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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3

2 O SURGIMENTO DA INDÚSTRIA ..................................................... 4

2.1 A evolução dos avanços tecnológicos ......................................... 5

2.2 As etapas da industrialização ...................................................... 7

3 ORIGENS DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO .......................... 8

3.1 Primórdios da Administração de Produção ................................. 9

3.2 Evolução da Administração da Produção .................................. 11

4 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ............................................... 13

4.1 Produção na organização.......................................................... 14

4.2 Modelo de transformação .......................................................... 16

4.3 O papel da função Produção ..................................................... 20

4.4 Hierarquia do Sistema de Produção .......................................... 21

4.5 Tipos de Operação de Produção – os 4Vs da Produção........... 23

5 ATIVIDADES DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ................... 26

5.1 Atividades (responsabilidades) indiretas ................................... 27

5.2 Atividades (responsabilidades) diretas ...................................... 28

5.3 Atividades (responsabilidades) amplas ..................................... 30

6 ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO ....................................................... 31

6.1 A estratégia ............................................................................... 32

6.2 Hierarquia estratégica ............................................................... 33

6.3 Estratégia de produção ............................................................. 34

6.4 Estratégias estruturais e infra estruturais .................................. 35

6.5 Objetivos de desempenham da operação ................................. 37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 41

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro –
quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao
professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida
sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta
para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma
coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 O SURGIMENTO DA INDÚSTRIA

Fonte: beduka.com

A indústria teve o marco do seu surgimento a partir do século XVIII, na


primeira Revolução Industrial. O crescimento acentuado e rápido da economia
capitalista, levou a necessidade da industrialização no final desse século,
caracterizando uma explosão e dispersão da economia capitalista pelo mundo,
de maneira inconfundível a partir de 1830. (UGARTE, 2005)
Na segunda metade do século XVIII, a Europa foi marcada por profunda
mudanças sociais e principalmente econômicas. As rápidas e extensas
transformações técnicas e econômicas ocorridas na Grã-Bretanha associadas
aos ideais liberais ocorridos na França, ocasionaram uma sensação de ruptura
com o passado. (OLIVEIRA, 2004).
A Revolução Industrial é uma expressão usada para referir a todas as
mudanças no trabalho industrial, que ocorreram desde o início do século XVIII.
O Início do surgimento das indústrias, acompanharam a tecnologia e o
desenvolvimento disponíveis em cada época, sendo que a mais importante das
mudanças ocorridas, em primeiro lugar na Grã-Bretanha, foi a invenção de
máquinas que produziam muito mais que o trabalho manual. As primeiras a
surgirem foram as de fiação e tecelagem. (BIEHL, 2003)

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Fonte: slideserve.com

Segundo Oliveira, 2004:

Para o historiador Eric Hobsbawm, a década de 1780 trouxe mudanças


tão significativas na economia inglesa a ponto de ser considerada início
do século XIX. A ideia do novo, do progresso, se disseminava pela
Europa, que buscava pôr em prática novas invenções que se
adequassem ao ritmo do cotidiano alucinante imposto pela nova ordem
do trabalho. O tempo tornou-se ainda mais valioso para aqueles que
almejavam ganhar dinheiro, de modo que cada minuto deveria ser
minuciosamente aproveitado. (Apud HOBSBAWM, 1989)

2.1 A evolução dos avanços tecnológicos

Fonte: aminoapps.com

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Com a necessidade de evoluir para atender a demanda da nova indústria,
na primeira metade do século XIX, os sistemas de transporte e de comunicação
desencadearam as primeiras inovações com os primeiros barcos à vapor (Robert
Fulton/1807) e locomotiva (Stephenson/1814), revestimentos de pedras nas
estradas McAdam/1819), telégrafos (Morse/1836). (FUENTES, 2005 apud
BIEHL,2003)
Outro avanço significativo e de grande importância foi o surgimento da
energia elétrica e os motores a combustão interna. Com esses recursos foi
possível movimentar máquinas, iluminar ruas e residências e impulsionar
bondes, por exemplo. A energia elétrica aplicada aos motores, a partir do
desenvolvimento do dínamo, deu um novo impulso industrial. (FUENTES, 2005)
Para Marson (2014 apud ALLEN, 2006):

Estudos recentes têm sustentado que a grande conquista da


Revolução Industrial britânica foi a criação da primeira indústria
mecânica de grande porte que poderia produzir máquinas em massa,
aumentando sua produtividade. A produção de máquinas, segundo
Robert Allen, foi a base de três desenvolvimentos que explicam o
contínuo crescimento econômico mundial até a Primeira Guerra
Mundial. Os três desenvolvimentos foram: a mecanização geral da
indústria, as ferrovias e a indústria naval movida à energia a vapor. A
mecanização da indústria aumentou a produtividade da Grã-Bretanha,
e as ferrovias, os navios e a energia a vapor criaram uma economia
global, que, com o aumento da divisão do trabalho, foi responsável pela
elevação do padrão de vida em toda a Europa. Até meados do século
XIX, a Grã-Bretanha teve estrutura industrial desequilibrada, em que o
algodão era produzido em fábricas altamente mecanizadas, enquanto
o restante da indústria manufatureira produzia de forma tradicional. A
partir de meados do século XIX, as máquinas propagaram-se para
outras partes da indústria britânica, e essa foi uma das causas do
contínuo crescimento da renda.

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Fonte: pt.slideshare.net

2.2 As etapas da industrialização

Mundialmente, a industrialização pode ser classificada em três fases, de


acordo com seu desenvolvimento gradativo, segundo Chaves (2018):
1760 – 1850: Iniciando na Inglaterra com a Revolução Industrial, essa
primeira fase ficou restrita a esse local, sendo as principais atividades voltadas
para a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a
vapor.
1850 – 1900: Expandindo-se além da Europa, a Revolução atingiu outros
países da Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Alemanha, Estados Unidos,
Itália, Japão, Rússia. Dessa forma, a concorrência cresceu e houve o
desenvolvimento da indústria de bens de produção, a expansão de ferrovias, e
o descobrimento de novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada
do petróleo. Além da invenção da locomotiva a vapor, revolucionando o
transporte.
1900 – Até hoje: Ocorre o surgimento de conglomerados industriais e
multinacionais. A automatização da produção e o surgimento da produção em
série, são alguns marcos importantes dessa fase. A expansão dos meios de

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comunicação, influencia o surgimento da sociedade de consumo de massas.
Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica.

