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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO DIE–MPINDA

TRABALHO EM GRUPO
GRUPO–02

TÍTULO DO TRABALHO: REVOLUÇÃO INDUSTRiAL

DATA:13\03\2023
INTEGRANTES DO GRUPO

Nº 01 ABEL CAETANO SAPALO


Nº 04 AUGUSTINHO ADRIANO JOSÉ
Nº 12 CATARINO DOMÍNGOS CAETANO
Nº 13 CLAÚDIA CACULO
Nº 14 CUPERTINO HENRIQUE
Nº 15 DÁDIVA TATI NKOLA
Nº 19 EDMAIRA RAÍSSA GONÇALVES
Nº 24 GEOLÍCIO FILIPE DOMÍNGOS
Nº 26 GRACIETH KIALA
Nº 27 HELENA NENÉ NGUEVE KATIAVALA
Nº 28 ISAAC CUSTÓDIO
Nº 29 JOÃO JOSÉ MENDES
Nº 31 JUCELMA FERNANDES
Nº 34 LUCIANO CABINGANO JERÓNIMO
Nº 36 MARGARIDA DIOGO GRAVATA
Nº 37 MARILÚ VENÁNCIO GASPAR
Nº 41 NATÁLIA MUNDILA CAMBUTA
Nº 42 Natanael Marlon Ferrão Da Silva
Nº 43 NUNES BOAVENTURA
Nº 47 SILVIA TOMÁS PEDRO
Nº 48 TERESA FERNANDO
Nº 49 LUCAS JOSÉ CARLOS ARAÚJO NGOLA
ÍNDICE

Sumário
BREVES CONSIDERAÇÕES .............................................................................................................. 4
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................................5
2 OBJECTIVO..................................................................................................................................6
3 DESENVOLVIMENTO..................................................................................................................7
3.1 O SURGIMENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL......................................................................7
3.2 principais causas da revolução industrial..............................................................................8
3.3 AS FASES..................................................................................................................................9
3.4 AS SUAS CONSEQUÊNCIAS...............................................................................................15
3.5 OS PRINCIPAIS PAÍSES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL..............................................................17
3.6 AS MÁQUINAS INDUSTRIAIS E OS SEUA CRIADORES..............................................................24
3.7 A INDÚSTRIA 4.0.............................................................................................................25
3.8 BREVE BIOGRAFIA DO JAMES WATT................................................................................26
4 CONCLUSÃO......................................................................................................................26
RESÚMO......................................................................................................................................27
BREVES CONSIDERAÇÕES

Este tema tem como finalidade mostrar como as máquinas e as industrias surgiram e
evoluíram até a atualidade.
Mostrar–nos–à cientistas e países que fizeram com que a revolução industrial
desenvolvesse e chegasse até aos dias de hoje, graças a descoberta do conhecimento
tecnológico e o aperfeiçoamento científico.
As máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho
humano. Uma delas era a máquina a vapor que foi constuida na Inglaterra durante o
século XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os
lucros também cresceram.
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1 INTRODUÇÃO

A revolução industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos
sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir
mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por
maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para
melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento
populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
A revolução industrial iniciou a Era industrial ao provocar o aparecimento e a
expansão das fábricas e indústrias designando–se a Era das máquinas. No início as
máquinas eram caras, complicadas e volumosas, e nem sempre adequadas à operação
humana. Posteriormente, passaram por diversos melhoramentos permitindo um
gradativo aumento de sua eficiência em relação ao aumento de quantidade, volume
de produção, melhoria da qualidade, redução dos custos e consequente barateamento
do preço dos produtos
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2 OBJECTIVO

Este tema tem como principal objetivo, explicar como a sociedade evoluiu desde a
escravatura até aos dias atuais. A Inglaterra como o país mais desenvolvido teve a
necessidade de criar máquinas que substituíssem o trabalho esforçado pelos escravos.

A ideia de uma máquina simples foi criada pelo filósofo grego Arquimedes, no século
III a.C., que estudou as máquinas "Arque–médianas": alavanca, polia e parafuso.
Arquimedes também descobriu o princípio da alavancagem
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3 DESENVOLVIMENTO

O início da Revolução Industrial ocorreu pelo desenvolvimento da máquina a vapor, que


aproveita o vapor da água aquecida pelo carvão para produzir energia e revertê-la em
força para mover as máquinas. Na Inglaterra, ainda no final do século XVII, foi criada a
primeira máquina desse tipo, por Thomas Newscome, e, na década de 1760, esse
equipamento foi aprimorado por James Watt.

Muitos historiadores sugerem, então, que a década de 1760 tenha sido o ponto de
partida da Revolução Industrial, mas existe muita controvérsia a respeito da datação do
início dessa revolução. De toda forma, é importante atermo-nos ao fato de que a
Revolução Industrial ficou marcada pelo desenvolvimento tecnológico e de máquinas
que transformou o estilo de vida da humanidade.

As primeiras máquinas que surgiram voltavam-se, principalmente, para atender


as necessidades do mercado têxtil da Inglaterra. Sendo assim, grande parte das
primeiras máquinas criadas veio com o objetivo de facilitar o processo de produção de
roupas. Essas máquinas teciam fios em uma velocidade muito maior que a do processo
manual, e podemos destacar algumas delas, como a spin-Ning frame e a Walter frame.

