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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE ARTES E TURISMO

CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO

BEATRIZ LINS LOBATO

ÉRICA ALVES DOS SANTOS

JONATHAS COSTA DOS SANTOS

MARIA EDUARDA PEREIRA MENDES

CENTRO CULTURAL POVOS DA AMAZÔNIA

MANAUS – AM

2022
BEATRIZ LINS LOBATO

ÉRICA ALVES DOS SANTOS

JONATHAS COSTA DOS SANTOS

MARIA EDUARDA PEREIRA MENDES

CENTRO CULTURAL POVOS DA AMAZÔNIA

MANAUS – AM

2022
Sumário.

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................4

2. DESENVOLVIMENTO..............................................................................4

2.1 DIAGNÓSTICO.........................................................................................5

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................5
1. INTRODUÇÃO

Tema/Principais autores

* Localização

* Objetivos

* Metodologia

* O que há no trabalho

* Principais resultados

2. DESENVOLVIMENTO

O Centro Cultural dos Povos da Amazônia foi inaugurado em 2007 e visa


manter viva a cultura da Amazônia nacional e internacional, dos povos indígenas e
dos saberes ribeirinhos através da exposição de peças feitas por indígenas, estatuas
que representam as etnias indígenas da Amazônia como um todo, representação
das atividades manufatureiras executadas pelos ribeirinhos e indígenas, assim como
réplicas de estruturas das comunidades indígenas.

Localizado na antigamente referida bola da SUFRAMA, o CCPA possui um


espaço para eventos internos e externos de proporções consideráveis; hospeda
feiras de alimentos aos sábados no estacionamento e a Feira dos Povos Criativos
todo último domingo do mês. No interior da estrutura existem ainda dois espaços
para eventos: “uma cúpula com cerca de 150 lugares e um auditório com
capacidade para 70 pessoas, além de uma ampla arena de espetáculos com
capacidade para 17 mil pessoas sentadas” (“Centro Cultural dos Povos da Amazônia
– AADC”, [s.d.]) .

Além da área de eventos, as exposições presentes no espaço são: bloco Curt


Nimuendajú/ Cultura em Movimento, exposição Filhos da Nossa Terra, exposição
‘Beatiarii Venatio Animalia’, fotografias ‘Olhares Tumbira’; as estruturas externas são
tapiri de defumação, casa da farinha, barracão do guaraná, Xapono Yanomami e
‘casa do caboclo’. No interior do local existem ainda as bibliotecas Mário Ypiranga
Monteiro e Arthur Reis.
Anexado ao CCPA há o Museu do Homem do Norte “que possui um acervo
de 4.116 peças, dentre elas, a Coleção Noel Nutels, médico sanitarista que se
dedicou ao trabalho junto aos povos indígenas, no Parque do Xingu”, ademais
“também estão no museu acervos da Fundação Nacional do Índio (Funai),
destacando-se máscaras indígenas para rituais, adornos, canoas, esteiras,
fragmentos arqueológicos e cerâmicas com peças e artefatos variados.” (“Centro
Cultural dos Povos da Amazônia – AADC”, [s.d.]).

2.1 DIAGNÓSTICO

Através da visita in loco foi possível reconhecer o pouco investimento em


acessibilidade e formas de acesso ao local, assim como problemas de matriz
elétrica, que dificultaram a permanência no local por conta da temperatura elevada
em um dos espaços de visitação. Os principais tópicos que serão discorridos são
acessibilidade e formas de acesso, áreas que podem ser melhoradas através de
projetos desenvolvidos pelos autores.

Na questão de acessibilidade, grande parte das barreiras que impedem PCDs


de terem livre acesso à espaços culturais são causados por falha de planejamento,
pois as necessidades desse grupo não são consideradas na estrutura original do
projeto ou em reformas futuras (CHALKIA et al., 2015). Apesar de ser um projeto
recente, o Centro Cultural dos Povos da Amazônia possui muitas falhas em
acessibilidade; durante a pesquisa de campo registrou-se poucas adaptações no
local, as que foram construídas se resumiam a uma rampa demasiadamente longa
para se ter acesso ao setor administrativo, e consequentemente ao único elevador
que dava acesso ao Museu do Homem do Norte, Exposição ‘Olhares Tumbira’ e ao
Hall – todos levando à parte traseira de todos os locais citados.

