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GUAPIMIRIM

Construindo uma cidade


mais acessível

Manual Técnico
de Calçadas Acessíveis
Manual de Calçadas Acessíveis

1ª Edição - Novembro de 2016

Prefeitura Municipal de Guapimirim - RJ.


Prefeito: Marcos Aurélio Dias

Secretaria do Urbanismo e Regularização Fundiária.


Secretário de Urbanismo: Antonio Luiz Vidaurre Franco

Equipe Técnica:
Coordenação e Produção: Célia Regina O. Damasceno
Elizabeth de Souza Egito
Cidvaldo Victor Cavalcanti
Supervisão: Antonio Luiz Vidaurre Franco
Ilustração: João Filipe da Silva e Juliara Vasconcelos
Projeto Gráfico e Diagramação: Juliara Vasconcelos
Colaboração:
Alyrio Rossi P. Souza
Edson Seixas de Jesus
Haroldo Azevedo Pimentel
Lourenço Matos Malheiros
Maria da Conceição Brito do Nascimento
Rafael Godoy
Dr. Winderson Porto
Yoko Inoue
Sumário 5.1.3 Rampa transversal
5.1.4 Declividade transversal
1. Calçadas ........................................................... 05
1.1 Definição. 6. Padrão de Calçadas ........................................... 12
1. 2 Dimensões 6.1 Padrão tipo 01
1.2.1 Faixa de Serviço 6.2 Padrão tipo 02
1.2.2 Faixa livre 6.3 Padrão tipo 03
1.2.3 Faixa de Acesso
1.3 Padronização das calçadas .................. 07 7. SIA – Símbolo Internacional de Acesso ............ 14

2. Rota Acessível ................................................... 07 8. Travessia de Pedestres ..................................... 14


2.1 Tipos de Pisos
2.1.1 Pisos podotáteis 9. Mobiliário ........................................................... 15
2.1.2 Piso tátil direcional 9.1 Telefone ................................................. 15
2.1.3 Piso tátil de alerta 9.2 Caixas de Correio e Lixeiras ................... 16
9.3 Abrigo e Ponto de Ônibus ....................... 16
3. Declividade ....................................................... 09 9.4 Banca de Jornal ..................................... 16
9.5 Estacionamento .................................... 17
4. Escadas ............................................................. 09 9.5.1 Vagas de Estacionamento
4.1 Degraus
4.2 Corrimão 10. Esquinas .......................................................... 18

5. Rampas – Rebaixamento de Calçadas ............. 10 11. Calçada Verde .................................................. 18


5.1 Tipos 11.1 Vegetação
5.1.1 Rampas longitudinal 11.2 Grelhas
5.1.2 Declividade longitudinal
12. Poste de Iluminação ........................................ 22
13. Rampas de acesso a veículos ......................... 22
13.1 Forma correta
13.2 Recomendações

14. Meio fio ............................................................. 24

15. Tecnologia na Tipologia de Revestimento ..... 25


15.1 Piso intertravado .................................. 25
15.1.1 Especificações
15.1.2 Execução
15.2 Concreto moldado in loco ..................... 28
15.2.1 Especificações
15.2.1 Execução
15.3 Ladrilho hidráulico ............................... 31
15.3.1 Especificações
15.3.2 Execução
15.4 Placas de concreto .............................. 34
15.4.1 Sistema aderido .................... 34
15.4.1.1 Especificações
15.4.1.2 Execução
15.4.2 Sistema flutuante .................. 36
15.4.2.1 Especificações
15.4.2.2 Execução

Bibliografia ........................................................... 38
Glossário .............................................................. 39
5

Diretrizes do Município de Guapimirim para a Todos os procedimentos adotados na construção de


construção de calçadas calçadas devem obedecer às determinações da NBR
9050.
1.Calçadas Área de
separação

Largura Rampas

Inclinação Mobiliário
Urbano

1.1 Definição Iluminação Drenagem

Parte da via, normalmente segregada e em


nível diferente, não destinada à circulação de veículos, Pavimento
do Passeio
reservada ao trânsito de pedestres e quando possível,
à implantação de mobiliário, sinalização, vegetação e 1.2 Dimensões
outros fins – Código de Trânsito Brasileiro.
A calçada deverá estar em nível diferente do da As calçadas devem ter no mínimo 2 metros de
faixa de tráfego, com a qual faz fronteira, separando-se largura. Aquelas existentes menores que essas
assim os espaços ocupados por veículos e pedestres. medidas e tiverem no mínimo 1,2m poderão ser
Ela deve garantir o deslocamento de qualquer pessoa, admitidas como rotas acessíveis, estando livres de
independentemente de idade, estatura, limitações de qualquer obstáculo.
mobilidade ou percepção, com autonomia e Esta se divide em três faixas distintas:
segurança, pela via pública.
6
As intervenções feitas precisam ser reparadas em toda
a largura, sempre seguindo o modelo original.

1.2.3 Faixa de acesso:


Faixa de Faixa de Essa terceira faixa é dispensável em calçadas
Faixa Livre
Acesso Serviço
com menos de 2 m. Essa área é aquela em frente ao
1.2.1 Faixa de serviço: seu imóvel ou terreno e pode receber vegetação,
rampas, toldos, propaganda e mobiliário móvel como
Essa faixa de no mínimo, 0,75 m, é onde mesas de bar e floreiras, desde que não impeçam o
deverão ser colocados os mobiliários urbanos - como acesso aos imóveis.
árvores, rampas de acesso para pessoas com
deficiência, poste de iluminação, sinalização de
trânsito, bancos, floreiras, telefones, caixa de correio e
lixeiras.

