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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO

CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIRAL

Eduardo Assunção Cavalcanti


Gutemberg Queiroz Garcia
Lorrayne da Conceição Lima
Lucas Ribeiro da Conceição
Sarah dos Santos Anacleto
Vitória Ellen Pereira de Sousa

Meu tcc

Açailândia - MA
2023
Eduardo Assunção Cavalcanti
Gutemberg Queiroz Garcia
Lorrayne da Conceição Lima
Lucas Ribeiro da Conceição
Sarah dos Santos Anacleto
Vitória Ellen Pereira de Sousa

Meu tcc

Açailândia - MA
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

2 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1 Avanços Tecnológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Etapas da Industrialização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Artesanato, Manufatura e Maquinofatura . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 Pioneirismo Inglês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.5 Os motivos da Revolução Industrial ter se iniciado na Inglaterra 8
2.6 Consequências da Primeira Revolução Industrial . . . . . . . . . 9

3 SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL . . . . . . . . . . . . . . . . 10


3.1 Avanços Tecnológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.2 Fordimos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.3 Consequências da Segunda Revolução Industrial . . . . . . . . . 12

4 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3

1 INTRODUÇÃO

A primeira e segunda revolução industrial são termos que são muito usados
para descrever o desenvolvimento da indústria de transformação. A primeira revolução
industrial foi conhecida como o ciclo do aço, que começou em 1760 com o surgimento da
metalurgia e terminou em 1840. A segunda revolução industrial começou dando origem
à produção de troca de movimento para a indústria automobilística. Ela aconteceu entre
1870 e 1914. As duas revoluções foram responsáveis pelo crescimento da economia
mundial no período. O primeiro e o segundo estágio da industrialização são os mais
relevantes para o mundo em que vivemos, de acordo com (SILVA, 2021).
O primeiro estágio é a revolução industrial, que surgiu na Europa do século XVIII
e representou uma mudança tão radical que transformou toda a sociedade. Uma revolu-
ção industrial foi um processo de desenvolvimento tecnológico e de muito crescimento
econômico. Ela transformou a manufatura de produtos novos como nenhum outro na
história, levando-nos à existência de uma maior quantidade de moda, tecnologia e
consumo. Embora seja menos conhecida do que a segunda revolução industrial, na
década de 1930 ocorreram grandes mudanças sociais e políticas em todo o mundo. O
período foi marcado pela quebra da monarquia britânica
A Segunda Revolução Industrial foi uma revolução industrial que aconteceu no
período entre o final da primeira e o começo da segunda guerra mundial. Ocorreu
na Europa, mas ocorreu em todo o mundo. Esta era uma revolução que tinha como
objetivo aumentar a produtividade e a competitividade do mercado, e alavancar o
crescimento econômico. Porém, essa mudança também trouxe consequências como
desenvolvimento de novas tecnologias, inexistência de um modelo retrógrado para
a sociedade, mudança na maneira de organizar as forças e a própria natureza da
produção.
Na Segunda Revolução Industrial, foi um período marcado por duas grandes
inovações: geração de energia elétrica e produção em massa de mercadorias. Isso
resultou no desenvolvimento de novas tecnologias, como eletricidade, telecomuni-
cações e transporte. A revolução resultou em mudanças nos métodos de produção,
organização empresarial e estrutura social que afetaram a vida cotidiana de grandes
populações. Sendo de conhecimento geral, que a Revolução Industrial consiste no
processo que levou às modificações econômicas e tecnológicas e consolidou o sistema
capitalista, além de permitir o advento de novas formas de organização da sociedade.
Sem dúvida alguma as máquinas idealizadas e criadas por esses intelectuais foram as
protagonistas da revolução.
Capítulo 1. Introdução 4

