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Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Escola Politécnica – Engenharia Civil


ENGM53-PLANEJAMENTO DO SISTEMAS DE TRANSPORTES
Prof. Juan Pedro Moreno Delgado
Aluna Layra Rocha Ribeiro de Magalhães

Atividade 01 – Resenha 01

Banister, D. (2008). The sustainable mobility paradigm. Transport Policy, Vol.


15, (2), Pp. 73-80.

Os sistemas de transporte foram conceituados de várias maneiras. Durante muito tempo,


os sistemas de transporte foram principalmente conceituados em termos de seus
componentes materiais, ou seja, veículos, tecnologias e infraestruturas (Banister, 2008).
Em algumas definições, o sistema de transporte se referia a modos distintos de viagem
(por exemplo, aeroportos, ferrovias, estradas), enquanto em outros, o sistema de
transporte foi definido como a combinação de insumos físicos e informativos que
permitem ação de transporte. Tais definições têm sido frequentemente empregadas por
engenheiros e planejadores de transporte, e têm uma coisa em comum: são definições
principalmente instrumentais usadas para analisar e planejar investimentos em
transporte e/ou transporte. Somando-se a essa crítica, Banister (2008) argumentou que,
em vez de se concentrar em minimizar o tempo de viagem, as políticas de transporte
devem promover a mobilidade sustentável.

Um dos maiores desafios ambientais e sociais que o mundo enfrenta hoje está na
mobilidade de pessoas e bens. Entre os diversos conceitos de mobilidade que surgiram
nas últimas décadas, um dos mais importantes é a mobilidade sustentável, que está
atraindo considerável interesse da comunidade científica e dos formuladores de políticas
públicas, uma vez que, além da importância econômica, as atividades de mobilidade têm
impactos ambientais e sociais especialmente nos centros urbanos.

De acordo com o paradigma sustentável do Banister (2008), o primeiro objetivo requer


promover a aceitação pública de atraso razoável em cruzamentos sinalizados em vez de
um atraso mínimo que geralmente é usado como principal função objetiva para acelerar
e desacelerar o tráfego.

O Banister (2008) enfatiza que os usuários de tráfego devem estar envolvidos no


planejamento do transporte: somente se a lógica por trás das mudanças políticas for
compreendida e aceita publicamente pode seguir mudanças comportamentais. A decisão
sobre viagens e modos deve ser liberada e incentivada, para que as pessoas sejam
confortavelmente capazes e dispostas a escolher o transporte sustentável.
No trabalho fundamental do Banister (2008), quatro intervenções principais para uma
abordagem de mobilidade sustentável incluem a substituição, ou seja, a redução da
necessidade de viajar para reduzir o número total de viagens; mudança modal, ou seja,
incentivar uma mudança para modos de transporte sustentáveis; redução da distância,
ou seja, redução dos comprimentos da viagem; e inovações tecnológicas. Estes últimos
evocam adaptações comportamentais humanas, que podem compensar os ganhos de
eficiência ou até mesmo reverter a redução de recursos por uso aumentado ou
intensificado.

Segundo Banister (2008), a mobilidade sustentável é um paradigma alternativo ao


sistema de transporte predominante. A intenção em mobilidade sustentável não é proibir
carros particulares, mas sim projetar cidades acessíveis e oferecer opções, onde o carro
particular não é o pré-requisito para isso. A inclusão do público em geral no
desenvolvimento e deliberação de possíveis cenários de transição de futuros não é
apenas um requisito para a formulação de políticas democráticas, mas também crucial
para a implementação bem-sucedida de mudanças significativas de estilo de vida e
comportamento, particularmente no domínio da mobilidade.

Nos transportes, as desigualdades podem ser consequência de investimentos desiguais


no fornecimento desses serviços. Esses elementos contribuem para a evolução do
processo de planejamento urbano voltado para questões relacionadas com os
deslocamentos de bens e de pessoas. Conceitualmente, o foco da análise da mobilidade
motorizada individual foi alterado para a acessibilidade às atividades a serem
desenvolvidas (BANISTER, 2008). Quanto aos atores e funções urbanas envolvidas nesse
processo, foi incorporado o subsistema de uso do solo, reconhecida a existência do
subsistema de atividades e começa a utilizar os princípios de equidade e sustentabilidade
como norteadores da definição dos problemas e objetivos. Diferente do paradigma
anterior, o planejamento da mobilidade se baseia em dados de desequilíbrio entre oferta
e demanda, incorporando o conceito de desempenho do sistema, bem como é
influenciado por características externas ao sistema de transportes, como a distribuição
espacial das atividades.

A inclusão do público em geral no desenvolvimento e deliberação de possíveis cenários


de transição de futuros não é apenas um requisito para a formulação de políticas
democráticas, mas também crucial para a implementação bem-sucedida de mudanças
significativas de estilo de vida e comportamento, particularmente no domínio da
mobilidade. As dimensões sociais são essenciais para a mobilidade sustentável e podem
ser utilizadas para equilibrar as principais preocupações da forma urbana e do tráfego.
A inclusão do público em geral no desenvolvimento e deliberação de possíveis cenários
de transição de futuros não é apenas um requisito para a formulação de políticas
democráticas, mas também crucial para a implementação bem-sucedida de mudanças
significativas de estilo de vida e comportamento, particularmente no domínio da
mobilidade. As dimensões sociais são essenciais para a mobilidade sustentável e podem
ser utilizadas para equilibrar as principais preocupações da forma urbana e do tráfego.

Os indivíduos devem ter a liberdade de usar seu modo de transporte preferido (por
exemplo, o carro particular, que foi apresentado como uma tecnologia de
empoderamento pessoal) na rede de transporte mais eficiente possível. Em nível coletivo,
a mobilidade é apresentada como uma demanda derivada - um mero meio que permite
que as pessoas façam atividades que estão espalhadas pelo espaço.

O Banister (2008) explorou sete elementos críticos da mobilidade sustentável para


promover a aceitação do público. (Formação; Envolvimento e Comunicação; Embalagem;
vendendo os Benefícios; Adote políticas controversas em etapas; Coerência entre a
diferentes medidas e setores políticos e Adaptabilidade), onde os primeiros quatro
elementos são amplamente utilizados na implementação políticas de mobilidade
sustentável e a mudança comportamental deve ser vista como parte da solução e os três
últimos são mais controversos, que consiste na implementação de pacotes de políticas
sobre a mobilidade sustentável.

A inclusão do público em geral no desenvolvimento e deliberação de possíveis cenários


de transição de futuros não é apenas um requisito para a formulação de políticas
democráticas, mas também crucial para a implementação bem-sucedida de mudanças
significativas de estilo de vida e comportamento, particularmente no domínio da
mobilidade. As dimensões sociais são essenciais para a mobilidade sustentável e podem
ser utilizadas para equilibrar as principais preocupações da forma urbana e do tráfego.

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