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CALÇADA

PADRÃOguia de projeto
para o espaço público
1ª Edição I julho 2023
APRESENTAÇÃO
O guia de projeto para o espaço público - Calçara Padrão foi um
esforço conjunto da equipe técnica do Instituto de Pesquisa, Planejamento
Urbano e Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção - IPPUR,
para tratar das questões voltadas à ACESSIBILIDADE dos acessos as
edi!cações e dos espaços públicos e privados.

Para orientar pro!ssionais da área de arquitetura, engenharia,


urbanismo e a!ns, este manual aborda as principais necessidades de
adequação nos espaços urbanos a !m de contribuir para uma cidade mais
democrática que respeita a diversidade humana no seu direito fundamental
de ir e vir, conforme LBI (Lei nº 13.146 de 2015) e Normas de Acessibilidade.

No entanto, cabe a cada pro!ssional este trabalho inesgotável para a


formação de uma nova cultura, aplicando diariamente em seus projetos,
igualdade de condições à todas as pessoas no que diz respeito a mobilidade
urbana, tornando os espaços públicos e as edi!cações acessíveis de acordo
com os conceitos do desenho universal.

A cidade do futuro deve começar hoje, garantindo a cidadania ,


promovendo o acesso à educação, trabalho, transporte, saúde e lazer.
Possibilitar o acesso físico a todos é tratar as diferenças, sem discriminar, por
meio de soluções diversas, inclusivas e sustentáveis. É possibilitar autonomia
de caminhar sem riscos e, com isso, obter o direito de dividir
democraticamente todos os espaços da nossa cidade.

Equipe técnica IPPUR


EQUIPE TÉCNICA
REALIZAÇÃO

IPPUR - Instituto de Pesquisa, Planejamento Urbano e


Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção - PA.

Marcelo França Borges


Prefeito

Fernanda Almeida de Barros


Diretora-presidente

Jackeliny Santos Vargas da Silva Muniz


Diretora Administrativa

Gleydson Arruda
Assessor Jurídico

Wanderlei da Silva Júnior


Arquiteto e Urbanista

Suzy Sousa Matos


Engenheira Civil

Dheymislene Alves de Oliveira


Arquiteta e Urbanista
SUMÁRIO
Dimensionamento 10
Larguras 10
Larguras ............................................................... 08
Larguras 10
Larguras 10
Inclinação
Larguras ...........................................................
10 09
Larguras 10
Estacionamento .................................................
Larguras 10 10

Vagas Exclusivas ................................................. 11

Travessias ............................................................. 12

Piso Tátil ................................................................ 15

Piso Tátil em travessias ......................................... 17

Acesso as Edi!cações ........................................ 18

Piso Tátil de Alerta ................................................ 19

Obstáculos no Passeio ........................................ 20

Áreas de Circulação ........................................... 21

Materiais ............................................................... 22

Recomendações ................................................
23
BIBLIOGRAFIA ......................................................
24
LARGURAS
A calçada, segundo a NBR9050:2020 é parte da via, normalmente segregada
e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito
de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário, sinalização,
vegetação, placas de sinalização e outros !ns. Deve ser um espaço confortável e
seguro para o caminhar.
As calçadas devem possuir largura su!ciente para permitir a livre circulação
das pessoas e a instalação dos mobiliários urbanos como postes, lixeiras, bancos e
árvores.
A Largura mínima das calçadas em Redenção segue os valores mínimos
estabelecidos pela NBR9050:2015, estas devem garantir uma faixa livre para a
circulação de pedestres sem degraus.
mínima 210cm

*mínima 70cm *mínima 120cm variável

Figura 01 - inclinação longitudinal (Cadernos de Planejamento e projetos urbanos de Florianópolis)

FAIXA DE SERVIÇOS FAIXA LIVRE FAIXA DE ACESSO

Localizada próximo ao Localizada entre as faixas Quando exis"r irá auxiliar


meio-fio, é u"lizada para a de serviço e de acesso é no acesso ás edificações
co l o ca çã o d e e q u i p a - des"nada à livre circulação comerciais e residenciais.
mentos e mobiliário de pedestres. Nesta faixa, a Nesta faixa poderá ter
urbano, tais como: lixeiras, inclinação máxima é de 3% rampas ou degraus para
telefones públicos, bancos, não são permi"dos degrau, auxiliar no acesso de
postes de iluminação, desníveis, obstáculos, edificações existentes ou
sinalização de trânsito, rampas ou vegetação, área ajardinada.
árvores e rampas de acesso devendo ser completa-
para veículos ou pessoas mente livre de qualquer
com deficiência # sica. "po de interferência.

