Você está na página 1de 8

GOVERNO DO ESTADO DO ACRE

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E ESPORTE


COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO-CEBRB

AS GRANDES REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS E A MUDANÇA NO MODO DE


PRODUÇÃO
.

JOÃO VICTOR ROCHA RODRIGUES DA SILVA


TURMA 2° A – TARDE
PROF. MÁBIO
UNIDADE DE TOTA- REALIDADE VIRTUAL
2° SEMESTRE
N1

RIO BRANCO ACRE, 24 DE JANEIRO DE 2023.


INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial foi a era de grande desenvolvimento tecnológico que


teve princípio na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e que
se difundiu pelo mundo, causando grandes transformações. Ela garantiu o
surgimento da indústria e solidificou a metodologia de formação do capitalismo.
O nascimento da indústria causou grandes transformações na economia
mundial, assim como no estilo de vida da humanidade, uma vez que acelerou a
produção de mercadorias e a exploração dos recursos da natureza. Além
disso, foi responsável por grandes transformações no processo produtivo e nas
relações de trabalho.
A Revolução Industrial foi iniciada de maneira pioneira na Inglaterra, a partir da
segunda metade do século XVIII, e atribui-se esse pioneirismo aos ingleses
pelo fato de que foi lá que surgiu a primeira máquina a vapor, em 1698,
construída por Thomas Newcomen e aperfeiçoada por James Watt, em 1765.
O presente trabalho tem por objetivo tratar da revolução industrial e as
mudanças que a mesma trouxe para a produtividade.
1. AS GRANDES REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS E A MUDANÇA NO
MODO DE PRODUÇÃO

Antes da Revolução Industrial, a produção do trabalho


era manufaturada, ou seja, a fabricação de produtos era dividida entre
pessoas e máquinas, representada pelo trabalho manual. A maioria da
população vivia nos campos, não se tendo grandes meios de comunicação
entre pessoas e países. A comunicação era feita através de cartas, o que era
muito demorado e o transporte se dava por meio de carroças, no qual levava
muito tempo.
Antes da indústria chegar na Inglaterra, a terra era mantida pelos
rebanhos de carneiro pelo qual se obtinha grande quantidade de lã que era
vendida para o estrangeiro, sendo um dos fatores que fizeram a Inglaterra
enriquecer. A lã também trouxe grande crescimento e desenvolvimento pelos
insumos e serviços e pela mão de obra.
A produção era executada manualmente, o que ocasionava na demora
da realização de mercadorias e na baixa quantidade. Naquele período, não
existia normas para decretar o direito do trabalhador, então, era muito comum
que todos os membros das famílias participassem das atividades de produção.
O trabalho era uma realidade daquela época.
Revolução Industrial iniciou na Inglaterra no século XVIII. Foi um
processo histórico estabelecido pelo desenvolvimento tecnológico da indústria.
O avanço na produção da indústria mudou todo o cenário global, a produção de
produtos era mais rápida e mais barata, ocasionando no deslocamento de
grande parte da população que vivia no campo para as cidades. (FUKUYAMA,
Francis. 2018).

1.1. A Revolução Comercial

A Revolução Comercial muda todo o cenário geográfico por meio das cruzadas
do século XV e XVI. Os homens deixam de atravessar apenas o mar
mediterrâneo e passam a explorar os oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. Os
europeus vão atrás de novas mercadorias conhecendo mais lugares e mais
pessoas. O comércio é fortalecido e aumentado, e novos tipos de produtos
ampliam o conhecimento técnico, visando maior produtividade e lucro.

As atividades mercantis criam grande crescimento do mercado, gerando uma


forte expansão do mercantilismo. O Estado passa a interferir na economia da
época realizando várias negociações econômicas. Foi um período de grande
riqueza pelo comércio externo, que começou a caminhar cada vez mais para a
industrialização. (FUKUYAMA, Francis. 2018).

1.2. A Revolução Agrária

A Revolução Agrária foi responsável pelo grande crescimento das cidades. As


pessoas deixam suas casas no campo e migram para os grandes centros
urbanos, iniciando um grande processo de urbanização. Como a Inglaterra
possuía inúmeras propriedades, foi separada em partes de terras para ser
dividida entre algumas parcelas da população.

No século XVIII, o crescimento das leis e de práticas do Parlamento passa a


cercar os campos em geral. As cidades passam a receber numerosa mão de
obra, submetendo os cidadãos a trabalhos com salários pequenos e com
péssimas condições de trabalho. (FUKUYAMA, Francis. 2018).

1.3. A Revolução Intelectual

A Revolução Intelectual foi importante na superação das ideias


tradicionais. O pensamento de alguns filósofos como John Locke, Isaac
Newton e René Descartes passou a influenciar a sociedade daquele período.
Os conceitos da Idade Média começam a ser substituídos pelo método
científico baseado nas experiências e pelo raciocínio. Essas modificações de
princípios criaram novos interesses pelos estudos mecânicos e pela realização
de novos trabalhos, gerando um forte interesse pela indústria.

A revolução da indústria é marcada por grandes criações. Uma delas foi


a lançadeira volante, inventada em 1733, por John Kay. O aparelho acelerou a
atividade manual usada na indústria têxtil. A substituição da madeira pelo
carvão se deu em 1755 por Abraham Darby. Logo depois, tivemos o
desenvolvimento do ferro como matéria-prima, substituindo a máquina de
madeira pela máquina de metal. No ano de 1769, temos a máquina a
vapor patenteada por James Watt.

