Você está na página 1de 12

Geografia

Segunda Revolução Industrial

Teoria

A grande ruptura da segunda Revolução Industrial


A Segunda Revolução Industrial (século XIX - 1850) é a evolução produtiva dessa primeira fase,
com a incorporação de um modelo produtivo. Ela ocorreu no final do século XIX, e contou com
países como Japão, EUA, Alemanha, Inglaterra e França, dada as transformações vividas na
geopolítica mundial ao longo dos anos. Este fato altera a centralidade européia, uma vez que conta
com países asiáticos e americanos se inserindo na nova dinâmica de produção. Inaugura-se o que
viria a ser a “tríade do capitalismo”, que é um termo utilizado para se referir a importância da
América do Norte, Europa e Sudeste Asiático para a produção do sistema capitalista, também
chamados de “países do norte”.

Eletricidade e petróleo
Podemos diferenciá-la da primeira também pelo uso do petróleo como principal combustível. Sobre
isso, é importante frisar que, embora o petróleo e a eletricidade sejam símbolos da Segunda
Revolução Industrial, o carvão mineral nunca deixou de ser usado. Ainda hoje, o petróleo e o carvão
mineral são os combustíveis fósseis mais utilizados no mundo. De qualquer forma, o motor a
combustão, e não mais a vapor, possibilitou o surgimento de novos produtos.

Com a nova capacidade dos países de transformar o petróleo em combustível, criando uma rede
complexa para distribuir combustível e eletricidade, além de gerar grandes mudanças sociais, este
feito passa a representar um grande crescimento no desenvolvimento do mundo. O petróleo passa
a ser um recurso muito valioso para os países desde então.

A era dos gigantes de metal


Além disso, as fábricas e indústrias começaram a se tornar mais complexas, com destaque para as
indústrias de base, que produzem e fornecem matéria-prima para outras indústrias, como as
automobilísticas. A indústria automobilística é um exemplo de indústria de bens de consumo. Essas
sim vão produzir bens que serão vendidos diretamente para os consumidores. Essa revolução
industrial traz um grande avanço no setor de transportes no mundo todo, o que é importante para o
desenvolvimento do comércio a nível mundial.

As siderúrgicas também passam a ganhar centralidade, que são as indústrias que transformam
ferro em aço. Por isso, esse período da história ficou conhecido como a era dos gigantes e metal e
aço. O tom dessas transformações passam a facilitar a troca de mercadorias, o aumento do fluxo
de pessoas, mas também de armas entre os países, de forma que um dos marcos desse período é
o aumento do poder militar das grandes potências mundiais
Geografia

Disponível em: https://images.educamaisbrasil.com.br/content/banco_de_imagens/mb/D/segunda-revolucao-industrial.jpg

Produção em massa (Fordismo)


O modelo produtivo, ou seja, o modo, a forma de se produzir e organizar a produção, ficou conhecido
como Fordismo-Taylorismo. Esse modelo contava com uma alta fragmentação das tarefas, em que
cada trabalhador era especializado em uma única função repetitiva, num regime de trabalho rígido.
Chama-se nesse período mão de obra alienada, por conta do trabalhador não conseguir enxergar
no produto final, a etapa do seu trabalho. É um modelo de produção em massa que conta com linhas
ou esteiras de montagem para aumentar a produtividade. A padronização é uma característica
fundamental desse modelo. O empregador ditava o ritmo da produção do empregado por meio
delas. Além disso, o trabalho era bem simples, o que possibilitou contratação de muitas pessoas,
havendo diversas denúncias de trabalho infantil dentro dessas fábricas. Até hoje, existem indústrias
mais simples que se organizam dessa forma.

Industrialização periférica
Sobre os fatores locacionais, é importante frisar que as indústrias naquele período eram enormes,
pois possuíam em si todas as etapas do processo de produção. Contava também com as vilas
operárias onde moravam os trabalhadores, muito próximas das fábricas, o que, somado aos níveis
de exploração do trabalho, facilitava a formação de sindicatos e movimentos trabalhistas.

Na Segunda Revolução Industrial, ainda há concentração da indústria nos países ricos, mas ao
longo do século XX, a industrialização passa a chegar em países emergentes ou periféricos. Os
países centrais são os ricos. Mas dentro dos países não-centrais, as nações que possuíam mais
infraestrututra comparativamente passaram a se tornar receptivas de indústrias, com destaque a
países da América Latina e Sudeste Asiático. Os países da América Latina focaram numa
industrialização para o mercado interno, o que causou limitações futuras, enquanto os países do
leste asiático fizeram um modelo de "plataforma de exportação", recebendo indústrias que
produziam visando à venda para outros países, o que é um dos fatores que ajuda a explicar o porquê
dos países do leste asiático hoje possuírem maior desenvolvimento em alguma medida do que os
países da América Latina.
Geografia

Exercícios de fixação

1. O Fordismo foi o modelo produtivo da Segunda Revolução Industrial. Cite em lista pelo menos
duas características do Fordismo.

2. A Primeira Revolução Industrial se desenvolveu principalmente na Inglaterra a partir do século


XVIII. Entretanto, a partir do século XIX, a industrialização se expandiu para outros locais que
somados aos novos desenvolvimentos tecnológicos caracterizaram a chamada Segunda
Revolução Industrial.
O seguinte país não se industrializou durante a Segunda Revolução Industrial, no século XIX
(A) Portugal.
(B) EUA.
(C) França.
(D) Japão.

3. Considerando as características do Fordismo qual seria um objetivo de adotar esse modelo


produtivo?
(A) Diversificar a produção.
(B) Maximizar a produção.
(C) Aumentar a empregabilidade.

4. Estabeleça a relação entre mão de obra especializada, padronização da produção e rigidez do


modelo fordista.

5. Uma das características do Fordismo era a concentração espacial da produção, que reunia
centenas a milhares de trabalhadores em um único espaço. Qual a consequência dessa
concentração industrial no mundo do trabalho?
(A) Fortalecimento dos sindicatos.
(B) Enfraquecimento da organização laboral.
(C) Maior dificuldade produtiva.
Geografia

Exercícios de vestibulares

1. Podemos dizer que, na segunda metade do século XIX, iniciou-se a "era do petróleo e da
eletricidade". A partir de 1870, principalmente, houve não só uma gigantesca expansão da
economia mundial, firmemente sustentada na industrialização de numerosos países, como a
aceleração da produção de mercadorias e grande concentração de capitais para
investimento.
A respeito dessas transformações, é correto afirmar que
(A) marcaram a passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de produção
fabril, concentrando-se, principalmente, na produção têxtil destinada ao mercado interno.
(B) demonstraram o declínio do capitalismo monopolista, com a perda de poder das grandes
corporações, e a sua substituição por um sistema de livre concorrência.
(C) estão relacionadas à chamada Segunda Revolução Industrial, marcada pela substituição
das pequenas unidades fabris por complexos industriais com processos de produção
mais sofisticados e pela concentração maciça de capital para os investimentos de base.
(D) ficaram restritas à Europa, não chegando a atingir os Estados Unidos, que só se
industrializaram a partir do período pós-guerras.
(E) tornaram possível prescindir de mercados fornecedores de matérias-primas, em vista das
transformações tecnológicas ocorridas, o que fortaleceu o isolamento da Europa.

2. (Enem, 2015) Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico quanto uma certa liberação
dos ritmos cíclicos da natureza, com a passagem das estações e as alternâncias de dia e
noite. Com a iluminação noturna, a escuridão vai cedendo lugar à claridade, e a percepção
temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. Se a luz invade a noite, perde sentido
a separação tradicional entre trabalho e descanso - todas as partes do dia podem ser
aproveitadas produtivamente.
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará: Secult-CE. 2001 (adaptado).

