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QUESTÕES OBJETIVAS:
Assinale as alternativas corretas de acordo com o enunciado das questões, considerando o conteúdo abordado
em sala de aula e os materiais complementares.
1. [ENEM]
A figura representada por Charles Chaplin critica o modelo de produção do início do século XX, nos Estados
Unidos da América, que se espalhou por diversos países e setores da economia e teve como resultado
2. [ENEM]
No trecho da canção, composta na década de 1960, retrata-se a insatisfação do trabalhador rural com
3. [ENEM] “Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico quanto uma certa liberação dos ritmos cíclicos
da natureza, com a passagem das estações e as alternâncias de dia e noite. Com a iluminação noturna, a escuridão
vai cedendo lugar à claridade, e a percepção temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. Se a luz
invade a noite, perde sentido a separação tradicional entre trabalho e descanso – todas as partes do dia podem
ser aproveitadas produtivamente”.
[SILVA FILHO. A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará: Secult-CE. 2001]
(adaptado).
4. O texto a seguir faz referência a uma forma específica de organização do trabalho, que impulsionou o
desenvolvimento do capitalismo industrial no século XX.
O trabalho era [...] prender tampas de vidro em garrafas pequenas. Trazia na cintura a meada de barbante.
Segurava as garrafas entre os joelhos, para poder trabalhar com as duas mãos. Nesta posição, sentado e curvado
sobre os joelhos, os seus ombros estreitos foram se curvando; o peito ficava contraído durante dez horas por dia
[...] O superintendente tinha grande orgulho dele e trazia visitantes para observarem-no [...] Isto significava que
ele atingira a perfeição da máquina. Todos os movimentos inúteis eram eliminados. Todos os movimentos dos
seus magros braços, cada movimento de um músculo dos dedos magros, eram rápidos e precisos. Trabalhava
sob grande tensão, e o resultado foi tornar-se nervoso.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que esta forma de organização do
trabalho:
a) Implicou um enriquecimento das tarefas a serem desenvolvidas, de tal modo que os trabalhadores poderiam
operar, por exemplo, com a habilidade das duas mãos.
b) Produziu um trabalhador mais intelectualizado, visto que a complexidade do seu trabalho coincidia com a
complexidade da máquina utilizada.
c) Apoiava-se no princípio do Just in Time, isto é, trabalho a tempo justo, na maior autonomia do trabalhador
frente a seus meios de trabalho.
d) Generalizou a tarefa parcelar, monótona e desinteressante, pela subordinação do homem à máquina,
distanciando-o, assim, do trabalho criativo.
e) Revelou-se inviável em outros setores de atividade, como o caso dos escritórios e restaurantes de fast food,
embora tenha sido amplamente utilizada no espaço fabril ao longo do século XX.
5. [ENEM]
Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria?
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor —
ah, que bebem vosso sangue?
[SHELLEY. “Os homens da Inglaterra’. Apud HUBERMAN, L. In: História da Riqueza do Homem. Rio de
Janeiro: Zahar, 1982].
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição
nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal
contradição está identificada
6. O capitalismo vê a força de trabalho como mercadoria, mas é claro que não se trata de uma mercadoria
qualquer. Ela é capaz de gerar valor. [...] O operário é o indivíduo que, nada possuindo, é obrigado a sobreviver
da sua força de trabalho”
[COSTA, 2005].
a) da Mais-valia.
b) do Lucro.
c) do Salário.
d) da Alienação.
e) das Relações políticas.
a) Mais-valia relativa configura-se quando o dono do capital consegue aumentar a capitação de excedente de
produção mediante o avanço tecnológico.
b) Mais-valia relativa é um conceito que faz referência à condição precária do trabalhador industrial.
c) Mais-valia relativa configura-se quando o dono dos meios de produção recolhe o excedente de produção.
d) Mais-valia relativa configura-se quando o capitalista aumenta o recolhimento dos excedentes produzidos por
meio do aumento da jornada de trabalho.
8.
“Eu tinha muito medo, estava sozinha, não tinha como não trabalhar. Ela não me deixava amamentar meu filho
pela manhã, dizia que eu perderia tempo.” (Dora E. A. Calle)
“Quando eu precisava sair da casa, sempre tinha que pedir a chave. E nessa hora a chave sempre sumia.” (Raul
G. P. Mendoza)
“A casa onde eu trabalhava tinha outros 14 bolivianos, que, assim como eu, queriam guardar dinheiro e voltar
para nosso país. Mas não é bem assim que acontece.” (Alicia V. Balboa)
Os depoimentos evidenciam
9. Ir ao mercado e passar as compras em um caixa automático, pedir um Uber e ser levado por um carro
completamente automatizado que dispensa motorista, ir ao banco e resolver todas as pendências no caixa
eletrônico ou até mesmo pelo aplicativo de celular, fazer uma ligação para a central de uma empresa e ser
atendido por um robô. A cada dia essas atividades tornam-se mais comuns. Trabalhos que antes eram
desempenhados por funcionários agora são feitos por máquinas. Sem contar as funções que, independentemente
da tecnologia, foram reunidas e absorvidas por um único trabalhador, como os motoristas de ônibus, que além
de dirigir o veículo ainda precisam cobrar a passagem. Cobrador e telefonista são exemplos de ocupações
extintas em muitos lugares do globo.
