Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
outras indústrias onde o emprego do aço era fundamental, como foi o caso dos caminhos
de ferro, placas de construção naval, construção de edifícios, etc. Com aumento da
procura de carvão e metais, houve a necessidade de se inventarem novos dispositivos que
permitissem uma maior profundidade das minas. E por isso deu-se o aperfeiçoamento da
máquina a vapor (esta teve muitas modificações devido ás suas limitações, quer em falta
de resistência, grande consumo de combustível, falta de ferramentas adequadas a sua
construção e a falta de conhecimento científico), e foi adaptada a várias indústrias, como
foi o caso da moagem de farinha, fiação de algodão, a criação da locomotiva a vapor e
consequente criação dos primeiros caminhos de ferro. Os caminhos de ferro vieram
permitir um transporte mais rápido, seguro e menos dispendioso, fazendo desencadear
muitas indústrias responsáveis pelo seu abastecimento, tais como: indústrias que
produziam e exploravam o ferro, carvão, tijolos e maquinaria. Ao contrário da
locomotiva, o navio a vapor, inicialmente, não teve tanta relevância na expansão do
comércio e da indústria, e servia sobretudo para transportar correspondência, passageiros
e carga ligeira e valiosa. Mas com o aperfeiçoamento da hélice na década de 1840, dos
cascos de aço em 1860 e com a abertura do canal de Suez em 1869, o seu progresso
cresceu rapidamente e em 1900 eram utilizados para transporte de produtos de grande
dimensão, baratos e não perecíveis.
No final do seculo XIX também houve a introdução da hidroeletricidade, através de fontes
de energia como a água e o vento.
assinou tratados semelhantes com quase todos os países da Europa á exceção da Rússia e
estes beneficiavam a Grã-Bretanha. Para além destas vantagens o comércio livre também
levou a uma concomitância dos movimentos dos preços praticados entre nações, onde a
oscilação desses movimentos era sobretudo determinada por alterações na procura. Com
o avançar do tempo esses movimentos tornaram-se cada vez mais cíclicos, sendo
geralmente seguidos por crises financeiras e consequentes depressões, que se estendiam
de país em país. Exemplo disso, foi a grande subida de preços mantida até 1873, (seguida
de uma drástica descida), ocorreram pânicos
financeiros em Viena e em Nova Iorque que deram origem à primeira grande crise,
decorrente da evolução do sistema capitalista, a qual se chamou de “Grande Depressão”.
Foram várias as consequências desta depressão, das quais se destacaram: dificuldades na
indústria e na agricultura, que originaram a falência de empresas, aumento do desemprego
e redução do poder de compra, o que fez com que houvesse a necessidade de procurar
novos mercados e matérias primas fora da Europa (Ásia e África) e o regresso ao
protecionismo para fazer face a concorrência existente. Este regresso implicou a
introdução de novas leis e a revogação de alguns tratados do comércio livre, estes foram
seguidos por vários países, contudo ainda se verificou alguma resistência ao regresso do
protecionismo, como foi o caso da Grã-Bretanha.
Por volta do séc. XVII, a grande expansão do comércio externo inglês, permitiu ao país
desenvolver uma organização comercial e financeira conceituada mundialmente. Graças
á sua vantagem geográfica e política Londres passou a funcionar como o centro de
Sara Noronha 1900966 2020/2021
crescimento económico do país. Inicialmente o seu sistema bancário era desenvolvido por
ourives que emitiam recibos de depósito, que circulavam como notas e também
concediam empréstimos. Mais tarde com a fundação do Banco Inglês, em Londres, que
controlava o monopólio da banca comercial do país, proibiram a emissão de notas,
contudo continuavam a funcionar como banco de depósitos. A falta de filiais fora de
Londres aliado ao alto valor das moedas de ouro da Real Casa da Moeda, fez com que
surgissem bancos privados, os “Bancos de Província.” Em 1844, o Parlamentou aprovou
a Lei Bancária, que veio a restruturar a banca britânica, permitindo ao Banco de Inglaterra
trocar o seu monopólio da banca comercial por um monopólio de emissão de notas. Este
era sobretudo um banco Estatal, apesar de ter propriedade privada, onde fornecia serviços
financeiros ao Estado, mas também a banqueiros privados, acabando por funcionar como
banco central. O sistema bancário também era composto por banqueiros comerciais
privados que se dedicavam sobretudo ao financiamento do comercio internacional, e ás
transações em moeda estrangeira, para além destes também existiam as caixas
económicas, sociedades de aforro-construção etc.