Com o tempo e à medida que os grandes capitalistas foram enriquecendo, o lucro de


suas indústrias começou a ser revertido em investimento para o desenvolvimento
das estradas de ferro, por exemplo. O surgimento da locomotiva e da estrada de ferro
permitiu que as mercadorias pudessem ser transportadas com maior rapidez e em
maior quantidade. Isso aconteceu porque o lucro da indústria inglesa era tão alto que
permitiu a diversificação dos investimentos em outros segmentos.

3.1 O SURGIMENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento tecnológico que teve


início na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e que se espalhou pelo
mundo, causando grandes transformações. Ela garantiu o surgimento da indústria e
consolidou o processo de formação do capitalismo.

O nascimento da indústria causou grandes transformações na economia mundial, assim


como no estilo de vida da humanidade, uma vez que acelerou a produção de
mercadorias e a exploração dos recursos da natureza. Além disso, foi responsável por
grandes transformações no processo produtivo e nas relações de trabalho.

A Revolução Industrial foi iniciada de maneira pioneira na Inglaterra, a partir da segunda


metade do século XVIII, e atribui-se esse pioneirismo aos ingleses pelo fato de que foi lá
que surgiu a primeira máquina a vapor, em 1698, construída por Thomas Newcomen, e
aperfeiçoada por James Watt, em 1765. O historiador Eric Hobby, inclusive, acredita que
a Revolução Industrial só foi iniciada de fato na década de 1780.
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3.2 Principais causas da Revolução Industrial

Existem inúmeras causas para que a Revolução Industrial acontecesse em primeiro lugar
na Inglaterra. Para facilitar a compreensão as dividimos em científicas, políticas e
econômicas:

Científicas

• Progresso técnico e científico


• Criação de máquinas para as indústrias
• Invenção da máquina de fiar, tear mecânico e da máquina a vapor
• Melhoria dos métodos agrícolas
• Aperfeiçoamento e inovação das técnicas de produção
• Desenvolvimento da indústria metalúrgica e siderúrgica
• Mecanização dos processos de produção

Políticas

• Fortalecimento e investimento da burguesia


• Fim da monarquia absoluta na Inglaterra
• Surgimento do parlamentarismo
• Influência do Iluminismo e revolução intelectual
• Introdução do liberalismo político e econômico

Econômicas

• Hegemonia naval inglesa e posição geográfica estratégica


• Ausência de barreiras alfandegárias internas
• Aumento da riqueza e acúmulo de capital
• Revolução comercial e expansão do comércio internacional através de suas colônias
• Grande disponibilidade de carvão no Reino Unido
• Crescimento do mercado consumidor mundial
• Crescimento demográfico na Europa

Lei dos cerramentos que acabaram com as terras comunais e provocaram o êxodo rural.
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3.3 AS FASES

Geograficamente, a Revolução Industrial, no que tange às transformações nos campos


econômico, tecnológico e social, possibilitou uma nova forma de organização da
sociedade, bem como deu início a uma nova forma de produção e consumo de bens e
serviços.

A revolução, em seu início (meados do século XVIII), limitou-se à Inglaterra. Contudo,


com os avanços alcançados, possibilitou novas transformações para além da Europa
ocidental. Esses desdobramentos ficaram conhecidos como fases da Revolução
Industrial e representam o desenvolvimento das sociedades mediante às tecnologias
empregadas em cada período.

Contudo, é importante deixar claro que, apesar de ser apresentada em fases, a


Revolução Industrial não teve ruptura, sendo, portanto, um processo contínuo de
transformações socioeconômicas que transformou a produção capitalista.
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Primeira Revolução Industrial

A primeira fase da Revolução Industrial corresponde à sua eclosão no século XVIII (1760
a 1850), limitada à Europa ocidental e tendo a Inglaterra como precursora. Essa primeira
fase representa o conjunto de mudanças no setor econômico e no setor
social possibilitado pela evolução tecnológica.

Esses avanços contribuíram para a consolidação de uma nova forma de produção, bem
como deram início a uma nova realidade industrial, estabelecendo um novo padrão de
consumo na sociedade e novas relações de trabalho.

A Primeira Revolução Industrial possui como marco a substituição da manufatura pela


maquinofatura, ou seja, a substituição do trabalho humano e a introdução de máquinas
capazes de realizar esse trabalho com maior precisão e em menor tempo.

Nesse período, houve a expansão do comércio, e a mecanização possibilitou maior


produtividade e, consequentemente, o aumento dos lucros. As indústrias expandiam-
se cada vez mais, criando, então, um cenário de progresso jamais visto. As principais
invenções do período contribuíram para o melhor escoamento das matérias-primas
utilizadas nas indústrias e também favoreceu o deslocamento de consumidores e a
distribuição dos bens produzidos.
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Os principais avanços tecnológicos conhecidos nessa fase foram:

uso do carvão como fonte de energia para a máquina a vapor;


• Desenvolvimento da máquina a vapor e criação da locomotiva;

• Invenção do telégrafo;

• Aparecimento de indústrias têxteis, como a do algodão;

• Ampliação da indústria siderúrgica.