08 IPPUR - Instituto de Pesquisa, Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção


INCLINAÇÃO
A inclinação transversal da faixa livre
(passeio) das calçadas não podem ser
superior a 3%. Eventuais ajustes de soleira
devem ser executadas sempre dentro dos
lotes ou, em calçadas existentes com mais de
2,00 m de largura, podem ser executados nas
faixas de acesso.
Figura 02 - calçada com inclinação inadequada
O acesso entre o lote e a calçada será
feita exclusivamente dentro do imóvel de
forma a não criar degraus ou desníveis
abruptos na calçada.

Não poderão ser feitas rampas nos


passeios destinados à entrada de veículos. O
acesso de veículos aos lotes e seus espaços
de circulação e estacionamento deve ser
feito de forma a não interferir na faixa livre de
Figura 03 - inclinação transversal com máximo 3%.
circulação de pedestres, sem criar degraus ou
desníveis. Nas faixas de serviço e de acesso é
permitida a existência de rampas.

As rampas de acesso de veículos deve


respeitar os limites da faixa de acesso, não
interferindo na faixa livre ou na sarjeta. Para se
Figura 04 - rampa de acesso de veículos na faixa de serviço manter um padrão recomenda-se a rampa
de acesso com o comprimento entre 50cm a
70cm.

O rebaixamento só será autorizado para


entrada de garagens e estacionamentos no
recuo do terreno. Em calçadas amplas com
canteiros na faixa de serviço a rampa de
acesso pode ter o comprimento dos
canteiros, devendo ser sempre respeitado o
Figura 05 - rampa de acesso de veículos na faixa de serviço passeio livre.

A inclinação longitudinal da faixa livre


(passeio) das calçadas ou das vias exclusivas
de pedestres devem acompanhar a
inclinação das vias lindeiras e não haverá
desnível entre os passeios vizinhos.

Figura 06 - inclinação longitudinal acompanhando a inclinação


da via e do meio fio.

Manual Calçada Padrão 09


ESTACIONAMENTO
As vagas de estacionamento junto ao passeio público só será permitida
atendendo a Lei Complementar 002/2005. Devendo cumprir o seguinte:
- Existência de passeio com no mínimo 2,40m
- Admiti-se o estacionamento no afastamento frontal, desde que a soma da
largura desse afastamento e a do passeio existente seja, no mínimo, 8,30m.
- Seja destinada à circulação de pedestres, no afastamento frontal, a faixa
mínima de 0,90m em frente à edi!cação e nas divisas laterais.
- Áreas de circulação de pedestres e estaciona-mento estejam demarcadas.
- Autorização do IPPUR.
5,0m 0,9m

0,9m
8,3m
2,4m

2,4m

2,4m
variável 4,0m 4,0m
Figura 07 - estacionamentos no recuo

Todo estacionamento deve possuir uma faixa de circulação de pedestre que


garanta um trajeto seguro e com largura mínima de 1,20m até o local de interesse.
Nos estacionamentos externos ou internos das edi!cações de uso público ou
coletivo, ou naqueles localizados nas vias públicas, devem ser reservadas vagas
para pessoas idosas e com de!ciência.

Os portões de acesso a garagens manuais ou de acionamento automático


devem funcionar sem colocar em risco os pedestres. A superfície de varredura do
portão não pode invadir a faixa livre de circulação de pedestre e deve contar com
sistema de sinalização.

Os veículos não podem


utilizar das calçadas
para estacionar;

Os recuos, nas calçadas, para


estacionamento não serão
permitidos;

Regularize seu estacionamento


seguindo as orientações do Código
de Trânsito Brasileiro, IPPUR e DMTT.

Figura 08 - recuo e estacionamentos no passeio público

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VAGAS EXCLUSIVAS

Figura 09 - vagas 90º para PCD Figura 10 - vaga para idosos

Deve-se observar o número de


vagas reservadas para pessoas
com de!ciência, sendo 2% do total
das vagas (com no mínimo uma) e
vagas reservadas para idosos,
sendo 5% (com no mínimo uma).

Deve possuir sinalização vertical e


horizontal, conforme NBR9050/2020
e resoluções do CONTRAN
Figura 11 - vaga para PCD
Nº236/07, 304/08 e 303/08;

O percurso entre o estaciona-


mento de veículos e os acessos
devem compor uma rota acessível.

Quando da impraticabilidade de
se executar rota acessível entre o
estacionamento e acessos, devem
ser previstas, em outro local, vagas
de estacionamento para pessoas
com de!ciência e para pessoas
idosas, a uma distância máxima de
50m até o acesso da edi!cação.
Figura 12 - placas de uso exclusivo

Manual Calçada Padrão 11


TRAVESSIAS

m
0c
12

i=8,33%
cm
50
i=8,33%
i=8,33%

Figura 13 - rampa de travessia para pedestres

i=8,33%

i=8,33%

50cm

i=8,33%
i=8,33%

i=8,33%
i=8,33%

50cm

Figura 14 - planta - rampa de travessia para pedestres

A Calçada deve permitir o acesso direto à pista de rolamento, não sendo permitido
ressaltos ou degraus que impeçam a circulação.

As rampas de travessias devem ser executadas com a incli-nação de 8,33%, bem


como suas abas laterais, ou entre dois canteiros. A largura mínima do rebaixamento
é de 1,50m. O rebaixamento não pode diminuir a faixa livre de no mínimo 1,20m.

Em calçada estreita, onde a largura do passeio não for su!ciente para acomodar o
rebaixamento e a faixa livre com largura de no mínimo de 1,20m, deve ser feito o
rebaixamento total da largura da calçada, conforme !gura 15 e 16.

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12 IPPUR - Instituto de Pesquisa, Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção
TRAVESSIAS

i=5%
i=3%
i=5%

Figura 15 - rampa de travessia para pedestres em calçadas estreitas

i=3%

i=5% i=5%

Figura 16 - planta - rampa de travessia para pedestres em calçadas estreitas

Em canteiro divisor de pistas, deve ser garantindo rebaixa-mento do canteiro com


largura igual à da travessia ou ser adotada a faixa elevada.

A travessia elevada no nível do passeio é uma solução satisfatória para a acessibi-


lidade, pois possibilita maior conforto para o pedestre. Deve-se veri!car a
Resolução do CONTRAN nº 738/2018.

Em casos de intervenções sobre a pista de rolamento, o IPPUR, SEMOB e DMTT


deverão ser consultados.

Manual Calçada Padrão 13


TRAVESSIAS

Figura 17 - alargamento do passeio para travessia segura

Figura 18 - faixa elevada para travessia em nível

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PISO TÁTIL
A orientação das pessoas com O piso tátil na cor AMARELO é o padrão para
de!ciência visual é realizada por a cidade de Redenção, para ter contraste
piso tátil, direcional e alerta, e visual e orientar pessoas com baixa visão. A
elementos edi!cados, tais como cor para o piso adjacente da calçada
fachadas, muros, muretas, guias de deverá ser cinza chumbo ou semelhante.
balizamento ou "oreiras,
percebidos com o auxílio da
bengala longa.

A sinalização deve ser acessível,


seguro e descomplicado, quanto
mais direto for a linha guia, melhor
será o caminhar.

A sinalização tátil de alerta no


piso deve atender aos seguintes
requisitos:
-Ser antiderrapante;
-Ter relevo contrastante em relação
ao piso adjacente.
-Ter contraste de luminância em Figura 19 - piso tátil direcional e de alerta
relação ao piso adjacente.

Figura 20 - uso do piso tátil direcional e de alerta na calçada padrão

Manual Calçada Padrão 15


PISO TÁTIL
Quando o piso do entorno não for
liso, é recomendada faixas de
concreto sem textura (liso) com no
mínimo 60cm de largura ao lado do
piso tátil, para permitir a percepção
do relevo da sinalização tátil no piso.