Fonte: slideshare.net

Desde então foram observados vários desenvolvimentos e avanços com


o passar dos anos, como o surgimento e criação das estradas de ferro no séc.
XIX facilitando o transporte de produtos manufaturados, tornando-os mais
baratos e acessíveis. Além da invenção e construção de altos-fornos,
responsáveis pelo desenvolvimento das indústrias de ferro. (BIEHL, 2003)

3 ORIGENS DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

Referências históricas demonstram que conceitos administrativos de


cerca de 1200 a.C. ainda são utilizados hoje. Contudo, a administração surgiu
ainda com as primeiras comunidades primitivas. Os homens, em suas
expedições de caça e pesca, além de construírem suas próprias ferramentas,
também tomavam decisões, planejavam e dividiam o trabalho. Eles precisavam
definir a rota de caça, o local onde ficariam acampados, as armadilhas, etc.
Assim, você pode considerar que as expedições já tinham características de
organizações, e seus líderes, características de gerentes (MAXIMIANO, 2012).

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Segundo Lemos (2015)

No decorrer da História, a Administração se desenvolveu muito


lentamente. Até o final do século XIX, a sociedade era completamente
diferente dos dias atuais. As organizações eram poucas e pequenas,
predominando as pequenas oficinas, artesãos independentes,
pequenas escolas, profissionais autônomos (médicos e advogados,
lavradores, o armazém da esquina, etc.). Com a aceleração do
desenvolvimento, no início do século XX, onde a maior parte das
obrigações sociais eram confiadas a organizações (indústrias,
hospitais, universidades, serviços públicos, etc.), administradas por
dirigentes para se tornarem mais eficientes e eficazes, é que a
Administração apresentou um notável desenvolvimento, com o
aparecimento das Abordagens da Administração (Escolas) e suas
Teorias.

3.1 Primórdios da Administração de Produção

CRONOLOGIA EVOLUÇÃO
EGÍPICIOS: princípios sofisticados: planejamento,
4000 a.C organização e controle, além de descentralização e
staff nos projetos para construção das pirâmides.
MESOPOTÂMIA: civilização suméria; escrituração de
2000 a.C operações comerciais; primeiros dirigentes e
funcionários administrativos. Primórdios da
Administração
BABILÔNIA: código de Hamurábi; uso do controle
1800 a.C. escrito e testemunhal; estabelece o “salário mínimo”;
Nabucodonosor; controle produção; incentivos
salariais.
1491 a.C HEBREUS: conceito de organização; princípio escalar
e princípio da exceção. Primórdios da Administração
CHINA: necessidade de sistemas e padrões;
500 a.C constituiu-se a Dinastia Chow; Confúcio expõe uma
doutrina sobre o comportamento ético dos cidadãos e
governantes; Sun-Tzu prescreve princípios de
estratégia e comportamento gerencial.
GRÉCIA: enunciado da universalidade da
400 a.C Administração; necessidade de relações humanas;

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estudo de movimentos; arranjo físico e manuseio de
materiais; princípio da especialização; democracia;
ética; qualidade; método científico.
175 a.C ROMA: começo do Império Romano (12 séculos); os
embriões das instituições administrativas modernas; o
Exército Romano, o modelo para os séculos seguintes
Fonte: Lemos,2015

O surgimento e a evolução da administração de produção, é observado


desde o início das civilizações, e continua seu desenvolvimento até os dias de
hoje. Por volta da segunda metade do séc XVIII, com o surgimento da primeira
Revolução Industrial na Inglaterra, ocorre o desenvolvimento da nova economia,
baseada no aparecimento de fábricas e de invenções, tal como o surgimento das
máquinas a vapor, inventada por James Watt em 1764. (PEREIRA et al, 2015)
Para Fusco e Sacomano (2007 apud GAITHER e FRAZIER, 2006) “esse
avanço envolveu dois elementos principais: a difundida substituição da força
humana e da água pela forma mecanizada e o estabelecimento do sistema fabril”
A Revolução Industrial tornou-se um marco histórico que se consolidou
como fato gerador da administração da produção, da forma que é conhecida nos
dias atuais, pois exigiu que ocorresse avanços nas técnicas gerenciais de
produção, próprio de sistemas fabris (PEINADO; GRAEML, 2007).
Com a revolução industrial, várias mudanças ocorreram referentes ao
ambiente de produção direcionando para uma abordagem sistemática da
Administração da Produção. Nessa época Adam Smith, que era economista,
trata do tema da economia de produção em seu livro “A riqueza das Nações”
dando ênfase a importância da divisão do trabalho no chão de fábrica como fator
dominante para o aumento da produtividade. (FUSCO E SACOMANO 2007)

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Fonte: Neto, 2017. slideplayer.com.br

3.2 Evolução da Administração da Produção

Com os avanços no campo da produção, o mercado foi exigindo cada vez


mais adaptações que atendesse as mudanças ocorridas nessa área. Dessa
forma o estabelecimento da Administração como ciência permitiu o estudo
detalhado das técnicas e métodos usados, resultando em conhecimento e ideias
amplamente compartilhadas, discutidas, testadas e difundidas. Como
consequência desses estudos, as questões complexas foram transformadas em
princípios e modelos de administração, capazes de serem aplicadas em diversas
organizações, independentemente de seu segmento ou tamanho. (LOZADA,
2016)
Até chegar nos modelos dos dias atuais, a Administração passou por
várias modificações durante seu estudo, através da contribuição de autores e
pensadores que elaboraram teorias e métodos para serem aplicados nos
campos da administração.

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PERÍODO CARACTERÍSTICAS
Primeiro período (iniciado em 1767)  Marcado pela Revolução Industrial.
Segundo período (iniciado em 1911)  Marcado por inúmeras pesquisas,
tentativas, erros e acertos
Terceiro período (iniciado em 1930)  Marcado pela afirmação da ciência da
administração.
Quarto período (iniciado em 1940)  Marcado pelo enfoque quantitativo.
Quinto período (iniciado em 1970)  Marcado pela qualidade e excelência
organizacional.
Sexto período (iniciado em 1990)  Marcado pela coordenação da cadeia
de suprimentos
Fonte: adaptado de LOZADA, 2016

Dentre as várias teorias estruturas ao longo da evolução da


administração, algumas merecem destaque e são estudadas até hoje.