Com a Revolução Gloriosa, as finanças publicas ficaram a cargo do Parlamento,
permitindo uma redução significativa do custo das obrigações publicas, libertando capital
para investimento privado. O governo da Grã-Bretanha era minimalista, com uma
reduzida taxa de despesa da administração publica, onde existiam atividades de pouco
desenvolvimento económico, e onde algumas atividades ficavam ao cuidado da iniciativa
privada. O seu sistema tributário era regressivo, ou seja, os rendimentos mais baixos eram
mais tributados proporcionalmente, o que permitiu a acumulação de mais capital. Mais
tarde, através da influência de ideias liberalistas, o sistema fiscal acabou por ser
modificado e simplificado, e colocaram fim a diversas leis e a vestígios jurídicos do
Antigo Regime, tais como as Leis de Associação, as Leis de Navegação e as Leis de
Usura. Uma outra resolução do Parlamento foi a construção de canais e estradas e a
criação de concessões de portagens. Todas estas resoluções permitiram um maior
desenvolvimento económico do país e consequente acumulação de capital para
investimento.
Após a guerra foram várias as tentativas para a restruturação da Europa, e uma das
respostas aos pedidos de ajuda europeu partiu de G. Marchall o secretário do Estado Norte
Americano, que prometeu se as nações da Europa apresentassem um pedido formal,
uniforme e coeso, responderia de forma positiva, a este acordo deu-se o nome de Plano
Marshall. E em julho de 1947, 16 nações da Europa Ocidental, á exceção da Espanha, da
Alemanha, reuniram-se para formular o pedido, no Comité de Cooperação Económica
Europeia. E em 1948 foi aprovada a Lei de ajuda externa com políticas especificas de
ajuda á Europa, como o Programa de Reconstrução Europeia, este era gerido pela
Administração Cooperação Económica. Mais tarde por deliberação do Congresso dos
Estados Unidos, o CCEE, tornou-se na Organização Europeia de Cooperação Económica
e os seus membros foram sujeitos a criar fundos de contrapartida nas suas moedas. A
ajuda económica foi concedida através de empréstimos de subversão dos Estados Unidos
à Europa, o que possibilitou a importação de produtos como alimentação, rações e
fertilizantes. Contudo a OECE apenas garantia a sua Cooperação e não a integração total.
Sara Noronha 1900966 2020/2021
O conflito armado aqui referido foi a I Guerra Mundial que se desenrolou entre 1914-
1918, e as suas consequências foram devastadoras sobretudo para a Europa. A nível
financeiro os custos da guerra foram elevadíssimos, levando a maioria dos países
europeus a recorrerem a empréstimos, sobretudo dos Estados Unidos, as receitas
diminuíram e os investimentos tinham sido transferidos para a Bolsa de Nova Iorque,
também houve uma destruição em massa, património publico e privado, transportes,
Sara Noronha 1900966 2020/2021
que teve na sua base motivos de ordem vária, o qual abriu caminho a um
amplo conjunto de transformações políticas nesse espaço. Porém, também
no próprio Seio da União Soviética essas mesmas alterações se
verificaram, a par de uma progressiva abertura da sociedade e da
substituição do modo de funcionamento da direção central pelo modo de
funcionamento do mercado. Resposta 45 linhas
TEMA 10
- Relacionar as incapacidades dos regimes de vários países do Bloco Soviético em
cumprir o programa socioeconómico com que se tinham comprometido com o derrube
desses mesmos regimes, identificando as personalidades que estiveram diretamente
ligadas às transformações políticas ocorridas nesse espaço/ou acontecimentos que
contribuíram para o colapso do bloco soviético.
- Analisar o programa de ação de Gorbachov no que respeita à abertura da sociedade,
sublinhando de que forma ela se consubstanciou, e á recuperação da economia e
alteração do seu modelo de funcionamento, assinalando as principais inovações
introduzidas no que a este aspeto diz respeito.
A União Soviética começou a colapsar no final da década de 80, devido ao desgaste
provocado por Governos Comunistas, e pela sua incapacidade em se modernizar e
desenvolver política e economicamente, o que provocou um grande descontentamento da
população. Os custos com a Guerra Fria originaram ainda mais dificuldades e privações
á população, o que fez aumentar esse descontentamento, e fez surgir vários conflitos e
movimentos anti-sovieticos. Um dos primeiros movimentos surgiu na Polónia, através do
“Solidariedade”, liderado por Lech Valesa e este foi seguido pela Hungria e por tantos
outros movimentos espalhados por vários países. Estas manifestações resultaram em
graves confrontos entre a população e uma repressão violenta por parte dos Governos,
onde morreram milhares de pessoas. Um dos eventos mais marcantes, foi a queda do
Muro de Berlim na Républica Democrática Alemã, que resultou na fuga de milhares de
pessoas para o Ocidente.
Em 1985, na tentativa de implementar uma reforma política e económica, Gorbachov
subiu ao poder, e implementou um programa de restruturação a perestroika e de abertura
a glasnov, contudo estes programas pouco beneficiaram o povo, que estava cada vez mais
insatisfeito. Esta reforma ao invés de salvar o bloco soviético contribuiu para o seu
colapso total em finais de 1991, onde URSS acabou por se extinguir.
Sara Noronha 1900966 2020/2021
Após a guerra foram várias as tentativas para a restruturação da Europa, e uma das
respostas aos pedidos de ajuda europeu partiu de G. Marchall o secretário do Estado Norte
Americano, que prometeu se as nações da Europa apresentassem um pedido formal,
uniforme e coeso, responderia de forma positiva, a este acordo deu-se o nome de Plano
Marshall. E em julho de 1947, 16 nações da Europa Ocidental, á exceção da Espanha, da
Alemanha, reuniram-se para formular o pedido, no Comité de Cooperação Económica
Europeia. E em 1948 foi aprovada a Lei de ajuda externa com políticas especificas de
ajuda á Europa, como o Programa de Reconstrução Europeia, este era gerido pela
Administração Cooperação Económica. Mais tarde por deliberação do Congresso dos
Estados Unidos, o CCEE, tornou-se na Organização Europeia de Cooperação Económica
e os seus membros foram sujeitos a criar fundos de contrapartida nas suas moedas. A
ajuda económica foi concedida através de empréstimos de subversão dos Estados Unidos
à Europa, o que possibilitou a importação de produtos como alimentação, rações e
fertilizantes. Contudo a OECE apenas garantia a sua Cooperação e não a integração total.
Em 1950 R. Shuman, ministro francês dos negócios estrangeiros, propôs a criação da
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, com o intuito de desenvolver um mercado
comum de minério de ferro, carvão, coque e aço. Outro ato importante para a integração
da Europa foi o tratado de uma Comunidade Europeia da Defesa.
Em 1957 os intervenientes do Plano de Shuman, assinaram mais dois tratados em Roma,
que originaram a criação da Comunidade Europeia da Energia Atómica e na Comunidade
Económica Europeia, esta pretendia suprimir tarifas aduaneiras, proibições de importação
e restrições quantitativas no comercio entre os Estados membros e onde fizeram um
acordo de implementação de políticas comuns a todos em relação aos transportes,
agricultura, segurança social etc. A estes tratados deu-se o nome de Tratado de Roma.
As suas motivações são politicas, porque ao se criar uma organização supranacional,
reduz-se a ameaça de guerra entre potências, e económica, porque quanto mais livre e
maior for o mercado, vai permitir uma maior especialização e mais recursos para fazer
face á concorrência de outras potencias.
Após vários anos a existência da CEE mais tarde chamada de Comunidade Europeia,
ainda não tinha suprimido todas as restrições de comercio intraeuropeu, nem
implementado uma moeda única.
Mais tarde admitiu novos países-membros do mediterraneo Grecia, Espanha e Portugal e
como eles surgiram novos problemas sobretudo agrícolas.
Sara Noronha 1900966 2020/2021
Em 1986 o Concelho Europeu, assinou o Acto Único Europeu, onde os países membros
tinham que adotar um determinado número de políticas que eliminassem barreiras físicas,
técnicas e fiscais entre membros. E em 1993 criaram o Espaço Económico Europeu.
Em 1992 assinaram o Tratado de Maastrich onde surgiu a União Europeia, que tinha
inerente uma integração total económica dos seus Estados-Membros. Constituíram um
Banco Central e uma moeda única o euro.
sobretudo dos Estados Unidos. Enviou jovens para o estrageiro para estudarem os seus
sistemas políticos, a ciência militar, tecnologias industriais, comercio e finanças e criou
novas escolas moldadas ás do ocidente.
Um dos maiores problemas do antigo Regime e do atual governo era a nível do sistema
financeiro, e por forma a minimizar esses problemas implementou várias medidas, tais
como: um imposto sobre a terra, que era calculado de acordo com a produtividade e
potencial da terra. Este imposto para além de garantir uma boa e segura receita, permitia
uma melhor utilização da terra.
O novo Governo também criou um novo sistema bancário, onde utilizava obrigações do
Estado como caução para emissão de notas. Em 1881, devido a alguma instabilidade
política surge o Banco Central Japonês, ao qual foi concedido o monopólio de emissão
de notas, este também funcionava como agente fiscal do tesouro.
A nível de recursos naturais o Japão era muito pobre, o seu solo era muito montanhoso,
possuía poucas jazidas de minério, carvão e cobre. Na agricultura predominava o cultivo
de arroz que era a base da sua alimentação assim como o peixe.
Possuía dois tipos de indústria têxtil, a seda e o algodão, a primeira resistiu graças á sua
proximidade com a agricultura, o que fez com que se tornasse uma das maiores
exportações, assim como o chá e o arroz, permitindo uma grande fonte de receitas de
exportação, a segunda foi anulada pela produção de algodão da Grã-Bretanha. Contudo
acaba por conseguir progredir rapidamente, com uma tecnologia simples e mão-de-obra
barata, passando a ter um grande peso nas receitas de exportação do país.
Ao nível das indústrias do ferro e aço e indústrias químicas, a sua evolução foi mais lenta,
contudo com o despoletar da I Guerra Mundial e a grande procura dos produtos destas
indústrias, para utilização na guerra, permitiu-lhe expandirem-se internacionalmente.
A sua junção na guerra do lado dos aliados garantiu-lhe a apropriação das colónias alemãs
do Pacifico Sul e de algumas concessões na China.
Em suma, o Japão tem uma transformação fenomenal, onde passa de uma sociedade
atrasada e tradicional para uma grande nação industrial com uma sociedade bastante
evoluída quer a nível económico, político e social, num espaço curto de tempo (de 1850
até á I Guerra Mundial).
Apesar de a industrialização passar a dar-se aos poucos por toda a Europa, existiram
países, em que este processo foi mais tardio, sobretudo, nos países da Europa Meridional
e Oriental (Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Albânia, Roménia, Bulgária, Rússia
Imperial e Servia). E isso deveu-se a características que todos tinham em comum, das
quais se destaca um elevado nível de pobreza, devido aos baixos níveis de: rendimentos,
capital humano, escolarização e desenvolvimento económico. A população era na sua
maioria rural e agrícola, contudo tinha baixos níveis de produtividade, o que impedia o
seu desenvolvimento, pois necessitava da agricultura para fornecimento não só de
matérias primas e alimentos para a população não agrícola como libertava mão-de-obra
para as indústrias. Ainda que em circunstâncias diferentes, estes países tinham governos
Sara Noronha 1900966 2020/2021
Na segunda metade do séc. XVIII, os Fisiocratas (les économistes), defendiam uma teoria
económica que se opunha ao mercantilismo e que o comércio livre e a concorrência era o
ideal para a evolução económica. Adam Smith, através da sua publicação a Riqueza das
Nações, defendia o fim das limitações à atividade privada, segundo ele, esta incentivava
a concorrência e consequentemente enriquecia as nações. Apesar do manual de Smith ter
muito sucesso, só depois da sua morte, na primeira metade do séc. XIX e com a
contribuição de David Ricardo e T. R. Malthus, é que as suas ideias passaram a estar
abrangidas na legislação. Os Fisiocratas, para além de defenderem o comércio livre,
também eram apologistas que o Governo deveria envolver-se o menos possível na
economia. Mas, para que tal fosse praticável, seria necessário acabar com a legislação do
Antigo Regime e conceber novas leis (fabris, saúde, sanitárias e reforma do governo
local), onde o bem-estar geral, seria uma preocupação do Estado. Para Smith, o Governo
apenas tinha três funções a exercer: o dever de proteção do seu povo contra a violência e
invasão, o dever de os proteger contra a injustiça e opressão, empregando a justiça de
forma correta e por fim o dever de assegurar a existência e manutenção de obras e
instituições públicas. A Fisiocracia, ou liberalismo económico, obteve maior sucesso na
Grã-Bretanha, do que no resto da Europa ou nos Estados Unidos, onde os Governos
tiveram sempre um papel mais participante na economia, com intervenções mais
frequentes.
Esta descrição do papel do Governo resultou num mito, designado por “laissez faire”, que
quer dizer “deixar fazer”.
Resposta:
Maioritariamente a África, estava situada entre os trópicos, o seu clima era severo, e
predominavam as doenças, por vezes desconhecidas e fatais. O seu interior era de difícil
acesso, devido aos poucos rios navegáveis a sua organização política era diferente da
europeia e existia um baixo desenvolvimento económico. Apesar destes contratempos,
um encadear de situações, despoletou o envolvimento da Ásia e da África na Economia
mundial. O autêntico interesse em colonizar o território africano terá sido despertado por
ingleses e holandeses, quando estes últimos se apoderavam da colónia do Cabo que tinha
sido colonizado pelos Holandeses
Antes do século XIX, as únicas reivindicações europeias eram as de Portugal. No entanto
começaram a surgir os primeiros interesses por volta de 1860 e 1870, através de David
Livingstone e H.M. Stanley. Já em 1876 o Rei Leopoldo da Bélgica, contratou Stanley
para instituir colónias no Congo, a Alemanha criou a sociedade Germano-Africana em
1878. A descoberta de diamantes em 1867, originou uma mudança na base económica
das colónias que até então eram maioritariamente agrárias. Esta descoberta também
incentivou a exploração na África Central, com o intuito de descobertas idênticas. Por
fim a ocupação Francesa de Tunes, em 1881, e a ocupação Britânica do Egipto em 1882,
resultaram em reivindicações e concessões. Devido o alargamento
do capitalismo industrial, verifica-se o neocolonialismo no continente africano, no inicio
do século XIX,. As potências europeias desenvolveram uma "corrida à África" passando
a habitarem a maioria do continente, concebendo várias colônias.
Uma vez que a procura de territórios se tornou elevada, e a fim de se evitarem guerras,
Otto von Bismarck (chanceler alemão) e Jules Ferry (primeiro ministro francês),
convocaram uma conferencia internacional em 1884 em Berlim, sobre os assuntos
africanos. Estiveram presentes delegados de 14 países, incluindo o Império Otomano, a
Rússia e os Estados Unidos da América, devido à sua importância política internacional.
A principal finalidade desta conferência consistia em estruturar os vários projetos de
exploração e apropriação do continente africano, evitando conflitos ou tensões entre as
várias potências. Ficando assim acordado, a extinção do comércio de escravos e da
escravatura e reconhecerem o Estado Livre do Congo e a regulação do acesso à bacia do
mesmo, a navegação nos rios internacionais, as pretensões coloniais da Alemanha e a
delimitação rigorosa de áreas de influência, foram alguns dos temas abordados nessa
Conferencia de Berlim. O continente africano, foi totalmente dominado a nível político
pelas potências europeias. No que se refere a nível económico, a descoberta das minas de
ouro e diamantes e a abertura do canal Suez em 1869, revolucionou o comércio mundial
e modificou integralmente a base económica da região.
COMENTÁRIO:
Nas respostas a esta pergunta, o principal problema verificado prendeu-se com
o facto de os/as estudantes não terem sido capazes de compreender que o
processo de industrialização no século XIX não apresentou as mesmas
caraterísticas daquele que tinha ocorrido no século anterior. Ora, o que era
solicitado aos estudantes era que identificassem as áreas de atividade que
contribuíram para o processo de industrialização no século XIX e que
esclarecessem, sucintamente, sobre o modo como cada uma delas contribuiu
para o referido processo de industrialização.
Tema 6 pp 338-359
adotar outras formas de planeamento económico, não tao abrangentes como da União
Soviética. No entanto destacam-se duas características, as atividades produtivas e
pagamentos de transferências, orientados pelo Estado e a redistribuição do rendimento
por meio da tributação e da despesa.
No século XX, as indústrias Estatais, tornaram-se mais frequentes, também devido ao
compromisso ideológico do partido político no poder.
O pagamento de transferências, já se tinha iniciado no final do século XIX, não obtendo
no entanto grande sucesso. Em 1880, Bismarck, chanceler Alemão, criou um seguro
obrigatório de doença e acidentes de trabalho, um sistema de pensões para idosos e
incapacitados. Estes ideias foram reproduzidas e ampliadas noutros países após a I Guerra
Mundial.
Os Estados Unidos, só adotaram políticas mais abrangentes na segurança social, depois
das reformas dos anos 30, efetuadas por New Deal. As grandes pressões políticas,
posteriores à II Guerra Mundial, fizeram com que a maioria dos Estados Democráticos
alargasse significativamente os seus sistemas de pagamentos de transferências e
segurança social. Daí a razão, para que muitos Estados, passassem a ser denominados por
“Estado-providência”.
Esta realidade, desencadeou um aumento significativo da despesa, comparativamente
com os tempos antes das guerras. Pois foi necessário efetuar pagamentos de despesas
referentes à guerra e assumir as novas responsabilidades do Estado.
Ainda assim, os sistemas baseados no planejamento estatal centralizado exerceram certa
influência no pensamento econômico do século XX, contribuindo para moldar políticas
econômicas que tiveram uma certa ascendência no imediato pós-guerra, como a indução
pública dos investimentos, o controle estatal da oferta de bens públicos e os novos
monopólios nacionais nas esferas de transportes, comunicações, energia, notadamente.
Não obstante, o planejamento indicativo e o controle estatal praticado em certas
economias capitalistas na segunda metade do século foram mais devidos ao legado do
período de guerra, quando setores inteiros da economia possuindo algum significado
estratégico tiveram de ser mobilizados e controlados pelo Estado, do que a algum
compromisso ideológico com os sistemas econômicos de tipo nacional-socialista ou
comunista.
COMENTÁRIO:
Mais uma vez, muitos/as estudantes tiveram dificuldade em situar o
acontecimento - Grande Depressão de 1929-33 - no tempo, o que levou a que
algumas das respostas a esta questão tivessem sido cotadas com 0 valores.
Chamo a atenção que as medidas tomadas no sentido da recuperação
económica não foram protagonizadas apenas pelos Estados Unidos da América.
Apesar da relativa proximidade histórica destes acontecimentos, fundamentais
para a compreensão do momento presente, a grande maioria dos estudantes
revela nas suas respostas um grande desconhecimento dos mesmos.
