos ativistas e ideólogos hoje em dia defendem um outro modelo, que
poderíamos denominar de “modelo cultural de deficiência”. Ele explora a
interface do organismo com deficiência com os ambientes em que o corpo está
situado. No modelo cultural a deficiência serve como uma identidade grupal, em
que as pessoas são parte do tecido mais amplo da diversidade humana, e como
um local de resistência cultural a concepções socialmente construídas de
normalidade. Por exemplo, muitas pessoas surdas se sentem parte de uma
“comunidade surda” e acham abjeta a hipótese de um implante coclear de
escutar, na medida em que a situação de surdez é por eles considerada uma
identidade cultural e linguística.
Todos estes modelos, que são considerados clássicos e bem
estabelecidos, hoje são contestados. Surgem novos modelos, como o “modelo
da interação simbólica”, que tentam contemplar a pessoa como protagonista,
em que “ao invés de ter um corpo, somos nossos corpos”. O fundamento
desta visão diferenciada é que há muitas situações de deficiência as quais
nenhuma mudança ambiental pode eliminar completamente. Por exemplo,
precisar de cuidados especiais, cuidadores e fisioterapia quando se tem
tetraplegia ou esclerose lateral amiotrófica é uma situação em que melhorias na
condição ou relação social nada podem oferecer.
Afinal, quem é deficiente, do ponto de vista conceitual? Não podemos
esquecer que “cada pessoa é uma pessoa”, sempre diferente das demais. Como
consequência, as manifestações de deficiência também são diferentes de
indivíduo para indivíduo, e o número de gradações da deficiência é infinito. Em
outras palavras: dependendo da situação, uma pessoa pode ser
convenientemente considerada ou não como uma pessoa com deficiência, e em
cada caso a classificação acaba por ser uma mistura de influências envolvendo:
condições intrínsecas do corpo físico;
designações segundo justificativas sociais ou jurídicas;
identificação com aspectos culturais de comunidades;
relações de dependência em relação a outras pessoas.
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Figura 4 – Automóvel adaptado para cadeirantes
Fonte: http://www.portac.com.br
Uma classificação (ou mais do que uma) será sempre necessária, porém,
como existe enorme gradação entre as deficiências individuais, qualquer
classificação não será mais do que um referencial teórico impreciso! Mesmo
assim, este tipo de taxonomia, embora não reflita toda a verdade, ajuda a definir
e compreender que é possível utilizar critérios gerais de caráter mais ou menos
aproximado, visando obter primeiro uma compreensão global e, a partir dela,
estabelecer as características individuais, assim como realizar as adaptações
para suportá-las, seja por ações individuais, seja por políticas públicas.
Em termos gerais, a deficiência pode ser classificada em:
A. sensorial – referente aos sentidos como visão e audição;
B. física – referente aos membros e à mobilidade;
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C. intelectual/mental – referente a efeitos da cognição e
comportamento.
Cada uma destas classificações tem subdivisões, como, por exemplo: a
deficiência sensorial se divide em visual e auditiva; por sua vez, deficiência visual
se divide em cegueira e baixa visão etc. Não é uma classificação perfeita, mas
tem sido utilizada amplamente em planejamento escolar e em aspectos da
legislação.
Assistir aulas
Entender o que o professor está fazendo
DEFICIÊNCIA VISUAL
Acessar a leitura e escrita convencional
Cegueira
Dispor de material em Braille
Baixa visão
Ter ajuda na interpretação de gráficos
Receber orientação e se mover
Aparelhos de surdez
DEFICIÊNCIA AUDITIVA Aparelhos de amplificação de som
(transmissão FM) para a sala de aula
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Surdez profunda Necessidade de tradutor-intérprete de Libras
Deficiência auditiva média Alternativas para leitura de textos em
ou leve português* � ênfase em imagens
Incentivo ao domínio da leitura labial, mesmo
sabendo que é método limitado
*É muito difícil dominar a leitura de
textos em português, pois o método de
escrita é fonético (algo que é totalmente
inacessível para um surdo profundo) e não
simbólico, como a Língua de Sinais.
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Paraplegia (mobilidade acima Acessibilidade física:
da cintura) Rampas, banheiros, portas largas etc.