1.2.2 Faixa livre:

Essa é a faixa mais importante, pois é aqui que


garantiremos a circulação de todos os pedestres. Ela
deve ter no mínimo 1,20 m de largura, não apresentar
nenhum desnível, obstáculo de qualquer natureza ou
vegetação.
Essa faixa tem de ter superfície regular, firme,
contínua e antiderrapante sob qualquer condição, ou
seja, não pode ter qualquer emenda, reparo ou fissura.
7

1.3 Padronização de Calçadas 2.1 Tipos de piso


O piso de orientação deve possibilitar a
A padronização das vias com a utilização de identificação de um percurso e suas paradas, bem
pavimentos com cores definidas nas respectivas como mudanças de planos e pontos de atenção. Pode
faixas da calçada favorece a orientação das pessoas. ser usado qualquer tipo de revestimento, desde que
A paginação do piso deve ser clara para que não crie apresente contraste de cor e textura com o entorno.
conflito aos usuários da via quanto a sua linearidade de
percurso e venha a dificultar a orientação de pessoas
com deficiência visual total ou parcial.
Piso de
1.3.1 Cores orientação

As cores auxiliam a leitura do espaço, podendo 2.2.1 Pisos Podotáteis


servir como definidoras e orientadoras dos limites,
caminhos, aberturas e vãos. Sendo sugerida a Para dar autonomia e segurança para pessoas
utilização de cores que tenham contraste com o piso com deficiência visual total ou parcial a circularem pela
predominante. cidade é importante colocar os pisos táteis de alerta e
direcional.
2. Rota Acessível A sinalização tátil do piso podotátil é descrita pela
norma NBR 9050. Os dois modelos descritos são do
tipo alerta e direcional, que devem ter cores
contrastantes com o piso adjacente, de vários
tamanhos de acordo com a norma.
O piso tátil apresenta-se como um
revestimento em alto-relevo, igualmente contrastante
com o entorno, devendo ser utilizado para sinalizar
situações que envolvam risco de segurança.
8
Em espaços muito abertos recomenda-se a perpendicularmente ao sentido do deslocamento.
implantação de um piso que conduza o transeunte ao Recomenda-se que seja cromo diferenciado, ou seja,
acesso principal, o piso direcional. associado à faixa de cor contrastante com o piso
adjacente.
2.2.2 Piso Tátil Direcional Deve ser utilizado para indicar:
35 a 42 • Rebaixamento de calçadas;
• Obstáculo de balanço sobre o passeio;
Este é o piso que • Desníveis com vãos, plataformas de embarque/
direciona as pessoas com desembarque e palcos;
deficiência visual. Ele é • No início e término de escadas e rampas.
formado por feixes salientes
retangulares em paralelo Possui textura em relevos lineares,
que, como sugere o próprio regularmente dispostos. Deverá ser instalado
nome, indica a direção a ser perpendicularmente ao sentido do deslocamento da
seguida. calçada, indicando o caminho preferencial de
circulação.
20 a 30 45 a 55
30 a 40 5
70 a 85 2.2.3 Piso Tátil de Alerta

Ele é instalado formando uma faixa que


acompanha o sentido do deslocamento e tem a largura
variando entre 0.25cm a 0.60cm.
O piso direcional deve ser usado em calçadas 60
largas e de grande circulação, indicando o caminho a a7
5
ser percorrido e em espaços muito amplos.
Deverá ser utilizado para sinalizar situações 11 a 20
21 a 27
que envolvem risco de segurança e instalado 42 a 53 22 a 30
15
9
É usado para sinalizar situações que envolvem ser atendidas, simultaneamente, as seguintes
risco de segurança. Esse piso tem de ter cor condições:
contrastante com a da calçada - usualmente pede-se a
cor amarela. Este piso pode ser encontrado em lojas a) 0,63 m < p + 2e < 0,65 m;
especializadas. Esse tipo de piso é usado para alertar b) Pisos (p): 0,28 m < p < 0.32 m e;
as pessoas com deficiência visual total ou parcial. c) Espelhos (e): 0,16 m < e 0,18 m.
Quando elas passam com a bengala ou notam
a textura diferente do piso com a sola do sapato, já 4.1 Degraus
sabem que terão um obstáculo à frente: seja uma
travessia, um poste, uma árvore ou um telefone Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis
público. devem estar associados à rampa ou ao equipamento
de transporte vertical. Não devem ser utilizados
3. Declividade degraus e escadas fixas com espelho vazadas.
Quando for utilizado bocel ou espelho inclinado, a
Na faixa de serviço e de acesso, a inclinação projeção da aresta pode avançar no máximo 1.5 cm
longitudinal pode ser na proporção de até 1/12 que sobre o piso abaixo. A dimensão do espelho de
corresponde a 8.33% de caimento e a transversal de degraus isolados deve ser inferior a 0.18 cm e superior
passeios, calçadas e vias exclusivas de pedestres a 0.16 cm. Devem ser evitados espelhos com
deve ser de 3% em relação ao nível da rua. dimensão entre 1.5 cm e 15 cm.

4. Escadas 4.2 Corrimão

Uma sequência de três degraus ou mais é 4.2.1 Os corrimãos devem ser instalados em
considerado escada. As dimensões dos pisos e ambos os lados dos degraus isolados, das escadas
espelhos devem ser constantes em toda a escada ou fixas e das rampas.
degraus isolados. Para o dimensionamento, devem
4.2.2 Os corrimãos devem ter largura entre 3.0
10
cm e 4.5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado um
espaço livre de no mínimo 4.0 cm entre a parede e o 5. Rampas – Rebaixamento de Calçadas
corrimão. Devem permitir boa empunhadura e
deslizamento, sendo preferencialmente de seção 5.1 Tipos
circular. 5.1.1 Rampa longitudinal
Alinhamento
4.2.3 Quando embutidos na parede, os do imóvel
corrimãos devem estar afastados 4.0 cm da parede de
fundo e 15.0 cm da face superior da reentrância.
%
33
8,
4.2.4 Os corrimões laterais devem prolongar- i£
i<
3%
se por pelo menos 0.30 cm antes do início e após o
término da rampa ou escada, sem interferir com áreas
de circulação ou prejudicar a vazão. Em edificações
existentes onde for impraticável promover o
Calçada
prolongamento do corrimão no sentido do
caminhamento este pode ser feito ao longo a área ou Sarjeta
circulação ou fixado na parede adjacente. Via

5.1.2 Declividades Longitudinais

Possíveis ajustes na declividade da via e o lote


deve ser resolvido sempre dentro dos lotes; Eventuais
desníveis ou degraus nas calçadas já existentes
devem ser ajustados através de rampa com inclinação
11
recomendada entre 5% e 7% e máxima admissível de sem semáforo.
8.33% tendo largura recomendada de 1,20m e mínima 5.1.6 Não deve haver desnível entre o término
aceita de 0,90m para casos extremos. do rebaixamento da calçada e o leito carroçável.

5.1.7 Os rebaixamentos das calçadas devem


ser constituídos na direção do fluxo de pedestre. A
inclinação deve ser constante e não superior a 8.33%.

5.1.8 Na faixa de serviço e na faixa de acesso,


a inclinação longitudinal pode ser na proporção de até
1:12, o que corresponde a 8,33% de caimento.
imáx=
imáx=8,33% inclinação=3% 8,33%
A faixa de serviço e a de acesso a edificações poderão
Faixa de Serviço Faixa Livre
Faixa de ter inclinações superiores em situações topográficas
acesso
atípicas.

