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Manual Técnico
de Calçadas Acessíveis
Manual de Calçadas Acessíveis
Equipe Técnica:
Coordenação e Produção: Célia Regina O. Damasceno
Elizabeth de Souza Egito
Cidvaldo Victor Cavalcanti
Supervisão: Antonio Luiz Vidaurre Franco
Ilustração: João Filipe da Silva e Juliara Vasconcelos
Projeto Gráfico e Diagramação: Juliara Vasconcelos
Colaboração:
Alyrio Rossi P. Souza
Edson Seixas de Jesus
Haroldo Azevedo Pimentel
Lourenço Matos Malheiros
Maria da Conceição Brito do Nascimento
Rafael Godoy
Dr. Winderson Porto
Yoko Inoue
Sumário 5.1.3 Rampa transversal
5.1.4 Declividade transversal
1. Calçadas ........................................................... 05
1.1 Definição. 6. Padrão de Calçadas ........................................... 12
1. 2 Dimensões 6.1 Padrão tipo 01
1.2.1 Faixa de Serviço 6.2 Padrão tipo 02
1.2.2 Faixa livre 6.3 Padrão tipo 03
1.2.3 Faixa de Acesso
1.3 Padronização das calçadas .................. 07 7. SIA – Símbolo Internacional de Acesso ............ 14
Bibliografia ........................................................... 38
Glossário .............................................................. 39
5
Largura Rampas
Inclinação Mobiliário
Urbano
Uma sequência de três degraus ou mais é 4.2.1 Os corrimãos devem ser instalados em
considerado escada. As dimensões dos pisos e ambos os lados dos degraus isolados, das escadas
espelhos devem ser constantes em toda a escada ou fixas e das rampas.
degraus isolados. Para o dimensionamento, devem
4.2.2 Os corrimãos devem ter largura entre 3.0
10
cm e 4.5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado um
espaço livre de no mínimo 4.0 cm entre a parede e o 5. Rampas – Rebaixamento de Calçadas
corrimão. Devem permitir boa empunhadura e
deslizamento, sendo preferencialmente de seção 5.1 Tipos
circular. 5.1.1 Rampa longitudinal
Alinhamento
4.2.3 Quando embutidos na parede, os do imóvel
corrimãos devem estar afastados 4.0 cm da parede de
fundo e 15.0 cm da face superior da reentrância.
%
33
8,
4.2.4 Os corrimões laterais devem prolongar- i£
i<
3%
se por pelo menos 0.30 cm antes do início e após o
término da rampa ou escada, sem interferir com áreas
de circulação ou prejudicar a vazão. Em edificações
existentes onde for impraticável promover o
Calçada
prolongamento do corrimão no sentido do
caminhamento este pode ser feito ao longo a área ou Sarjeta
circulação ou fixado na parede adjacente. Via
6 . Padrão de Calçadas
Faixa livre com pavimentação em piso Neste padrão de calçada permite-se na faixa
intertravado cor cinza natural com faixa de piso de acesso rampas, toldos, propaganda e mobiliário
podotátil direcional cor amarela e faixa de serviço com móvel como mesas de bar e floreiras, e outros
piso intertravado na cor vermelha. equipamentos (conforme projeto) e na faixa de serviço:
Neste padrão de calçadas recomendam-se na orelhões, bancos, lixeiras, postes de iluminação
faixa de serviço orelhões, lixeiras, postes de pública, placas de sinalização viária, abrigos de
iluminação pública, placas de sinalização e árvores de ônibus, bancas de revistas, (sob consulta), hidrantes e
pequeno porte, sendo seu perímetro ou projeção, árvores de médio.
revestido com piso intertravado podotátil de alerta na
cor vermelha.
14
Alinhamento
do imóvel
%
33
8,
i<
i£
Símbolo Internacional de Acesso para pessoas 3%
Calçada
Via
2,10m
indicar a acessibilidade aos serviços e identificar
espaços, edificações, mobiliário e equipamentos
0.60m
0.25m
os possíveis percursos dos pedestres no passeio.
Como as bancas de jornais e as bancas de
flores, este tipo de mobiliário urbano também deve
estar localizado, no mínimo a 15 m da esquina.
0.60m
0.60m
0.25m
Devem ser acessíveis por rampa quando
0.25m houver desnível nos passeios.