TEORIA AUTORES
Teoria da Administração Científica  Frederick Taylor, Henry Ford, Frank e
Lilian Gilbreth
Teoria Clássica da Administração  Max Weber e Henri Fayol
Teoria Comportamental da  Mary Parker Follett
Administração
Teoria da Ciência da Administração  Extensão da Administração Científica
Teoria do Ambiente Organizacional  Composta pelas Teorias dos
Sistemas Abertos e Contingencia
Fonte: adaptado de LOZADA, 2016

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4 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

Fonte: wk.com.br

Atuando como função organizacional, a administração de produção é


fundamental para o funcionamento das organizações, pois se ocupa do
planejamento, coordenação e controle dos recursos que são processados pela
produção, transformando-os em bens e serviços. Dessa forma, os resultados
obtidos por esse conjunto de funções, estão diretamente vinculados a sua
atividade produtiva. (LOZADA, 2016)
Para Nonohay(2009), o conceito geral de Administração de produção
pode ser definido como:

A administração da produção pode ser definida como a elaboração,


operação e aprimoramento dos sistemas que geram e distribuem os
principais produtos e serviços da empresa. Ela é responsável pelo
processo de transformação de matéria-prima e energia em bens e
serviços.

A produção é considerada, nas organizações, como um processo de


transformação, sendo a atividade predominante num sistema de produção onde
se resume na transformação de insumos, ou seja, matérias-primas, tecnologia,
capital financeiro e intelectual, entre outros, em saídas, que podem ser produtos
e/ou serviços (PEREIRA et al, 2015 apud GAITHER; FRAZIER, 2006).

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4.1 Produção na organização

A área de produção ou operações é um dos pilares de qualquer empresa.


Qualquer produto que é consumido, passa pelo processo da produção, de
acordo com sua finalidade, seja alimentos, roupas medicamentos, etc, inclusive
o que assistimos como entretenimento na televisão, como filmes. É nessa área
que a produtividade e eficiência mais impactam sobre o desempenho da
empresa. (PAIVA,2018)
As empresas variam em suas atividades, fabricando poucos tipos de
produtos até aquelas que fabricam diversos tipos de produtos diferentes. Para o
processo de fabricação desses produtos, cada empresa utiliza diversos meios
de produção, maquinário, equipamentos, habilidades de trabalho e materiais.
Para ser lucrativa, uma empresa deve organizar todos esses fatores para fabricar
os produtos certos no tempo certo com o mais alto nível de qualidade e fazê-lo
tão economicamente quanto possível. (PAIVA,2018 apud ARNOLD, 1999)3
A função Produção é reunião de recursos orientados à produção de bens
e serviços, sendo a função central da empresa devido a sua finalidade. Mas
apesar de ser a mais importante, as organizações contam com outras funções
essenciais, que são:

FUNÇÃO CARACTERÍSTICAS
Responsável por comunicar os produtos ou serviços de
uma empresa para seu mercado de modo a gerar

Função marketing pedidos de serviços e produtos por consumidores. De


acordo com Maximiano (2009) o objetivo básico da
(que inclui vendas)
função de marketing é estabelecer e manter a ligação
estre a organização e seus clientes, consumidores,
usuários ou público-alvo. Organizações lucrativas e não
lucrativas realizam atividades de marketing.
Função Responsável por criar novos produtos e serviços ou
desenvolvimento de modificá-los, de modo a gerar solicitações futuras de

produto/serviço consumidores por produtos e serviços. Esta função


transforma as informações de marketing, as ideias
originais e os avanços da ciência em produtos e
serviços.

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Responsável por satisfazer às solicitações de
consumidores por meio da produção e entrega de
produtos e serviços. Para Maximiano (2009), o objetivo
básico da função de produção é transformar insumos
Função produção
para fornecer o produto ou serviço da organização aos
clientes usuários ou público-alvo. Conforme Martins e
Laugeni (2000), a função produção entendida como o
conjunto de atividades que levam à transformação de
um bem tangível em um outro com maior utilidade,
acompanha o homem desde sua origem.
FUNÇÕES DE APOIO À FUNÇÃO PRODUÇÃO
Fornece a informação para ajudar os processos
decisórios econômicos e administra os recursos

Função contábil- financeiros da organização. A função financeira de uma


organização tem por objetivo a proteção e a utilização
financeira
eficaz dos recursos financeiros, o que inclui a
maximização do retorno dos acionistas, buscando
manter certo grau de liquidez, para que a organização
consiga cumprir seus compromissos
Recruta e desenvolve os funcionários da organização,
como também se encarrega de seu bem-estar.

Função recursos Maximiano (2009) aponta que a função de recursos


humanos, ou de gestão de pessoas, tem como objetivos
humanos
encontrar, atrair e manter as pessoas de que a
organização necessita, envolvendo atividades que
começam antes de uma pessoa ser empregada da
organização e vão até depois que a pessoa se desliga
Fonte: adaptado de Paiva, 2018.

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4.2 Modelo de transformação

Fonte: admsemsegredos.com

Resumidamente é possível dizer que qualquer operação produz bens e


serviços ou uma mistura dos dois. Para essa produção, é utilizado dois ou mais
processos, que são os processos de transformação. Uma atividade de produção
pode ser vista como um modelo de do tipo “ input – transformação – output”.
(FUSCO e SACOMANO, 2007)
Conforme Paiva (2018 apud CHIAVENATO, 1991) salienta em sua obra
“a produção processa e transforma os materiais e matérias-primas em produtos
acabados, que são estocados no depósito de produtos acabados até a sua
entrega aos clientes e consumidores. ”
A produção envolve dois processos denominados input e output, onde
Leão (2014) define-os:
Input (Entrada): Input trata-se do primeiro item a adentrar no processo
de transformação, geralmente uma matéria prima ou um outro produto terminado
que agora será transformado novamente, temos como exemplo a fabricação de
um automóvel, podem ser chamados de Inputs ou Entradas as partes metálicas,
de borracha, plástico, tecido, etc., que seguirão pela linha de montagem para
fabricação do mesmo.

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Fonte: slideserve.com

Output (saída): A Saída ou Output versa-se do produto final depois de


concluído o processo de transformação, este por sua vez já pronto para ser
fornecido ao consumidor.
Na definição de Chiavenato (2004) “O sistema recebe entradas (inputs)
ou insumos para poder operar. A entrada de um sistema é tudo o que o sistema
importa ou recebe de seu mundo exterior”.
Chiavenato (2004) ainda descreve três constituintes para o input:

Informação: É tudo que permite reduzir a incerteza a respeito de


alguma coisa. Quanto maior a informação, menos a incerteza. A
informação proporciona orientação e conhecimento de algo. Ela
permite planejar e programar o comportamento ou funcionamento do
sistema.
Energia: É a força para movimentar, dinamizar e fazer funcionar o
sistema.
Materiais: São recursos a serem utilizados pelo sistema como meios
para produzir as saídas (produtos e serviços). Os materiais são
chamados operacionais quando usados para transformar ou converter
outros recursos (máquinas, equipamentos, instalações, ferramentas,
instruções e utensílios)

Em se tratando de output, Chiavenato (2004) afirma que o conceito de


“saída (output) é o resultado final da operação de um sistema. Todo sistema
produz uma ou várias saídas. ”

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Fonte: gualber.wordpress.com

A natureza dos inputs a serem transformados, isto é, materiais,


informações e consumidores está diretamente ligado ao processo de
transformação. (DIAS, 2015)
Dias (2015), em sua obra Administração de Produção, apresenta algumas
classificações que caracterizam o processo de transformação de acordo com os
recursos a serem transformados.

PROCESSAMENTO DE MATERIAIS
TRANSFORMAÇÃO É o caso da maioria das operações de
DAS PROPRIEDADES manufatura (fábricas), que transformam matéria
FÍSICAS DOS prima em produtos acabados. Por exemplo:
MATERIAIS usina siderúrgica, que transforma minério de
ferro em aço.
MUDANÇA DE Ocorre nas empresas de entrega de
LOCALIZAÇÃO encomendas que mudam os materiais de lugar.
Podemos citar como exemplo as empresas de
transporte de carga e os correios.
MUDANÇA DE POSSE Empresas de varejo que alteram o status
(situação) de propriedades dos materiais. Por

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exemplo: lojas de departamentos, pequenos
varejistas e revendedores de automóveis.
ESTOCAGEM Empresas que estocam ou acomodam materiais.
Por exemplo, um armazém ou centro de
distribuição
Fonte: DIAS,2014

PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES
TRANSFORMAÇÃO Transformação de dados em informações.
DAS PROPRIEDADES Por exemplo: empresas de consultoria e de
INFORMATIVAS contabilidade.
MUDANÇA DE POSSE Caso das empresas de pesquisa de mercado
DAS INFORMAÇÕES
MUDANÇA DE
LOCALIZAÇÃO DAS Caso das empresas de telecomunicações
INFORMAÇÕES
ESTOCAGEM DE Provedores de Internet, bibliotecas, arquivos em
INFORMAÇÕES geral, os quais mantêm as informações
“estocadas” disponíveis e organizadas
Fonte: DIAS,2014

PROCESSAMENTO DE CONSUMIDORES
TRANSFORMAÇÃO Como os cabeleireiros e cirurgiões plásticos, que
DAS PROPRIEDADES transformam características físicas dos clientes.
FÍSICAS
ACOMODAÇÃO DE Hotéis e pousadas, por exemplo
CONSUMIDORES
MUDANÇA DA Como as operações de transporte (ônibus,
LOCALIZAÇÃO DOS metro, avião).
CONSUMIDORES
TRANSFORMAÇÃO Ocorre quando há a mudança de estado das
DO ESTADO características biológicas dos indivíduos. É o
FISIOLÓGICO caso dos serviços hospitalares.

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TRANSFORMAÇÃO Como as operações de entretenimento em geral,
DO ESTADO como teatros, televisão, rádio, e também os
PSICOLÓGICO serviços de orientação e atendimento
psicológico.
Fonte: DIAS,2014

4.3 O papel da função Produção

Fusco e Sacomano (2007) definem produção como “um processo através


do qual bens ou serviços são gerados por meio da transformação de seus
recursos. ” Já Pereira et al (2015 apud GAITHER e FRAZIER, 2006) define o
processo de produção como “a atividade predominante num sistema de
produção e se constitui na transformação de insumos, ou seja, matérias-primas,
tecnologia, capital financeiro e intelectual, entre outros, em saídas, que podem
ser produtos e/ou serviços”.
Especificamente, a produção fornece sua maior retribuição no campo da
manufatura dos produtos, bem como as operações dos serviços que a empresa
vai oferecer. A produção é responsável pelos processos pelas áreas de estoque,
linha de produção e finalização dos produtos. Antes da tecnologia ser
implantada, a maior parte da produção era feita com muita força manual.
(NONOHAY, 2009)

Fonte: old.cnpgc.embrapa.br

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Para administrar a produção há os gerentes, cuja responsabilidades
podem ser divididas entre diretas e indiretas. Segundo Pereira et al (2015 apud
SOUZA, 2009) essas responsabilidades podem ser descritas como:

As diretas se relacionam ao desenvolvimento e o entendimento de uma


estratégia de produção, assim como planejar e controlar a produção e
melhorar a mesma. Quanto às indiretas, referem-se às
responsabilidades de informar as oportunidades e as restrições da
produção aos outros departamentos, discutir com os mesmos sobre
como os planos de produção e dos demais podem ser modificados
para benefício da empresa e encorajar os demais departamentos a dar
sugestões de melhorias para a prestação de serviço da produção aos
outros departamentos.

Fonte: slideplayer.com.br

4.4 Hierarquia do Sistema de Produção

As áreas de produção de uma empresa são, geralmente, formadas por


várias unidades ou departamentos e dessa forma, funcionam como versões
reduzidas da operação global de que fazem parte. (PAIVA, 2018)
Para Fusco e Sacomano (2007) “uma operação global pode ser
considerada uma macrooperação, enquanto seus departamentos podem ser
considerados microoperações. ”

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Paiva (2018) define macrooperações e microoperações como:

Macrooperações: preocupa-se com a forma de todas as partes da


organização serem vistas como operações que requerem
administração de produção.
Microoperações: diz respeito à ligação das microoperações para
formar os relacionamentos dos consumidores e fornecedores internos.

O conceito de hierarquia das operações tem uma implicação de


destaque quando relacionado a ocorrência das ligações nas microoperações, ou
seja, como são formados os relacionamentos dos consumidores e fornecedores
internos. (FUSCO e SACOMANO, 2007)

Fonte: Erivaldo Pietri. pt.slideshare.net

Como as operações são todas as partes de uma organização, para que


se consiga fazer uma distinção entre os dois significados de produção, Paiva
(2018), separa-os em:
Produção como função: é a parte da organização que produz os bens
e serviços para os consumidores externos da organização. (PAIVA, 2018)

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Produção como atividade: significando qualquer transformação de
recursos de input para produzir bens e serviços, seja para clientes internos ou
externos. (PAIVA, 2018)

4.5 Tipos de Operação de Produção – os 4Vs da Produção.

Como as operações de produção, em sua maioria, seguem um padrão


com semelhanças significativas, pois em resumos, elas transformam as entras
(inputs) em saídas (outputs), é necessária uma diferenciação para poder
avaliação e separar as implicações de cada uma. Dessa forma, esta
diferenciação pode ser realizada por meio da observação de quatro dimensões:
volume de output, variedade de output, variação da demanda do output e grau
de contato com o cliente envolvido na produção do output. (LOZADA, 2016)
Essas dimensões, tornam possíveis as organizações adotarem posições
específicas, determinando muita das características de seus processos
produtivos. (LOZADA, 2016)

Essa dimensão diz respeito ao volume produzido de


determinado produto ou serviço. Através dessa dimensão
podemos focar duas questões básicas: a especialização
das tarefas, em decorrência do grande volume repetitivo
DIMENSÃO VOLUME
de produção; e o custo, de modo que quanto maior o
volume, menor o custo de produção. São exemplos de
operações que processam altos volumes de outputs:
usinas hidrelétricas, usinas de álcool, fábricas de cimento,
refinarias petroquímicas, cadeias de fastfood, operações
de transporte público, pedágios, entre outros.
Essa dimensão trata da variedade de produto ou de
serviço gerado por determinada empresa ou processo
produtivo. Na dimensão variedade ressaltamos a questão
do custo elevado, pela opção de diferenciação do cliente.
DIMENSÃO
O cliente, mesmo dispondo de produtos ou serviços
VARIEDADE
alternativos, poderá optar por aquele que lhe ofereça
melhor variedade de características, estando disposto a
pagar mais caro por isso. São exemplos de operações

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que processam alta variedade de outputs: indústrias de
peças grandes feitas sob medida, empresas de táxi,
restaurante à la carte, entre outros.
A dimensão variação considera o nível da provável
demanda da empresa ou produto a fim de manter um

DIMENSÃO padrão de demanda e/ou recursos nivelados, de maneira


a não perder negócios e não operar com capacidade
VARIAÇÃO (OU
ociosa.
SAZONALIDADE)
Uma alternativa bastante utilizada por empresas com
produtos ou serviços sazonais é a colocação de um
produto alternativo na sua contratemporada.
Alguns exemplos de empresas que são fortemente
afetadas pela variação da demanda são: hotéis,
sorveterias, empresas de produtos natalinos, entre
outras.
A dimensão visibilidade significa o quanto das atividades
da produção é percebido ou “visto” pelo consumidor. Em
geral a dimensão visibilidade é muito observada pelo
atendimento das necessidades dos clientes com
atendimentos rápidos, atendimento pelo produto
DIMENSÃO
solicitado, acesso à loja ou empresa, propaganda, acesso
VISIBILIDADE
às vendas e propagandas via internet ao seu público-alvo,
entre outros casos. As operações com alto grau de
visibilidade são aqueles onde o consumidor está em
contato direto com o processo produtivo. Podemos citar
como exemplos: o atendimento de vendas no varejo,
consultas médicas e odontológicas, salão de beleza,
entre outras.
Fonte: DIAS, 2015.

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Fonte: slideplayer.com.br

Dias (2015) descreve a relação entre duas dimensões volume e


variedade:

Denominamos de efeito volume-variedade a relação inversamente


proporcional que existe entre essas duas dimensões. Operações que
processam altos volumes, naturalmente, tendem a processar uma
variedade menor. O inverso também é válido.
Cabe a empresa identificar quem é seu público-alvo e que tipo de
estratégia ela deve adotar. Por exemplo, uma estratégia de
diferenciação estaria mais associada a uma capacidade de oferecer
um portfólio com mais variedade ao passo que uma estratégia baseada
em custo tenderia a se relacionar com a capacidade de processar
grandes volumes para manter os custos unitários menores.

Os 4 Vs ou as quatro dimensões atuam diretamente, trazendo implicações


para o custo da criação de produtos, de forma positiva ou negativa:
Alto volume - baixa variedade - baixa variação e baixa visibilidade (contato) com
o consumidor, todos ajudam a manter os custos de processamento baixos.
Baixo volume - alta variedade - alta variação e alta visibilidade (contato) com o
consumidor, geralmente carregam algum tipo de penalidade em custo para a
produção. (PAIVA, 2018)

25
Fonte: FREITAS et al, 2009

5 ATIVIDADES DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

As etapas e fases de cada operação, exige uma administração e gestão,


para manter o controle sobre os processos e fluxos dos materiais, dentro do
projeto e das plantas anteriormente definidos, e em direção aos mercados
atendidos. (FUSCO e SACOMANO, 2007)
Dessa forma, há uma figura importante que atua nessa organização, que
são os gerentes. Suas atividades se refletem em responsabilidades, que se
estendem ao longo de toda a operação, por vezes ultrapassando as barreiras da
esfera produtiva, conectando-se com as demais atividades que, de alguma
forma, contribuem para a produção dos bens e serviços. (LOZADA, 2016)
Os gerentes possuem atividades ou responsabilidades que, de acordo
com Castro et al (2013), são divididas em:
 Responsabilidade direta por algumas atividades
 Responsabilidade indireta por outras atividades
 Responsabilidade ampla para reagir aos desafios emergentes em
administração da produção.

26
Para Bonifácio (2012) a natureza das responsabilidades diretas da
administração da produção dos gerentes, dependerá, em alguma extensão, da
forma escolhida pela organização para definir as fronteiras da função produção
(sua estratégia global).
Apesar de algumas atividades serem específicas de determinadas
organizações, há algumas classes gerais de atividades que se aplicam e
qualquer produção, não importando como as fronteiras funcionais foram
definidas. (BONIFÁCIO, 2012)
 Entender os objetivos estratégicos da produção
 Desenvolver uma estratégia de produção para a organização
 Desenhar produtos, serviços e processos de produção
 Planejar e controlar a produção
 Melhorar o desempenho da produção

Fonte: slideplayer.com.br

5.1 Atividades (responsabilidades) indiretas

De todas as atividades que ocorrem nas organizações, muitas não


acontecem dentro das fronteiras tradicionais da função produção, mesmo que

27
elas tenham efeito sobre a maneira como se é produzido os bens e serviços.
(CASTRO et al, 2013).
Bonifácio (2012) cita um exemplo desses casos:

Por exemplo, a forma pela qual as organizações preparam seus planos


de propaganda é quase sempre responsabilidade direta da função
marketing. Isso significa que os gerentes de produção não devem
assumir nenhuma responsabilidade por esses planos? Embora a
atividade seja, claramente, do domínio de marketing, seu efeito pode
ter impacto significativo sobre a produção. Ela afetará o nível de
demanda global e o composto exato de produtos e serviços que os
consumidores desejarão. Nessas circunstâncias, a responsabilidade
da administração de produção é explorar as possíveis consequências
dos planos de propaganda preparados pela função marketing.

Dessa forma o gerente de produção, mesmo não tendo uma


responsabilidade diretamente na parte de marketing, ele tem uma
responsabilidade indireta sobre o resultado da campanha, ou seja, pelo sucesso
dela, cumprindo sua parte através da produção propriamente dita, do
cumprimento dos prazos estabelecidos, a qualidade, etc. Portanto a gerência de
marketing e produção devem trabalhar juntas para analisar as possíveis
consequências dos vários planos em definição. (FUSCO e SARCOMANO, 2007)
Bonifácio (2012), resume as atividades indiretas dos gerentes em:
 Informar as outras funções sobre as oportunidades e as restrições
fornecidas pela capacidade instalada de produção.
 Discutir com outras funções sobre os planos de produção e os
demais planos da empresa podem ser modificados para benefício
mútuo.
 Encorajar outras funções e das sugestões para que a função
produção possa prestar melhores “serviços” aos demais
departamentos da empresa.

5.2 Atividades (responsabilidades) diretas

A natureza das responsabilidades diretas da administração dependerá,


em alguma parte da produção, da forma escolhida pela organização para definir
a função produção. Contudo, há algumas classes gerais de atividades que se
aplicam a todos os tipos de produção, não importa como as fronteiras funcionam
foram definidas. (CASTRO et al, 2013)
28
Para Fusco e Sacomano (2007) as responsabilidades diretas são
agrupadas em:

ENTENDER OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA PRODUÇÃO


É de grande importância que todos os participantes da equipe de
administração de produção entendam o que se está tentando atingir, isto é, os
objetivos de longo alcance da empresa. Isso implica no desenvolvimento de
uma visão clara do papel da produção dentro da organização, e de como ela
pode contribuir para o cumprimento das metas estabelecidas num
planejamento estratégico.
Tal envolvimento deve ser alicerçado, obviamente, no conhecimento
dos objetivos de desempenho da produção, tais como, qualidade dos bens
produzidos, velocidade em que eles são entregues aos consumidores,
confiabilidade das promessas de entrega, flexibilidade para mudar o que está
sendo produzido e custo de produção. (apud PROF. SLACK, 1998).
DESENVOLVER PRODUTOS, SERVIÇOS E PROCESSOS DE
PRODUÇÃO
Muitas vezes o projeto de produto não é desenvolvido na produção, mas
seus resultados podem afeta-la diretamente através da escolha do processo
de fabricação, do arranjo físico das máquinas e equipamento, além do fluxo de
trabalho para a realização das tarefas de fabricação. O gerente de produção
deve estar ciente e no comando dessas atividades para obtenção de melhores
resultados.
PLANEJAR E CONTROLAR A PRODUÇÃO
Planejamento e controle da produção envolvem um conjunto de
atividades e decisões sobre o melhor emprego dos recursos produtivos, para
que se possa executar o que foi previsto. Suas atividades envolvem: a
administração da capacidade instalada de modo a atender asa flutuações de
demanda, a administração de estoque, através das cadeias de fornecimentos,
a programação da produção, definindo tempos de atividades, de espera e de
setup e o controle de todas as atividades desenvolvidas, comparando-as com
os padrões estabelecidos, agindo de maneira rápida e precisa nas correções
dos possíveis desvios.

29
MELHORAR O DESEMPENHO DA PRODUÇÃO
Talvez a mais importante das atividades diretas do gerente de produção
seja a de encontrar caminhos que possibilitem melhorar continuamente o
desempenho de suas operações. As atividades dos concorrentes, assim como
as expectativas crescentes dos consumidores, devem ser observadas e
controladas pelo gerente da produção. Além disso, deve se ter em operação
um programa contínuo de prevenção de falhas e de perdas, utilizando os
conceitos de administração da qualidade total.

5.3 Atividades (responsabilidades) amplas

As responsabilidades diretas e indiretas da produção, possuem um foco


nas questões que darão benefícios imediatos e claros para a própria
organização. Entretanto cada vez mais reconhece-se que todos os negócios,
isso inclui os gerentes de produção, deveriam possuir um conjunto de
responsabilidades mais amplas. Essas responsabilidades, algumas delas, dizem
respeito a interesses de mais longo prazo nos negócios, como o ambiente no
qual o trabalho opera, e outras responsabilidades em relação ao bem-estar das
pessoas que trabalham na empresa. (BONIFÁCIO, 2012)
Algumas responsabilidades são de importância vital para os Gerentes de
Produção, conforme lista Bonifácio (2012):
Globalização: o mundo tem parecido um legal bem menor, muitas poucas
operações não compram ou vendem para mercados estrangeiros.
Proteção Ambiental: Os gerentes de Produção não podem evitar a
reponsabilidade pelo desempenho de sua organização em face do meio
ambiente. São, geralmente, falhas operacionais as raízes de desastres
ecológicos, e as decisões de produção (como projeto de produto) podem causar
impacto em questões ambientais em longo prazo.
Responsabilidade Social: A forma como uma operação é administrada
tem impacto significativo sobre os indivíduos que ali trabalham para seus
fornecedores (ou muitas vezes para seus consumidores), os grupos que
representam os interesses dos empregados e a comunidade local, onde está
inserida na operação.

30
Consciência Tecnológica: tecnologia sempre foi parte central das
preocupações da administração de produção. Entretanto, em tempos e mudança
particularmente rápidas de tecnologia, os Gerentes de Produção têm
responsabilidade de compreender as implicações até mesmo de tecnologias que
parecem não ser diretamente relacionadas em suas atividades.
Gestão de Conhecimento: Cada vez mais é reconhecido que o recurso-
chave em negócios é o reconhecimento que se detém. Conhecimento ´´e
adquirido por meio de experiência; e atividades (fazer coisas), do que se trata a
administração de produção. Essa é a razão pela qual os Gerentes de Produção
possuem responsabilidade particular de contribuir para a construção do estoque
de conhecimento da organização por meio de processos de aprendizado que
deveriam acompanhar suas atividade em andamento.