5.1.9 Os rebaixamentos das calçadas devem


5.1.4 Declividades Transversais ser sinalizados. As rampas de rebaixamento de
calçada devem estar juntas às faixas de travessia de
As declividades transversais devem ser de 3% pedestres como um recurso que facilita a passagem do
de inclinação; Quando não for possível, devido a nível da calçada para o da rua, melhorando a
grandes diferenças entre o leito carroçável e o piso das acessibilidade para as pessoas com: mobilidade
edificações, deve ser preservada a área de circulação reduzida, empurrando carrinho de bebê, que
livre mínima de 1,20m, sendo admissível 0,90 m para transportam grandes volumes de cargas e aos
casos extremos. pedestres em geral.

5.1.5 As calçadas devem ser rebaixadas junto


ás travessias de pedestres com ou sem faixa, com ou
12
largura igual ou superior a 1.40m, a colocação de uma
faixa do piso intertravado na cor vermelha junto ao
meio fio (faixa de serviço) com o objetivo de demarcar
a faixa livre.
Em calçadas com até 1.60m de largura, deve-
se evitar a localização de mobiliário urbano.
Equipamentos indispensáveis, como postes de
iluminação pública, lixeiras e placas de sinalização,
devem ser posicionadas junto ao meio-fio, e seu
perímetro ou projeção deve ser revestido com piso
intertravado podotátil na cor vermelha, assim como as
golas de árvores já existentes.

6 . Padrão de Calçadas

6.1 Padrão – TIPO 01 -


Calçadas até 1.60m de largura

Pavimentação em piso intertravado cor cinza


natural, sendo recomendada, em calçadas com
13
6.2 Padrão - TIPO 02 6.3 Padrão - TIPO 03
Calçadas entre 1.60 e 2.10m de largura Calçadas com largura superior a 2.10m

Faixa livre com pavimentação em piso Neste padrão de calçada permite-se na faixa
intertravado cor cinza natural com faixa de piso de acesso rampas, toldos, propaganda e mobiliário
podotátil direcional cor amarela e faixa de serviço com móvel como mesas de bar e floreiras, e outros
piso intertravado na cor vermelha. equipamentos (conforme projeto) e na faixa de serviço:
Neste padrão de calçadas recomendam-se na orelhões, bancos, lixeiras, postes de iluminação
faixa de serviço orelhões, lixeiras, postes de pública, placas de sinalização viária, abrigos de
iluminação pública, placas de sinalização e árvores de ônibus, bancas de revistas, (sob consulta), hidrantes e
pequeno porte, sendo seu perímetro ou projeção, árvores de médio.
revestido com piso intertravado podotátil de alerta na
cor vermelha.
14

7. SIA - (Símbolo Internacional de Acesso) 8. Travessia de Pedestres


Rebaixamento de calçadas – os
rebaixamentos das calçadas devem estar localizados
na direção do fluxo de pedestres. Podem estar
situados nas esquinas ou em outro local da quadra. De
acordo com a largura e as características das
calçadas, os rebaixamentos podem ter diferentes
formas, representadas na figura abaixo:
Símbolo Internacional de Acesso

Alinhamento
do imóvel

%
33
8,
i<

Símbolo Internacional de Acesso para pessoas 3%

com deficiência visual

Calçada

Via

Símbolo Internacional de Acesso para pessoas


com deficiência audi va
15

9. Mobiliário Devem ser sempre sinalizados com piso tátil de


alerta.
9.1 Critério de Instalação Devem ter indicação em Braille.
Os equipamentos acessíveis às pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida
devem ser identificados pelo Símbolo Internacional de
Acesso – SIA.
O símbolo internacional de acesso – SAI deve

2,10m
indicar a acessibilidade aos serviços e identificar
espaços, edificações, mobiliário e equipamentos
0.60m

urbanos onde existem elementos acessíveis ou


0.25m 0.25m utilizáveis por pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida.
0.60m 0.60m
Com obstáculos suspensos entre 0,60m e
2,10m de altura, que sejam maiores na parte superior
do que na base, a superfície em volta do objeto deve
estar sinalizada em um raio mínimo de 0,60 metros.
Exemplo: caixas de correio e telefones públicos.

9.2 Telefones Públicos


Deve ser reservado 5% de telefones públicos
adaptados aos usuários de cadeira de rodas, pessoas
portadoras de deficiência auditiva e portadores de
deficiência visual.
16

9.3 Caixas de Correios e Lixeiras Quando um abrigo de ônibus se encontrar


0.60m Piso Tátil
de alerta
implantado em uma calçada, é importante que este
0.25m
não interfira na faixa de livre circulação, não obstruindo

0.25m
os possíveis percursos dos pedestres no passeio.
Como as bancas de jornais e as bancas de
flores, este tipo de mobiliário urbano também deve
estar localizado, no mínimo a 15 m da esquina.
0.60m

0.60m
0.25m
Devem ser acessíveis por rampa quando
0.25m houver desnível nos passeios.
0.60m

9.4 Abrigos e Pontos de Ônibus 9.5 Bancas de jornal e de flores

2.10m

0.90m

Os trajetos que contemplam as bancas devem


Quando se tratar de ponto de ônibus elevado, a estar incluídos em uma rota acessível. As bancas
borda do desnível entre o ponto e o leito carroçável representam mobiliário urbano passível de utilização
deve ser sinalizada com sinalização tátil de alerta. pelas pessoas que transitam pelas calçadas ao se
17
comprar revistas ou mesmo flores. Assim, tais ou que conduzam pessoas com deficiência.
elementos de nossa via pública requerem uma
atenção especial quanto ao acesso dos mesmos. 9.6.1 Vagas de estacionamentos padrão
Para se permitir que, de uma forma confortável,
uma pessoa que usa a cadeira de rodas seja atendida
numa banca, se faz necessário que o balcão esteja no
máximo a 0.90 cm de altura. Quando a mesma permitir Branco

que o acesso do público em seu interior, deve ser 0,15cm

instalado rampa para se superar o desnível existente

0,
30
mc
cm
entre o nível da calçada e o chão da banca. Sentido de Circulação

10
0,
Obs.: Mobiliários urbanos de maior porte, 0,20cm
- Paralela à calçada
2,50cm
como telefones públicos, cabines telefônicas, bancas 5,00cm 0,50cm 1,20cm

de jornal e bancas de revistas, devem ser instalados


somente em calçadas mais amplas, com dimensão
superior a 4m, de modo a não interferir na faixa livre de
circulação.