A exposição cultural Kurt Nimuendajú era ainda mais escassa em recursos


acessíveis, o chão era forrado com um carpete que dificultava a passagem de
cadeiras de roda, e em alguns locais o material desgrudava do chão – o que poderia
ocasionar um acidente, o acesso à algumas exposições era dificultado pelo espaço
estreito entre as peças, que ficavam à uma distância pequena uma da outra, algo
que afeta negativamente a passagem e a melhor apreciação por parte dos visitantes
PCDs. Mais de 90% das placas de explicação das exposições possuíam apenas o
idioma português, descartando a possibilidade de atrair pessoas com deficiência
visual para serem público visitante.

O acesso à estrutura em si possui rampa para cadeirantes, mas o acesso ao


estacionamento frontal só pode ser feito através de uma escada, ou realizando o
mesmo caminho de entrada para utilizar a área interna de tráfego de veículos. Para
se deslocar à parte inferior externa, onde ficam a lanchonete e um restaurante, há
uma rampa igualmente longa e uma escada.

Na questão do acesso externo ao centro cultural, como o mesmo se localiza


em uma rotatória no distrito industrial, os meios para frequentar o local é apenas
através do uso de faixa de pedestre: uma localizada entre a Av. Rodrigo Otávio e Av.
Silves; a segunda entre Av. Gov. Danilo de Matos Areosa e BR-139. Apesar da
implementação das faixas, ambas não cumprem seu papel adequadamente pelos
seguintes motivos:

 Os veículos que trafegam na rotatória são, em sua maioria, de grande


porte (caminhões, carretas etc.) e estão em alta velocidade;
 Carros individuais não sedem a passagem para o pedestre e também
se encontram em alta velocidade;
 Ônibus que seguem por aquela rota não possuem pontos de parada na
mesma, logo, não reduzem a velocidade ao passar pelo local.

Com este diagnóstico, é possível reconhecer a falta de acessibilidade no


atrativo público, que deveria receber toda a população, sem distinção de
nenhuma natureza e oferecendo a todos o protagonismo em suas escolhas.

As barreiras impedem PCDs de participar de eventos e atividades fora de


suas residências, e grande parte das inadequações descritas agridem a Lei
13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência), que “destinada a assegurar e a promover, em
condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais
por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.”
(“L13146”, [s.d.]).
Com o objetivo de diminuir a falta de acesso e ofertar um atrativo mais
inclusivo, os projetos que foram desenvolvidos pelos pesquisadores serão
explicados no tópico à seguir.

2.2 PROJETOS

Instalação de Semáforos para Auxiliar a Travessia de Pedestres

Tendo em mente que a primeira problemática é o acesso ao local, que se


localiza dentro de uma das rotatórias mais movimentadas da cidade, a única
maneira de se adentrar nas dependências do atrativo é através de uma faixa de
pedestres que por muitas vezes é ignorada por parte dos motoristas que ali
trafegam. Sabendo disso, a instalação de um semáforo com temporizador, assim
como o semáforo localizado em frente ao Manaus Plaza Shopping, poderia auxiliar a
travessia, não só dos pedestres que pretendem visitar o local, mas também, facilitar
a travessia de todos que ali precisam transitar de forma geral.  

(travessia de acesso ao portão de entrada do Centro Cultural Povos da


Amazônia)

Melhor Sinalização para Conseguir Chegar a Recepção do Local 

Após a dificuldade na travessia de acesso ao local, outro problema que


dificulta a chegada ao local é a dificuldade para achar a recepção do Centro Cultural.
Alguém que visita o local pela primeira vez conseguirá achar a recepção do local
somente com a ajuda dos guardas de segurança que ficam perto do portão de
acesso. Através da adesão de placas que informem a localização da recepção, onde
ficam os guias do local, possa melhorar e facilitar a visitação. 