Onde não houver linha guia


identi!cável, como postos de
gasolina, largos, praças, calçadões e
terminais direcionais no sentido do
"uxo dos pedestres, respeitando a
distância de 1,00 metro de qualquer
obstáculo, como postes ou muros, de
acordo com a ABNT NBR 16537/2016. Figura 21 - uso do piso tátil com pisos lisos e blocos intertravados

Figura 22 - uso do piso tátil em áreas de postos de combustíveis

Encontro de 2 direções Encontro de 3 direções

4 pisos de alerta 6 pisos de alerta

Encontro de 4 direções Derivações suaves

9 pisos de alerta
Figura 23 - uso do piso tátil em intersecções de diferentes direções
150º < x > 180º

16 IPPUR - Instituto de Pesquisa, Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção


PISO TÁTIL EM TRAVESSIAS
Deve ser instalado o piso tátil partindo da linha
guia (fachada) ou piso tátil de alerta do meio
do passeio público na faixa livre, em formato
50
cm de ‘‘T’’ até o piso tátil de alerta a 50 cm do
meio-!o, perpendicular ao sentido da
travessia. O ideal é que o piso de alerta seja da
largura da rampa de acesso.
Figura 24 - piso tátil nas rampas de travessias

Em locais com "uxo muito intenso de pedestres


a largura da rampa deve ser maior.

A largura mínima para a sinalização de piso de


alerta é de 150cm de largura, e a máxima é
150
cm
equivalente à largura da faixa de travessia.
150
cm
150
cm

Figura 25 - piso tátil nas rampas de travessias e calçadas com bloco intertravado

A pessoa com de!ciência visual segue o piso tátil que sai da fachada em direção
ao meio !o e, quando encontra o piso de alerta, apoia seu calcanhar e presta
atenção aos sons da rua, até o momento seguro para seguir a travessia em linha
reta.

Assim, a direção dos pisos e rampas são importantes para sinalizar corretamente. É
imprescindível observar o percurso completo, traçando uma linha de uma fachada
até a outra. De!nindo o sentido adequado de travessia, tanto o piso direcional
quanto o piso de alerta transversal devem estar apontados para o rebaixo mais
próximo.

Figura 26 - travessias seguras e travessias inadequadas

Manual Calçada Padrão 17


ACESSOS AS EDIFICAÇÕES
Check List para Escadas e
Rampas Acessíveis
corrimão em duas alturas
- Piso de Alerta no início e !nal da 70cm e 92cm
rampa e da escada;
placa em braile
placa em braile
- Prolongamento do corrimão, em guia de balizamento
ambos os lados da rampa ou
escada, com 2 alturas, a 70cm e piso tátil de alerta
92cm do piso, com 30cm de
comprimento;

- Placa em braile indicando o


nome do ambiente ou número do inclinação 8,33%
pavimento;

- Corrimãos contínuos, em ambos


os lados;
piso tátil de alerta
- Guias de balizamento em
ambos os lados das rampas e
escadas, com altura mínima de Figura 27 - modelo de rampa para acesso as edificações
5cm e cor contrastante;

- Largura conforme recomen- corrimão em duas alturas


70cm e 92cm
dado pelo NBR9050 e Normas do
Corpo de Bombeiro;
placa em braile
- A inclinação das rampas deve guia de balizamento
seguir o estabelecido nas tabelas placa em braile piso tátil de alerta
4 e 5 da NBR 9050;

- Piso antiderrapante;

- Desníveis acima de 60cm


deverão ter guarda-corpos
instalados com altura de 1,10m;

- Degraus devem ter dimensões


conforme item 6.8 da NBR 9050, faixa reflexiva
não poderão ser vazados e
devem conter faixa de sinali-
zação, no degrau, contrastante
piso tátil de alerta
em suas extremidades.
Figura 28 - modelo de escada para acesso as edificações

18 IPPUR - Instituto de Pesquisa, Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção


PISO TÁTIL DE ALERTA

No caso de edi!cações existentes, quando houver desnível entre a calçada e a


edi!cação deverá ser executado no mínimo duas formas de acesso a edi!cação
sendo as mais utilizadas as rampas e as escadas. Caso seja insu!ciente o espaço no
lote para execução de rampas e escadas, estas poderão ser realizadas na faixa de
acesso do passeio público, desde que haja largura su!ciente.