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Segunda Revolução Industrial

A segunda fase da revolução corresponde ao processo evolutivo das tecnologias que


modificaram ainda mais o cenário econômico, industrial e social. Essa fase iniciou-se
da metade do século XIX até o início do século XX, findando-se durante a Segunda
Guerra Mundial (1939 a 1945).
Esse período representou avanços não só tecnológicos, mas também geográficos,
representando o momento em que a revolução deixou de limitar-se à
Inglaterra espalhando-se para outros países, como Estados Unidos, Japão, Alemanha e
França.

A Segunda Revolução Industrial eclodiu como consequência, principalmente, das


grandes revoluções burguesas ocorridas no século XIX, representadas pela classe
dominante na época, a burguesia. Essas revoluções foram as responsáveis pelo fim do
Antigo Regime e também influenciaram o fortalecimento do capitalismo, impulsionado
pela industrialização.

Foi nesse período que surgiu o capitalismo financeiro, que acabou por moldar essa fase,
que ficou conhecida como o período das grandes inovações. Esse avanço e
aperfeiçoamento tecnológico possibilitou aumentar a produtividade nas indústrias, bem
como os lucros obtidos. O mundo vivenciou novas criações e o incentivo à pesquisa,
principalmente no campo da medicina.

As principais inovações dessa fase da revolução estão associadas à introdução de novas


fontes de energia e de novas técnicas de produção, com destaque para a indústria
química. O uso da eletricidade do petróleo possibilitou a substituição do vapor.
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A eletricidade, antes usada apenas no desenvolvimento de pesquisas laboratoriais,


passou a ser usada também no setor industrial. O petróleo passou a ser utilizado como
combustível, e seu uso difundiu-se com a invenção do motor a explosão.

Na Segunda Revolução Industrial, destacaram-se:

• A substituição do ferro pelo aço;

• O surgimento de antibióticos;

• A construção de ferrovias e navios a vapor;

• A invenção do telefone, da televisão e da lâmpada incandescente;

• O uso de máquinas e fertilizantes químicos na agricultura.


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Terceira Revolução Industrial

A terceira fase da Revolução Industrial iniciou-se na metade do século XX, após o fim da
Segunda Guerra Mundial, e ficou conhecida também como Revolução Técnico-
Científica. A principal mudança representada por essa fase está associada ao
desenvolvimento tecnológico atribuído não só ao processo produtivo, mas também
ao campo científico. A industrialização, nesse momento, espalhou-se pelo mundo.

A Terceira Revolução Industrial significou um novo patamar alcançado pelos avanços


técnocientíficos que são até hoje vivenciados pela sociedade. Os principais marcos desse
período podem ser vistos por meio dos aperfeiçoamentos e das inovações nas áreas
de robótica, genética, telecomunicações, eletrônica, transporte e infraestrutura. Tudo
isso transformou ainda mais as relações sociais e modificou o espaço geográfico.

Fala-se nessa fase em globalização, que representa o avanço tecnológico, especialmente


no sistema de comunicação e transporte, o qual possibilitou maior integração
econômica e política. A tecnologia, nessa fase da revolução, permitiu diminuírem-se
tempo e distância, aproximando pessoas do mundo todo e possibilitando a transmissão
de informações instantaneamente, ultrapassando os obstáculos físicos, culturais e
sociais.
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3.4 AS SUAS CONSEQUÊNCIAS


A Revolução
Industrial representou um marco na história da humanidade — transformando as
relações sociais, as relações de trabalho, o sistema produtivo — e estabeleceu novos
padrões de consumo e uso dos recursos naturais. As consequências foram muitas
e estão relacionadas à cada fase vivida no processo evolutivo das tecnologias que
proporcionou a industrialização dos países.

Durante a Primeira Revolução Industrial, o modo capitalista de produção reorganizou-


se. As principais consequências desse período foram:

• Substituição do trabalho humano por máquinas, o que ampliou o êxodo rural e


intensificou o crescimento urbano;

• Crescimento desenfreado das cidades, acarretando favelização, marginalização de


pessoas, aumento da miséria, fome e violência;

• Aumento significativo de indústrias e, consequentemente, da produção;

• Organização da sociedade em dois grupos: a burguesia versus o proletariado.

Os avanços tecnológicos obtidos na Segunda Revolução Industrial fizeram com que a


industrialização alcançasse outros países, especialmente os mais ricos. Esses, a fim de
ampliarem seu mercado, deram início a uma expansão territorial também em busca de
matéria-prima, o que ficou conhecido como imperialismo. As principais consequências
desse período foram:

• Aumento da produção em massa e em curto espaço de tempo, aumentando


também o comércio;

• Avanços nos setores de transporte e telecomunicações que ampliaram o mercado


consumidor, bem como o escoamento dos bens produzidos;

• Surgimento das grandes cidades e, com elas, dos problemas de ordem social, como
a superpopulação;

• Aumento de doenças;

• Desemprego e maior disponibilidade de mão de obra barata;

• Avanços no setor da saúde que possibilitaram melhorias na qualidade de vida da


população.