(entrada que fica de frente para o portão de acesso encontra-se fechada)

Melhor Sinalização de Acesso a Banheiros e Bebedouros 

Ainda falando sobre sinalização dentro das dependências do Centro Cultural


Povos da Amazônia, a falta de sinalização indicando a localização de banheiros e
bebedouros para uso dos visitantes é um dos principais pontos negativos
encontrados no local. visto que, o banheiro fica em uma área sem nenhum tipo de
visibilidade, a instalação de placas indicando a localização dos banheiros para
utilização dos visitantes seria algo bastante importante para o local, além da
instalação de bebedouros em pontos visíveis para o público.
(banheiros ficam em local sem visão para visitantes)

Instalação de Pisos Táteis nas Rotas de Visitação

Logo no primeiro ponto de visitação, o Bloco Cultura e Movimento, um dos


principais pontos notáveis é o piso totalmente forrado com um carpete, e por mais
que seja útil de alguma forma, a forração do chão pode dificultar a visitação para
pessoas com mobilidade reduzida. A instalação de Pisos Táteis pode auxiliar e
melhorar o atendimento e guiamento no local. 

(piso do Bloco Cultura e Movimento forrado com carpete, sem piso tátil) 
Explicações Mais Detalhadas sobre as Exposições 

Mesmo com o trabalho dos guias, algumas exposições possuem uma história
bem mais complexa que pode ser mais difícil de explicar. A utilização de algumas
gravações que façam explicações mais detalhadas para peças específicas da
exposição pode auxiliar melhor, tanto os visitantes, quanto os guias.

(itens em exposição sem identificação)

Melhora na Iluminação em Alguns Pontos

Durante a visitação, existem pontos do local onde a iluminação peca bastante.


Na exposição de cestas, dentro do Bloco Cultura e Movimento, por exemplo, existem
pontos onde a falta de manutenção das lâmpadas chega a incomodar a visão dos
visitantes, principalmente aqueles com sensibilidade à luz. Uma melhora na
manutenção da iluminação seria de grande importância para que os visitantes
possam ter uma visita sem prejudicar sua visão. 
(luminária que fica piscando constantemente)

Melhorias na Área dos Jardins do Local 

Em relação a área externa do local, o piso que concede acesso aos jardins do
Centro Cultural possui pontos perigosos que podem ocasionar lesões e quedas,
tanto de jovens, quanto de visitantes idosos e visitantes com mobilidade reduzida.
Além de que os bancos para descanso, que deveriam ficar em locais com sombra,
ficam expostos ao sol e acabam inutilizados por parte dos visitantes. Uma reforma
nessa área seria de grande proveito, tanto para visitantes, quanto para os
funcionários aproveitarem o seu período de descanso. 
(jardim com acesso ao Espaço de Referência Cultural do Amazonas -
ERCAN)

Instalação de Elevador para acesso ao Museu do Homem do Norte 

Questões que envolvem a acessibilidade é o principal problema do local. Para


ter acesso ao Museu do Homem do Norte, somente por escadas, e assim como o
problema do piso dos jardins, pode ocasionar em acidentes tanto para visitantes
jovens, quanto para visitantes idosos e visitantes com mobilidade reduzida. Os
únicos elevadores no local são escondidos e de uso exclusivo para os
administradores do local. 

A instalação de um elevador para uso dos visitantes é algo que deveria ter no
local. Tendo em vista a dificuldade de alguns visitantes para subir os lances de
escada que dão acesso ao Museu do Homem do Norte. 

(escadaria que dá acesso ao Museu do Homem do Norte)

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Centro Cultural dos Povos da Amazônia – AADC. Disponível em:


<https://www.agenciacultural.org.br/site/centro-cultural-dos-povos-da-amazonia/>.
Acesso em: 9 out. 2022.

CHALKIA, E. et al. The Expansion of a Scheme About ACCESSIBILITY in


Tourism at the Cultural Sector. p. 21–28, 2015.

L13146. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-


2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 11 out. 2022.

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