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Desenho na calçada 09
Inclinação transversal 14
Sinalização tátil 15
Calçadas verdes 21
Referências 23
EXPEDIENTE APRESENTAÇÃO
Guia Prático para Construção
Adotar parâmetros de acessibilidade em uma cidade é uma
de calçadas - Crea-BA – 2018
prova de respeito que um gestor pode ter com os cidadãos.
Presidente O direito a utilização dosespaços públicos deve ser assegurado
Eng. Civil Luís Edmundo Prado de Campos não só as pessoas com deficiência, mas também àqueles que
têm mobilidade reduzida, como: idosos,crianças e gestantes.Para
Chefe de Gabinete
Valter Sarmento orientar o poder público e a sociedade, o Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia da Bahia, por meio do Grupo de Trabalho
Gerente de Marketing e Projetos Estratégicos
deAcessibilidade, lança a nova edição do Guia Prático para
Victor Lopes
Construção de Calçadas. A publicação traz definições de calçadas
Coordenadora de Comunicação ideais, as dimensõesmínimas, normas atualizadas e critérios
Daniela Biscarde básicos para a promoção da acessibilidade.No Guia constam ainda
informações relacionadas à inclinação transversal, sinalização tátil
Jornalista
Nadja Pacheco e calçadas verdes, discutindo ainda itens como asmelhorias das
condições de acessibilidade urbana, o disciplinamento de usos e
Membros do Grupo de Trabalho de Acessibilidade
apropriações sociais, melhoria das condições ambientais das ruas
Mobilidade e Cidadania GTAMC - 2018
eda cidade, além da paisagem urbana.Esperamos que o conteúdo
Coordenador: Eng. Civil Nêuziton Tôrres Rapadura contribua para a mudança de postura por parte dos gestores em
Coordenadora Adjunta: Eng. Civil Maria do Socorro Silva relação ao acesso universal do espaço público. Boa leitura!
Eng. Civil Franklin Wirz Leite Filho
Eng. Mecânica Michele Costa Ramos
Eng. Mecânico Ricardo Adib Rachid
Eng. Civil Raimundo Nonato Miranda Ribeiro (SEMOB)
Comunicólogo Macello Medeiros (UFRB)
Sr. Tairony Oliveira de Sousa
Analista Técnico: Maria Emília M. Teixeira Cavalcante
Secretário: Adyson Cade do Valle Sena
A calçada ideal é aquela que garante o caminhar livre, seguro e confortável de Pessoas com Deficiência (PCD) – “aquelas que têm impedimentos de longo
todos os cidadãos. prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, as quais, em
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e
A calçada é o caminho que nos conduz ao lar. Ela é o lugar onde transitam os efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”
pedestres na movimentada vida cotidiana. É por meio dela que as pessoas (Estatuto da Pessoa com Deficiência)
chegam aos diversos pontos do bairro e da cidade. A calçada bem feita e bem
conservada valoriza a casa e o bairro. Pessoa com Mobilidade Reduzida (PMR) – “aquela que, temporária ou
permanentemente, tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio
A calçada ideal deve oferecer: e de utilizá-lo. Entende-se por pessoa com mobilidade reduzida, a pessoa com
Acessibilidade – assegurar a completa mobilidade dos usuários; deficiência, idosa, obesa, gestante entre outros.” (ABNT NBR 9050/2004)
Largura adequada – deve atender às dimensões mínimas na faixa livre;
Fluidez – os pedestres devem conseguir andar a uma velocidade constante; Calçada rebaixada – “Rampa construída ou implantada na calçada ou passeio,
Continuidade – piso liso e antiderrapante, mesmo quando molhado, quase destinada a promover a concordância de nível entre este e o leito carroçável.”
horizontal, com declividade transversal para escoamento de águas pluviais de (ABNT NBR 9050/2015)
não mais de 3%. Não devem existir obstáculos dentro do espaço livre ocupado
pelos pedestres;
do passeio
Segurança – não oferecer aos pedestres nenhum perigo de tropeço ou queda; passeio – “área
Faixa livre ou a
da ), via ou rota destinad
Espaço de socialização – deve oferecer espaços de encontro entre as pessoas (calça
à circulação de
exclusivamente ário
para a interação social na área pública; truída de mobili
pedestres, desobs er outras
e de qu ais qu
Desenho da paisagem – propiciar climas agradáveis que contribuam para o urbano 37/2016)
.” (ABNT NBR 165
interferências
conforto visual do usuário.