9.6 Estacionamento

2,
50
cm
Para garantir a acessibilidade nos espaços

cm
10
0,
destinados aos estacionamentos, os mesmos devem
apresentar sinalização adequada e necessária as

0,
30
cm
vagas, e os espaços de circulação das mesmas devem 1,20cm 0,20cm

seguir alguns critérios em sua organização e - Em 45°


dimensionamento que visem a plena utilização por Sentido de Circulação

seus usuários a veículos que possam ser conduzidos


18
devem estar afastados das esquinas, pois além de
Branco serem barreiras físicas à locomoção de pessoas,
0,10cm
também podem se apresentar como obstáculo à
visibilidade, tanto para os pedestres como para os
próprios veículos.

0,
30
cm
Faixa de
cm
Amarelo Serviço
10
0,

Faixa Livre

Faixa Tátil
Acesso aos
imóveis

0,50cm
1,70cm

0,20cm 2,50cm 0,20cm


- Em 90°

10. Esquinas
11. Calçada verde
As esquinas têm um item a mais: as rampas
de acesso às faixas de travessia de pedestres. Além,
claro, de serem pontos de intensa circulação, por
isso devem estar sempre desobstruídas, livres de
obstáculos. Observe as seguintes especificações: o
mobiliário de grande porte, como bancas de jornal,
tem de ficar a 15 metros das esquinas e os
mobiliários de médio e pequeno porte - como
telefones, lixeiras, entre outros, precisam ficar a 5
metros. Os que forem implantados nestes espaços
devem seguir as recomendações da NBR 9050.
Preferencialmente, tais objetos e elementos Fonte: http://www.decoracaoeprojetos.com.br/
19
Quando as calçadas forem dotadas de faixa de antiderrapante.
serviço, estas poderão apresentar vegetação na III– Nas áreas ajardinadas junto ao
mesma faixa, desde que as espécies não atrapalhem a alinhamento dos lote, com largura de até 0.50 cm,
fiação aérea e preferencialmente as árvores ocupem o somente será permitido o plantio de grama, vegetação
lado da via sem a presença da mesma. Nesta mesma rasteira, herbáceas e subarbusto, com porte máximo
faixa deve-se manter uma distância de um mínimo de de 0.50 cm.
0.30 cm da guia para o plantio das árvores. IV – Nas áreas ajardinadas junto à guia,
As árvores devem ser escolhidas conforme o somente será permitido o plantio de grama ou outra
potencial de crescimento da espécie. (Solicite vegetação rasteira.
informações no orgão municipal competente.) V – Nas faixa ajardinadas da calçada verde não
Poderão ser executados canteiros ajardinados poderão ser usadas espécies vegetais que
próximo às guias, ou acesso das edificações, nunca apresentem espinhos que possam causar danos
interferindo na faixa livre de circulação e resguardando físicos aos pedestres.
largura máxima de 1/3 da calçada (somados ambos os VI – As faixas ajardinadas da calçada verde
lados). Para esse tipo de ajardinamento da-se o nome serão interrompidas em toda a sua extenção, em frente
de calçada verde. ao acesso para pedestres ou veículos pelo pavimento
de passeio, substituídas por concreto ou outra
11.1 A calçada verde deverá obedecer as seguintes pavimentação antiderrapante.
disposições mínimas: VII – Para facilitar o escoamento das águas em
I - Para receber 1 faixa de ajardinamento, o dias chuvosos as faixas não podem estar muradas.
passeio deverá ter largura mínima de 2m (dois
metros); e para receber 2 faixas de ajardinamento,
largura mínima de 2,5m.
III – A calçada verde respeitara a largura
mínima de 1.20 m, necessária ao trânsito livre,
contínuo e seguro para pedestres, construída em
concreto ou outra pavimentação adequada e
20

Fonte: Google.com (Site de origem não se encontra disponível)


Grelha aplicada
sobre base de árvore
11.2 Vegetação

A presença de árvores nas calçadas é


importante, pois, elas contribuem para melhorar o
meio ambiente de nossa cidade e, nos dias de chuva,
facilitam a retenção das águas. Porém, “compete à
Prefeitura plantá-las” e repará-las ou autorizar o seu
plantio orientando qual espécie é recomendada. Deve-
se observar as duas necessidades básicas
I. A dimensão da espécie escolhida deve estar
adequada à largura da calçada.
II. Não cimentar a base da árvore, para não
prejudicar o desenvolvimento da mesma. No caso,
deve haver grama ou ser instalada uma grelha (ver foto Desvio de passagem devido
abaixo), que facilita o fluxo dos pedestres. à existência de raízes altas
21

11.2 Espaçamento Para o plantio de árvores em calçadas,


recomenda-se guardar uma distância mínima das
Largura de árvores entre si (pequeno porte = espaçamento de 5,0,
Afastamento Porte ou altura da planta médio porte = espaçamento de 8,0 m e grande porte =
calçada (em
Predial Frontal (H em metros = m)
metros = m) 10,0 m) e em relação ao mobiliário urbano existente.
Até 1,5 Existente ou não Não é recomendável o plantio Em passeios com largura igual ou inferior a
Não Existente Pequeno (H até 5,0) 1.50 cm não é recomendado o plantio de qualquer
1,5 a 3,0
Existente
Pequeno ou Médio espécie de vegetação.
(H de 5,0 até 10,0)
Não Existente Médio
Acima de 3,0 Médio ou Grande
11.3 Grelhas
Existente
(H maior que 10,0)
As tampas de caixas de inspeção, grelhas e
juntas de dilatação instaladas na calçada devem estar
preferencialmente fora do fluxo principal de circulação.
Quando instaladas transversalmente em rotas
acessíveis, os vãos resultantes devem ter, no sentido
transversal ao movimento, dimensão máxima de 15
mm, conforme figura abaixo.
22

12. Postes de iluminação 13. Rampas de acesso de veículos

As rampas de acesso de veículos deverão ter


0.60 cm de profundidade a partir do meio-fio e não
poderão ter comprimento maior que a metade da
largura do lote, até um limite de 7 metros.
Pode-se inclinar transversalmente a faixa de
serviço e a faixa de acesso, mas a faixa livre tem de ser
observada com cuidado.