Segundo Cavalcante (2021), a Revolução Industrial foi um acontecimento extre-


mamente importante para a humanidade, pois mudou o processo produtivo, ou seja,
os produtos deixaram de ser manufaturados e passaram a ser maquino faturados, o
permitiu uma produção em massa, permitindo assim colocar mais e mais produtos no
mercado e a preços muito mais atrativos
Com isso a população ganhou ao longo do tempo maior poder de compra e
melhoria na sua qualidade de vida. Sabemos que o pioneirismo inglês foi de grande
importância para o desdobramento da mesma, não deixando de ressaltar os movimen-
tos dos trabalhadores que começam a despontar. Em muitas regiões da Europa, os
trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os em-
pregados das fábricas formaram os sindicatos com o objetivo de melhorar as condições
de trabalho dos empregados.
A Revolução Industrial foi um processo de grandes transformações sociais e
econômicas que teve início na Inglaterra. Embora a Revolução Industrial tenha trazido
consigo benefícios como, invenções das máquinas entre outras coisas, que ajudaram
na produção, nas empresas, entre outros. Também trouxe consequências consigo,
como o desemprego, o crescimento desenfreado da população nas cidades, o salário
baixo e a desvalorização da mão de obra.
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2 DESENVOLVIMENTO

Revolução industrial, usado para se referir a época em que ocorreram todas as


mudanças nos trabalhos, que ocorreu nos meados do século XVIII. A mais importantes
das mudanças foram as invenções de máquinas que fabricavam mais que o trabalho
manual, tal acontecimento ocorreu na Grã-Bretanha. As primeiras máquinas criadas
foram as de fiação e tecelagem, logo após a criação de novas máquinas, várias
pessoas, tanto mulheres, homens e crianças vieram para trabalhar nas fábricas, a
maioria funcionava pela força hidráulica, onde mais tarde se desenvolveu para então
passar a funcionar a vapor.
Sobre a Revolução Industrial vale ressaltar que ela foi um precedente para o
acesso do capitalismo comercial para o capitalismo industrial, tal que essa evolução do
capitalismo simbolizou o movimento determinado pela aceleração da história, situação
esta que nunca havia ocorrido ao longo da história, sendo decorrente do poderio
econômico. Dessa forma, o capitalismo tem um caráter revolucionário ao mudar o meio
social e suas relações existentes.
Para facilitar o transporte de produtos manufaturados a fim de diminuir os pre-
ços, foram criadas as chamadas "estradas de ferro” que surgiram no século XIX. Para
desenvolver ainda mais as indústrias de ferro e aço, surgiu os “auto-fornos”. Com o
desenvolvimento rápido e grande nas áreas industriais, o aumento da população nas
cidades foi crescendo de forma descontrolada, pois inúmeras pessoas deixavam as
áreas rurais para ir à cidade em busca de trabalho nas fábricas. Devido a esse aconteci-
mento o povo sofreu com problemas ligados aos salários e qualidade de vida, fazendo
com que a Grã-Bretanha tenha que importar cada vez mais alimentos para suprir as
necessidades de uma população que crescia a todo momento, segundo(MARIA, 2019).

2.1 Avanços Tecnológicos

Os principais avanços que aconteceram nessa fase foram:


O uso do carvão como fonte de energia para a mais nova invenção,a máquina
a vapor; O desenvolvimento da máquina a vapor e a criação da locomotiva, essas
inovações foram um grande passo nos avanços tecnológicos; O surgimento das indús-
trias têxteis, como o por exemplo a do algodão; A expansão da indústria siderúrgica;
Invenção da lâmpada incandescente;
Na primeira metade do século, vários nomes importantes contribuíram para os
avanços tecnológicos acontecem na época, como por exemplo os avanços tecnológicos
nos sistema de transporte, nessa área vale salientar nomes como: Robert Fulton, que
Capítulo 2. Desenvolvimento 6