A terceira fase da Revolução Industrial — que integrou a ciência, a tecnologia e a


produção — transformou ainda mais a relação do homem com o meio. A apropriação
dos recursos naturais era cada vez mais intensa, visto que, a cada dia, tornou-se mais
necessário viabilizar as produções em massa.

As principais consequências da Terceira Revolução Industrial foram:

• Muitos avanços no campo da medicina;


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• Criação de robôs capazes de fazer trabalhos minuciosos e mais precisos;

• Técnicas na área da genética que melhoraram a qualidade de vida da população;

• Consolidou-se o capitalismo financeiro;

• Aumento do número de empresas multinacionais;

• Maior difusão de informações e notícias, integrando o mundo todo


instantaneamente;

• Aumento dos impactos ambientais negativos e esgotamento de recursos naturais;

• preocupação com o desenvolvimento econômico que explora os recursos naturais


sem se preocupar com as gerações futuras, gerando a necessidade de buscar um
modelo de desenvolvimento sustentável.
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3.5 os principais países da revolução industrial

Grã-Bretanha

Diversos fatores contribuíram para o crescimento industrial britânico que resultou na


Revolução Industrial. Em primeiro lugar, a Grã-Bretanha possuía muita mão de obra
disponível, devido a um aumento na taxa de natalidade e a um êxodo rural, e incluía
muitos trabalhadores habilidosos. Em segundo lugar, a Grã-Bretanha era rica em
recursos naturais, especialmente em carvão e ferro. A Grã-Bretanha importava de suas
colônias outros recursos naturais, principalmente o algodão, para serem usados na sua
indústria têxtil. Os britânicos também tinham capital - dinheiro e bens - disponível para
ser investido em suas novas indústrias. Somado a tudo isso, a Grã-Bretanha possuía
muitos empreendedores que construíam novas fábricas e que estavam constantemente
à procura de novos mercados e de maneiras mais eficientes de produzir bens.

Por ser uma ilha, a Grã-Bretanha possuía muitos portos e um extenso sistema de canais.
Isso beneficiava muito o país, pois era muito mais barato transportar bens de produção
pelo mar que por terra. A grande frota de navios mercantes da nação facilitou o
transporte de matérias-primas para suas fábricas e de manufaturados para os mercados.
A Grã-Bretanha também possuía uma marinha forte que protegia sua frota.

A Grã-Bretanha e suas colônias eram ótimos mercados para a compra e venda de bens
manufaturados. À medida que os negócios se expandiam e novos empregos eram
criados, mais pessoas possuíam dinheiro para consumir os bens produzidos pelas
fábricas. O governo britânico fez muito para incentivar o espírito empreendedor,
estabelecendo leis que protegessem as empresas e as ajudassem a expandir.

O domínio econômico da Grã-Bretanha durou até o início do século XX. Diferentemente


da maioria de outros países europeus, a Grã-Bretanha não foi conquistada durante a
Segunda Guerra Mundial. Mesmo assim, suas cidades e indústrias foram, em grande
parte, destruídas pelos bombardeios alemães. Após a guerra, a Grã-Bretanha sofreu
problemas econômicos: baixa produtividade, alto desemprego e indústrias antiquadas.
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Em 1973, a Grã-Bretanha ingressou no Mercado Comum Europeu, mas isso não ajudou
a economia britânica de forma significativa. Atualmente, a Grã-Bretanha continua sendo
uma potência econômica, mas não tem o mesmo poder que tinha no século XIX.

Estados Unidos

Avanços tecnológicos e o aumento na produção de minério de ferro e de carvão


resultaram no crescimento industrial dos Estados Unidos. Neste país, ocorreu também
um crescimento populacional significativo que resultou em uma maior mão de obra
disponível para trabalhar nas indústrias. No final do século XIX, os Estados Unidos
haviam se tornado, junto com a Grã-Bretanha e a Alemanha, um líder industrial mundial.

A vitória da União sobre os Confederados na Guerra da Secessão americana (1861-65)


resultou na abolição da escravidão no Sul dos Estados Unidos. Com o fim da escravidão
no Sul, o Norte, já em processo de industrialização, teve seu mercado consumidor
ampliado. Isso possibilitou uma Revolução Industrial precoce no país.

Durante as duas guerras mundiais, os Estados Unidos atuaram como fornecedores de


armas e equipamentos aos países beligerantes. Os americanos também passaram a
exportar produtos industriais agrícolas para todo o planeta, substituindo, assim, as
nações europeias, cuja produção fora paralisada durante as guerras. A Europa passou a
dever para os Estados Unidos, pois os americanos forneceram aos europeus, durante o
pós-guerra, material militar e bens de consumo. A Europa teve sua estrutura produtiva
destruída durante as duas Guerras Mundiais. Enquanto isso, a indústria americana,
intacta, crescia e supria as necessidades mundiais.

Após a Segunda Guerra Mundial, pelo Acordo de Breton Woods (1944), o dólar
americano se tornou o padrão monetário internacional. Os Estados Unidos da América
se tornaram oficialmente uma superpotência mundial.
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Alemanha

A revolução industrial na Alemanha foi iniciada na metade no século XIX. Porém, a


arrancada industrial alemã ocorreu a partir de 1871 com a unificação política e territorial
do Estado Alemão.