Tetraplegia (mobilidade comprometida Mobilidade para ir e vir
em todo o corpo) Transporte urbano
Hemiplegia (mobilidade em um lado) Ajuda na higiene
Mutilação (falta de membro) Alguns precisam de cateterismo
Pessoas com graves deformidades Ajuda na alimentação
físicas
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL/COGNITIVA Comunicação
DM – deficiência mental Aprendizagem
Psicose Relacionamento
Esquizofrenia e outros
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Retardo mental
Síndrome de Down
Espectro autista
SUPERDOTAÇÃO
Indicação de que certa pessoa Conflitos sociais
tem “talentos ou habilidades fora de Bulling
série”
DISTÚRBIOS DE
APRENDIZAGEM (que não são
classificados oficialmente como
deficiência)
Dislexia – dificuldade de
Estratégias educacionais específicas
expressar-se oralmente
Alternativas para leitura, escrita e
Disgrafia – dificuldade de expressar-se
comunicação em geral.
por escrita
Gagueira
Baixo nível de cognição.
TDAH – Transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade
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Entretanto, após ajustes no processo de entrevistas, e mudanças
metodológicas de avaliação, foram gerados números bem mais conservadores
na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS): 6,2% da população tem algum tipo de
deficiência. O levantamento foi feito pelo IBGE em 2013 em parceria com o
Ministério da Saúde, e os resultados, divulgados em 2015.
Nota: Algumas pessoas declararam possuir mais de um tipo de deficiência. Por isso, quando
somadas as ocorrências de deficiências, o número é maior do que 45,6 milhões que representa
o número de pessoas, não de ocorrência de deficiência.
A. Deficiência visual
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B. Deficiência física
1,3% da população tem algum tipo de deficiência física e quase a metade
deste total (46,8%) tem grau intenso ou muito intenso de limitações. Somente
18,4% desse grupo frequenta serviço de reabilitação.
C. Deficiência intelectual
0,8% da população brasileira tem algum tipo de deficiência intelectual, e
a maioria (0,5%) já nasceu com as limitações. Mais da metade (54,8%) tem grau
intenso ou muito intenso de limitação, e cerca de 30% frequentam algum serviço
de reabilitação em saúde.
D. Deficiência auditiva
1,1% da população brasileira é portadora dessa deficiência. Foi o único
tipo que apresentou resultados estatisticamente diferenciados por cor ou raça,
sendo mais comum em pessoas brancas (1,4%) do que em negros (0,9%). Cerca
de 0,9% dos brasileiros tornaram-se surdos em decorrência de alguma doença
ou acidente, e 0,2% nasceu surdo. Do total de deficientes auditivos, 21% têm
grau intenso ou muito intenso de limitações, que compromete atividades
habituais.
5 Tecnologia Assistiva
Sem nos preocuparmos, a princípio, com definições precisas, vamos
chamar de Tecnologia Assistiva àquela que é destinada a pessoas com
deficiência. Não há dúvida, Tecnologia Assistiva ajuda muito e se torna
elemento-chave na vida das pessoas.
Segundo Rita Bersch (2017), “Tecnologia Assistiva é um termo utilizado
para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para
proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e
consequentemente promover sua vida independente e inclusão.”
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Para a maioria das pessoas, Tecnologia Assistiva é uma especialidade
da informática e da engenharia que visa criar produtos com o objetivo de
melhorar a vida das pessoas com deficiência (como na Figura 3).
Não está errado totalmente, mas é muito mais que isso. Tecnologia não
é sinônimo de coisa cara nem de coisa comprada! Pode ser algo simples, algo
que certa mãe, pobre, mas criativa, inventa para seu filho, usando apenas
objetos reciclados e que funciona perfeitamente!
Fonte: http://www.reab.com
Figura 7 – Tecnologia de baixa complexidade
Fonte: http://www.reab.com
Tecnologia Assistiva muda radicalmente a vida das pessoas com
deficiência. Podemos até dizer, metaforicamente, que um cego deixa de ser cego
quando a tecnologia invade sua vida. Ele caminha e se localiza com precisão, lê
com proficiência, reconhece ambientes, escreve sem dificuldade e assim por
diante. O mesmo raciocínio vale para quem é paraplégico e, através de uma
tecnologia específica, como uma cadeira de rodas motorizada, deixa de ter as
limitações de uma pessoa com deficiência física, por não poder andar, e passa
a poder correr.
42
O conhecimento tecnológico hoje é muito vasto, materiais se tornaram
mais disponíveis e baratos, e as possibilidades de construção usando motores e
controles computadorizados tornaram a tecnologia para pessoas com deficiência
mais fácil de desenvolver e produzir. A tecnologia também passou a ser
necessariamente adaptável e capaz de absorver as grandes diferenças que
existem nas pessoas que a utilizarão.
A quantidade e variedade de itens de Tecnologia Assistiva existentes hoje
é incomensurável.