Em relação ao mundo do trabalho, a transformação apontada no texto teve como


consequência a
(A) melhoria da qualidade da produção industrial.
(B) redução da oferta de emprego nas zonas rurais.
(C) permissão ao trabalhador para controlar seus próprios horários.
(D) diminuição das exigências de esforço no trabalho com máquinas.
(E) ampliação do período disponível para a jornada de trabalho.
Geografia
3. (Enem PPL, 2016)

THAVES. Jornal do Brasil, 19 fev. 1997 (adaptado).

A forma de organização interna da indústria citada gera a seguinte consequência para a mão
de obra nela inserida:
(A) Ampliação da jornada diária.
(B) Melhoria da qualidade do trabalho.
(C) Instabilidade nos cargos ocupados.
(D) Eficiência na prevenção de acidentes.
(E) Desconhecimento das etapas produtivas.

4. (Enem PPL, 2014) A introdução da organização científica taylorista do trabalho e sua fusão
com o fordismo acabaram por representar a forma mais avançada da racionalização
capitalista do processo de trabalho ao longo de várias décadas do século XX.
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009
(adaptado).

O objetivo desse modelo de organização do trabalho é o alcance da eficiência máxima no


processo produtivo industrial que, para tanto,
(A) adota estruturas de produção horizontalizadas, privilegiando as terceirizações.
(B) requer trabalhadores qualificados, polivalentes e aptos para as oscilações da demanda.
(C) procede à produção em pequena escala, mantendo os estoques baixos e a demanda
crescente.
(D) decompõe a produção em tarefas fragmentadas e repetitivas, complementares na
construção do produto.
Geografia

5. Nas primeiras décadas do século XX, o engenheiro Frederick Taylor desenvolveu os princípios
de administração científica, que consistiam, basicamente, no controle dos tempos e dos
movimentos dos trabalhadores para aumentar a eficiência do processo produtivo. Ao adotar
estes princípios em sua fábrica, Henry Ford criava um novo método de produção. A inovação
mais importante do modelo fordista de produção foi:
(A) a fragmentação da produção.
(B) o trabalho qualificado.
(C) a linha de montagem.
(D) a produção diferenciada.
(E) a redução dos estoques.

6. (Enem PPL, 2016) A Segunda Revolução Industrial, no final do século XIX e início do século
XX, nos EUA, período em que a eletricidade passou gradativamente a fazer parte do cotidiano
das cidades e a alimentar os motores das fábricas, caracterizou-se pela administração
científica do trabalho e pela produção em série.
MERLO, A. R. C.; LAPIS, N. L. A saúde e os processos de trabalho no capitalismo: reflexões na interface da psicodinâmica do
trabalho e da sociologia do trabalho. Psicologia e Sociedade, n. 1, abr. 2007.

De acordo com o texto, na primeira metade do século XX, o capitalismo produziu um novo
espaço geoeconômico e uma revolução que está relacionada com a
(A) proliferação de pequenas e médias empresas, que se equiparam com as novas
tecnologias e aumentaram a produção, com aporte do grande capital.
(B) técnica de produção fordista, que instituiu a divisão e a hierarquização do trabalho, em
que cada trabalhador realizava apenas uma etapa do processo produtivo.
(C) passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de produção fabril,
concentrando-se, principalmente, na produção têxtil destinada ao mercado interno.
(D) independência política das nações colonizadas, que permitiu igualdade nas relações
econômicas entre os países produtores de matérias-primas e os países industrializados.
(E) constituição de uma classe de assalariados, que possuíam como fonte de subsistência a
venda de sua força de trabalho e que lutava pela melhoria das condições de trabalho nas
fábricas.
Geografia
7. (UPF, 2022) “A partir da segunda metade do século XVIII, ocorreu uma mudança radical na
forma de produção, iniciada na Inglaterra e depois em outros países, como a França, a Bélgica,
a Holanda, a Alemanha e os Estados Unidos da América, chamada de Primeira Revolução
Industrial. No entanto, é somente a partir do século XX que surge o processo de alienação do
trabalho, resultante das mudanças radicais na organização da produção fabril. Essa nova
forma de produzir foi criada pelo norte-americano Henry Ford e por isso mesmo chamada de
fordismo”.
(Fonte: BOLIGIAN, L.; ALVES, A. 2009, p.149. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta as principais características do fordismo.