seio
o – “área do pas
Faixa de serviç ação de
da ) des tinada à coloc
(ca lça urbano e
tos, mobiliário
DEFINIÇÕES: objetos, elemen
pequenas co nst ruç ões int egrantes da
a, de natureza
utilitária
paisagem urban
NBR 16537/2016)
ou não.” (ABNT
Calçada – “parte da via, segregada por pintura, nível ou elemento físico, ada
o – “área destin
Faixa de acess as
destinada à circulação de pedestres, locação de mobiliário, vegetação e placas das interferênci
à acomodação do uso e
implantação,
de sinalização.” (ABNT NBR 16537/2016) resultantes da existentes
s ediFIcações
da ocupação da o órgão
públic a, autorizada pel
na via erferir
forma a não int
Passeio – “parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso competente, de : É recomendáv
el
livre. NO TA
na faixa (ABNT NBR
separada por pintura ou elemento físico, livre de interferências, destinada à
a pas sei os com mais de 2 m.”
par
16537/2016)
Guia Prático para a Construção de Calçadas Guia Prático para a Construção de Calçadas
LEGISLAÇÃO DESENHO NA CALÇADA
O proprietário de imóvel é responsável pela construção do passeio em frente Dimensões mínimas da calçada (ABNT NBR 9050/2015):
a seu lote e deverá mantê-lo em perfeito estado de conservação. (Código de
Polícia Administrativa do Município de Salvador) A largura da calçada pode ser dividida em três faixas de uso, conforme
definido a seguir e demonstrado pela figura abaixo:
O Decreto nº 5.296/04 é que regulamenta as leis n° 10.048/00 e n° 10.098/00,
que estabelecem normas gerais e critérios básicos para a promoção da a) Faixa de serviço: serve para acomodar o mobiliário, os canteiros, as árvores
acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Enfoque e os postes de iluminação ou sinalização. Nas calçadas a serem construídas,
na mobilidade urbana, construção dos espaços e nos edifícios de uso público e recomenda-se reservar uma faixa de serviço com largura mínima de 0,70 m;
legislação urbanística.
b) Faixa livre ou passeio: destina-se exclusivamente à circulação de pedestres,
Atualmente, o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) estabelece deve ser livre de qualquer obstáculo, ter inclinação transversal até 3%, ser
as normas gerais e os critérios básicos para a promoção da acessibilidade, contínua entre lotes e ter no mínimo 1,20 m de largura e 2,10 m de altura livre;
mediante a supressão de barreiras e obstáculos nas vias e espaços públicos,
no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de c) Faixa de acesso: consiste no espaço de passagem da área pública para o
transporte e de comunicação. lote. Esta faixa é possível apenas em calçadas com largura superior a 2,00 m.
Serve para acomodar a rampa de acesso aos lotes lindeiros sob autorização do
município para edificações já construídas.
Fatores de impedância:
podem interferir no
“elementos ou condições que
mobiliário urbano,
Fluxo de pedestres, tais como
ao alinhamento,
entrada de ediFIcações junto
amen to, vegetação,
vitrines junto ao alinh
NBR 9050/2015)
postes de sinalização.” (ABNT
As árvores, lixeiras e postes devem estar localizados na faixa de serviço, não As árvores, lixeiras e postes devem estar localizados na faixa de serviço, não
atrapalhando a faixa livre de pedestre. atrapalhando a faixa livre de pedestre.
Mobiliário Urbano – Todos os objetos, elementos e pequenas construções Mobiliário Urbano – Todos os objetos, elementos e pequenas construções
integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados
mediante autorização do poder público em espaços públicos e privados. mediante autorização do poder público em espaços públicos e privados.
Situações erradas que devem ser evitadas: Situações erradas que devem ser evitadas:
TRAVESSIA DE PEDESTRES
As rampas devem localizar-se fora da faixa livre de circulação mínima. As tampas de caixas de inspeção, juntas e grelhas instaladas nas calçadas
Entende-se que a faixa livre mínima considere o fluxo de pedestres. devem localizar-se, preferencialmente, fora da faixa livre de circulação e estar
As rampas podem ocupar a faixa de serviço, garantindo a continuidade da niveladas com o piso adjacente e instaladas perpendicularmente ao fluxo
faixa de circulação de pedestres em frente aos diferentes lotes ou terrenos. principal ou ter vãos de formato quadricular/circular, quando houver fluxos
em mais de um sentido de circulação. Se as grelhas e juntas forem instaladas
na área de circulação, os vãos não podem ser superiores a 15 mm.
ESQUINAS
Piso tátil de alerta - deve ser utilizado para sinalizar situações que envolvem
• A inclinação transversal de calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres
risco de segurança. O piso tátil de alerta deve ser cromodiferenciado ou deve
não deve ser superior a 3%.
estar associado à faixa de cor contrastante com o piso adjacente.
Instalação do piso tátil direcional – deve ser instalado nas áreas de circulação,
na ausência ou interrupção de uma guia de balizamento que indique o
caminho a ser percorrido e em espaços amplos como praças, calçadas, saguões,
dentre outros.
Ambiente do seu
Procure a Secretaria do Meio BRASIL, Ministério das Cidades. Política Nacional de Mobilidade Urbana.
as espécies mais
município, que deverá indicar Brasília: 2012.
adequadas.