Sob o governo do imperador Guilherme I, a Alemanha foi unificada e transformada de


um país basicamente agrícola para um dos principais poderes industriais do mundo. A
população cresceu de aproximadamente 41 milhões de habitantes em 1871 para 56
milhões em 1890, e chegou a aproximadamente 70 milhões em 1914. As produções de
carvão, ferro e aço aumentaram subitamente.

De 1871 a 1914, a Alemanha atravessou um período de grande desenvolvimento


econômico. Em 1914, o país estava produzindo mais ferro e aço que a Inglaterra e a
França juntas. Devido às habilidades de seus cientistas e inventores, a Alemanha tornou-
se líder mundial na indústria química e elétrica. Os produtos das suas indústrias
desalojavam os congêneres ingleses de quase todos os mercados da Europa Ocidental,
bem como os do Extremo Oriente e da própria Inglaterra.

A nação construiu uma grande rede de ferrovias, uma marinha e uma indústria militar
poderosa. Esta expansão industrial levou a um grande aumento no comércio externo
alemão.

A Primeira Guerra Mundial (1914-18) trouxe consequências graves para a economia e a


indústria alemã. Tendo perdido a guerra, a Alemanha acabou aceitando o Tratado de
Versalhes como acordo de paz. O Tratado de Versalhes responsabilizou a "agressão da
Alemanha e de seus aliados" pela guerra e exigia que a Alemanha pagasse reparações
pelos danos de guerra. O país teria que compensar as nações Aliadas pela perda de
fábricas, fazendas, navios e outras propriedades que haviam sido destruídas na guerra.
Foi determinado em 1921 que a Alemanha seria obrigada a pagar 33 bilhões de dólares
americanos como reparações de guerra.

A destruição ocorrida na Alemanha durante a guerra e as exigências do Tratado de


Versalhes causaram com que o país entrasse numa grave crise
econômica. Empobrecida, a Alemanha passou a ter hiperinflação que atingiu níveis
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altíssimos. As indústrias locais paralisaram a produção e o desemprego tornou-se


alarmante.

As condições sociais e econômicas contribuíram para o crescimento do nazismo, cujo


líder foi Adolf Hitler. Este líder nazista prometia uma salvação econômica e uma
Alemanha novamente poderosa. A Alemanha Nazista, sob a liderança de Adolf Hitler,
invadiu países da Europa, perseguiu povos e prendeu e assassinou milhões de pessoas
em campos de trabalho forçado e em campos de extermínio. As invasões de Adolf Hitler
e sua ambição de conquistar o mundo resultaram na eclosão da Segunda Guerra
Mundial.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha encontrava-se derrotada e quase


totalmente destruída. Mas nos anos logo após o término do conflito, a Alemanha
Ocidental conseguiu reverter os danos causados pela guerra a seu favor. Utilizando os
recursos do Plano Marshall - um plano americano de ajuda econômica aos países
europeus - os alemães ocidentais reconstruíram fábricas, estradas e ferrovias com os
mais modernos equipamentos disponíveis. O crescimento econômico alemão foi
extraordinário. De uma nação derrotada, a Alemanha Ocidental se tornou o líder
econômico da Europa e a terceira maior economia do mundo.

Japão

O processo de industrialização no Japão iniciou-se em 1868 com a restauração do


império. O governo passou a investir em educação, infraestrutura e indústria. O governo
focava seus esforços em educação para que o país adquirisse uma mão de obra
qualificada.

O maior desafio para a modernização japonesa foi a falta de recursos naturais do país.
As terras para cultivo eram escassas e produzir alimentos em quantidade suficiente para
toda a nação era um grande desafio. O Japão foi forçado a importar grande parte dos
alimentos que sua população consumia e as matérias-primas necessárias para sua
industrialização.

Para enfrentar esse desafio, os líderes japoneses escolheram a mesma solução que as
nações ocidentais: a construção de um império. Colônias iriam fornecer ao Japão terras,
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safras e matérias-primas. O Japão utilizou suas forças armadas para conquistar


territórios, garantindo a ocupação da Coreia e de Taiwan.

O objetivo de conquistar novos territórios levou o Japão a ingressar na Segunda Guerra


Mundial. Atacando a base militar americana de Pearl Arbor, o Japão declarou guerra
contra os Estados Unidos. Em retaliação, os Estados Unidos lançaram duas bombas
atômicas sobre o Japão, em Hiroshima e Nagasaki, o que levou os japoneses a se
renderam.

O Japão foi arrasado pela guerra. Mas com uma significante ajuda financeira,
principalmente vinda dos Estados Unidos, o Japão pós-guerra passou por grandes
mudanças políticas e teve uma recuperação econômica extraordinária. Entre 1946 e
1967, o produto interno bruto japonês - o valor anual dos bens e serviços produzidos
pela nação - cresceu, em média, 10% ao ano. Esse crescimento foi ainda maior do que a
média da Alemanha Ocidental, que foi a economia de mais rápido crescimento na
Europa. O Japão liderou o mundo na construção de navios; seus carros, aço, câmeras e
equipamentos eletrônicos foram exportados em quantidade recorde. No final da década
de 1960, o Japão havia se tornado o terceiro maior poder econômico no mundo,
perdendo apenas para os Estados Unidos e União Soviética.