>2,00m

>2,00m

Rede de Alta Tensão

>1,00m

A faixa de serviço pode ter uma inclinação de


até 8,33% bem como a faixa de acesso. A faixa livre
pode ter inclinação transversal de 3%. Fique atento a
4,0m a 6,0m
isso.
23
Se o terreno é de esquina, a rampa deverá ficar 13.1 Forma correta:
distante dela, no mínimo, 3 metros.
A calçada deve ter um pavimento firme, regular
e antiderrapante. Não deixe, no piso, degraus ou
rampas bruscas. Quando houver inclinação no
passeio, este deverá ter 3%, ou sejam a cada 1 metro,
a rampa sobe ou desce 3 centímetros.
Do fim do meio-fio para dentro da calçada,
deve ser feito um trecho com piso antiderrapante de no Meio Fio

mínimo 0.70 cm de largura para a colocação de postes Sarjeta


e placas. Havendo árvores, bancas de jornal, ponto de
ônibus, orelhões, etc., este trecho deve ser de 1.15 m Declividade de 3%

de largura.
Se o seu terreno é mais alto ou mais baixo que
o nível da calçada existente, os nivelamentos
necessários deverão ser feitos dentro do seu terreno e
nunca na calçada. 13.2 Recomendações:
Para ruas com inclinações acentuadas, a
solução para o problema das calçadas com degraus
Muro
deve ser em conjunto com os vizinhos.
Cunha Para você começar dando o exemplo de
acessibilidade no quarteirão que você mora, sua

x
Meio-fio
calçada deve seguira mesma inclinação da rua, tanto

Calçada
x Cunha
Via na transversal como longitudinal.
A figura a seguir mostra dois pontos vermelhos
bem no meio de cada degrau, então, a partir desse
ponto a calçada deve ser plana para que a pessoa ao
24
caminhar tenha a mesma sensação da inclinação da 14. Meios-fios
rua. Seu vizinho a partir deste ponto deve seguir o
mesmo exemplo, e assim sucessivamente. 14.1 Definição
Limitadores físicos da plataforma rodoviária,
com diversas finalidades, entre as quais, destaca-se a
função de proteger o bordo da pista dos efeitos da
erosão causada pelo escoamento das águas
precipitadas sobre a plataforma que, decorrentes da
declividade transversal, tendem a verter sobre os
taludes dos aterros. Desta forma, os meios-fios têm a
função de interceptar este fluxo, conduzindo os
deflúvios para os pontos previamente escolhidos para
lançamento.
Piso da calçada
Meio fio
Contrapiso
Inclinação: 3% +0,15 Tubulação de
água pluvial

15cm
0,00

A faixa livre deve ter largura de no mínimo Solo Compactado Rua


1,20m. Depois que a faixa de circulação estiver pronta,
a faixa de acesso ao lote fica a critério do morador: ou
modifica a edificação dentro do lote (modificando
também o portão) ou faz um arremate de forma que
não fique nenhum vão entre o lote e a faixa de 14.1.1 A calçada deve ser construída a partir
circulação. O mesmo serve para a faixa de serviço. O do meio-fio (guia) instalado pela Prefeitura ou pelo
pedestre deve ser privilegiado. loteador, que faz parte do acabamento com 15 cm de
altura entre o passeio e a rua.
25

15. Tecnologia na Tipologia de Revestimento 15.1.1 Especificação:

15.1 Piso intertravado:

Os materiais utilizados na pavimentação das


vias possuem especificações técnicas para o seu
assentamento. Estas devem ser seguidas com a
finalidade das calçadas não apresentarem desníveis
ou irregularidades relacionadas à sua execução.
Assim, são apresentadas informações sobre alguns
dos materiais que comumente são usados.

Fonte: Melhores Práticas Pavimento Intertravado Permeável - ABCP

A camada de assentamento possui espessura


de 50 mm, e tem como principal função fornecer uma
superfície uniforme para assentamento das peças de
concreto pré moldados. A base e sub-base devem ser
dimensionadas para cada caso, assim como deve ser
verificado a necessidade da tubulação de drenagem.
Obs.: As peças de concreto para pavimento
intertravado devem atender as NBR 9780 e NBR 9781.

Fonte: http://www.hometeka.com.br

Fonte: Manual de Pavimento Intertravado - ABCP


26
15.1.2 Execução blocos. O confinamento é parte fundamental do
pavimento intertravado.
Passo 1: Preparação do Subleito
- Adequação e compactação; Passo 2: Preparação da Base
- Redes subterrâneas. - Espelhamento
- Compactação
Verifique a camada do subleito que será a base
do pavimento. Poderá ser constituída de solo natural
do local ou solo de empréstimo.

Fonte: Manual de Pavimento Intertravado - ABCP

Passo 3: Camada de areia de assentamento


- Espalhamento
- Nivelamento

Na construção do piso intertravado usa-se


areia média no assentamento dos blocos de concreto,
Fonte: Manual de Pavimento Intertravado - ABCP
semelhante a usada para o concreto. A medida da
camada deve ser uniforme e constante.
Antes da compactação do subleito, devem
ser realizados os serviços de drenagem, rede de
serviços e as locações complementares.
O pavimento deverá obrigatoriamente ter
Fonte: Manual de Pavimento
contenções laterais que evitem o deslizamento dos Intertravado - ABCP
27
Após o sarrafeamento, deve-se jogar areia limpa, seca metros, pois caso algum bloco esteja desalinhado, ele
e solta entre as guias de aço ou madeira. será facilmente corrigido, e essa correção deve ser
feita antes do rejuntamento e compactação inicial do
pavimento.

Fonte: Manual de Pavimento Intertravado - ABCP Fonte: Manual de Pavimento Intertravado - ABCP

Passo 4: Camada de revestimento As juntas entre os blocos devem ter, em média,


- Assentar os blocos de concreto 3mm (mínimo de 2,5mm e máximo de 4mm). Alguns
- Ajustes blocos já possuem separadores com as medidas
- Compactação inicial corretas.
- Espalhamento de areia de selagem
- Compactação final
- Limpeza
- Abertura ao tráfego

É recomendável que se faça uma faixa de


blocos soltos para conferência de medidas e desenho.
Essa marcação deve ser feita com cuidado, pois é a
partir dela que o restante do alinhamento é feito.
A colocação deve ser verificada a cada 5 Fonte: Manual de Pavimento Intertravado - ABCP
28
Os fios guias auxiliam no alinhamento das Para maiores informações a respeito da
peças ao decorrer da obra, onde pode-se ter mais de colocação de blocos intertravados, aconselhamos a
um profissional trabalhando. consulta ao Manual de Pavimento Intertravado, da
Uma vez que todos os blocos inteiros estejam Associação Brasileira de Cimento Portland - ABCP.
colocados na área de pavimentação, devem ser feitos
os ajustes e acabamentos nos espaços vazios junto 15.2 Concreto convencional in loco:
aos confinamentos externo e interno.
Após esses procedimentos, deve-se iniciar a
compactação do pavimento, realizada em duas
etapas: compactação inicial e compactação final. A
compactação é feita com placas giratórias e a inicial é
feita antes da aplicação da areia para preenchimento
das juntas.
Após a compactação inicial, retira-se os blocos
danificados ou faz-se correção de falhas, para que seja
aplicada a areia para selagem das juntas, que é feita
com areia fina pura.
Fonte: http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/