inventou o barco a vapor, George Stephenson, que criou a locomotiva a vapor, John
Loudon McAdam, que construiu estradas revestidas de pedras, Samuel F.B. Morse,
que criou os telégrafos, entre várias outros que desenvolveram outras invenções que
ajudaram no avanço tecnológico.
Os avanço tecnológicos também ocorreram nas áreas da eletricidade, onde
as primeiras iniciativas nesse campo foram a descoberta da lei da corrente elétrica,
descoberta essa feita por Georg Simon Ohm, também nessa época foi descoberto
o eletromagnetismo por Michael Faraday. Mais tarde a explosão tecnológica tomou
um rumo mais frenético com a invenção da energia elétrica. Com essa quantidade
de mudanças que esses setores promoveram, fazendo com que a distância entre as
pessoas, países e mercado diminuísse. Com o contato mais frequente foi permitida
a aproximação entre mundos tão distintos como o europeu e asiatico. No setor têxtil
houve uma concorrência entre ingleses e franceses, que permitiu o aperfeiçoamento
de teares feito por Joseph-Marie Jacquard.
Nesse meio tempo o aço foi uma das matérias primas mais importantes, por
isso a transformação de ferro em aço se tornou possível por Pierre Martin e Wilhelm
Siemens, que desenvolveram um forno para que tal processo de transformação aconte-
cesse. Já na indústria bélica os avanços tecnológicos tiveram um significativo avanço
como por exemplo os canhões antiaéreos, dirigíveis aéreos, juntamente com a tecnolo-
gia metalúrgica.
Com esses e vários outros avanços tecnológicos contribuíram para uma nova
forma de produção, bem como o início de uma nova realidade industrial, estabe-
lecendo um novo padrão de consumo da sociedade e novas relações de trabalho,
segundo(ESPORTES, 2020).

2.2 Etapas da Industrialização

Em escala mundial pode se dizer possui três períodos de industrialização, onde


o primeiro períodos ocorreu entre os anos 1760 - 1850, na qual ela se limita somente a
Inglaterra, a conhecida como “oficina do mundo”, devido ao fato trocaram os trabalhos
manuais por máquinas. Eles dominaram a produção de bens de consumo, em especial
os têxteis, e a energia a vapor. Em 1850 - 1900, a revolução se espalhou para a
Espanha, América e Ásia: Bélgica, França, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão e
Rússia, fazendo com que esses países também se industrializassem. Com o tempo a
concorrência cresce, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se
expandem. São descobertas novas formas de energias como a hidrelétrica e a derivado
do petróleo. Nesse tempo é onde ocorre a invenção das locomotivas e barcos a vapor.
Entre 1900 até os dias atuais surgem os conglomerados industriais e multinacio-
Capítulo 2. Desenvolvimento 7

nais. A produção se automatiza: surgindo a produção em larga escala, que explode


a sociedade de consumo de massas graças à expansão dos meios de comunicação.
A indústria química e eletrônica avançam, juntamente com a engenharia genética e a
robótica.

2.3 Artesanato, Manufatura e Maquinofatura

A primeira forma de produção foi o artesanato, sua origem é bastante antiga,


surgiu no final da idade média junto do renascimento comercial e urbano, o artesanato
se definia pela produção independente, onde em casa, com todas as ferramentas
necessárias e matéria-prima, o artesão realizava todas as etapas do seu trabalho
manualmente e sua produção não é em massa.
A ampliação do consumo foi resultado da manufatura, que levou o artesão a
produzir ainda mais, e o comerciante se dedicar à produção industrial, o manufatureiro
distribuía a matéria-prima e o artesão trabalhava em casa, e recebia o seu pagamento.
O comerciante começou a produzir, onde primeiro ele contratou o artesão para dar
acabamento aos tecidos, em seguida tingir e então tecer e por fim fiar. Com o surgi-
mento das fábricas junto aos assalariados, sem controle do produto de seu trabalho.
Por causa da divisão social a produtividade aumentou, pois cada trabalhador realizava
uma etapa da produção. Na maquinofatura, o trabalhador estava sujeito ao regime
de funcionamento da máquina e à gestão direta do empresário. Foi nessa fase que
se consolidou a Revolução Industrial, pois foi quando os trabalhos manuais foram
trocados por máquinas. Mais tarde a maquinofatura sucedeu o artesanato como forma
de produção e organização de trabalho.

