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Geografia

Primeira e Segunda Revoluções Industriais

Objetivo
Entender o que foi a Primeira e Segunda Revoluções Industriais, bem como quais rupturas e
continuidades elas implicam.

Se liga
Para esse conteúdo é legal ver Formação do espaço e a revolução industrial

Curiosidade
A Revolução Industrial mudou de forma significativa a relação da sociedade com o meio ambiente.
A partir desse momento, a questão dos impactos ambientais passou a ser mais debatida.

Teoria
A Revolução Industrial consiste em uma mudança radical no modo de transformar a matéria. Ela
ocorre a partir da invenção de ferramentas que otimizaram a produção de certos gêneros sendo
que, posteriormente, essas ferramentas se tornam máquinas, ou seja, objetos que o homem
comanda a ação, e que fazem as mesmas funções que ele, só que de maneira mais rápida e
constante. As revoluções industriais indicam, portanto, novas formas de produzir, alterando a
organização espacial, o mundo do trabalho e as dinâmicas locais dadas até então . A constante
evolução técnica e diversas outras características permitem dividir esse processo em três ou quatro
fases, as quais começaremos estudando agora.

A Primeira Revolução Industrial (século XVIII - 1789) deriva de um momento caracterizado pela
mudança dos processos artesanais (produção manual sem uso de máquinas) para as
maquinofaturas (intenso uso de máquinas no processo de fabricação). Ela aconteceu na Inglaterra,
sendo esse o país que saiu à frente do processo industrial. A Inglaterra passava por um período de
estabilidade política graças às Revoluções Gloriosas, além de um grande capital acumulado e,
consecutivamente, maior influência da burguesia no Estado. Importante destacar que esse é um
momento de consolidação do Capitalismo Industrial e do Liberalismo. A burguesia é a que detém
os meios de produção, enquanto o proletariado precisa vender sua força de trabalho. Nesse
contexto, a Inglaterra se tornou uma grande exportadora de tecidos, o que permitiu o
desenvolvimento de pequenas e médias fábricas para otimizar a produção de lã . Além disso, ela
tinha o controle de diversos portos e navios, que permitiram escoar a produção e ampliar o mercado
consumidor de seus produtos. Ela contava com a matéria-prima de seu território e também de suas
colônias. O carvão mineral, substituindo a queima de madeira, serviu como o combustível principal
para as máquinas a vapor desenvolvidas. Essas máquinas permitiram aumentar a produtividade
diminuindo o custo de produção, causando uma crise no sistema artesanal.
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Os trabalhadores que, anteriormente, contavam com maior autonomia e maior domínio de todos os
processos produtivos, passaram a ser contratados e assalariados nessas pequenas e médias
fábricas têxteis que estavam surgindo. Porém não havia direitos trabal histas e o trabalhador era
visto apenas como uma parte do sistema de produção. Assim eram submetidos a exaustivas
jornadas de trabalho além das péssimas condições. Os fatores de localização da indústria eram
muito regulados pela disponibilidade de matéria-prima, dada a dificuldade do desenvolvimento dos
transportes naquele período. Diz-se que o modelo produtivo da Primeira Revolução Industrial, ou
seja, o modo, a forma de se produzir e organizar a produção, ficou conhecido como padrão
manchesteriano. Sobre isso, é importante destacar que não é propriamente um modelo produtivo,
mas uma característica das fábricas na cidade de Manchester, Reino Unido.

A indústria têxtil na Grã-Bretanha no final do século XIX.


Disponível em: <https://oqueehistoria.com.br/samuel-slater-e-a-revolucao-textil/>.
Acessado em: 03/09/2021.

A Segunda Revolução Industrial (século XIX - 1850) é a evolução produtiva dessa primeira fase,
com a incorporação de um modelo produtivo. Ela ocorreu no final do século XIX, e contou com
países como Japão, EUA, Alemanha, Inglaterra e França, dada as transformações vividas na
geopolítica mundial ao longo dos anos. Podemos diferenciá-la da primeira pelo uso do petróleo
como principal combustível. Sobre isso, é importante frisar que, embora o petróleo e a eletricidade
sejam símbolos da Segunda Revolução Industrial, o carvão mineral nunca deixou de ser usado.
Ainda hoje, o petróleo e o carvão mineral são os combustíveis fósseis mais utilizados no mundo.
De qualquer forma, o motor a combustão, e não mais a vapor, possibilitou o surgimento de novos
produtos. Além disso, as fábricas e indústrias começaram a se tornar mais complexas, com
destaque para as indústrias de base, que produzem e fornecem matéria-prima para outras
indústrias, como as automobilísticas. A indústria automobilística é um exemplo de indústria de bens
de consumo. Essas sim vão produzir bens que serão vendidos diretamente para os consumidores.