(A) Sua organização se dava por linhas de montagem ou produção, em que os trabalhadores
operavam de maneira fixa e quem se deslocavam eram as esteiras rolantes, exigindo que
o trabalho humano se adaptasse ao ritmo das máquinas. Por isso, era considerado de
alta produtividade, com baixo uso de tempo para a produção.
(B) Era considerado um modo fabril caracterizado pela produção de acordo com a
necessidade de demanda, a redução de estoques e a diversificação dos produtos
fabricados.
(C) Tinha como base a acumulação flexível, ou seja, a produção passava a ser feita sob
demanda, com foco na redução de estoques e no aproveitamento máximo dos recursos
que a empresa possuía.
(D) Era o sistema de organização do trabalho com o qual se pretendia alcançar o máximo de
produção e rendimento com o mínimo de tempo e de esforço.
(E) Era uma forma de trabalho extremamente ágil, que exigia pouco dos trabalhadores, uma
vez que, devido à padronização dos produtos fabricados, não existiam movimentos
repetitivos e alienação dos operários.
Geografia
8. (Ufu, 2022) A tabela abaixo apresenta, em porcentagem, a participação histórica da indústria
no emprego, em todo o mundo, de 1960 a 1998.
Região 1960 1970 1980 1990 1998
África Subsaariana 4.4 4.8 6.2 5.5 5.5
América Latina e Caribe 15.4 16.3 16.5 16.8 14.2
Cone Sul e Brasil 17.4 17.2 16.2 16.6 11.8
Ásia Ocidental e Norte da África 7.9 10.7 12.9 15.1 15.3
Sul da Ásia 8.7 9.2 10.7 13.0 13.9
Leste da Ásia(exceto China e
10.0 10.4 15.8 16.6 14.9
Japão)
NIEs* 10.5 12 8.5 21.0 16.1
China 10.9 11.5 10.3 13.5 12.3
Terceiro mundo ** 10.2 10.8 11.5 13.6 12.5
Primeiro mundo *** 26.5 26.8 24.1 20.1 17.3
OREIRO, José Luis; FEIJÓ, Carmem. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/>. Acesso em: 13 set.2022.

* NIEs - New Industrializing Economies – composto por Hong Kong, República da Coreia,
Cingapura e Taiwan
**Terceiro Mundo: África Subsaariana.
***Primeiro Mundo: Europa, Estados Unidos, Japão e Austrália.
A partir da análise da tabela e do período por ela compreendido, é correto afirmar que
(A) o investimento dos países de primeiro mundo (desenvolvidos) nos países de terceiro
mundo (subdesenvolvidos) alavancou nestes o processo de industrialização.
(B) a produção industrial nos países do primeiro mundo teve aumento ininterrupto nas
décadas de1960 a 1980.
(C) a industrialização da África subsaariana garantiu uma quantidade de empregos
importante ao setor.
(D) o processo de desindustrialização ocorreu na América Latina e no Caribe, sendo Cone
Sul e Brasil orientados por uma nova organização produtiva mundial.
Geografia

9.