De acordo com o texto, apesar das comodidades do cotidiano, em relação ao mundo do trabalho, a 4a Revolução
Industrial, contribui para:
a) Migração de mão de obra do setor terciário para o setor secundário que ainda emprega muitos trabalhadores.
b) Diminuição gradativa dos postos de trabalhos e aumento do desemprego entre trabalhadores não qualificados
para as novas funções.
c) Eliminação dos trabalhadores autônomos devido ao estímulos ao vínculo com as instituições públicas.
d) Redução da carga horária dos operários para aumentar o tempo livre para o lazer e compras.
10. [ENEM] Um trabalhador em tempo flexível controla o local do trabalho, mas não adquire maior controle
sobre o processo em si. A essa altura, vários estudos sugerem que a supervisão do trabalho é muitas vezes maior
para os ausentes do escritório do que para os presentes. O trabalho é fisicamente descentralizado e o poder sobre
o trabalhador, mais direto.
[SENNETT R. A corrosão do caráter, consequências pessoais do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record,
1999] (adaptado).
A forma de organização interna da indústria citada gera a seguinte consequência para a mão de obra nela
inserida:
12. Acompanhe a seguir a descrição do processo de produção e venda de uma fabricante de computadores.
Os clientes que desejarem comprar um computador do fabricante devem entrar na internet – a empresa não
mantém lojas – e navegar pelo website [...], onde podem selecionar a mistura de características que quiserem.
Depois de feito o pedido, um computador é construído segundo as especificações e enviado – geralmente dentro
de alguns dias
O processo descrito ilustra o modelo produtivo capitalista mais adotado a partir da segunda metade do século
XX, baseado na(o)
13. [ENEM]
Tendo se livrado do entulho do maquinário volumoso e das enormes equipes de fábrica, o capital viaja leve,
apenas com a bagagem de mão, pasta, computador portátil e telefone celular. O novo atributo da volatilidade
fez de todo compromisso, especialmente do compromisso estável, algo ao mesmo tempo redundante e pouco
inteligente: seu estabelecimento paralisaria o movimento e fugiria da desejada competitividade, reduzindo a
priori as opções que poderiam levar ao aumento da produtividade
No texto, faz-se referência a um processo de transformação do mundo produtivo cuja consequência é o(a)
PINHEIRO, A lessandro Maia; ÁLVARO, Maria Angela Gemaque. Informalidade na região metropolitana de
Belém.
a) A flexibilização do mercado de trabalho obriga a PEA a ter maior nível de especialização, exigência dos
melhores empregos no setor terciário.
b) A perda dos cargos industriais para a automação sempre resultou na criação de um número maior de postos
de trabalho que o de desempregados.
c) Em países emergentes à liberação da mão de obra da indústria somou-se a PEA que vem do campo em função
da crescente mecanização rural.
d) Nos países desenvolvidos promoveu a migração da População Ativa para o setor terciário, que hoje emprega
a maior parte da população adulta.
15.
Os diferentes modelos produtivos de cada momento do sistema capitalista sempre foram o resultado da busca
por caminhos para manter o crescimento da produção e do consumo. A crítica ao sistema econômico presente
na letra da canção está relacionada à seguinte estratégia própria do atual modelo produtivo toyotista:
16. O sistema organizacional do trabalho denominado de toyotismo é uma resposta à crise do fordismo dos anos
70. É correto afirmar que o toyotismo se caracteriza
a) pela rigidez na produção, principalmente pela eliminação do desperdício de tempo e movimentos, por meio
do trabalho parcelar, padronizado e descontínuo.
b) por ter um trabalhador qualificado e polivalente e pela produção atender às particularidades das demandas.
c) por ter sua origem no modo de organização do trabalho de uma indústria automobilística da China, cujo
presidente era Kiichiro Toyoda, daí a derivação da sua denominação.
d) pela produção em massa, pois o consumo condiciona toda a organização da produção.
e) pela adoção de uma organização produtiva verticalizada, voltada para produzir somente os itens necessários
na quantidade necessária, sem gerar estoque, por meio da técnica denominada de kanban, em que o trabalhador
desempenha uma única tarefa.
17. Um dos avanços do Toyotismo no controle de qualidade foi o rompimento com as técnicas estatísticas e o
desenvolvimento de uma abordagem que foi chamada de produção “à prova de erros”. Essa técnica ficou
conhecida como
a) TQM.
b) Kanban.
c) Kaizen.
d) Just-in-time.
e) Poka yoke.
18. Também chamado de sistema de produção flexível, o Toyotismo foi criado na década de 1970 por Taiichi
Ohno (1912) e Eiji Toyoda (1913-2013) e diretamente aplicado nas linhas de produção da Toyota. Diante do
panorama da crise do petróleo de 1970, das peculiaridades da economia japonesa e das limitações do fordismo,
o toyotismo foi elaborado com base nas seguintes premissas:
▪ produção flexível e não mais em massa, mas variando de acordo com a procura;
▪ maior rapidez no processo produtivo;
▪ o mesmo trabalhador realiza múltiplas funções;
▪ não necessidade de estocagem;
▪ produtos não necessariamente padronizados.
Com o avanço do toyotismo pelo mundo ao final do século XX e o fortalecimento do sistema neoliberal, houve
diretas consequências, como: