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Resumo: O dimensionamento adequado das calçadas é essencial para permitir

a livre circulação de pedestres, evitar conflitos e garantir o conforto e a


acessibilidade. O texto descreve princípios de projeto, normas técnicas e
diretrizes municipais relacionadas ao dimensionamento de calçadas, com foco
na faixa livre, altura livre de obstáculos aéreos e benefícios para a mobilidade
urbana.

Princípios de Projeto:

1. A calçada deve ser projetada para absorver confortavelmente um fluxo


de 25 pedestres por minuto a cada metro de largura, com 1,20 m sendo
a largura mínima admitida.
2. A largura da faixa livre (L) é calculada como L = F/K + Σi, onde F é o fluxo
de pedestres, K é igual a 25 (representando o nível de conforto) e Σi é o
somatório dos valores relativos aos fatores de impedância.
3. A altura livre de obstáculos aéreos deve ser de, no mínimo, 2,10 m.

Benefícios:

1. Dimensionamento correto da faixa livre torna a calçada confortável e


convidativa para caminhadas.
2. Evita conflitos entre pedestres, pedestres parados em frente a lojas e
mobiliário urbano.
3. Torna a calçada acessível para cadeiras de rodas e permite manobras.
4. Valoriza áreas turísticas e de lazer, promovendo caminhadas em grupo.

Aplicação:

1. O dimensionamento da faixa livre deve levar em consideração a


demanda de pedestres e ser baseado em diagnósticos locais,
especialmente nos horários de maior fluxo.
2. Pontos de parada de transporte coletivo não devem ser alocados sobre a
faixa livre da calçada, evitando que pedestres utilizem a via de tráfego
para ultrapassar.

Resumo: O texto aborda a importância da faixa de serviço em calçadas urbanas


e fornece princípios de projeto, benefícios e aplicações relacionados a essa área
específica da calçada. A faixa de serviço destina-se a acomodar mobiliários
urbanos e serviços, preservando a faixa livre para a circulação de pedestres.
Princípios de Projeto:

1. A faixa de serviço deve ter uma largura mínima de 0,70 m.


2. Pode ser pavimentada ou coberta de vegetação para aumentar a
permeabilidade do solo, especialmente em áreas residenciais.
3. Evitar a instalação de mobiliários e serviços próximos às esquinas para
não interferir na circulação de pedestres.

Benefícios:

1. A faixa de serviço preserva a faixa livre de obstáculos e obstruções,


garantindo a segurança e o conforto dos pedestres.
2. Funciona como um elemento separador entre a faixa de circulação de
pedestres e a via de tráfego de veículos motorizados ou bicicletas,
proporcionando maior segurança.
3. Desloca caixas de inspeção e visita para fora da faixa livre, evitando
desníveis que possam representar perigo para os pedestres.
4. Serviços subterrâneos localizados abaixo da faixa de serviço preservam o
piso da faixa livre.
5. Organiza o mobiliário e os serviços urbanos, tornando o ambiente mais
agradável e valorizando as calçadas.
6. O plantio de árvores na faixa de serviço confere benefícios ambientais,
segurança e conforto aos pedestres.

Aplicação:

1. Mobiliários como postes de luz, postes de sinalização, hidrantes, caixas


de correio, lixeiras, pontos de parada de ônibus, bancos, canteiros,
vegetação e outros equipamentos devem ser alocados na faixa de
serviço.
2. Rebaixamentos para acesso de veículos devem ser executados dentro da
faixa de serviço, sem interferir na faixa livre.
3. Tampas de inspeção de serviços subterrâneos e grelhas de exaustão
devem estar localizadas na faixa de serviço ou instaladas
transversalmente ao fluxo principal de pedestres.
4. Tampas de caixas de inspeção e de visita devem estar niveladas com o
piso da faixa de serviço.

Casos e Evidências: O projeto "Calçadas Verdes e Acessíveis" em São Paulo,


Brasil, demonstrou como a realocação de rampas de acesso de veículos para a
faixa de serviço nivelou as calçadas, melhorou a acessibilidade para pedestres e
conferiu mais segurança. O projeto também incluiu paisagismo, tornando o
ambiente mais agradável e beneficiando diretamente a comunidade local.
Referências e Orientações Adicionais: O texto faz referência a normas técnicas
brasileiras, como a NBR 9050, e orientações do Ministério das Cidades sobre
mobilidade urbana e transporte ativo, além de mencionar o caso de Londres,
que realizou um estudo para dimensionar larguras de calçadas com base no
comportamento dos pedestres.

Resumo: O texto explora a importância da faixa de transição nas calçadas


urbanas, que está localizada entre a faixa livre e as edificações ou lotes. Essa
faixa desempenha um papel fundamental na transição entre espaços públicos e
privados, oferecendo um ambiente propício para diversas atividades. São
apresentados princípios de projeto, benefícios e aplicações relacionados à faixa
de transição.

Princípios de Projeto:

1. A largura mínima recomendada para a faixa de transição é de 0,45 m.


2. Em áreas comerciais, mobiliários temporários, como placas publicitárias,
mesas e cadeiras, só devem ser alocados se não afetarem a faixa livre de
circulação de pedestres.
3. Deve haver limites claros que diferenciem o piso das faixas livre e de
acesso para destacar onde é permitido alocar mobiliários privados sem
prejudicar a faixa livre.

Benefícios:

1. Cria uma folga entre a faixa livre e as edificações, especialmente


importante em prédios com pouco ou nenhum recuo.
2. Permite que as pessoas parem em frente a vitrines de lojas e serviços
sem obstruir o caminho dos pedestres.
3. Pode ser usado como espaço para encontros, através da mudança do
pavimento na porta do prédio ou da instalação de pequenos bancos
abaixo das janelas.

Aplicação:

1. Rampas de acesso às edificações e lotes podem ser alocadas na faixa de


transição, com autorização do município, garantindo a inclinação máxima
adequada para pessoas com mobilidade reduzida.
2. Áreas de permeabilidade e vegetação podem ser instaladas na faixa de
transição para melhorar o ambiente urbano.
Casos e Evidências: Em Amsterdã, na Holanda, faixas de acesso personalizadas
foram projetadas para aumentar a interação entre residências e espaços
públicos. Essa abordagem transformou as calçadas em extensões das salas de
estar, criando espaços amplos de lazer e aumentando a sensação de segurança,
especialmente para crianças.

Referências e Orientações Adicionais: O texto faz referência a normas técnicas


brasileiras, como a NBR 9050, e ao conceito de "efeito borda" que influencia o
uso da faixa de transição. Além disso, menciona a aplicação prática desse
conceito em Amsterdã e fornece uma referência relacionada a "plinths" como
parte do planejamento urbano.

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