0.60m
2.10m
0.90m
0,
30
mc
cm
entre o nível da calçada e o chão da banca. Sentido de Circulação
10
0,
Obs.: Mobiliários urbanos de maior porte, 0,20cm
- Paralela à calçada
2,50cm
como telefones públicos, cabines telefônicas, bancas 5,00cm 0,50cm 1,20cm
9.6 Estacionamento
2,
50
cm
Para garantir a acessibilidade nos espaços
cm
10
0,
destinados aos estacionamentos, os mesmos devem
apresentar sinalização adequada e necessária as
0,
30
cm
vagas, e os espaços de circulação das mesmas devem 1,20cm 0,20cm
0,
30
cm
Faixa de
cm
Amarelo Serviço
10
0,
Faixa Livre
Faixa Tátil
Acesso aos
imóveis
0,50cm
1,70cm
10. Esquinas
11. Calçada verde
As esquinas têm um item a mais: as rampas
de acesso às faixas de travessia de pedestres. Além,
claro, de serem pontos de intensa circulação, por
isso devem estar sempre desobstruídas, livres de
obstáculos. Observe as seguintes especificações: o
mobiliário de grande porte, como bancas de jornal,
tem de ficar a 15 metros das esquinas e os
mobiliários de médio e pequeno porte - como
telefones, lixeiras, entre outros, precisam ficar a 5
metros. Os que forem implantados nestes espaços
devem seguir as recomendações da NBR 9050.
Preferencialmente, tais objetos e elementos Fonte: http://www.decoracaoeprojetos.com.br/
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Quando as calçadas forem dotadas de faixa de antiderrapante.
serviço, estas poderão apresentar vegetação na III– Nas áreas ajardinadas junto ao
mesma faixa, desde que as espécies não atrapalhem a alinhamento dos lote, com largura de até 0.50 cm,
fiação aérea e preferencialmente as árvores ocupem o somente será permitido o plantio de grama, vegetação
lado da via sem a presença da mesma. Nesta mesma rasteira, herbáceas e subarbusto, com porte máximo
faixa deve-se manter uma distância de um mínimo de de 0.50 cm.
0.30 cm da guia para o plantio das árvores. IV – Nas áreas ajardinadas junto à guia,
As árvores devem ser escolhidas conforme o somente será permitido o plantio de grama ou outra
potencial de crescimento da espécie. (Solicite vegetação rasteira.
informações no orgão municipal competente.) V – Nas faixa ajardinadas da calçada verde não
Poderão ser executados canteiros ajardinados poderão ser usadas espécies vegetais que
próximo às guias, ou acesso das edificações, nunca apresentem espinhos que possam causar danos
interferindo na faixa livre de circulação e resguardando físicos aos pedestres.
largura máxima de 1/3 da calçada (somados ambos os VI – As faixas ajardinadas da calçada verde
lados). Para esse tipo de ajardinamento da-se o nome serão interrompidas em toda a sua extenção, em frente
de calçada verde. ao acesso para pedestres ou veículos pelo pavimento
de passeio, substituídas por concreto ou outra
11.1 A calçada verde deverá obedecer as seguintes pavimentação antiderrapante.
disposições mínimas: VII – Para facilitar o escoamento das águas em
I - Para receber 1 faixa de ajardinamento, o dias chuvosos as faixas não podem estar muradas.
passeio deverá ter largura mínima de 2m (dois
metros); e para receber 2 faixas de ajardinamento,
largura mínima de 2,5m.
III – A calçada verde respeitara a largura
mínima de 1.20 m, necessária ao trânsito livre,
contínuo e seguro para pedestres, construída em
concreto ou outra pavimentação adequada e
20
>2,00m
>2,00m
>1,00m
de largura.
Se o seu terreno é mais alto ou mais baixo que
o nível da calçada existente, os nivelamentos
necessários deverão ser feitos dentro do seu terreno e
nunca na calçada. 13.2 Recomendações:
Para ruas com inclinações acentuadas, a
solução para o problema das calçadas com degraus
Muro
deve ser em conjunto com os vizinhos.
Cunha Para você começar dando o exemplo de
acessibilidade no quarteirão que você mora, sua
x
Meio-fio
calçada deve seguira mesma inclinação da rua, tanto
Calçada
x Cunha
Via na transversal como longitudinal.
A figura a seguir mostra dois pontos vermelhos
bem no meio de cada degrau, então, a partir desse
ponto a calçada deve ser plana para que a pessoa ao
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caminhar tenha a mesma sensação da inclinação da 14. Meios-fios
rua. Seu vizinho a partir deste ponto deve seguir o
mesmo exemplo, e assim sucessivamente. 14.1 Definição
Limitadores físicos da plataforma rodoviária,
com diversas finalidades, entre as quais, destaca-se a
função de proteger o bordo da pista dos efeitos da
erosão causada pelo escoamento das águas
precipitadas sobre a plataforma que, decorrentes da
declividade transversal, tendem a verter sobre os
taludes dos aterros. Desta forma, os meios-fios têm a
função de interceptar este fluxo, conduzindo os
deflúvios para os pontos previamente escolhidos para
lançamento.