2.4 Pioneirismo Inglês

O pioneirismo inglês ocorreu por vários motivos segundo estudiosos, motivos


esses: A acumulação de capital, os Cercamentos, utilização de energias naturais e, por
último, as inovações técnicas. A Revolução Inglesa do século XVII, está na base do
processo. Após várias conquistas, tendo vencido a monarquia, a burguesia ganhou os
mercados mundiais e transformou a estrutura agrária, com isso os ingleses avançaram
ainda mais sobre esses mercados, onde usavam métodos pacíficos ou militares. A
hegemonia naval lhe dava total controle dos mares. O mercado que comandava o an-
damento das produções, mais tarde isso mudou, onde nos países mais industrializados
as produções criaram o próprio mercado.
A grande indústria inglesa na metade do século XVIII era de tecelagem de lã. O
primeiro a se mecanizar foi o algodão, que é feito de matéria-prima colonial (Estados
Unidos, Índia e Brasil). Os tecidos leves se ajustavam aos mercado tropicais, onde
Capítulo 2. Desenvolvimento 8

90% da produção tinha como destino o exterior, representando metade de toda a


exportação inglesa, consequentemente, é possível perceber o papel importante do
mercado externo, principalmente o colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As
colônias ajudaram com matéria-prima, capitais e consumo. O capital também era vindo
de tráfico de escravos e do comércio com metrópoles colonialistas, como por exemplo
Portugal. Supostamente, metade do ouro brassileiro foi para o banco da Inglaterra e
financiou as estradas, portos, canais, entre vários outros. A flexibilidade de capital,
ligada a um sistema bancário altamente eficiente, um grande número de bancos,
isso explica a baixa taxa de juros, em outras palavras, havia dinheiro barato para os
empresários.
A transformação na estrutura agrária após a Revolução Inglesa. Com os Gen-
try(pessoas ricas mas sem títulos de nobreza) no poder, os cercamentos dispararam,
autorizados pelo Parlamento. A divisão coletiva das terras beneficiava os grandes propri-
etários, a situação miserável dos camponeses continuava, onde eles eram reunidos em
um lugar e não havia garantia de sobrevivência, logo se transformando em proletários
rurais, deixando seus trabalhos antigos.Tal situação gerou consequências onde duas
se destacam, a primeira sendo a redução de oferta de trabalhadores nas áreas domés-
ticas rurais, momento em que o mercado ganhava impulso, tornando indispensável
uma nova forma de produção capaz de satisfazê-lo. Segunda consequência sendo, a
proletarização abriu caminho para o investimento de capital na agricultura, resultando
na especialização de produção, avanço técnico e o crescimento da produtividade. A
população cresceu, o mercado consumidor cresceu junto, e sobrou a mão de obra para
os centros industriais.

2.5 Os motivos da Revolução Industrial ter se iniciado na Inglaterra

A Inglaterra foi pioneira na Revolução Industrial. Isso aconteceu por diversos


motivos, onde o primeiro foi o surgimento das classes sociais em território inglês, a
burguesia, promovida através da Revolução Inglesa. Os burgueses tinham o capital
necessário para investir e promover as indústrias, assim adquirindo propriedades rurais,
materiais e matéria-prima, possibilitando a modernização dos meios de produção, em
outras palavras, a burguesia passou a ter mais influência na política e economia. Outro
fator importante era que a Inglaterra se localizava em uma boa área geográfica. A
Inglaterra tinha acesso ao comércio marítimo, ajudando a busca de novos mercados e
expandindo a zona de livre comércio. Após se tornar uma grande potência marítima, o
capital acumulado passou a ser investido nas fábricas.
A abundância de materiais naturais, como o ferro, a lã e o carvão, foi também
um fator importante para a Revolução Industrial ter iniciado na Inglaterra. E o elevado
crescimento populacional também está incluso. Outro motivo mas não menos impor-
Capítulo 2. Desenvolvimento 9