Considerando a imagem e seus conhecimentos sobre a Revolução Industrial, assinale a


alternativa correta:
(A) Ocorreu principalmente por causa do acúmulo de enormes capitais provenientes das
atividades mercantis.
(B) Ocorreu principalmente na Inglaterra (Primeira Revolução Industrial) e mais tarde em
alguns países da América e África (Segunda Revolução Industrial).
(C) Trouxe como consequência imediata a abolição da escravidão em alguns países com
objetivo de ampliar os mercados consumidores mundiais.
(D) Demandou uma qualificação da mão de obra, exigida pelas atividades exercidas nas
unidades produtivas.
(E) Garantiu uma hegemonia industrial inglesa até o período que sucedeu a Segunda Guerra
Mundial e o início da disputa americana e soviética.
Geografia
10. (Acafe, 2023) “A partir dos anos 1950, a produção industrial disseminou-se por vários países
em desenvolvimento, conhecidos por NICs (Newly Industrialized Countries, países recém-
industrializados, também chamados de Novos Países Industrializados). Atualmente, estes
países concentram diversas unidades produtivas, sendo responsáveis por parcela expressiva
da produção mundial de eletroeletrônicos, componentes utilizados na indústria de informática
e automóveis, entre outros”
(BRANCO; LUCCI; MENDONÇA, 2016, p. 209).

A respeito dos países que se industrializaram a partir do século XX e, sobretudo, após a


década 1950, assinale a alternativa CORRETA.
(A) Os chamados Tigres Asiáticos, países que na esteira da Revolução Chinesa de 1949,
implantaram o modo de produção socialista na década seguinte. Nos referidos países, a
industrialização avançou apenas para o mercado interno de cada um deles, não havendo
relações com a economia internacional.
(B) Nos casos dos países latino-americanos: México, Brasil e Argentina, ocorreu uma
gradativa substituição de importações e forte inserção do capital internacional. Além de
investimentos públicos em áreas como: geração de energia, transportes e indústrias de
base.
(C) A China passou por um processo de industrialização, ainda que tímido durante o
momento em que esteve sob regime socialista. O grande salto na produção industrial
chinesa se deu a partir de 1989, quando o país deixou o modo de produção socialista e
aderiu ao capitalismo de mercado em todas as áreas do país e não apenas nas chamadas
Zonas Econômicas Especiais.
(D) Os chamados Novos Tigres Asiáticos: Coréia do Sul, Taiwan, Singapura e Hong Kong
passaram, a partir dos anos 1990, a receber investimentos dos Tigres Asiáticos de
primeira geração, como Indonésia e Malásia. Também passaram a fazer parte da rede de
negócios de empresas estadunidenses e japonesas. Nos Novos Tigres Asiáticos, a
produção industrial está ligada a produtos que exigem mão de obra pouco qualificada.
Geografia

Gabaritos

Exercícios de fixação

1. Algumas características:
1) Produção em série, padronizada
2) Esteiras de produção ou linhas de montagem
3) Alienação do trabalhador
4) Modelo rígido
5) Produtos duráveis
6) Mão de obra pouco qualificada e especializada
7) Trabalho repetitivo

2. A
Somente após a Segunda Guerra Mundial, Portugal, ao contrário dos demais países que tiveram
industrialização precoce e hegemônica, pôde aprofundar-se na sua industrialização, logo, não
se destacou ao longo do século XIX, como os outros países mencionados na questão.

3. B
As indústrias passaram a aperfeiçoar e adotar modelos produtivos com o objetivo de maximizar
a produção. A ideia era diminuir os gastos excessivos com maquinário e trabalhadores,
aumentando o lucro. A organização da produção também possibilitava aumentar o total da
produção.

4. A concepção adotada na época era a de fragmentar ao máximo as etapas produtivas. Essa


simplificação possibilitava a qualquer trabalhador ser empregado em uma fábrica fordista. Ao
mesmo tempo, dificultava mudanças internas na linha de produção, pois isso resultava em um
longo tempo de aprendizagem do trabalhador. Os produtos fordistas eram padronizados por
essa concepção, que dificultava mudanças dentro do modelo, o que explica a sua rigidez.

5. A
A fábrica fordista era caracterizada por produzir tudo no mesmo espaço. Tal condição gerava
uma grande concentração espacial dos trabalhadores, o que facilitava a ação dos sindicatos.
Nesse sentido, devido à facilidade de união, os trabalhadores conseguiam maiores conquistas
laborais, como aumento do salário, férias e outros benefícios.