Piso da calçada
Meio fio
Contrapiso
Inclinação: 3% +0,15 Tubulação de
água pluvial
15cm
0,00
Fonte: http://www.hometeka.com.br
Fonte: Manual de Pavimento Intertravado - ABCP Fonte: Manual de Pavimento Intertravado - ABCP
Passo 2: Sub-base
- Espalhar brita
- Limpeza
- Abertura ao trafego
Para tráfico de pedestres e veículos. As placas Para delimitar os limites da calçada, utilizam-se
são assentadas com argamassa de cimento sobre barras de contenção de madeira. A sub-base é
contrapiso. No caso de tráfego de veículos leves, deve composta de material granular limpo e bem graduado,
ser utilizada uma armadura de aço na base, conforme para que seja feito um bom arranjo.
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antes do espalhamento da
argamassa; regularize e instale as
placas efetuando o controle de
nivelamento.
Fonte: Manual de Placas de
Concreto - ABCP
O assentamento é feito com
martelo de borracha.
Fonte: Manual de Placas de Concreto - ABCP
Passo 3: Base - Rejunte
- Espalhamento Quando especificado em
- Nivelamento projeto, faça o rejuntamento
utilizando argamassa específica
Com a verificação do subleito e execução da para esse fim.
sub-base é feito o contrapiso, que será a base para o
assentamento das placas. O contrapiso regulariza,
nivela e dá declividade ao piso, alé de suporte
estrutural.
Fonte: Manual de Placas de Concreto - ABCP
Passo 1: Subleito
- Adequação e compactação
- Drenagem e redes subterrâneas
- Contenções
Abrigo de ônibus – equipamento instalado em parada Área de lazer – áreas livres destinadas ao lazer, tendo
de ônibus, fora de terminal de embarque e como infra-estrutura: sanitários, circulação horizontal,
desembarque, que propicia ao usuário proteção das bebedouros, telefones, entre outros. Exemplos:
intempéries. parques, praças, parquinhos, áreas verdes, áreas de
uso comum em edifícios residenciais, entre outros.
Acessibilidade – possibilidade e condição de uso,
com segurança e autonomia, de edificações, espaços, Área urbana – entorno imediato de uma cidade
mobiliários e equipamentos urbanos. estruturada ou uma comunidade rural com
características urbanas.
Acessível – característica de espaço, edifício,
mobiliário, equipamento ou outro elemento que possa Atividade e serviços de caráter especial –
ser alcançado, visitado, compreendido e utilizado por edificação destinada a atividades específicas, não
qualquer pessoa, inclusive aquelas com deficiência. O enquadráveis nos itens acima: delegacias, casas de
termo acessível implica tanto em acessibilidade física detenção, quartéis, terminais de carga ou passageiros,
como de comunicação. velórios, cemitérios, parques públicos, centro de
pesquisa médico-científico, sistema de transporte de
Adaptável – característica de edifício, espaço ou massa, de média e grande capacidade, torres de
mobiliário urbano que possa ser alterado para permitir transmissão etc.
sua plena acessibilidade por pessoas portadoras de
deficiência ou mobilidade reduzida. Atividade permanente - edificação destinada a
abrigar atividades de caráter duradouro: habitação,
Ângulo de conversão – o ângulo formado entre uma comércio, serviço etc.
via ou passeio e seu respectivo cruzamento.
Atividades temporárias - edificação destinada a
Áreas de pedestre – vias ou conjunto de vias abrigar determinadas atividades por período restrito de
40
tempo: circos ou parques de diversões, bancas de Deficiência auditiva – aquela deficiência que, pó
jornal ou quiosques promocionais, caixas automáticas motivo de perda ou anomalia congênita ou adquirida,
etc. parcial ou total, da estrutura ou função da audição,
pode ocasionar restrições da capacidade de
Baia – área da via situada fora da faixa de tráfico e que comunicação, de interpretação sobre as condições de
serve, nas paradas de ônibus e de outros veículos, ao segurança, de orientação e de mobilidade no meio
embarque e desembarque de passageiros. edificado.
Balizador – poste ou obstrução similar que previne a Deficiência física – aquela deficiência que, por motivo
passagem de veículos. O espaçamento dos de perda ou anomalia congênita ou adquirida, parcial
balizadores usualmente permite passagem de ou total, da estrutura ou função fisiológica ou
pedestre e bicicletas, podendo incorporar, ainda, anatômica, pode ocasionar restrições da capacidade
iluminação própria. orgânica e da habilidade funcional, podendo obrigar a
pessoa a locomover-se, temporária ou permanente,
Barreira arquitetônica, urbanística ou ambiental – com auxilio ou não de cadeira de rodas, aparelhos
qualquer elemento natural, instalado ou edificado que ortopédicos ou de próteses.
impeça a plena acessibilidade de rota, espaço,
mobiliário ou equipamento urbano. Deficiência mental – aquela deficiência que, por
motivo de perda ou anomalia congênita ou adquirida,
Boca-de-lobo – captador de água de chuva ou parcial ou total, de raciocínio lógico ou intuitivo, pode
proveniente de outros sistemas de drenagem, gerar confusão de idéias, falhas de decisão, de
geralmente de alvenaria, que tem a abertura de interpretação das condições de segurança e de
captação localizada na vertical, junto à guia. orientação no meio edificado.
Cul-de-sac – rua sem saída provida de alargamento Deficiência múltipla – ocorrência simultânea de duas
em sua extremidade, área suficiente para a manobra ou mais deficiências.
de veículos.
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Deficiência visual – aquela deficiência que, por Estruturas – pontes, túneis, muros de arrimo ou
motivo de perda ou anomalia congênita ou adquirida, qualquer obra de melhoria viária existente nas
parcial ou total, da estrutura ou função da visão, pode cidades.
ocasionar restrições da capacidade de interpretação
sobre as condições de segurança, de orientação e de Gradil de árvores – grades, usualmente metálicas e
mobilidade no meio edificado. decorativas, que protegem ou recobrem a cova das
árvores, propiciando melhorias na absorção de água e
Deflúvio – Escoamento superficial da águas. conservação das propriedades fito-sanitárias.
Aproximadamente um sexto da precipitação numa
determinada área escoa como deflúvio. O restante Grelha captadora – abertura sobre a superfície do
evapora ou penetra no solo. Os deflúvios agrícolas, piso por onde escoa a água, que segue pelas galerias.
das estradas e de outra atividade humanas podem ser
uma importante fonte de poluição da água. Guia de balizamento – elemento edificado ou
instalado junto dos limites laterais das superfícies de
Drenagem pluvial – sistema de sarjetas, bocas-de- piso, destinado a definir claramente os limites da área
lobo e grelhas utilizadas para a coleta e destinação de de circulação de pedestres, de modo que sejam
água da chuva, desde as superfícies pavimentadas até perceptíveis por pessoas com deficiência visual.
as galerias, córregos e rios.
Guia rebaixada – rampa construída ou instalada na
Edificação – obra destinada a abrigar atividades ou calçada ou passeio destinada a promover a
qualquer instalação, equipamento e material. concordância de nível entre estes e o leito carroçável.
Logradouro público – espaço livre destinado pela Piso tátil – piso caracterizado pela diferenciação de
municipalidade à circulação, parada ou cor e textura destinada a construir aviso ou guia
estacionamento de veículos, ou à circulação de perceptível por pessoas com deficiência visual.
pedestres, tais como calçadas, parques, áreas de
lazer e calçadas (CTB). Recuo – implantação requerida de uma edificação a
uma distância específica da via, calçada, alinhamento
Mobiliário urbano – todos os objetos, elementos e da rua ou outras estruturas.
pequenas construções integrantes da paisagem
urbana, de natureza utilitária ou não, implantada Rota acessível - trajeto contínuo, desobstruindo e
mediante autorização do poder público em espaços sinalizando, que conecta os elementos e espaços
públicos e privados. internos ou externos de um local e que possa ser
utilizado de forma autônoma e segura por todas as
Passagem de nível – cruzamento, no mesmo nível, pessoas, inclusive aquelas portadoras de deficiência
entre uma via e uma linha férrea ou trilho de bonde com ou com mobilidade reduzida. A rota acessível interna
pista própria. (CTB). pode incorporar corredores, pisos, rampas, escadas,
elevadores etc. A rota acessível externa pode
Passeio (faixa livre) - parte da calçada ou da pista de incorporar estacionamentos, guias rebaixadas, faixas
rolamento, neste último caso, separado por pintura ou de travessia de pedestres, rampas, entre outros.
elemento físico separador, livre de interferências,
destinada à circulação exclusiva de pedestres e, Uso comum – espaços, salas ou elementos internos
excepcionalmente, de ciclistas. (CTB). ou externos que são disponibilizados para o uso de um
grupo específico de pessoas (por exemplo, áreas que
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são ocupadas por funcionários, colaboradores e
eventuais visitantes).
(21) 2632-2749
www.guapimirim.rj.gov.br