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Teoria
Eletricidade e petróleo
Podemos diferenciá-la da primeira também pelo uso do petróleo como principal combustível. Sobre
isso, é importante frisar que, embora o petróleo e a eletricidade sejam símbolos da Segunda
Revolução Industrial, o carvão mineral nunca deixou de ser usado. Ainda hoje, o petróleo e o carvão
mineral são os combustíveis fósseis mais utilizados no mundo. De qualquer forma, o motor a
combustão, e não mais a vapor, possibilitou o surgimento de novos produtos.
Com a nova capacidade dos países de transformar o petróleo em combustível, criando uma rede
complexa para distribuir combustível e eletricidade, além de gerar grandes mudanças sociais, este
feito passa a representar um grande crescimento no desenvolvimento do mundo. O petróleo passa
a ser um recurso muito valioso para os países desde então.
As siderúrgicas também passam a ganhar centralidade, que são as indústrias que transformam
ferro em aço. Por isso, esse período da história ficou conhecido como a era dos gigantes e metal e
aço. O tom dessas transformações passam a facilitar a troca de mercadorias, o aumento do fluxo
de pessoas, mas também de armas entre os países, de forma que um dos marcos desse período é
o aumento do poder militar das grandes potências mundiais
Geografia
Industrialização periférica
Sobre os fatores locacionais, é importante frisar que as indústrias naquele período eram enormes,
pois possuíam em si todas as etapas do processo de produção. Contava também com as vilas
operárias onde moravam os trabalhadores, muito próximas das fábricas, o que, somado aos níveis
de exploração do trabalho, facilitava a formação de sindicatos e movimentos trabalhistas.
Na Segunda Revolução Industrial, ainda há concentração da indústria nos países ricos, mas ao
longo do século XX, a industrialização passa a chegar em países emergentes ou periféricos. Os
países centrais são os ricos. Mas dentro dos países não-centrais, as nações que possuíam mais
infraestrututra comparativamente passaram a se tornar receptivas de indústrias, com destaque a
países da América Latina e Sudeste Asiático. Os países da América Latina focaram numa
industrialização para o mercado interno, o que causou limitações futuras, enquanto os países do
leste asiático fizeram um modelo de "plataforma de exportação", recebendo indústrias que
produziam visando à venda para outros países, o que é um dos fatores que ajuda a explicar o porquê
dos países do leste asiático hoje possuírem maior desenvolvimento em alguma medida do que os
países da América Latina.
Geografia
Exercícios de fixação
1. O Fordismo foi o modelo produtivo da Segunda Revolução Industrial. Cite em lista pelo menos
duas características do Fordismo.
5. Uma das características do Fordismo era a concentração espacial da produção, que reunia
centenas a milhares de trabalhadores em um único espaço. Qual a consequência dessa
concentração industrial no mundo do trabalho?
(A) Fortalecimento dos sindicatos.
(B) Enfraquecimento da organização laboral.
(C) Maior dificuldade produtiva.
Geografia
Exercícios de vestibulares
1. Podemos dizer que, na segunda metade do século XIX, iniciou-se a "era do petróleo e da
eletricidade". A partir de 1870, principalmente, houve não só uma gigantesca expansão da
economia mundial, firmemente sustentada na industrialização de numerosos países, como a
aceleração da produção de mercadorias e grande concentração de capitais para
investimento.
A respeito dessas transformações, é correto afirmar que
(A) marcaram a passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de produção
fabril, concentrando-se, principalmente, na produção têxtil destinada ao mercado interno.
(B) demonstraram o declínio do capitalismo monopolista, com a perda de poder das grandes
corporações, e a sua substituição por um sistema de livre concorrência.
(C) estão relacionadas à chamada Segunda Revolução Industrial, marcada pela substituição
das pequenas unidades fabris por complexos industriais com processos de produção
mais sofisticados e pela concentração maciça de capital para os investimentos de base.
(D) ficaram restritas à Europa, não chegando a atingir os Estados Unidos, que só se
industrializaram a partir do período pós-guerras.
(E) tornaram possível prescindir de mercados fornecedores de matérias-primas, em vista das
transformações tecnológicas ocorridas, o que fortaleceu o isolamento da Europa.
2. (Enem, 2015) Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico quanto uma certa liberação
dos ritmos cíclicos da natureza, com a passagem das estações e as alternâncias de dia e
noite. Com a iluminação noturna, a escuridão vai cedendo lugar à claridade, e a percepção
temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. Se a luz invade a noite, perde sentido
a separação tradicional entre trabalho e descanso - todas as partes do dia podem ser
aproveitadas produtivamente.
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará: Secult-CE. 2001 (adaptado).
A forma de organização interna da indústria citada gera a seguinte consequência para a mão
de obra nela inserida:
(A) Ampliação da jornada diária.
(B) Melhoria da qualidade do trabalho.
(C) Instabilidade nos cargos ocupados.
(D) Eficiência na prevenção de acidentes.
(E) Desconhecimento das etapas produtivas.
4. (Enem PPL, 2014) A introdução da organização científica taylorista do trabalho e sua fusão
com o fordismo acabaram por representar a forma mais avançada da racionalização
capitalista do processo de trabalho ao longo de várias décadas do século XX.
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009
(adaptado).
5. Nas primeiras décadas do século XX, o engenheiro Frederick Taylor desenvolveu os princípios
de administração científica, que consistiam, basicamente, no controle dos tempos e dos
movimentos dos trabalhadores para aumentar a eficiência do processo produtivo. Ao adotar
estes princípios em sua fábrica, Henry Ford criava um novo método de produção. A inovação
mais importante do modelo fordista de produção foi:
(A) a fragmentação da produção.
(B) o trabalho qualificado.
(C) a linha de montagem.
(D) a produção diferenciada.
(E) a redução dos estoques.
6. (Enem PPL, 2016) A Segunda Revolução Industrial, no final do século XIX e início do século
XX, nos EUA, período em que a eletricidade passou gradativamente a fazer parte do cotidiano
das cidades e a alimentar os motores das fábricas, caracterizou-se pela administração
científica do trabalho e pela produção em série.
MERLO, A. R. C.; LAPIS, N. L. A saúde e os processos de trabalho no capitalismo: reflexões na interface da psicodinâmica do
trabalho e da sociologia do trabalho. Psicologia e Sociedade, n. 1, abr. 2007.
De acordo com o texto, na primeira metade do século XX, o capitalismo produziu um novo
espaço geoeconômico e uma revolução que está relacionada com a
(A) proliferação de pequenas e médias empresas, que se equiparam com as novas
tecnologias e aumentaram a produção, com aporte do grande capital.
(B) técnica de produção fordista, que instituiu a divisão e a hierarquização do trabalho, em
que cada trabalhador realizava apenas uma etapa do processo produtivo.
(C) passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de produção fabril,
concentrando-se, principalmente, na produção têxtil destinada ao mercado interno.
(D) independência política das nações colonizadas, que permitiu igualdade nas relações
econômicas entre os países produtores de matérias-primas e os países industrializados.
(E) constituição de uma classe de assalariados, que possuíam como fonte de subsistência a
venda de sua força de trabalho e que lutava pela melhoria das condições de trabalho nas
fábricas.
Geografia
7. (UPF, 2022) “A partir da segunda metade do século XVIII, ocorreu uma mudança radical na
forma de produção, iniciada na Inglaterra e depois em outros países, como a França, a Bélgica,
a Holanda, a Alemanha e os Estados Unidos da América, chamada de Primeira Revolução
Industrial. No entanto, é somente a partir do século XX que surge o processo de alienação do
trabalho, resultante das mudanças radicais na organização da produção fabril. Essa nova
forma de produzir foi criada pelo norte-americano Henry Ford e por isso mesmo chamada de
fordismo”.
(Fonte: BOLIGIAN, L.; ALVES, A. 2009, p.149. Adaptado)
* NIEs - New Industrializing Economies – composto por Hong Kong, República da Coreia,
Cingapura e Taiwan
**Terceiro Mundo: África Subsaariana.
***Primeiro Mundo: Europa, Estados Unidos, Japão e Austrália.
A partir da análise da tabela e do período por ela compreendido, é correto afirmar que
(A) o investimento dos países de primeiro mundo (desenvolvidos) nos países de terceiro
mundo (subdesenvolvidos) alavancou nestes o processo de industrialização.
(B) a produção industrial nos países do primeiro mundo teve aumento ininterrupto nas
décadas de1960 a 1980.
(C) a industrialização da África subsaariana garantiu uma quantidade de empregos
importante ao setor.
(D) o processo de desindustrialização ocorreu na América Latina e no Caribe, sendo Cone
Sul e Brasil orientados por uma nova organização produtiva mundial.
Geografia
9.
Gabaritos
Exercícios de fixação
1. Algumas características:
1) Produção em série, padronizada
2) Esteiras de produção ou linhas de montagem
3) Alienação do trabalhador
4) Modelo rígido
5) Produtos duráveis
6) Mão de obra pouco qualificada e especializada
7) Trabalho repetitivo
2. A
Somente após a Segunda Guerra Mundial, Portugal, ao contrário dos demais países que tiveram
industrialização precoce e hegemônica, pôde aprofundar-se na sua industrialização, logo, não
se destacou ao longo do século XIX, como os outros países mencionados na questão.
3. B
As indústrias passaram a aperfeiçoar e adotar modelos produtivos com o objetivo de maximizar
a produção. A ideia era diminuir os gastos excessivos com maquinário e trabalhadores,
aumentando o lucro. A organização da produção também possibilitava aumentar o total da
produção.
5. A
A fábrica fordista era caracterizada por produzir tudo no mesmo espaço. Tal condição gerava
uma grande concentração espacial dos trabalhadores, o que facilitava a ação dos sindicatos.
Nesse sentido, devido à facilidade de união, os trabalhadores conseguiam maiores conquistas
laborais, como aumento do salário, férias e outros benefícios.
Exercícios de vestibulares
1. C
Os avanços técnicos e produtivos da Segunda Revolução Industrial possibilitaram o surgimento
de grandes complexos industriais que passaram a ser organizar grandes conglomerados.
2. E
Dominar a luz foi um passo fundamental para superar o tempo da natureza. Com o sucessivo
avanço das técnicas de iluminação noturna, foi possível “colonizar” a noite. Esse processo,
concomitantemente ao desenvolvimento capitalista, permitiu cada vez mais usar o período
noturno para o trabalho humano, aumentando a jornada de trabalho e a produtividade.
Geografia
3. E
A organização interna da indústria e do trabalho fordista/taylorista é caracterizada pela adoção
da linha de montagem, produção em massa, grandes estoques e especialização do trabalho.
Um dos impactos da divisão e especialização do trabalho é que o operário não conhece a
totalidade ou o conjunto das etapas produtivas.
4. D
A racionalização da produção em larga escala levou à criação de um modelo produtivo
altamente fragmentado, em que os trabalhadores executavam atividades repetitivas dentro de
uma cadeia de produção.
5. C
A linha de montagem foi a concretização material das ideias de Taylor, que buscava uma maior
produtividade do trabalho e, consequentemente, lucratividade. Foi a partir da linha de
montagem que se definiu o recorte temporal do Fordismo, sendo um componente fundamental
desse modelo. A fragmentação da produção, escrita dessa forma, significa espalhar a produção
pelo mundo. Cada país irá fabricar a parte de um produto e, portanto, é uma característica do
Toyotismo. Cuidado para não confundir com fragmentação das tarefas, que aí sim seria
característica de Taylor.
6. B
O fordismo, modelo de produção traduzido pela divisão do trabalho dentro do ambiente fabril e
pela linha de montagem, é típico da Segunda Revolução Industrial.
7. A
O fordismo se caracteriza pela linha de montagem, produção em grandes quantidades para
amplos mercados consumidores, formação de grandes estoques de mercadorias e
trabalhadores especializados e treinados rigorosamente para cada fase produtiva, mas com
pouco conhecimento da complexidade e totalidade do processo de produção. O fordismo
marcou bastante a indústria automobilística e de eletrodomésticos.
8. D
A industrialização de alguns países da América Latina como Brasil, Argentina e México foi
voltada principalmente para os mercados internos e foi inicialmente comandada pelos Estados
Nacionais através da criação de empresas estatais (extrativas e de bens intermediários ou
indústria de base), complementada por empresas privadas nacionais e com forte ingresso de
empresas transnacionais de bens de consumo duráveis e não duráveis a partir de meados do
século XX.
9. A
Muitos pontos colaboram para o desenvolvimento de um processo de industrialização, entre
eles, a disposição de capital é fundamental, no caso inglês, o acúmulo dos períodos
mercantilistas garantiu o recurso. O erro da alternativa B é associar a África à segunda fase da
Revolução Industrial. Dos poucos países africanos que iniciaram um processo de
industrialização eles fizeram isso a partir da segunda metade do século XX. O erro da
alternativa D é que a qualificação (educação) da mão de obra só foi exigida a partir da segunda
e terceira fase da Revolução Industrial. O erro da alternativa E é que a hegemonia industrial
inglesa durou até a primeira fase da Revolução Industrial.
10. B
Os países latinos caracterizaram-se por uma industrialização tardia e substitutiva de
importações, replicando o modelo fordista-keynesiano. Os Tigres Asiáticos adotaram um
modelo de plataforma de exportação e, portanto, atendem basicamente ao mercado externo. A
abertura comercial que gerou alavancagem na produção industrial da China se deu
basicamente nas ZEEs. Os Novos Tigres são Taiwan, Indonésia e Malásia.