6 ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO

Fonte: slideplayer.com.br

Qualquer organização não pode planejar todos os aspectos de suas


ações atuais e futuras, mas todas as organizações podem beneficiar-se de ter
noções para ondem estão dirigindo-se e de como podem atingir seus objetivos.
(BONIFÁCIO, 2012)

31
Resumindo, quando se conhece os destino de onde estão indo, onde
querem chegar, cada organização precisam determinar e seguir alguma direção
estratégica estabelecida, para obter sucesso. (FUSCO e SACOMANO, 2007)
Conforme Fusco e Sacomano (2007) diz:

Uma vez que seus responsáveis entenderem e assimilarem o seu


papel dentro do negócio, e depois que se determinaram os objetivos
de desempenham que definem sua contribuição para a estratégia, é
preciso formular um conjunto de princípios gerais que guiarão os
processos de tomada de decisão. A esse conjunto de princípios gerais
é que damos o nome de estratégia de produção da empresa.

Fonte: slideserve.com

6.1 A estratégia

A estratégia envolve compromisso coerentes com as ações. Normalmente


os gerentes tomam decisões constantemente, o que culminará em tomar
atitudes sobre a decisões tomadas, mas, o que quase sempre ocorre é que nem
todas as ações geradas são direcionadas a objetivos estratégicos. (FUSCO e
SACOMANO, 2007)
Segundo Bonifácio (2012), pelo termo estratégia em geral, entendemos
as decisões que:

32
Têm efeito abrangente e por isso são significativas na parte de
organização à qual a estratégia se refere
Definem a posição da organização relativamente a seu ambiente
Aproximam a organização de seus objetivos de longo prazo.

Fonte: researchgate.net

Para Paiva (2018) quando se trata de macrooperação, a estratégia de


produção é definida como “A estratégia de operações é o padrão global de
decisões e ações, que define o papel, os objetivos e as atividades da produção
de forma que estes apoiem e contribuam para a estratégia de negócios da
organização. ”
E em nível de microoperação, um plano ou estratégia de produção pode
ser definida como: “A estratégia de microoperações é o padrão global de
decisões e ações que definem o papel, os objetivos e as atividades de cada parte
da produção de forma que apoiem e contribuam para a estratégia de produção
do negócio. ” (PAIVA, 2018)

6.2 Hierarquia estratégica

A estratégia está diretamente ligada a definição de organização, pois se


uma organização é uma corporação diversificada, sua estratégia a colocará em
seu ambiente global, econômico, político e social e consistirá em decisões sobre
quais tipos de negócio adquirem e de quais desfazer-se, como alocar seu
dinheiro entre vários negócios e assim por diante. (BONIFÁCIO, 2012)
Decisões desse tipo, que constroem a estratégia corporativa da
organização que irá direcionar e conduzir no ambiente global, econômico, social

33
e político. Entretanto, cada unidade de negócios da corporação precisará
elaborar sua própria estratégia de negócio, estabelecendo sua missão e
objetivos individuais, bem como definir como se pretende competir em seus
mercados. (FUSCO e SACOMANO, 2007)

6.3 Estratégia de produção

As estratégias são articuladas conforme sua respectiva hierarquia, e as


unidades de uma organização precisam, individualmente, desenvolver seus
próprios planos estratégicos que, no contexto da unidade ou micro operação,
podem ser intitulados como estratégicos, pelo fato de que orientarão a tomada
de decisão no âmbito da empresa, como um todo. (BONIFÁCIO, 2018)

Para Paiva (2018), a estratégia possui dois propósitos:


 Contribuir diretamente para os objetivos estratégicos do nível
imediatamente superior na hierarquia;
 Auxiliar outras partes do negócio a fazer sua própria contribuição
para a estratégia.

Uma empresa altamente orientada para o mercado focalizará o


atingimento ou a superação das expectativas do cliente e as características
conquistadoras de encomendas. Em uma empresa assim, todas as funções
devem contribuir para a consecução de uma estratégia vencedora. (PAIVA, 2018
apud ARNOLD, 1999)
A respeito da estratégia da produção, Bonifácio (2018) descreve:

Portanto, a estratégia de produção de cada unidade converge para os


objetivos estratégicos do nível imediatamente superior. Mas, além de
ajudar o nível superior na hierarquia a atingir seus objetivos
estratégicos, a estratégia de produção deve considerar as
necessidades de seus clientes (internos ou externos) (...)

34
Fonte: gualber.wordpress.com

6.4 Estratégias estruturais e infra estruturais

A estratégia de produção, possui uma diferença comum, sendo que ela


se divide em decisões estratégicas que determina a estrutura da produção, e
decisões estratégicas que determinam sua infraestrutura. Quanto as áreas de
relacionadas a estratégias estruturais de uma operação produtiva são as que
influenciam principalmente as atividades do projeto, enquanto as áreas
relacionadas as estratégias infra estruturais são as que influenciam as atividades
de: planejamento, controle e melhoria. (BONIFÁCIO, 2018)
Para Nonohay (2009) as estratégias disponíveis para a área de produção
são inúmeras. As possibilidades que elas oferecem são divididas em Decisões
estruturais e sistema e políticas infraestruturais. A distinção entre as duas, é feita
através do capital que é investido e gasto em cada uma. (NONOHAY, 2009 apud
HAYES et al, 2008)

35
DECISÕES ESTRUTURAIS
 Capacidade Quantidade, tipo, tempo
 Fornecimento e integração Direção, extensão, balanço
vertical
 Instalações Tamanho, localização, especialização
 Informações e tecnologia de Grau de automação, interconectividade,
processo liderar versus seguir

SISTEMAS E POLÍTICAS INFRAESTRUTURAIS


 Alocação de recursos e sistemas
de orçamento de capital
 Sistemas de recursos humanos Seleção, habilidades, compensação,
segurança do empregado
 Planejamento do trabalho e Compras, plano agregado,
sistemas de controle planejamento, controle ou estoques
e/ou reservas de tempo de espera
 Sistema de qualidade Prevenção de defeitos,
monitoramento, intervenção e
eliminação
 Medição e sistemas de Medições, bônus, política de
recompensa promoções
 Sistemas de desenvolvimento de Líder ou seguidor, organização da
produtos e processos equipe de projetos
 Organização Centralizada versus descentralizada,
quais decisões deve se delegar,
papel dos grupos de apoio
Fonte: NONOHAY, 2009 apud HAYES et al, 2008