Sobre os fatores locacionais, é importante frisar que as indústrias naquele período eram enormes,
pois possuíam em si todas as etapas do processo de produção. Contava também com as vilas
operárias onde moravam os trabalhadores, muito próximas das fábricas, o que, somado aos níveis
de exploração do trabalho, facilitava a formação de sindicatos e movimentos trabalhistas.
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O modelo produtivo, ou seja, o modo, a forma de se produzir e organizar a produção, ficou conhecido
como Fordismo-Taylorismo. Esse modelo contava com uma alta fragmentação das tarefas, em que
cada trabalhador era especializado em uma única função repetitiva, num regime de trabalho rígido.
Chama-se nesse período mão de obra alienada, por conta do trabalhador não conseguir enxergar
no produto final, a etapa do seu trabalho. É um modelo de produção em massa que conta com linhas
ou esteiras de montagem para aumentar a produtividade. A padronização é uma característica
fundamental desse modelo. O empregador ditava o ritmo da produção do empregado por meio
delas. Além disso, o trabalho era bem simples, o que possibilitou contratação de muitas pessoas,
havendo diversas denúncias de trabalho infantil dentro dessas fábricas. Até hoje, existem indústrias
mais simples que se organizam dessa forma.

Trabalhadora numa indústria tipicamente fordista, 1913.


Disponível em:
<https://www.educabras.com/enem/materia/geografia/sistemas_economicos/
aulas/segunda_revolucao_industrial_2>. Acessado em: 03/09/2021.

A indústria fordista e as linhas de montagem.


Disponível em: <https://economia.culturamix.com/negocios/taylorismo-e-
fordismo>. Acessado em: 03/09/2021.
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De modo geral, vamos ver na tabela as principais características e diferenças das duas Revoluções
Industriais estudadas:

Primeira Revolução Industrial Segunda Revolução Industrial


Quando Século XVIII - 1789 Século XIX - 1850
Estados Unidos, Alemanha e
Onde Inglaterra
Japão
Símbolo Têxtil Siderúrgica e automobilística
Energia Carvão mineral Petróleo e eletricidade
Mão de obra Barata e abundante Especializada
Modelo
Padrão manchesteriano Fordismo
produtivo
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Exercícios de fixação

1. A Primeira Revolução Industrial ocorreu num contexto liberal, sobretudo após revoluções
contra o absolutismo, como a Revolução Gloriosa e posteriormente a Revolução Francesa.
Tendo em vista o excerto exposto, assinale a alternativa que indica o grupo soci al responsável
por guiar essas revoluções.
(A) Monarquia.

(B) Burguesia.
(C) Camponeses.

2. Antes da Primeira Revolução Industrial, o mundo do trabalho também contava com máquinas
para facilitar a produção. Entre o artesanato e as manufaturas, diversos instrumentos eram
desenvolvidos e utilizados, otimizando uma produção mesmo num cenário tipicamente
familiar.
Considerando o que foi lido, assinale a alternativa que responde à pergunta:
Qual diferença no mundo do trabalho que a manufatura e a Primeira Revolução Industrial
estabelecem?
(A) Assalariação do trabalhador.

(B) Fim da monarquia.

(C) Redução da carga horária trabalhada.

3. O Fordismo foi o modelo produtivo da Segunda Revolução Industrial. Cite em lista pelo menos
duas características do Fordismo.

4. O ____________ foi o combustível da ___ Revolução Industrial, que motivou o crescimento da


indústria têxtil e seu maquinário na Inglaterra. Na __ Revolução Industrial, temos o ________
dominando e impulsionando a indústria automobilística.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:
(A) Carvão mineral - Primeira - Segunda – Petróleo.
(B) Carvão mineral - Segunda - Terceira – Petróleo.
(C) Petróleo - Primeira - Segunda - Carvão mineral.
(D) Petróleo - Segunda - Terceira - Carvão mineral.

5. Sobre a Primeira Revolução Industrial, assinale a alternativa correta


(A) Começou a acontecer na Inglaterra e nos EUA concomitantemente.
(B) Contava com a exploração do trabalhador para obter lucro.
(C) Democratizou o acesso à produção para regiões longínquas.
(D) Permitiu que países subdesenvolvidos se industrializassem.
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Exercícios de vestibulares

1.