tante foram os cercamentos ou Lei dos Cercamentos, que mudou a estrutura das áreas
rurais, introduzindo cercas para a criação pecuária e para produção de matérias-primas.
Tal política provocou um intenso êxodo rural, uma vez que exigia dos pequenos proprie-
tários títulos de propriedades, onde a maioria não possuía e acabava sendo expulsos
de suas terras. Essa política foi responsável pela grande disponibilidade de mão de
obra e sua consequente desvalorização.

2.6 Consequências da Primeira Revolução Industrial

A Primeira Revolução Industrial foi um acontecimento muito importante para a


história da humanidade, mas tal acontecimento trouxe diversas consequências, onde
elas estão relacionadas à cada fase vivida nesse processo evolutivo das tecnologias
que proporcionou a industrialização dos países envolvidos. Onde as principais con-
sequências desse período foram: a substituição do trabalho humano por máquinas,
que por sua vez ampliou o êxodo rural e o crescimento urbano descontrolado, como
as indústrias ficavam concentradas, houve um crescimento nas cidades, resultando
na favelização, aumento da violência, fome, miséria, doenças, marginalização de pes-
soas, devido ao crescimento desenfreado das cidades. Os trabalhadores passaram a
exercer funções específicas. Os salários recebidos eram baixos e as cargas horárias
extenuantes.
O aumento da produção e, consequentemente, da indústria. Houve uma divisão
da sociedade em dois grupos: a burguesia, que detinha o dinheiro e as proprietárias das
fábricas, e os proletariados, que eram as pessoas que vendiam sua força de trabalho.
Entre várias outras consequências. Aumentou o índice de poluição das cidades por
conta da queima do carvão para o funcionamento das máquinas e acidentes de
trabalhos sem garantia e indenizações.
10

3 SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Segunda Revolução Industrial se refere ao período entre a segunda metade


do século XIX e meados do século XX, tendo acabado durante a Segunda Guerra
Mundial. Nesse tempo a industrialização avançou os limites geográficos da Europa
Ocidental, tendo se espalhado por países como: Estados Unidos, Japão e os demais
países da Europa.
A Segunda Revolução Industrial eclodiu como consequência, principalmente,
das grandes revoluções burguesas ocorridas no século XIX, representadas pela classe
dominante na época, a burguesia. Essas revoluções foram as responsáveis pelo fim do
Antigo Regime e também influenciaram o fortalecimento do capitalismo, impulsionado
pela industrialização, segundo (ESPORTES, 2020).
Com início em 1850, a industrialização iniciou um processo de expansão, atin-
gindo outros países europeus, bem como outros continentes. É nesse tempo, entre
1850 a 1910, que se dá a Segunda Revolução Industrial. Foi um movimento que teve
um impacto muito mais forte nos Estados Unidos do que nos outros países europeus.
Essa revolução se iniciou com o aparecimento do Fordismo, modelo que revolucionou a
indústria automobilística, quando Henry Ford introduziu a primeira linha de montagem
automatizada e produção em massa. Em oposição ao taylorismo, o cientista Henry Ford
defendia a ideia de coletividade, segundo as primeiras linhas de montagens, mudando
completamente os processos realizados nas fábricas, como produção em massa e
otimização de tempo.