Exercícios de vestibulares

1. C
Os avanços técnicos e produtivos da Segunda Revolução Industrial possibilitaram o surgimento
de grandes complexos industriais que passaram a ser organizar grandes conglomerados.

2. E
Dominar a luz foi um passo fundamental para superar o tempo da natureza. Com o sucessivo
avanço das técnicas de iluminação noturna, foi possível “colonizar” a noite. Esse processo,
concomitantemente ao desenvolvimento capitalista, permitiu cada vez mais usar o período
noturno para o trabalho humano, aumentando a jornada de trabalho e a produtividade.
Geografia
3. E
A organização interna da indústria e do trabalho fordista/taylorista é caracterizada pela adoção
da linha de montagem, produção em massa, grandes estoques e especialização do trabalho.
Um dos impactos da divisão e especialização do trabalho é que o operário não conhece a
totalidade ou o conjunto das etapas produtivas.

4. D
A racionalização da produção em larga escala levou à criação de um modelo produtivo
altamente fragmentado, em que os trabalhadores executavam atividades repetitivas dentro de
uma cadeia de produção.

5. C
A linha de montagem foi a concretização material das ideias de Taylor, que buscava uma maior
produtividade do trabalho e, consequentemente, lucratividade. Foi a partir da linha de
montagem que se definiu o recorte temporal do Fordismo, sendo um componente fundamental
desse modelo. A fragmentação da produção, escrita dessa forma, significa espalhar a produção
pelo mundo. Cada país irá fabricar a parte de um produto e, portanto, é uma característica do
Toyotismo. Cuidado para não confundir com fragmentação das tarefas, que aí sim seria
característica de Taylor.

6. B
O fordismo, modelo de produção traduzido pela divisão do trabalho dentro do ambiente fabril e
pela linha de montagem, é típico da Segunda Revolução Industrial.

7. A
O fordismo se caracteriza pela linha de montagem, produção em grandes quantidades para
amplos mercados consumidores, formação de grandes estoques de mercadorias e
trabalhadores especializados e treinados rigorosamente para cada fase produtiva, mas com
pouco conhecimento da complexidade e totalidade do processo de produção. O fordismo
marcou bastante a indústria automobilística e de eletrodomésticos.

8. D
A industrialização de alguns países da América Latina como Brasil, Argentina e México foi
voltada principalmente para os mercados internos e foi inicialmente comandada pelos Estados
Nacionais através da criação de empresas estatais (extrativas e de bens intermediários ou
indústria de base), complementada por empresas privadas nacionais e com forte ingresso de
empresas transnacionais de bens de consumo duráveis e não duráveis a partir de meados do
século XX.

9. A
Muitos pontos colaboram para o desenvolvimento de um processo de industrialização, entre
eles, a disposição de capital é fundamental, no caso inglês, o acúmulo dos períodos
mercantilistas garantiu o recurso. O erro da alternativa B é associar a África à segunda fase da
Revolução Industrial. Dos poucos países africanos que iniciaram um processo de
industrialização eles fizeram isso a partir da segunda metade do século XX. O erro da
alternativa D é que a qualificação (educação) da mão de obra só foi exigida a partir da segunda
e terceira fase da Revolução Industrial. O erro da alternativa E é que a hegemonia industrial
inglesa durou até a primeira fase da Revolução Industrial.

10. B
Os países latinos caracterizaram-se por uma industrialização tardia e substitutiva de
importações, replicando o modelo fordista-keynesiano. Os Tigres Asiáticos adotaram um
modelo de plataforma de exportação e, portanto, atendem basicamente ao mercado externo. A
abertura comercial que gerou alavancagem na produção industrial da China se deu
basicamente nas ZEEs. Os Novos Tigres são Taiwan, Indonésia e Malásia.

Você também pode gostar