As decisões acertadas, irão influenciar, em alguma parte, os cinco


objetivos de desempenho da operação. Dentre as estratégias, algumas possuem
influência especial em determinados objetivos de desempenho de produção.
Portanto, qualquer organização que deseja ser bem-sucedida a longo prazo, é

36
essencial a contribuição da função produção. Essa função fornece a organização
“uma vantagem baseada em produção” (BONIFÁCIO, 2018)

6.5 Objetivos de desempenham da operação

Esses objetivos de desempenham, são descritos e exemplificados por


Bonifácio (2018):

1) Objetivo de qualidade
Qualidade significa “fazer certo”, mas as coisas que a produção precisa
fazer certo irão variar de acordo com o tipo de operação. Por exemplo:
HOSPITAL
 Pacientes recebem o tratamento mais apropriado
 O tratamento é conduzido de maneira correta
 Os pacientes são consultados e mantidos informados.
 Os funcionários são corteses, amigáveis e solícitos.
FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS
 Todos os componentes são fabricados conforme as especificações
 A montagem atende às especificações
 O produto é confiável
 O produto é atraente e sem defeitos
EMPRESA DE ÔNIBUS URBANOS
 Os ônibus são limpos e arrumados
 Os ônibus são silenciosos e não emitem gases poluentes
 O horário é rigoroso e atende as necessidades dos usuários
 Os funcionários são corteses, amigáveis e solícitos.
SUPERMERCADO
 Os produtos estão em boas condições
 A loja é limpa e organizada
 A decoração é adequada e atraente
 Os funcionários são corteses, amigáveis e solícitos
Fonte: Bonifácio, 2018.

37
2) Objetivo rapidez
Rapidez significa quanto tempo os consumidos precisam esperar para
receber bens ou serviços.

HOSPITAL
 O tempo entre a solicitação de tratamento e sua realização é mínima.
 O tempo para os resultados dos exames, saírem no mínimo
FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS
 O tempo entre o pedido de um carro específico encaminhado por um
revendedor e sua entrega ao consumidor é mínimo
 O tempo de espera na assistência técnica é mínimo
EMPRESA DE ÔNIBUS URBANOS
 O tempo total da jornada para o usuário atingir seu destino é mínimo.

SUPERMERCADO
 O tempo envolvido na transação total, desde a chegada à loja, realização
das compras e retorno do consumidor a sua casa é mínimo.
 Imediata disponibilidade de bens.
Fonte: Bonifácio, 2018.

Resumidamente, para a maioria dos bens e serviços, quanto mais rápido


estiverem disponíveis para o consumidor, mais provável que este venha a
compra-los. Para algumas operações, a rapidez é particularmente importante.
(BONIFÁCIO, 2018)

3) Objetivo confiabilidade
Confiabilidade significa fazer coisas em tempo para os consumidores
receberem seus bens ou serviços quando forem prometidos.

HOSPITAL
 A proporção de consultas canceladas é mínima
 As consultas são feitas no horário programado
 Os resultados dos exames são entregues como prometido

38
FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS
 Entrega de veículos aos fornecedores no tempo previsto.
 Entrega de peças de reposição aos centros de serviço no tempo previsto
EMPRESA DE ÔNIBUS URBANOS
 Fixa horários em todos os pontos dos trajetos
 Mantêm assentos disponíveis para os passageiros
SUPERMERCADO
 Expõem horário de funcionamento
 A proporção de bens em falta é mínima
 O tempo de fila é mínimo
 Há disponibilidade de vagas no estacionamento
Fonte: Bonifácio, 2018.

4) Objetivo Flexibilidade
Flexibilidade significa ser capaz de mudar a operação de alguma forma.
Pode - se alterar: o que a operação faz; como faz ou quando faz. Mudança é a
idéia-chave. A maioria das operações precisa estar em condições de mudar para
satisfazer às exigências de seus consumidores. Especificamente a mudança
exigida por eles deve atender quatro tipos de exigências: (BONIFÁCIO, 2018)
 Flexibilidade de produto/serviço: bens e serviços diferentes
 Flexibilidade de composto: ampla variedade ou composto de bens e
serviços.
 Flexibilidade de volume: quantidade de volumes diferentes de serviços
e bens.
 Flexibilidade de entrega: tempos de entrega diferentes.

HOSPITAL
Flexibilidade de produto/serviço: introdução de novos tratamentos
Flexibilidade de composto: ampla variedade de tratamento disponíveis
Flexibilidade de volume: habilidade de se ajustar ao número de pacientes
atendidos
Flexibilidade de entrega: habilidades de programar consultas.
FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS

39
Flexibilidade de produto/serviço: introdução de novos tipos de modelos
Flexibilidade de composto: ampla variedade de opções disponíveis
Flexibilidade de volume: habilidade de se ajustar ao número de veículos
fabricados.
Flexibilidade de entrega: habilidades de reprogramar as prioridades de
produção
EMPRESA DE ÔNIBUS URBANOS
Flexibilidade de produto/serviço: introdução de novas rotas ou excursões
Flexibilidade de composto: grande número de locais servidos
Flexibilidade de volume: habilidade de se ajustar à frequência de serviços.
Flexibilidade de entrega: habilidade de reprogramar viagens.
SUPERMERCADO
Flexibilidade de produto/serviço: introdução de novos bens ou promoções
Flexibilidade de composto: ampla variedade de bens estocados
Flexibilidade de volume: habilidade de se ajustar ao número de consumidores
atendidos.
Flexibilidade de entrega: habilidade de fazer reposição de estoque
Fonte: Bonifácio, 2018.

5) Objetivo custos
O custo é o último a ser coberto. Para as empresas que concorrem
diretamente em preço, o custo será seu principal objetivo de produção. Quanto
menor o custo de se produzir seus bens e serviços, menor pode ser o preço a
seus consumidores. Mesmo aquelas empresas que concorrem em outros
aspectos, sem ser os preços, estarão interessadas em manter seus baixos
custos. (BONIFÁCIO, 2018)
De maneira mais simples e objetiva, as empresas gastarão seu capital
para produção em:
 Custos de funcionários (folha de pagamento, tributos, etc.)
 Custos de instalações, tecnologia e equipamentos (dinheiro gasto
com operações e substituição de equipamentos da produção)
 Custos de materiais (dinheiro gasto nos materiais consumidos ou
transformados na produção.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Canoas: Ed. ULBRA, 2003. 220p.

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