Existem algumas razões para explicar o milagre econômico japonês. Primeiramente,


mesmo antes da guerra, o país possuía uma indústria próspera e uma comunidade
empresarial que deu à nação as bases para a reconstrução após o término da guerra.
Em segundo lugar, o governo japonês concedeu empréstimos para a expansão de
indústrias importantes no país. Em terceiro lugar, durante a recuperação econômica do
Japão, as nações ocidentais permitiram que o país protegesse suas indústrias em
crescimento com altas tarifas de importação. Em contraste com o Ocidente, os
trabalhadores japoneses enfatizavam o esforço coletivo: o sucesso da companhia estava
acima do sucesso individual.

Apesar da prosperidade, o Japão continua a enfrentar problemas como a limitação de


terra, de matérias-primas, de alimentos e de recursos naturais. Focado no crescimento
econômico, o governo japonês frequentemente ignorava a qualidade de vida de seu
povo. Consequências do crescimento econômico também foram cidades superpovoadas
e poluição demasiada. Atualmente, o Japão é a segunda maior economia do mundo.
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Itália

Estado nacional tardio, a Itália só foi unificada em 1870. País pobre e atrasado em
relação às nações europeias da época, a Itália apresentou um panorama
socioeconômico retardado ao longo das primeiras décadas do século XX. Só foi a partir
dos anos 30 que a industrialização chegou à Itália, com o desenvolvimento dos setores
mecânico, químico e têxtil, impulsionados pelo potencial hidrelétrico do norte do país.
Esse crescimento industrial foi interrompido durante a Segunda Guerra Mundial (1939 -
1945), pois a Itália, a partir de 1922 sob domínio fascista, foi invadida, quase
simultaneamente, pelos Aliados e pela Alemanha Nazista.

Com o final da Segunda Guerra Mundial, teve início a reconstrução do país, graças aos
grandes investimentos trazidos pelo Plano Marshall. A divisão das terras do Sul, até
então ocupadas por latifúndios, e a introdução de métodos de irrigação propiciaram um
sólido progresso agrícola. O governo italiano construiu novas indústrias em Milão, Turim
e Gênova. Em breve, o crescimento italiano, em comparação aos de outros países
europeus, só era menor que o da Alemanha Ocidental. A indústria cresceu de maneira
extraordinária, permitindo que o país fosse um dos fundadores do Mercado Comum
Europeu.

Uma particularidade da industrialização italiana é a forte presença do Estado; o governo


controla diretamente várias corporações, "holdings" e bancos de investimentos.

RÚSSIA

"A Revolução Russa, de 1917, foi a concretização de uma série de revoltas pelas quais o
país passava desde 1905 e que tiveram várias consequências, como o fim do czarismo
(monarquia) e a tomada de poder pelos socialistas.

Naquele contexto, a Rússia poderia ser chamada de atrasada, pois, em pleno XX,
preservava práticas ainda feudais, era agrária e dominada por czares (imperadores). As
primeiras revoltas, que antecederam a revolução, foram contra os privilégios da nobreza
e clero, mas também contra gastos de guerra (contra o Japão, batalha que a Rússia
perdeu).

Vemos as consequências da Revolução Russa como fato histórico até, no mínimo, 1989,
com a queda do Muro de Berlim, já que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS), formada depois da revolução, existiu até a década de 1990 e, em anos
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anteriores, confrontou os EUA, dividindo o mundo entre socialistas e capitalistas na


Guerra Fria."

FRANÇA
A Revolução Francesa, iniciada no dia 17 de junho de 1789, foi um movimento
impulsionado pela burguesia e contou com a participação dos camponeses e das classes
urbanas que viviam na miséria.

Em 14 de julho de 1789, os parisienses tomaram a prisão da Bastilha desencadeando


profundas mudanças no governo francês.

Contexto histórico
No final do século XVIII, a França era um país agrário, com a produção estruturada no
modelo feudal. Isso significava que existiam impostos e licenças que só eram válidos
para determinadas regiões. O poder político estava concentrado no rei e num pequeno
número de auxiliares.

Por isso, para a burguesia e parte da nobreza era preciso acabar com o poder absoluto
do rei Luís XVI.

Enquanto isso, do outro lado do Canal da Mancha, a Inglaterra, sua rival, desenvolvia o
processo de Revolução Industrial.

Fases da Revolução Francesa


Para fins de estudo, a Revolução Francesa é dividida em três fases:

• Monarquia Constitucional (1789-1792);


• Convenção Nacional (1792-1795);
• Diretório (1795-1799).