Tendo como base de análise a figura e os aspectos que definiram a Primeira Revolução
Industrial, a alternativa correta é:
(A) Inicia-se nas últimas décadas do século XVIII e estende-se até meados do século XIX. A
invenção da máquina a vapor e o uso do carvão como fonte de energia primária marcam
o início das mudanças nos processos produtivos.
(B) O Reino Unido foi o primeiro país a reunir condições básicas para o início da
industrialização devido à intensa acumulação de capitais no decorrer do Capitalismo
Financeiro.
(C) Os mais destacados segmentos fabris desta fase foram o têxtil, o metalúrgico e o
automobilístico.
(D) As transformações produtivas desta fase atingiram rapidamente outros países como a
Alemanha, França e Estados Unidos ainda no Século XVIII.
(E) Foi marcado pelo harmônico período entre indústria e meio ambiente, uma vez que os
níveis de poluição eram considerados de poucos danos em escala mundial.
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2. A Primeira Revolução Industrial se desenvolveu principalmente na Inglaterra a partir do século


XVIII. Entretanto, a partir do século XIX, a industrialização se expandiu para outros locais que
somados aos novos desenvolvimentos tecnológicos caracterizaram a chamada Segunda
Revolução Industrial.
O seguinte país não se industrializou durante a Segunda Revolução Industrial, no século XIX
(A) Portugal.

(B) EUA.

(C) Alemanha.

(D) França.

(E) Japão.

3. Podemos dizer que, na segunda metade do século XIX, iniciou-se a "era do petróleo e da
eletricidade". A partir de 1870, principalmente, houve não só uma gigantesca expansão da
economia mundial, firmemente sustentada na industrialização de numerosos países, como a
aceleração da produção de mercadorias e grande concentração de capitais para
investimento.
A respeito dessas transformações, é correto afirmar que
(A) marcaram a passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de produção
fabril, concentrando-se, principalmente, na produção têxtil destinada ao mercado interno.
(B) demonstraram o declínio do capitalismo monopolista, com a perda de poder das grandes
corporações, e a sua substituição por um sistema de livre concorrência.
(C) estão relacionadas à chamada Segunda Revolução Industrial, marcada pela substituição
das pequenas unidades fabris por complexos industriais com processos de produção
mais sofisticados e pela concentração maciça de capital para os investimentos de base.
(D) ficaram restritas à Europa, não chegando a atingir os Estados Unidos, que só se
industrializaram a partir do período pós-guerras.
(E) tornaram possível prescindir de mercados fornecedores de matérias-primas, em vista das
transformações tecnológicas ocorridas, o que fortaleceu o isolamento da Euro pa.
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4. (Enem, 2015) Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico quanto uma certa liberação
dos ritmos cíclicos da natureza, com a passagem das estações e as alternâncias de dia e
noite. Com a iluminação noturna, a escuridão vai cedendo lugar à claridade, e a percepção
temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. Se a luz invade a noite, perde sentido
a separação tradicional entre trabalho e descanso - todas as partes do dia podem ser
aproveitadas produtivamente.
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará: Secult-CE. 2001 (adaptado).

Em relação ao mundo do trabalho, a transformação apontada no texto teve como


consequência a
(A) melhoria da qualidade da produção industrial.
(B) redução da oferta de emprego nas zonas rurais.
(C) permissão ao trabalhador para controlar seus próprios horários.
(D) diminuição das exigências de esforço no trabalho com máquinas.
(E) ampliação do período disponível para a jornada de trabalho.

5. (Enem, 2010) A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos


acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura.
Um desses estágios foi o artesanato, em que se
(A) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada.

(B) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de


produção em série.
(C) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas.

(D) realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho
assalariado.
(E) faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a
determinar o ritmo de produção.
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6. A Segunda Revolução Industrial, no final do século XIX e início do século XX, nos EUA, período
em que a eletricidade passou gradativamente a fazer parte do cotidiano das cidades e a
alimentar os motores das fábricas, caracterizou-se pela administração científica do trabalho
e pela produção em série.
MERLO, A. R. C.; LAPIS, N. L. A saúde e os processos de trabalho no capitalismo: reflexões na interface da psic odinâmica do
trabalho e da sociologia do trabalho. Psicologia e Sociedade, n. 1, abr. 2007.

De acordo com o texto, na primeira metade do século XX, o capitalismo produziu um novo
espaço geoeconômico e uma revolução que está relacionada com a
(A) proliferação de pequenas e médias empresas, que se equiparam com as novas
tecnologias e aumentaram a produção, com aporte do grande capital.
(B) técnica de produção fordista, que instituiu a divisão e a hierarquização do trabalho, em
que cada trabalhador realizava apenas uma etapa do processo produtivo.
(C) passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de produção fabril,
concentrando-se, principalmente, na produção têxtil destinada ao mercado interno.
(D) independência política das nações colonizadas, que permitiu igualdade nas relações
econômicas entre os países produtores de matérias-primas e os países industrializados.
(E) constituição de uma classe de assalariados, que possuíam como fonte de subsistência a
venda de sua força de trabalho e que lutava pela melhoria das condições de trabalho nas
fábricas.
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7. (Fuvest, 2017)

Ronald Findlay e Kevin O’Rourke. Power and Plenty: Trade,War, and theWorld Economy in
the Second Millennium. Princeton: Princeton University Press, 2007. Adaptado.

Com base na tabela, é correto afirmar:


(A) A industrialização acelerada da Alemanha e dos Estados Unidos ocorreu durante a
Primeira Revolução Industrial, mantendo-se relativamente inalterada durante a Segunda
Revolução Industrial.
(B) Os países do Sul e do Leste da Europa apresentaram níveis de industrialização
equivalentes aos dos países do Norte da Europa e dos Estados Unidos durante a Segunda
Revolução Industrial.
(C) A Primeira Revolução Industrial teve por epicentro o Reino Unido, acompanhado em
menor grau pela Bélgica, ambos mantendo níveis elevados durante a Segunda Revolução
Industrial.
(D) Os níveis de industrialização verificados na Ásia em meados do século XVIII
acompanharam o movimento geral de industrialização do Atlântico Norte ocorrido na
segunda metade do século XIX.
(E) O Japão se destacou como o país asiático de mais rápida industrialização no curso da
Primeira Revolução Industrial, perdendo força, no entanto, durante a Segunda Revolução
Industrial.
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8.

Caspar David Friedrich. Grandes pinturas. São Paulo: Publifolha, 2012.

Por meio da imagem presente na tela, é possível identificar uma das principais características
da sociedade liberal burguesa construída ao longo do século XIX. Essa característica pode ser
definida como:
(A) obtenção do lucro.
(B) valorização do exotismo.

(C) preservação da natureza.


(D) exaltação do individualismo.

(E) aumento de tecnologia moderna.

9. Quanto mais complicada se tomou a produção industrial, mais numerosos passaram a ser os
elementos da indústria que exigiam garantia de fornecimento. Três deles eram de importância
fundamental: o trabalho, a terra e o dinheiro. Numa sociedade comercial, esse fornecimento
só poderia ser organizado de uma forma: tornando-os disponíveis a compra. Agora eles
tinham que ser organizados para a venda no mercado. Isso estava de acordo co m a exigência
de um sistema de mercado. Sabemos que em um sistema como esse, os lucros só podem ser
assegurados se se garante a autorregulação por meio de mercados competitivos
interdependentes.
POLANYI, K. A grande transformação: as origens de nossa época. Rio de Janeiro: Campus, 2000 (adaptado).

A consequência do processo de transformação socioeconômica abordado no texto é a


(A) expansão das terras comunais.

(B) limitação do mercado como meio de especulação.


(C) consolidação da força de trabalho como mercadoria.

(D) diminuição do comércio como efeito da industrialização.

(E) adequação do dinheiro como elemento padrão das transações.


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10.

Considerando a imagem e seus conhecimentos sobre a Revolução Industrial, assinale a


alternativa correta:
(A) Ocorreu principalmente por causa do acúmulo de enormes capitais provenientes das
atividades mercantis.

(B) Ocorreu principalmente na Inglaterra (Primeira Revolução Industrial) e mais tarde em alguns
países da América e África (Segunda Revolução Industrial).

(C) Trouxe como consequência imediata a abolição da escravidão em alguns países com
objetivo de ampliar os mercados consumidores mundiais.

(D) Demandou uma qualificação da mão de obra, exigida pelas atividades exercidas nas
unidades produtivas.

(E) Garantiu uma hegemonia industrial inglesa até o período que sucedeu a Segunda Guerra
Mundial e o início da disputa americana e soviética.