O piso de alerta deve ser usado para


sinalizar todas as mudanças de
sentido/direção e os obstáculos acima
de 60cm, como:

- Caixa de correios;

- Telefones públicos;
Figura 29 - alerta em obstáculos
- Hidrantes;

- Início de !m de rebaixamento de
guia;

- Travessias de pedestres;

- Início e !m de escadas e rampas;

Elementos com largura constante Figura 30 - piso tátil em paradas de ônibus


como postes e árvores de copa alta
não devem ser sinalizadas com alerta,
pois a pessoa com de!ciência visual os
percebe utilizando a bengala longa;

Quando houverem galhos, placas ou


qualquer outro elemento suspenso a
menos de 210 cm de altura deverá
utilizar a sinalização de alerta.

Figura 31 - calçada com faixa livre regular e uso da faixa de serviços


para postes, árvores e jardim

Manual Calçada Padrão 19


OBSTÁCULOS NO PASSEIO

Figura 32 - proibido colocar restos de obras sobre o passeio Figura 33 - utilização do caçamba para entulho, paralelo ao meio fio

Em reformas e construções o passeio deverá permanecer livre, o responsável pela


obra deverá fazer o descarte de material em local adequado sem o
impedimento da passagem do pedestre.

Figura 34 - tapume com faixa de circulação livre Figura 35 - tapume com rampas e circulação segura

Obras sobre o passeio devem ser sinalizadas e isoladas, assegurando-se largura


mínima de 1,20m para circulação. Nos dois caos acima o pedestre deve ter livre
circulação com segurança e autonomia.

Figura 36 - rampa e desnível inadequados sobre o passeio Figura 37 - vegetação espinhosa no passeio

Não poderá ter rampas, degraus ou desníveis na calçada e quando na existência


de canteiros ou "oreiras não poderá utilizar vegetação com espinhos ou
venenosos. As vegetações utilizadas devem estar sempre podadas.

20 IPPUR - Instituto de Pesquisa, Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção


ÁREAS DE CIRCULAÇÃO
Em caso de desníveis e taludes ao
lado de circulações deverá
adequar ao contexto.

Em margem desníveis até 60cm


de altura, deve ter margem plana
ao lado da faixa de circulação de
pelo menos 60cm de largura antes h= <60cm

do trecho em desnível e contraste


visual em relação o piso lateral e a
área de circulação.

Figura 38- passeio com talude lateral < 60cm

Poderá ser adotado linha guia e


proteção lateral de no mínimo
15cm ao lado da área de
circulação e superfície contras-
tante ao piso adjacente.
h= <60cm

Em desníveis superiores a 60cm é


obrigatório a instalação de Figura 39- passeio com linha guia
guarda-corpo na lateral da área
de circulação.

guia h= >60cm

15 cm

Figura 40- passeio com talude lateral > 60cm

Figura 41- linha guia com 15cm de altura


Manual Calçada Padrão 21
MATERIAIS

piso tátil direcional


meio-fio pré moldado

sarjeta
piso de concreto piso de concreto
ou placa pré moldada ou placa pré moldada

Argamassa de assentamento
Contrapiso de concreto armado

Malha de aço
Base: 5cm de material granular
Solo compactado

Figura 42- método construtivo para pavimentação da calçada

Figura 43 - materiais adequados para pavimentação da calçada Figura 44 - materiais inadequados para pavimentação da calçada

22 IPPUR - Instituto de Pesquisa, Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção


RECOMENDAÇÕES
Elementos pré-frabricados facilitam a execução e garantem um padrão de
acabamento, podem ser usados a concretagem in-loco, blocos de concreto
intertravado e placas cimentícias para piso.

Recomenda-se que o contrapiso seja de concreto armado para garantir resistência


principalmente em acessos de veículos.

O meio !o deve estar nivelado com o restante da calçada acompanhando a


inclinação longitudinal da via. Quando for executar o meio !o deve-se dar
preferência para peças pré-moldadas, não podendo ser utilizado tijolos cerâmicos
devido a baixa resistência para esse !m.

Ao repavimentar uma calçada deve ser retirado todo o piso existente, prevendo o
nivelamento exato com o meio !o, que não deverá ser coberto pelo piso novo ou
argamassa.