BÉLGICA

A Revolução Belga foi o conflito que levou à secessão das províncias do sul do Reino
Unido dos Países Baixos e estabeleceu o independente Reino da Bélgica.
A revolução belga de 1830 fez os habitantes das províncias do sul do Reino dos Países
Baixos rebelarem-se contra a hegemonia das províncias do norte,
principalmente protestantes. Grande parte da população do sul eram católicos
romanos, de língua francesa, ou liberais, que consideravam o governo do rei Guilherme
I como despótico. Houve altos níveis de desemprego e inquietação industrial entre as
classes trabalhadoras. Dentro de algumas semanas de agosto e setembro resultou-se a
revolta e secessão de Flandres, Varonia e a formação da Bélgica. Apenas parte
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de Luxemburgo permaneceu até 1890, em união pessoal com o Reino Unido dos Países
Baixos.
Do século XIV ao século XVI, o norte e o sul se uniram e compartilharam a mesma
história, primeiramente como Países Baixos Borgonheses e mais tarde como Países
Baixos Espanhóis. Durante a Reforma Protestante e a Guerra dos Oitenta Anos, sete
províncias se tornaram independentes do Império Espanhol, formando a República das
Sete Províncias Unidas dos Países Baixos. Em 1815, após o Congresso de Viena, o norte
e o sul se reuniram com o Principado de Liége. As divisões religiosas, linguísticas e
econômicas que ocorreram durante os cerca de 250 anos de distância logo se tornaram
claras.
Em 25 de agosto de 1830, ocorreram distúrbios em Bruxelas e lojas são saqueadas.
Levantes seguiram no resto do país. Fábricas foram ocupadas e as máquinas destruídas.
A ordem foi restabelecida brevemente depois que as tropas de Guilherme
comprometidas com as províncias do Sul, mas contínuos distúrbios e a liderança foi
tomada pelos elementos mais radicais, que começaram a falar de secessão.
A batalha ocorreu em Bruxelas. Os canhões foram disparados no Parque Warrante. As
tropas holandesas foram forçadas a retirar por causa de deserção em massa de recrutas
das províncias do Sul, enquanto os Estados-gerais em Bruxelas, votaram a favor da
secessão e declararam independência. Como consequência, o Congresso Nacional se
reuniu e Guilherme absteve-se de uma ação militar futura e apelou para as grandes
potências. O resultado foi a Conferência de Londres em que as grandes potências
europeias reconheceram a independência da Bélgica. Após a instalação de Leopoldo
I como "Rei dos Belgas", em 1831, o Rei Guilherme fez uma tardia tentativa militar para
reconquistar a Bélgica e restaurar a sua posição através de uma campanha militar.
Esta Campanha dos Dez Dias fracassou como resultado de uma intervenção militar
francesa. Os holandeses aceitaram a decisão da Conferência de Londres e a
independência da Bélgica, assinando o Tratado de Londres.

3.6 AS MÁQUINAS INDUSTRIAIS E SEUS CRIADORES

O início da Revolução Industrial ocorreu pelo desenvolvimento da máquina a vapor, que


aproveita o vapor da água aquecida pelo carvão para produzir energia e revertê-la em
força para mover as máquinas. Na Inglaterra, ainda no final do século XVII, foi criada a
primeira máquina desse tipo, por Thomas Newscome, e, na década de 1760, esse
equipamento foi aprimorado por James Watt.

Em 1767, James Margraves inventou a máquina de fiar. Três anos depois, Richard
Cartwright criou o tear hidráulico e James Watt inventou a máquina a vapor. A partir
dessas três criações, deu-se início às mudanças que ficaram conhecidas como Revolução
Industrial
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Lista de equipamentos industriais indispensáveis para pequenas e médias indústrias


• Compressores de ar comprimido.
• Abraçadeiras de pressão.
• Geradores de energia.
• Tecnologia digital.
• Motores elétricos.
• Parafuse–eiras.
• Computadores.

3.7 A INDÚSTRIA 4.0

A indústria 4.0 nos mostra que é um grande erro pensar que a tecnologia já evoluiu ao
nível máximo nas empresas.

O termo é utilizado para caracterizar a utilização do que há de mais moderno para


produzir bens de consumo: big data, Internet das Coisas, inteligência artificial, e muito
mais.

Indústria 4.0 é um conceito que engloba automação e tecnologia da informação, além


das principais inovações tecnológicas desses campos.

Tudo isso aplicado à manufatura – entendendo o termo como sendo a transformação


de matérias-primas em produtos de valor agregado.

Pois manufatura, junção das palavras “mão” e “acabamento” em latim, designava um


trabalho artesanal, feito à mão.

O que acontece é que a indústria é incompatível com a ideia de fazer as coisas de forma
manual.

De fato, já faz muito tempo que as mãos dos operários têm sido substituídas pelas
máquinas.

Mesmo assim, continuamos avançando na automação, que é a capacidade dessas


máquinas trabalharem sem nenhum operador humano no comando.

A robótica, com sistemas previamente programados para que os equipamentos


desempenhem determinadas funções sozinhos, também não é muito recente.

O que a indústria 4.0 traz é o salto tecnológico de elevar essa automação à máxima
potência, permitindo aos robôs desempenharem funções cada vez mais complexas.
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E não estamos falando apenas do operacional, como soldar duas placas de aço, mas
também de tarefas que pensávamos serem exclusivas de nosso intelecto.

São algoritmos que fazem as máquinas analisarem dados em uma velocidade que um
humano não conseguiria em uma vida inteira.

No final, podemos dizer que a indústria 4.0 é a realidade na qual a tecnologia industrial
está cada vez mais eficiente: mais inteligente, mais rápida e mais precisa.