3.1 Avanços Tecnológicos

Ainda assim, houve a necessidade de ir atrás de uma nova tecnologia que


sedimentou a Segunda Revolução Industrial, onde ela é chamada por vários estudiosos
como o aprimoramento da Primeira Revolução Industrial, por não haver ruptura entre
as duas. O grande impacto da Segunda Revolução foi a descoberta da eletricidade,
além das melhorias nos meios de transporte, transformação do ferro em aço, onde mais
tarde os avanços na comunicação também foram explorados, segundo (PASQUINI,
2020).
Foi nesse período que surgiu o capitalismo financeiro, que acabou por moldar
essa fase, que ficou conhecida como o período das grandes inovações. Esse avanço e o
aperfeiçoamento tecnológico possibilitou aumentar a produtividade nas indústrias, bem
como os lucros obtidos. O mundo vivenciou novas criações e o incentivo à pesquisa,
principalmente no campo da medicina, de acordo com
Capítulo 3. SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 11

As principais invenções dessa fase estão associadas ao uso do petróleo como


fonte de energia, utilizado na nova invenção: o motor à combustão. A eletricidade, que
antes era utilizada apenas para desenvolvimento de pesquisas em laboratórios, nesse
período, começou a ser usada para o funcionamento de motores, com destaque para
os motores elétricos e à explosão, também passou a ser usada nas residências, ruas e
empresas.
Também destacaram-se na Segunda Revolução Industrial:

• a substituição do uso do ferro pelo aço;

• o desenvolvimento na medicina com o surgimento de antibióticos;

• a evolução dos meios de transportes com a construção de ferrovias e navios a


vapor;

• o avanço nos meios de comunicações com a invenção do telefone, da televisão e


da lâmpada incandescente;

• o uso de máquinas e fertilizantes químicos na agricultura;

Por volta de 1860, no século XIX, a Revolução Industrial assumiu novos aspectos
e uma dinâmica incontida, estimulada por inovações técnicas, como a descoberta da
eletricidade, a transformação de ferro em aço, o surgimento e a evolução dos meios de
transportes e, mais futuramente, dos meios de comunicação, o desenvolvimento da
indústria química e de outros setores. Esta revolução proporcionou enorme impacto na
economia com o surgimento da eletricidade e da química. Esses processos inspiraram
a criação de novos tipos de motores (elétricos e à explosão), com novos materiais e
processos de fabricação, de grandes empresas, do telégrafo sem fio e do rádio.
E assim nasceu a Segunda Revolução Industrial e, com ela, na busca de maiores
lucros em relação aos investimentos feitos, se levou ao extremo a especialização do
trabalho, houve a ampliação da produção, passando a produzir em série, o que tornava
barato o custo por unidade produzida. Surgiram as linhas de montagem, esteiras
rolantes por onde circulavam as partes dos produtos a ser montados, de maneira que
acelerava o ritmo ainda mais da produção.
Os principais nomes na Segunda Revolução Industrial foram: Taylor e Ford. Eles
foram os principais responsáveis dessa nova forma de produção material dos bens
de consumo. Sozinhos eles desenvolveram suas teorias e práticas numa sociedade
capitalista na qual a supremacia burguesa estava estabelecida na esfera econômica, tal
crescimento urbano era favorecido principalmente pelo êxodo rural acelerado e, desta
forma, o aumento da classe trabalhadora e operária era a consequência natural. Ainda
Capítulo 3. SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 12

nesse tempo, a política e a ideologia giravam entre dois pólos: a burguesia industrial e
o proletariado, segundo (SILVA e GASPARIN, 2015).

3.2 Fordimos

O movimento fordismo, iniciado por Henry Ford no século XX, apresentava


suas especialidades e se caracterizava como uma socialização da proposta feita por
Taylor, enquanto procurava administrar a forma de execução de cada trabalho de forma
individual, o fordismo realizava isso de uma forma coletiva, ou seja, a administração
pelo capital de forma de execução das tarefas individuais se dava de uma forma coletiva,
pela via da esteira rolante. Neste ponto de vista havia a submissão do trabalho vivo ao
trabalho morto.
Esse movimento acelera o conceito de produto único de forma a intensificar
as possibilidades de obter taxas de preços mais baixas e processos de montagens.
Ele desenvolveu peças intercambiáveis de alta precisão que elimina a necessidade de
ajustamento e, consequentemente, do próprio mecânico ajustador. Sem necessidade de
ajustes, a montagem pode ser taylorizada, levando a que mecânicos semi-qualificados
se especializem na montagem de peças de pequeno porte. Com a inclusão de linhas
de montagem, aumentando a produtividade ao minimizar o tempo com o deslocamento
e redução nos estoques.
Uma vez que se pode avançar onde a própria linha de montagem se transforma
no controlador do ritmo de trabalho. Esse cenário leva a substituição de empregados por
máquinas de forma a maximizar a produtividade, característica principal da Revolução
Industrial. Por último, com a expansão das escalas e ritmos da produção, o avanço
da mecanização se intensifica nas unidades fornecedoras de peças, assim como os
fabricantes de matéria-prima e materiais.