É recomendável que as espessuras mínimas


do concreto simples das calçadas estejam entre 6 cm e
10 cm, passando-se para 12 cm a 15 cm nos locais de
entrada e saída de veículos e, no mínimo, 10 cm na
camada de base, para todas as categorias de
calçadas. As espessuras das camadas devem ser
definidas no projeto executivo.
Fonte: Manual de Pavimento Intertravado - ABCP
29
15.2.1 Especificações Passo 2: Espalhar brita
Após a execução do subleito será aplicada
uma camada granular que servirá de base para o
lançamento do concreto.
A base é composta por uma camada granular
bastante graduada de no mínimo 10 cm quando há
fluxo de pedestres e serve para regularizar, nivelar e
Fonte: Manual de Concreto Estampado e Concreto Convencional in loco - ABCP
dar declividade ao piso.
Tela: Em alguns casos, a etapa
15.2.2 Execução de preparo da superfície pode
exigir telas de aço. A utilização é
Passo 1: Preparação do Subleito definida com base no tráfego,
- Adequação e Compactação devendo ser especificada no
- Drenagem e Redes Subterrâneas projeto. Normalmente é utilizada
para evitar fissuras ou em locais
Verifique a camada do subleito que será a base com alto tráfego de veículos.
do pavimento. Poderá ser constituída de solo natural
Fonte: Manual de Concreto Estampado e Concreto Convencional in loco - ABCP
do local ou solo de empréstimo.
Passo 3: Camada de revestimento - Concreto
- Espalhamento
- Nivelamento
- Concreto

O concreto deverá ser pré-misturado e


espalhado com ferramentas próprias, para facilitar
todo o procedimento, além de evitar desperdício de
Fonte: Manual de Concreto Estampado e Concreto Convencional in loco - ABCP material.
30
Após ao adensamento dá-se início ao Passo 4: Cura
sarrafeamento, seguindo o projeto inicial da calçada. Após o adensamento do concreto, deve-se
Para garantir maior adensamento do concreto, proceder rapidamente à texturização e aplicação do
é feito o rebaixamento de agregado, o que evita o produto de cura química, na taxa especificada em
afloramento dos agregados e aumenta a resistência do projeto, de modo à atender as normas ASTM C 309-07:
concreto. Standart Specification for Liquid Membrane - Forming
Compounds for Curing Concrete e ASTM C 156-03:
Standart test Method for Water Retention by Concrete
Curing Materials.

Fonte: Manual de Concreto Estampado e Concreto Convencional in loco - ABCP

A próxima etapa é o desempeno do concreto,


utilizado para homogeneização e abertura dos poros
do concreto para recebimento do endurecedor de
superfície.

Passo 5: Camada de Revestimento


- Arremate
- Junta
- Selagem
- Limpeza
- Abertura ao tráfego

A abertura de juntas deve ser executada assim


Fonte: Manual de Concreto Estampado e Concreto Convencional in loco - ABCP que a resistência do concreto permitir o tráfego do
31
equipamento de corte e serragem sem 15.3 Ladrilho hidráulico:
desprendimento do material.
Os tipos e detalhamento das juntas devem ser Sua principal característica é a alta resistência
especificados no projeto. a zonas de tráfego intenso, aliando características
As juntas devem ser seladas conforme os antiderrapantes e de alta resistência à abrasão, o que
fatores de forma definidos em projeto e as o torna indicado para calçadas, passeios públicos,
recomendações do fabricante em relação ao material praças, garagens, estacionamentos, rampas para
selante. automóveis, ambientes internos, bordas de piscinas
As formas só poderão ser retiradas após 12h etc., oferecendo segurança para pessoas mesmo
horas da concretagem ou até o concreto atingir a quando molhados.
resistência suficiente para essa operação.
A liberação ao tráfego será realizada em
função dos resultados de resistência do concreto, os
quais devem atingir no mínimo 70% do valor
especificado em projeto.

Para maiores informações a respeito da


calçada de concreto moldado in loco, aconselhamos a
consulta ao Manual de Concreto Estampado e
Concreto Convencional in loco, da Associação Fonte: http://www.domustelhas.com.br/

Brasileira de Cimento Portland - ABCP. 15.3.1 Especificações


32

15.3.2 Execução Passo 3: Base


Passo 1: Subleito - Espalhamento
- Adequação e compactação - Nivelamento
- Drenagem e redes subterrâneas
Com a verificação do subleito e execução da
A camada de subleito deve ser compactada e sub-base é feito o contrapiso, que será a base para o
nivelada e deverá ser constituída de solo natural do assentamento das placas.
local ou solo de empréstimo.

Passo 2: Sub-base
- Espalhar brita

Para delimitar os limites da calçada, utilizam-se


barras de contenção de madeira. A sub-base é
composta de material granular limpo e bem graduado,
para que seja feito um bom arranjo.

Fonte: Manual de Ladrilho Hidráulico - ABCP

Passo 4: Camada de Revestimento


- Assentamento
- Ajustes

O assentamento poderá ser feito com


argamassa tradicional ou industrializada.

Fonte: Manual de Ladrilho Hidráulico - ABCP


33
- Rejunte

Após a conferência do assentamento, o rejunte


já pode ser executado. A junta deverá ter de 1mm a
2mm, que deverá ser rejuntada posteriormente.

Fonte: Manual de Ladrilho Hidráulico - ABCP

- Limpeza
- Abertura ao trafego

A limpeza é a etapa final e tem como objetivo


eliminar sujeiras. Ela só deverá ser efetuada duas
semanas após o rejuntamento.
O piso deverá então
ser escovado (escova ou
vassoura de piaçava) com
água e detergente neutro,
sendo enxaguado
abundantemente em
seguida.
34
15.4 Placas de concreto: especificação do projeto.
15.4.1.1 Especificações
Produto resultante da mistura de cimento,
água, agregados, eventuais aditivos com ou sem
reforço de fibras, telas ou armaduras ativas ou
passivas. As placas são assentadas sobre uma
camada de apoio e funcionam como revestimento do
pavimento. Esta camada de apoio pode ser de material
granular (sistema flutuante) ou de argamassa (sistema
aderido).