Em suma, é a continuação do aperfeiçoamento das máquinas, um processo que


começou na primeira Revolução Industrial e nunca mais parou

3.8 BREVE BIOGRAFIA DO JAMES WATT

James Watt foi um matemático escocês e engenheiro mecânico britânico, nascido aos
19 de Janeiro de 1736, filho de Agnes Muirhead e de James Watt (Greenock, Reino
Unido). Foi consultor de instrumentos científicos, aperfeiçoou a máquina a vapor
inaugurando a era do vapor na Inglaterra. O seu nome foi dado à unidade de potência
de energia-Watt.

Teve quatro filhos dos quais james jr watt é o primogénito.foi cônjuge de Ann
MacGregor( 1777 a 1819 ), Peggy Miller(1764). James Watt faleceu a 25 de agosto de
1819.

4 CONCLUSÃO
A primeira fase da revolução industrial corresponde à sua eclosão no século XVIII (1760
A 1850), limitada à Europa Ocidental e tendo a Inglaterra como precursora nesse
período, houve a expansão do comercio, e a mecanização possibilitou maior
produtividade e, consequentemente, o aumento dos lucros.
As industrias expandiam–se cada vez mais, criando então, um cenário de progresso
jamais visto. As principais invenções do periódo contribuiram para o melhor escoamento
das matérias–primas utilizadas nas industrias e também favoreveu o deslocamento de
consumidores dos bens produzidos.
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RESÚMO

A Inglaterra foi a nação pioneira no desenvolvimento industrial e tecnológico no mundo.


Por meio da Revolução Industrial, o capitalismo consolidou-se como sistema econômico
vigente.
O desenvolvimento da máquina a vapor é considerado como o ponto de partida da
Revolução Industrial.
Causou profundas transformações no modo de produção e também nas relações entre
patrão e trabalhador.
Durante o auge da Revolução Industrial, os trabalhadores ingleses recebiam salários
baixíssimos e eram obrigados a suportar uma longa jornada de trabalho.
A intensa exploração do trabalho do proletário fez com que os trabalhadores se
organizassem em sindicatos.
Dois movimentos de trabalhadores foram muito importantes no século XIX: o ludísmo e
o kartismo.
A Revolução Industrial aconteceu de maneira pioneira na Inglaterra por uma junção de
fatores, que englobam as grandes reservas de carvão do país, os cerramentos, o
excedente de capital existente no país.
As transformações econômicas, sociais e tecnológicas proporcionadas pela Revolução
Industrial dividem-se em fases, segundo os avanços produtivos, no campo científico e
em diversas outras áreas do setor econômico e industrial.
Pode-se dividir a Revolução Industrial em: Primeira Revolução Industrial, Segunda
Revolução Industrial e Terceira Revolução Industrial.
Diversas foram as consequências da Revolução Industrial. Houve aumento da
produtividade, mudança nas relações de trabalho, alterações no modo de vida e padrões
de consumo da sociedade; alterou-se a relação entre o homem e a natureza, houve
avanços em diversos campos do conhecimento, entre outras mudanças.
O trabalhador na Revolução Industrial
A Revolução Industrial também gerou grandes transformações no modo de produção
de mercadorias. Antes do surgimento da indústria, a produção acontecia pelo modo de
produção manufatureiro, isto é, um modo de produção manual que utilizava a
capacidade artesanal daquele que produzia. Assim, a manufatura foi substituída pela
maquino–fatura.
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Com a maquino–fatura, não era mais necessária a utilização de vários trabalhadores


especializados para produzir uma mercadoria, pois uma pessoa manuseando as
máquinas conseguiria fazer todo o processo sozinha. Com isso, o salário do trabalhador
despencou, uma vez que não eram mais necessários funcionários com habilidades
manuais.

Isso é evidenciado pela estatística trazida por Eric Hobby que mostra como o salário do
trabalhador inglês caiu com o surgimento da indústria. O exemplo levantado foi Bolton,
cidade no oeste da Inglaterra. Lá, em 1795, um artesão ganhava 33 xelins, mas, em 1815,
o valor pago havia caído para 14 xelins e, entre 1829 e 1834, esse salário havia
despencado para quase 6 xelins |2|. Percebemos aqui uma queda brusca no salário e
esse processo deu-se em toda a Inglaterra.

Além do baixo salário, os trabalhadores eram obrigados a lidar com uma carga de
trabalho extenuante. Nas indústrias inglesas do período da Revolução Industrial, a
jornada diária de trabalho costumava ser de até 16 horas com apenas 30 minutos de
pausa para o almoço. Os trabalhadores que não aguentassem a jornada eram
sumariamente substituídos por outros.

Não havia nenhum tipo de segurança para os trabalhadores e constantemente acidentes


aconteciam. O acidente mais comum era quando os trabalhadores tinham seus dedos
presos na máquina, e muitos os perdiam. Os trabalhadores que se afastavam por
problemas de saúde poderiam ser demitidos e não receberiam seu salário. Só eram
pagos os funcionários que trabalhavam efetivamente.

Essa situação degradante fez com que os trabalhadores se mobilizassem pouco a pouco
contra seus patrões. Isso levou à criação das organizações de trabalhadores (mais
conhecidas no Brasil como sindicatos) e chamadas na Inglaterra de trade Union. Os
trabalhadores exigiam melhorias salariais e redução na jornada de trabalho.
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