3.3 Consequências da Segunda Revolução Industrial

O processo contínuo de acumulação do capital e de transformação da indústria,


condicionou a formação dos monopólios. Com o monopólio das grandes empresas, que
sozinhas, dominavam o mercado, deu origem ao capitalismo financeiro. Aconteceu a
desvalorização da mão de obra. Outra consequência foi o intenso êxodo rural motivado
pela substituição da mão de obra por máquinas, o desemprego, que significou muita
mão de obra disponível, desencadeou o aumento da pobreza e da violência. Com as
cidades crescendo sem parar, houve o crescimento das doenças.
13

4 CONCLUSÃO

A Revolução Industrial teve grande relevância para a sociedade atual e principal-


mente para o surgimento da revolução tecnológica vivida até os dias atuais. É certo que
além de toda tecnologia, produção em massa, entre outros avanços trouxeram grandes
problemas e o mundo conheceu o capitalismo e a busca pelo lucro, sem respeito às
vidas humanas. Em face aos problemas surgiram movimentos revolucionários, para
tentar melhorar as condições de vida dos trabalhadores, movimentos estes inspirados
na Revolução Francesa e nos ideais iluministas.
É certo que Revolução industrial marcou toda uma história e seus reflexos
são vividos até os dias atuais com grande Revolução tecnológica que parece não
ter fim, e até o seu lado negativo, foi positivo, pois para os trabalhadores foi uma
forma de lutar pelos seus ideais e despertar da exploração aos quais eram submetidos.
O mundo conheceu a industrialização a produção em massa, as pessoas tinham o
conforto de usar produtos que anteriormente lhes eram restritos, entretanto, os seus
reflexos negativos também são reconhecidos até hoje, além do capitalismo desenfreado,
também doenças relacionadas ao cotidiano de stress e agitação, desemprego devido a
substituição do homem pelas máquinas.
Enfim, é de suma importância conhecer a Revolução Industrial em todo seu
desdobramento para entendermos o avanço tecnológico e todos os problemas de
uma sociedade industrializada. Garantindo o surgimento da indústria e consolidando o
processo de formação do capitalismo.
14

REFERÊNCIAS

CAVALCANTE, Z. V. A importÂncia da revoluÇÃo industrial no mundo da tecnologia.


Encontro Internacional de Produção Científica, p. 1–8, oct 2011. 14

ESPORTES, S. de Educação e. Revolução industrial. Mais trabalho, mais futuro, p. 2,


jul 2020. 14

GASPARIN, M. C. A. da Silva e J. L. A segunda revoluÇÃo industrial e suas influÊncias


sobre a educaÇÃo escolar brasileira. Universidade Estadual de Maringá - Pr, jan 2015.
14

MARIA, U. F. de S. Revolução industrial. p. 1, feb 2019. 14

PASQUINI, N. C. As revoluÇÕes industriais: Uma abordagem conceitual. Revista


Tecnológica da Fatec Americana, p. 30–32, aug 2020. 14

SILVA, M. L. S. da. A importÂncia da revoluÇÃo industrial no mundo tecnolÓgico.


Encontro Internacional de Produção Científica, p. 3–7, oct 2021. 14

Esportes (2020) Maria (2019) Pasquini (2020) Gasparin (2015) Silva (2021)
Cavalcante (2011)

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