15.4.1.2 Passo a Passo


Passo 1: Subleito
- Adequação e compactação
- Drenagem e redes subterrâneas

A camada de subleito deve ser compactada e


nivelada e deverá ser constituída de solo natural do
local ou solo de empréstimo.

Fonte: http://www.oterprem.com.br/ Passo 2: Sub-base


15.4.1 Sistema aderido: - Espalhar brita

Para tráfico de pedestres e veículos. As placas Para delimitar os limites da calçada, utilizam-se
são assentadas com argamassa de cimento sobre barras de contenção de madeira. A sub-base é
contrapiso. No caso de tráfego de veículos leves, deve composta de material granular limpo e bem graduado,
ser utilizada uma armadura de aço na base, conforme para que seja feito um bom arranjo.
35
antes do espalhamento da
argamassa; regularize e instale as
placas efetuando o controle de
nivelamento.
Fonte: Manual de Placas de
Concreto - ABCP
O assentamento é feito com
martelo de borracha.
Fonte: Manual de Placas de Concreto - ABCP
Passo 3: Base - Rejunte
- Espalhamento Quando especificado em
- Nivelamento projeto, faça o rejuntamento
utilizando argamassa específica
Com a verificação do subleito e execução da para esse fim.
sub-base é feito o contrapiso, que será a base para o
assentamento das placas. O contrapiso regulariza,
nivela e dá declividade ao piso, alé de suporte
estrutural.
Fonte: Manual de Placas de Concreto - ABCP

Passo 4: Camada de Revestimento - Limpeza


- Assentamento - Abertura ao trafego
- Ajustes
O assentamento poderá ser feito A limpeza é a etapa final e tem como objetivo
com argamassa tradicional, eliminar sujeiras. Ela só deverá ser efetuada duas
elaborada em obra ou semanas após o rejuntamento.
industrializada, seguindo as A argamassa de rejunte que ficar aderida sobre as
instruções do fabricante. placas deve ser removida durante as operações de
Umedeça a face inferior das rejuntamento.
placas e a superfície do concreto O piso deverá então ser escovado (escova ou
36
vassoura de piaçava) com água e detergente neutro,
sendo enxaguado abundantemente em seguida.

15.4.2 Sistema flutuante:

Indicado para tráfico de pedestres. Placas


assentadas sobre camada de materiais granulares.
Podem ser retiradas facilmente utilizando um saca
placas. Fonte: Manual de Placas de Concreto - ABCP
15.4.2.1 Especificações
Passo 2: Base
- Espalhar brita

No sistema flutuante é necessário espalhar


uma camada de brita sobre o solo compactado. A
espessura mínima da camada é 10mm. Logo após
espalhada, a camada deve ser compactada. A brita
deve estar limpa e ser bem graduada.
Fonte: Manual de Placas de Concreto - ABCP

Passo 1: Subleito
- Adequação e compactação
- Drenagem e redes subterrâneas
- Contenções

A camada de subleito deve ser compactada e


nivelada e deverá ser constituída de solo natural do
local ou solo de empréstimo. Fonte: Manual de Placas de Concreto - ABCP
37

Passo 3: Camada de assentamento


- Espalhamento Atenção:
- Nivelamento As determinações acerca da
Sobre a base granular
compactada, espalhe
construção de calçadas serão
a mistura de areia e obrigatórias para construções
brita 0, compacte e novas e reformas.
nivele com uma régua
de 2 metros de
comprimento.
A camada deve ter no
Fonte: Manual de Placas de Concreto - ABCP
máximo 4cm.

Para maiores informações a respeito da


calçada de concreto moldado in loco, aconselhamos a
consulta ao Manual de Placas de Concreto, da
Associação Brasileira de Cimento Portland - ABCP.
38

Bibliografia: ·Lei Municipal 303/2000 – Código de Posturas do


Município de Guapimirim – Art.46 – Ocupação das vias
·NBR 9050/2015- Acessibilidade a edificações, públicas.
mobiliário, espaço e equipamento urbano. Associação
Brasileira de Normas Técnicas. ·ABCP - Associação Brasileira de Cimento
Portland (manuais).
·NBR 9283/86 – Mobiliário Urbano.
·Internet - Coletânea de artigos e imagens sobre
·NBR 9284/86 – Equipamento Urbano. acessibilidade.

·Lei Federal 10098/00 – Estabelece normas gerais e


critérios básicos para promover a acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida.

·Lei Federal 7405/85 – Torna obrigatória a colocação


do Símbolo Internacional de Acesso – SAI em todos os
locais e serviços que permitam utilização de pessoas
portadoras de deficiência.

·Lei 10741/03 - Estatuto dos Idosos.

·Decreto 5296/2004 – Regulamenta as Leis 10048/00,


que dá prioridade de atendimento às pessoas com
deficiência e Lei 10098/00, que estabelece normas
gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade.
39

Glossário destinadas à circulação prioritária de pedestre.

Abrigo de ônibus – equipamento instalado em parada Área de lazer – áreas livres destinadas ao lazer, tendo
de ônibus, fora de terminal de embarque e como infra-estrutura: sanitários, circulação horizontal,
desembarque, que propicia ao usuário proteção das bebedouros, telefones, entre outros. Exemplos:
intempéries. parques, praças, parquinhos, áreas verdes, áreas de
uso comum em edifícios residenciais, entre outros.
Acessibilidade – possibilidade e condição de uso,
com segurança e autonomia, de edificações, espaços, Área urbana – entorno imediato de uma cidade
mobiliários e equipamentos urbanos. estruturada ou uma comunidade rural com
características urbanas.
Acessível – característica de espaço, edifício,
mobiliário, equipamento ou outro elemento que possa Atividade e serviços de caráter especial –
ser alcançado, visitado, compreendido e utilizado por edificação destinada a atividades específicas, não
qualquer pessoa, inclusive aquelas com deficiência. O enquadráveis nos itens acima: delegacias, casas de
termo acessível implica tanto em acessibilidade física detenção, quartéis, terminais de carga ou passageiros,
como de comunicação. velórios, cemitérios, parques públicos, centro de
pesquisa médico-científico, sistema de transporte de
Adaptável – característica de edifício, espaço ou massa, de média e grande capacidade, torres de
mobiliário urbano que possa ser alterado para permitir transmissão etc.
sua plena acessibilidade por pessoas portadoras de
deficiência ou mobilidade reduzida. Atividade permanente - edificação destinada a
abrigar atividades de caráter duradouro: habitação,
Ângulo de conversão – o ângulo formado entre uma comércio, serviço etc.
via ou passeio e seu respectivo cruzamento.
Atividades temporárias - edificação destinada a
Áreas de pedestre – vias ou conjunto de vias abrigar determinadas atividades por período restrito de
40
tempo: circos ou parques de diversões, bancas de Deficiência auditiva – aquela deficiência que, pó
jornal ou quiosques promocionais, caixas automáticas motivo de perda ou anomalia congênita ou adquirida,
etc. parcial ou total, da estrutura ou função da audição,
pode ocasionar restrições da capacidade de
Baia – área da via situada fora da faixa de tráfico e que comunicação, de interpretação sobre as condições de
serve, nas paradas de ônibus e de outros veículos, ao segurança, de orientação e de mobilidade no meio
embarque e desembarque de passageiros. edificado.