Figura 45 - diferentes texturas, estampas e materiais inadequados

Deve ser mantido o padrão sem pinturas decorativas, evitando poluição visual;

Utilizar materiais que sejam regulares, não trepidante e ser antiderrapante;

Pisos trepidantes prejudicam pessoas em cadeiras de rodas, com muletas,


bengalas, malas de rodinha, carrinho de bebê, salto alto, pessoas idosas e pessoas
com de!ciência visual, que sentem di!culdade para perceber onde está o piso tátil,
já que não há contraste entre os dois materiais, tudo apresenta textura;

Calçadas não poderão ser pavimentadas com pedra portuguesa (petit-pavé),


concreto intertravado, sextavado, paralelepipedo, piso cerâmico, estampados,
ladrilho entre outros similares.

Deve-se evitar materiais estampados que possa gerar sensação de insegurança e


que causem impressão de tridimensionalidade.

Manual Calçada Padrão 23


BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edi!cações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos. Rio de Janeiro, 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16537: Acessibilidade - Sinalização tátil no piso. Rio de Janeiro, 2016.

BRASIL, Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.

____, Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000. Dá prioridade de atendimento às pessoas que especi!ca, e da outras
providências.

____, Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de de!ciência ou com mobilidade reduzida, e da outras providências.

____, Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com De!ciência (Estatuto da Pessoa com
De!ciência).

____, Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis 10.048, de 8 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de
dezembro de 2000.

____, Decreto nº 6949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a convenção Internacional sobre os Direitos
das Pessoas com De!ciência e seu protocolo facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.

____, Ministério das Cidades. Conselho Nacional de Trânsito. Departamento Nacional de Trânsito. Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito - Volume IV - Sinalização Horizontal. DENATRAN: Resolução n.2362007.

____, Ministério das Cidades. Conselho Nacional de Trânsito. Departamento Nacional de Trânsito. Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito - Volume I - Sinalização Vertical de Regulamentação. DENATRAN: Resolução n.180/2005.

Redenção, Lei Complementar nº 002, de 7 de novembro de 2005. Dispõe sobre o parcelamento, uso e ocupação do solo da
área urbana do Distrito sede do Município de Redenção e da outras providências.

____, Lei Complementar nº 004, de 7 de novembro de 2005. Dispõe sobre o Código de Obras do Município de Redenção e da
outras providências.

____, Lei Complementar nº 005, de 7 de novembro de 2005. Dispõe sobre a instituição do Código de Posturas do Município de
Redenção e da outras providências.

____, Lei Complementar nº 059, de 8 de setembro de 2011. Cria o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e
Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção - IPPUR e da outras providências.

____, Lei Municipal nº 743, de 23 de maio de 2018. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas que especi!ca e, da outras providências.

____, Lei Complementar nº 128, de 29 de dezembro de 2022. Dispõe sobre a política urbana e ambiental do Município e institui
o "Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental do Município de Redenção", de acordo com o disposto no Art. 40 da
Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade e do Art. 97 da Lei Orgânica do Munícipio e, dá outras
providências.

____, Decreto 375, de 9 de maio de 2012. Dispõe sobre a aprovação da consolidação do Estatuto do Instituto de Pesquisa,
Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção - IPPUR, e da outras providências

CASTRO,Eduardo Ronchetti de. Acessibilidade Arquitetônica: conheça o método e!ciente para aplicar a acessibilidade em
seus projetos obras. 1ª ed. São Paulo : Acessibilidade Aplicada, 2022.

CASTRO, Eduardo Ronchetti de. Acessibilidade: 14 pro!ssionais e 1 propósito. org Eduardo Ronchhetti de Castro. 1ª ed. São
Paulo : Acessibilidade Aplicada, 2022.

CEARÁ. Secretaria de Infraestrutura do Estado do Ceará. Guia de Acessibilidade: Espaço público e edi!cações. Fortaleza:
SEINFRA-CE, 2009.

PREFEITURA DE GOIÂNIA. Manual de Calçada Sustentável. Goiânia, 2012.

PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS. Calçada Certa: Manual de projeto e execução. 2ª Ed. Cadernos de planejamento e projetos
urbanos de Florianópolis. IPUF, 2019.

CRÉDITOS
As ilustrações em perspectiva deste manual tem como referência grá!ca: Calçada Certa - Manual de projeto e execução,
IPUF - Florianópolis.

24 IPPUR - Instituto de Pesquisa, Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável do Município de Redenção

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