É impossível fazer uma classificação de importância, na medida em que
uma adaptação criada por uma mãe pode ser tão relevante quanto o produto
robótico de última geração. Optamos assim por utilizar uma classificação criada
por Rita Bersch e José Tonoli, baseada em categorias comumente adotadas em
diversos países.
Comunicação aumentativa
(suplementar) e alternativa
Recursos, eletrônicos ou não, que
permitem a comunicação expressiva e
receptiva das pessoas sem a fala ou com
tal limitação. São muito utilizadas as
pranchas de comunicação, além de
dispositivos para fala sintética.
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Recursos de acessibilidade ao
computador
Equipamentos de entrada e saída
(síntese de voz, Braille), auxílios
alternativos de acesso (ponteiras de
cabeça, de luz), teclados modificados ou
alternativos, acionadores, softwares
especiais (de reconhecimento de voz etc.),
que permitem às pessoas com deficiência
usarem o computador.
Sistemas de controle de
ambiente
Sistemas eletrônicos que permitem
às pessoas com limitações
motolocomotoras controlar remotamente
aparelhos eletroeletrônicos e sistemas de
segurança, entre outros, localizados em
seu quarto, sala, escritório, casa e
arredores.
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Órteses e próteses
Troca ou ajuste de partes do corpo,
faltantes ou de funcionamento
comprometido, por membros artificiais ou
outros recursos ortopédicos (talas, apoios
etc.). Incluem-se os protéticos para
auxiliar nos déficits ou limitações
cognitivas, como os gravadores de fita
magnética ou digital que funcionam como
lembretes instantâneos.
Adequação postural
Adaptações para cadeira de rodas
ou outro sistema de sentar visando ao
conforto e à distribuição adequada da
pressão na superfície da pele (almofadas
especiais, assentos e encostos
anatômicos), bem como posicionadores e
contentores que propiciam maior
estabilidade e postura apropriada do corpo
através do suporte e posicionamento de
tronco/cabeça/membros.
Auxílios de mobilidade
Cadeiras de rodas manuais e
motorizadas, bases móveis, andadores,
scooters de 3 rodas e qualquer outro
veículo utilizado na melhoria da
mobilidade pessoal.
45
Auxílios para cegos ou com
visão subnormal
Auxílios para grupos específicos
que incluem lupas e lentes, Braille para
equipamentos com síntese de voz,
grandes telas de impressão, sistema de
TV com aumento para leitura de
documentos, publicações etc.
Adaptações em veículos
Acessórios e adaptações que
possibilitam a condução do veículo,
elevadores para cadeiras de rodas,
camionetas modificadas e outros veículos
automotores usados no transporte
pessoal.
46
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida
e inclusão social.
É importante notar que esta definição fala claramente que serviços são
um tipo de Tecnologia Assistiva. Esta decisão do CAT é coerente com as
definições utilizadas em outros países e tem como premissa o fato de que os
equipamentos, por si só, não produzem resultados adequados; só são obtidos
através dos serviços profissionais especializados, que devem ser colocados
como parte indissociável dos itens físicos de tecnologia.
47
Figura 8 – Pessoa amputada correndo
Fonte: http://passofirme.wordpress.com
Fonte: http://www.comunidadeviaduto.com.br
48
em busca de um diálogo com os legisladores, em particular com aqueles
responsáveis pela redação da Constituição de 1988.
Por conta destas ações, foi agregado artigo na Constituição que dá
sustentação de inserção das pessoas com deficiência na rede regular de ensino
– complementando o artigo 5º, que garante expressamente o direito de todos
à educação.
49
prevê a integração desses alunos em classes de aula regulares, compartilhando
as mesmas experiências e aprendizados com os outros estudantes.
Fonte: http://www.escolascreches.com.br
50
na Lei nº 6.571/08, a viabilização do uso de Tecnologia Assistiva no ambiente
escolar é uma das funções do que se denomina Atendimento Educacional
Especializado (AEE). Um serviço da educação especial que identifica, elabora e
organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, os quais eliminem as
barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas.
Dependendo da situação individual, o AEE definirá o tipo de Tecnologia
Assistiva, o que inclui programas de computador e equipamentos
especializados.
Os alunos com deficiência têm aulas complementares em contraturno no
AEE, em salas especiais, chamadas “Salas de Recurso Multifuncioniais”, que
são equipadas com diversos itens de Tecnologia Assistiva. Nelas se prepara e
disponibiliza material pedagógico acessível, se ensinam Braille e a Língua
Brasileira de Sinais (Libras), se disponibilizam recursos de Tecnologia Assistiva,
incluindo acessibilidade ao computador, se promovem atividades relativas à
orientação e mobilidade, se disponibilizam mecanismos para comunicação
alternativa etc. (DIAS et al., 2015).