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Gabaritos

Exercícios de fixação

1. B
Quem guiou os rumos desse processo foi a burguesia liberal, o que dialoga com o texto
exposto.

2. A
O texto expõe que já existiam máquinas na produção artesanal e familiar, antes do que
entendemos enquanto Primeira Revolução Industrial. O marco dessa revolução, portanto, não
se explica exclusivamente no desenvolvimento de maquinário para otimizar a produção, mas
na concentração desses recursos, em que o proprietário burguês assalariava a mão de obra.
Isso estabelece uma nova e complexa relação de classes, entre proletário e proprietário dos
meios de produção.

3. Algumas características:
1) Produção em série, padronizada
2) Esteiras de produção ou linhas de montagem
3) Alienação do trabalhador
4) Modelo rígido
5) Produtos duráveis
6) Mão de obra pouco qualificada e especializada
7) Trabalho repetitivo

4. A
A indústria têxtil começou a crescer na Inglaterra sobretudo pela queima de carvão mineral que
propiciou o desenvolvimento de máquinas e motores movidos a vapor. A Segunda Revolução
Industrial é marcada pelo petróleo e crescimento do setor automobilístico, consolidando o
modelo de produção fordista.
5. B
A Primeira Revolução Industrial começou localizada na Inglaterra, só se expandiu para os EUA
na segunda. A alternativa B está correta e esse processo se aprofunda. No modelo fordista, da
Segunda Revolução Industrial, era comum relatos de crianças trabalhando nas fábricas, uma
vez que o trabalho repetitivo poderia ser realizado por qualquer um. E por fim, para a
industrialização atingir países subdesenvolvidos e regiões longínquas, foi necessária uma
modernização nos meios de transporte e comunicação, o que foi atingido pelo trabalho
realizado e desenvolvido ao longo da Segunda Revolução Industrial.

Exercícios de vestibulares

1. A
O advento da Revolução Industrial derivou de uma série de inovações tecnológicas (ex: motor
a vapor), responsáveis pelo aumento da produção e de uma consequente mudança em nível de
organização da sociedade.
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2. A
Somente após a Segunda Guerra Mundial, Portugal, ao contrário dos demais países que tiveram
industrialização precoce e hegemônica, pôde aprofundar-se na sua industrialização, logo, não
se destacou ao longo do século XIX, como os outros países mencionados na questão.

3. C
Os avanços técnicos e produtivos da Segunda Revolução Industrial possibilitaram o surgimento
de grandes complexos industriais que passaram a ser organizar grandes conglomerados.

4. E
Dominar a luz foi um passo fundamental para superar o tempo da natureza. Com o sucessivo
avanço das técnicas de iluminação noturna, foi possível “colonizar” a noite. Esse processo,
concomitantemente ao desenvolvimento capitalista, permitiu cada vez mais usar o período
noturno para o trabalho humano, aumentando a jornada de trabalho e a produtividade.

5. B
O artesanato é o próprio trabalho manual, sem uso de máquinas ou fontes energéticas
abundantes. Consiste em uma das primeiras formas de trabalho desenvolvidas pelo homem.
Esse estágio está diretamente associado à capacidade humana de manusear objetos.

6. B
O fordismo, modelo de produção traduzido pela divisão do trabalho dentro do ambiente fabril e
pela linha de montagem, é típico da Segunda Revolução Industrial.

7. C
A questão trabalha a análise de tabela e relacionamento com a Revolução Industrial. O
pioneirismo inglês é amplamente conhecido, contudo, o destaque da Bélgica também foi
bastante importante. Os dados mostram exatamente isso, não necessitando de conhecimentos
específicos.

8. D
A imagem de um homem sozinho no topo da montanha pode ser associada a uma
característica da ideologia liberal burguesa, que é o culto ao direito individual e individualismo.

9. C
A consolidação do capitalismo industrial provocou mudanças importantes na organização da
sociedade, a exemplo da divisão social em classes (burguesia e proletariado), a acumulação de
capital através da elevação dos lucros, a propriedade privada dos meios de produção e a
difusão do trabalho assalariado.

10. A
Muitos pontos colaboram para o desenvolvimento de um processo de industrialização, entre
eles, a disposição de capital é fundamental, no caso inglês, o acúmulo dos períodos
mercantilistas garantiu o recurso. O erro da alternativa B é associar a África à segunda fase da
Revolução Industrial. Dos poucos países africanos que iniciaram um processo de
industrialização eles fizeram isso a partir da segunda metade do século XX. O erro da
alternativa D é que a qualificação (educação) da mão de obra só foi exigida a partir da segunda
e terceira fase da Revolução Industrial. O erro da alternativa E é que a hegemonia industrial
inglesa durou até a primeira fase da Revolução Industrial.

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