Balizador – poste ou obstrução similar que previne a Deficiência física – aquela deficiência que, por motivo
passagem de veículos. O espaçamento dos de perda ou anomalia congênita ou adquirida, parcial
balizadores usualmente permite passagem de ou total, da estrutura ou função fisiológica ou
pedestre e bicicletas, podendo incorporar, ainda, anatômica, pode ocasionar restrições da capacidade
iluminação própria. orgânica e da habilidade funcional, podendo obrigar a
pessoa a locomover-se, temporária ou permanente,
Barreira arquitetônica, urbanística ou ambiental – com auxilio ou não de cadeira de rodas, aparelhos
qualquer elemento natural, instalado ou edificado que ortopédicos ou de próteses.
impeça a plena acessibilidade de rota, espaço,
mobiliário ou equipamento urbano. Deficiência mental – aquela deficiência que, por
motivo de perda ou anomalia congênita ou adquirida,
Boca-de-lobo – captador de água de chuva ou parcial ou total, de raciocínio lógico ou intuitivo, pode
proveniente de outros sistemas de drenagem, gerar confusão de idéias, falhas de decisão, de
geralmente de alvenaria, que tem a abertura de interpretação das condições de segurança e de
captação localizada na vertical, junto à guia. orientação no meio edificado.

Cul-de-sac – rua sem saída provida de alargamento Deficiência múltipla – ocorrência simultânea de duas
em sua extremidade, área suficiente para a manobra ou mais deficiências.
de veículos.
41
Deficiência visual – aquela deficiência que, por Estruturas – pontes, túneis, muros de arrimo ou
motivo de perda ou anomalia congênita ou adquirida, qualquer obra de melhoria viária existente nas
parcial ou total, da estrutura ou função da visão, pode cidades.
ocasionar restrições da capacidade de interpretação
sobre as condições de segurança, de orientação e de Gradil de árvores – grades, usualmente metálicas e
mobilidade no meio edificado. decorativas, que protegem ou recobrem a cova das
árvores, propiciando melhorias na absorção de água e
Deflúvio – Escoamento superficial da águas. conservação das propriedades fito-sanitárias.
Aproximadamente um sexto da precipitação numa
determinada área escoa como deflúvio. O restante Grelha captadora – abertura sobre a superfície do
evapora ou penetra no solo. Os deflúvios agrícolas, piso por onde escoa a água, que segue pelas galerias.
das estradas e de outra atividade humanas podem ser
uma importante fonte de poluição da água. Guia de balizamento – elemento edificado ou
instalado junto dos limites laterais das superfícies de
Drenagem pluvial – sistema de sarjetas, bocas-de- piso, destinado a definir claramente os limites da área
lobo e grelhas utilizadas para a coleta e destinação de de circulação de pedestres, de modo que sejam
água da chuva, desde as superfícies pavimentadas até perceptíveis por pessoas com deficiência visual.
as galerias, córregos e rios.
Guia rebaixada – rampa construída ou instalada na
Edificação – obra destinada a abrigar atividades ou calçada ou passeio destinada a promover a
qualquer instalação, equipamento e material. concordância de nível entre estes e o leito carroçável.

Equipamento urbano – todos os bens públicos ou Habitação – destinada à moradia de caráter


privados de uso coletivo destinados à prestação de permanente, pode ser unifamiliar, multifamiliar ou
serviços para os cidadãos. Por exemplo, clubes, coletiva. Por exemplo: casas, prédios de
escolas, praças etc. apartamentos, pensionatos, moradias de religiosos ou
estudantes, orfanatos e a asilos.
42
Linha-guia – qualquer 'elemento natural ou edificado Piso cromo diferenciado – piso caracterizado por
que possa ser utilizado como guia de caminhamento cores contrastantes em relação às áreas adjacentes. É
para pessoas com deficiência visual que utilizem destinada a construir guia de caminho perceptível por
bengala de rastreamento. pessoas com deficiência visual.

Logradouro público – espaço livre destinado pela Piso tátil – piso caracterizado pela diferenciação de
municipalidade à circulação, parada ou cor e textura destinada a construir aviso ou guia
estacionamento de veículos, ou à circulação de perceptível por pessoas com deficiência visual.
pedestres, tais como calçadas, parques, áreas de
lazer e calçadas (CTB). Recuo – implantação requerida de uma edificação a
uma distância específica da via, calçada, alinhamento
Mobiliário urbano – todos os objetos, elementos e da rua ou outras estruturas.
pequenas construções integrantes da paisagem
urbana, de natureza utilitária ou não, implantada Rota acessível - trajeto contínuo, desobstruindo e
mediante autorização do poder público em espaços sinalizando, que conecta os elementos e espaços
públicos e privados. internos ou externos de um local e que possa ser
utilizado de forma autônoma e segura por todas as
Passagem de nível – cruzamento, no mesmo nível, pessoas, inclusive aquelas portadoras de deficiência
entre uma via e uma linha férrea ou trilho de bonde com ou com mobilidade reduzida. A rota acessível interna
pista própria. (CTB). pode incorporar corredores, pisos, rampas, escadas,
elevadores etc. A rota acessível externa pode
Passeio (faixa livre) - parte da calçada ou da pista de incorporar estacionamentos, guias rebaixadas, faixas
rolamento, neste último caso, separado por pintura ou de travessia de pedestres, rampas, entre outros.
elemento físico separador, livre de interferências,
destinada à circulação exclusiva de pedestres e, Uso comum – espaços, salas ou elementos internos
excepcionalmente, de ciclistas. (CTB). ou externos que são disponibilizados para o uso de um
grupo específico de pessoas (por exemplo, áreas que
43
são ocupadas por funcionários, colaboradores e
eventuais visitantes).

Uso público – espaços internos e externos que são


disponibilizados para o público em geral.
Prefeitura Municipal de Guapimirim
Secretaria do Urbanismo e
Regularização Fundiária.

(21) 2632-2749
www.guapimirim.rj.gov.br

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