Nota: Dadas as dificuldades que um professor pode ter, quando
necessário, um mediador poderá ser contratado ou alocado para ajudar o
professor no atendimento ao aluno com deficiência na sala de aula, mas isso na
prática não é muito comum.
51
Mostraremos a seguir alguns produtos e representantes de Tecnologia
Assistiva no Brasil. Não são os únicos, mas são os mais conhecidos. Na área de
produtos para deficiência visual, existe a proeminência da Civiam, da Laratec e
da TecAssistiva, formando um pequeno corpo de empresas que domina grande
parte do mercado nacional. Elas estão muito associadas à venda de produtos
importados.
Na área de produtos para deficientes físicos a principal fabricante é
a Polior, que realiza exportações para Espanha e Reino Unido. Outra grande
produtora é a brasileira Expansão, que produz e comercializa os produtos
patenteados Tuboform. Na área de cadeiras de rodas e outros dispositivos
mecânicos, há uma grande quantidade de fabricantes. As maiores são
a Freedom, a Ortobras, a Jaguaribe e a Ortomix.
Seria antiético fazer deste texto uma propaganda de produtos de
empresas comerciais. Optamos, portanto, por sermos o mais genéricos possível,
mostrando, para diversos tipos de deficiência, um apanhado sobre os principais
produtos disponíveis e utilizados amplamente no Brasil. Demos ênfase aos
produtos gratuitos, quase todos originários do trabalho do Laboratório de
Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva do Instituto Tércio Pacitti
da UFRJ (Lab. TecnoAssist – NCE/UFRJ).
52
8.1 Produtos para deficiência visual
Figura 12 – Dosvox, um dos programas mais usados no Brasil
53
C. Leitores de tela para smartphones e tablets: destacam-se
o TalkBack (embutido no Android) e o VoiceOver (para iPhone). Ambos utilizam-
se de técnicas de interação através do movimento do dedo sobre a tela de vidro
do aparelho, com o correspondente feedback auditivo.
D. Sintetizadores de voz: são dispositivos ou softwares usados para
traduzir texto em sons aproximados da fala humana. Destacam-se
o LianeTTS (gratuito, para Dosvox e Linux, desenvolvido em parceria com o
Serpro) e diversos produtos comerciais produzidos em empresas multinacionais,
destacando-se o Nuance Raquel e o IBM Eloquence como os sintetizadores
mais usados pelas pessoas cegas.
E. Leitores de textos: os dois principais programas para leitura através
da síntese de voz de textos digitais (formato Daisy e e-pub) para cegos são
o Dorina Daisy Reader, distribuído pela Fundação Dorina Nowill, e
o MecDaisy (mais simples), distribuído pelo MEC. Há também equipamentos
específicos para leitura importados, como o VictorReader, entre outros.
F. Impressoras Braille: – as impressoras Braille são essenciais para
a rápida conversão de todo tipo de texto eletrônico para o Braille, o formato de
escrita e leitura tátil utilizado por cegos e surdocegos. São empregadas para uso
pessoal, imprensas Braille, escolas, universidades e empresas. São
equipamentos grandes, barulhentos e muito caros. Os principais produtos
vendidos no Brasil são produzidos pelas companhias Index e Viewplus (Tiger),
com diversos representantes no país.
G. Braille Fácil: –é um programa gratuito que permite que a criação
de uma impressão em Braille seja realizada com um mínimo de conhecimento
da codificação braille.
H. Linha Braille, ou Display Braille: é um hardware que exibe
dinamicamente em Braille a informação da tela ligada a uma porta de saída do
computador.
I. Ampliadores de imagens ou lupas eletrônicas: são dispositivos
capazes de ampliar textos e imagens em papel para uso por pessoas com baixa
visão. Existem muitos produtos no mercado com diferentes capacidades e
potencialidades. Destacamos os produtos brasileiros da Terra Eletrônica e
diversos produtos importados.
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J. Óculos com reconhecedor de imagens: o Orcam MyEye é um
produto que permite o reconhecimento de faces, objetos e textos, reproduzindo
em síntese de voz a descrição do que a pessoa aponta com o dedo.
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Alguns destes softwares:
A. Motrix: é um software que permite a pessoas com deficiências
motoras graves, em especial tetraplegia e distrofia muscular, terem acesso a
microcomputadores.
B. Xulia: é um software de reconhecimento de voz que substitui
completamente o uso do teclado e do mouse.