O historiador Paul Mantoux, escritor do livro “A Revolução Industrial no


Século XVIII, ao retratar sobre as situações raras daquele período, sobre um
dos processos de fabricação em que o trabalho era mais simples e menos
acumulado, traz a seguinte passagem:

“A simplicidade dos instrumentos correspondia a da organização do


trabalho. Se a família do tecelão era bem grande, bastava para tudo e
distribuía entre seus membros as operações secundárias: a mulher e
as meninas na roça, os meninos cardando a lã, enquanto os homens
trabalhavam na lançadeira: este usa o quadro clássico deste estado
patriarcal na indústria”. (MANTOUX, 1985)

Ele ainda explica as três fases no desenvolvimento do trabalho: a


primeira fase começa com o trabalhador alugando suas ferramentas de
trabalho. A segunda fase com a aproximação do possuidor do produto e do
capitalista no qual levou a troca de serviço sob acompanhamento, dando
origem a fábrica e iniciando o processo de industrialização e do capitalismo. E
a terceira fase que ocorre através da incorporação das máquinas, originando a
Revolução Industrial.

1.1.1. A Primeira Revolução

Industrial, ocorrida, sobretudo, na segunda metade do século 18 (1760


– 1840), foi o primeiro paradigma na área de produção de grande escala, em
que os modelos agrícola e artesanal de produção deram lugar à introdução do
modelo industrial hoje existente. A principal particularidade desta época foi a
substituição do trabalho artesanal pelo assalariado, com o uso de máquinas.

Ocorrida na Europa, inicialmente na Inglaterra e depois no restante da


Europa Ocidental e Estados Unidos, o período foi marcado pela introdução das
máquinas nos processos produtivos, bem como a fabricação de produtos
químicos e expansão do transporte de pessoas e produtos, sobretudo, por
ferrovias e navios a vapor.

Nas fábricas, as máquinas a vapor são alimentadas por combustíveis


fósseis. O primeiro deles foi o carvão mineral, que é formado na natureza pela
fossilização da madeira, dióxido de carbono e metano.

O uso de carvão impulsionou a produção de aço e proporcionou o


crescimento da indústria de construção civil, com o aumento das populações
dos centros industriais.

1.1.2. A Segunda revolução

A segunda revolução (1850-1945) envolveu o desenvolvimento de


indústrias química, elétrica, de petróleo e aço, além do progresso dos meios de
transporte e comunicação.
Navios de aço tomaram o lugar de embarcações feitas em madeira. O
avião, a refrigeração mecânica e o telefone foram inventados no período, bem
como a produção em massa (linha de produção), a energia elétrica e o
enlatamento de alimentos.
Os automóveis passam a ter supremacia em centros urbanos, no transporte
particular de pessoas, sendo usado também para transporte de cargas
(caminhões). Ocorre a expansão da malha rodoviária em todo o mundo.
1.1.3. A Terceira Revolução

A terceira revolução industrial (1950 – 2010) foi marcada pela


substituição gradual da mecânica analógica pela digital, pelo uso de
microcomputadores e criação da internet (1969) — na época chamada pelo
governo americano de Arpanet. Houve, ainda, a crescente digitalização de
arquivos e a invenção da robótica.

O século 20 foi marcado, entretanto, pela Guerra Fria (conflito entre EUA
e URSS), época em que houve grandes avanços na ciência, a partir da viagem
do homem à Lua (1969). O capitalismo se consolida como o sistema
econômico, com o fim da URSS (1991).

O período também foi marcado pela introdução de novas fontes de


energia, tais como a energia nuclear, solar, eólica e desenvolvimento da
engenharia genética e biotecnologia. Novos métodos de agricultura são
criados, por meio da produção informatizada.
O telefone celular é inventado, por Martin Cooper (1973), e passa por
diversos ciclos de desenvolvimento. Ele será uma das principais sementes da
próxima revolução.

1.1.4. A Quarta Revolução

Já a quarta revolução iniciou em 2011, segundo dados de Schwab,


presidente do Fórum Econômico Mundial, e autor do livro “A Quarta Revolução
Industrial”. Segundo ele, o conceito está ligado ao de Indústria 4.0, modelo
empresarial que já tinha como objetivo utilizar todas as tecnologias atualmente
disponíveis para gerar conhecimento e produtividade.
CONCLUSÃO

No que tange ao assunto abordado, os avanços da metalurgia, as


descobertas químicas dentre outros, foram essenciais para o progresso da
produção no planeta. Houve o surgimento de novas ligas metálicas que
proporcionaram o avanço dos meios de transportes.

Quanto aos trabalhadores, os direitos trabalhistas começam a se


ampliar, diminuindo as horas de trabalho, incluindo benefícios e proibindo o
trabalho infantil.

Todos esses fatores foram essenciais para a modernização das


indústrias e que até agora continuam marcando os avanços das tecnologias de
informação bem como da globalização no mundo. A Revolução Industrial foi um
processo de grandes transformações sociais e econômicas
REFERÊNCIAS

FUKUYAMA, Francis. Ordem e decadência política: Da revolução industrial à


globalização da democracia. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.
IANNONE, Roberto Antonio. A Revolução Industrial. 9ª Edição. São Paulo: Moderna,
1997.
IGLÉSIAS, Francisco. A Revolução Industrial. 6ª Edição. São Paulo: Brasiliense,
1985.
MANTOUX, Paul. A Revolução Industrial No Século XVIII. 1ª Edição. São Paulo:
Hucitec, 1985.
TEIXEIRA, Francisco MP. Revolução Industrial. 12ª Edição. São Paulo: Editora Ática
Não Didático, 2021.

Você também pode gostar