C. MicroFênix: se destina a facilitar o uso do computador pelos
portadores de deficiência física grave que não usam os membros superiores
ativamente e também não falam. Estas pessoas controlam o computador através
de pequenos ruídos ou murmúrios, do uso de acionadores ou do movimento
ocular (em conjunto com o hardware Tobii).
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B. Livox é um software brasileiro para comunicação alternativa em
tablets. É bastante poderoso, não precisa de Internet e permite a edição e
execução de pranchas com grande qualidade em várias línguas e diversas
facilidades de interação. Seu uso é indicado para inúmeras deficiências,
incluindo paralisia cerebral e autismo severo.
57
9 Como ter acesso à Tecnologia Assistiva
Fonte: Internet
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Tecnologia Assistiva é coisa séria e algo que tem que ser escolhido
corretamente, na medida em que é uma das principais chaves para a
amplificação do potencial da pessoa com deficiência. Por outro lado, em geral
os familiares conhecem profundamente o problema, a organização do ambiente
e as questões financeiras que se relacionam à tecnologia a ser usada. Então, é
importante dar à família um papel decisório nestas escolhas.
Um ponto muito positivo é a existência hoje de uma enorme quantidade
de tecnologia que pode ser conseguida de forma gratuita. Há muitos produtos
baseados em tecnologia computacional gerados em universidades e centros de
pesquisa, com financiamento direto do governo ou como resultado de pesquisas.
De todo modo, a busca é sempre muito complexa e, por vezes, frustrante
devido ao tempo gasto para se chegar próximo daquilo que precisamos.
Resumo
É indiscutível que a tecnologia traz inúmeros benefícios para pessoa com
deficiência, proporcionando que seu potencial humano seja aproveitado muito
melhor. A pessoa com deficiência, por meio do uso da tecnologia, se torna um
“indivíduo equalizado ou amplificado” e pode ter um desempenho comparável
(em algumas áreas) ao de uma pessoa sem deficiência.
Infelizmente, num mundo extremamente demandante e mutável como o
que vivenciamos hoje, a perspectiva de inclusão das pessoas com deficiência
não é tão promissora como se deveria supor. Ocorre um fenômeno, que
poderíamos denominar de “meta móvel”, no qual, na medida em que a pessoa
com deficiência sobe de patamar na sua eficiência, a sociedade em pouco tempo
desconsidera a vitória e apresenta novos alvos, num processo contínuo.
Por exemplo, uma pessoa cega consegue, com o uso do computador, ler
e escrever de forma compatível com a escrita convencional, mas em pouco
tempo a sociedade lhe cobra que desenhe. Quando, através de uma nova
tecnologia, ela consegue desenhar, então é cobrada agora que saiba combinar
cores… A sociedade não quer equalizar quem tem uma deficiência com quem
(pretensamente) não a tem. Esse processo pode ser visto como um antimodelo
social, em que a pessoa passa de novo a ser julgada pelo que não tem, e não
pelo que é capaz de gerar para a sociedade.
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Este não é um tema para causar desânimo, mas algo verdadeiro que tem
que ser enfrentado. Não há uma fórmula mágica; para isso existem leis que
podem defender a pessoa contra um mundo que é selvagem e insensível aos
problemas individuais. Estas leis de proteção têm que ser baseadas na
valorização das pessoas com deficiência, defendendo-as e promovendo-as com
a premissa de que o que é mais importante não é focar no que a pessoa não é
capaz de fazer, mas sim no que ela tem condição de realizar, com o princípio de
que é necessário estabelecer condições adequadas de acessibilidade, para que
seja possível amplificar ao máximo os potenciais de cada indivíduo.
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REFERÊNCIAS
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adaptar-sua-casa-e-evitar-que-idosos-sofram-lesoes/>. Acesso em: 22 dez.
2020.
Cuidados para evitar acidentes domésticos com idosos. Disponível em:
<http://unimed.coop.br/portalunimed/cartilhas/cuidados-para-evitar-acidentes-
domesticos-com-idosos/index.html>. Acesso em: 22 dez. 2020.
GALVÃO FILHO, Teófilo A. e DAMASCENO, Luciana L. As novas
tecnologias e a Tecnologia Assistiva: utilizando os recursos de
acessibilidade na educação especial. Fortaleza, Anais do III Congresso Ibero-
americano de Informática na Educação Especial, MEC, 2002.
Adaptações para pessoas com deficiência: veja como preparar sua casa
- Blog da Liberdade sobre mobilidade, cadeiras de rodas, qualidade de vida e
patinetes elétricos. Disponível em: <https://blog.freedom.ind.br/adaptacoes-
para-pessoas-com-deficiencia-veja-como-preparar-sua-casa/>. Acesso em: 22
dez. 2020.
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