TEMA 8 pp382-407
• plano humano - apoio, por parte das forças aliadas, à população civil em risco,
tanto a inimiga como a libertada, através da distribuição de rações e medicamentos;
apoio monetário e distribuição de mantimentos, roupas e medicamentos prestado por
parte da Administração das Nações Unidas para o Auxílio e Reconstrução (ANUAR);
criação de organismos vários de apoio, como a Organização Internacional dos
Refugiados e a Organização Mundial de Saúde;
• no plano económico - introdução de reformas, como a nacionalização de setores-
chave da economia; a entrada em funções do Fundo Monetário Internacional (gestão da
estrutura de taxas de câmbio) e do Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento (empréstimos); o estabelecimento do Acordo Geral sobre Pautas
Aduaneiras e Comércio (redução internacional das tarifas comerciais); o plano Marshall
e o Programa de Reconstrução Europeia.
COMENTÁRIO:
Tal como referi no meu comentário anterior, mais uma vez, apesar da atualidade
e importância dos aspetos subjacentes à pergunta colocada, um número
significativo de estudantes limitou-se a referir, como medida de recuperação da
economia, o plano Marshall, o que é manifestamente insuficiente. Lembro que a
CEE tem a sua origem na criação do Programa de Reconstrução Europeia
(1948).
As medidas de ordem humanitária foram referidas por um número diminuto de
estudantes, quando alguns dos organismos criados na época, com vista a
prestar auxílio nessa área se revestem de enorme importância, continuando,
hoje em dia, a desempenhar um papel extremamente relevante nesse campo.
Retomo, aqui, parte do meu comentário à pergunta anterior, no que se refere a
um grande desconhecimento de problemáticas atuais e importantes para a
compreensão do momento atual.
TEMA 9 PP408-433
Efolio A 2015
Comente o seguinte texto:
Entre a década de 30 do século XIX e o final dessa mesma centúria,
desenrolou-se um processo de crescimento económico contínuo em vários
países, o qual se processou a um ritmo sem precedentes na história da
humanidade. Vários foram os fatores que sustentaram e contribuíram para
esse mesmo crescimento, que acarretou importantes transformações na
estrutura social e na forma de organização das novas classes sociais.
Efolio B 2015
Comente o seguinte texto:
Entre meados do século XIX e o início do século XX, a economia mundial
prosperou de forma expressiva e sustentada, tendo a Europa assumido um
papel de grande relevo nesse movimento de crescimento económico. Para
o desenvolvimento da economia mundial, à época, contribuiu o
crescimento do comércio internacional, que se confrontou com obstáculos
que conseguiu, porém, ultrapassar, e a movimentação de pessoas e
capitais.
1) analisar as políticas que conduziram ao crescimento do comércio internacional (o
processo que levou à adoção de uma política de comércio livre na Grã-Bretanha; o
tratado Anglo-Francês de 1860, o seu contexto político e as suas consequências);
2) reconhecer os obstáculos naturais (os problemas decorrentes do custo elevado dos
transportes terrestres foram ultrapassados com o recurso ao caminho de ferro e ao navio
a vapor); e os obstáculos artificiais que se colocaram ao fluxo do comércio
internacional (tarifas sobre importações e exportações e proibições à importação de
certos bens foram diminuindo e até desapareceram);
3) relacionar a movimentação de pessoas (a migração internacional - aumento de mão
de obra disponível) e de investimento no estrangeiro (recursos financeiros - ouro e
moeda; mecanismos de apoio ao investimento no estrangeiro - mercados e bancos) com
Sara Noronha 1900966 2020/2021
fez uso desses recursos, o que lhe permitiu ser a grande impulsionadora da
chamada “Revolução Industrial.” Este termo não foi unânime, quer pelas
transformações ocorridas na época, não serem apenas de cariz industrial e
súbitas como a expressão indica, quer pela falta de rigor científico da mesma.
Também a dissolução do feudalismo e o desenrolar de vários eventos políticos
e sociais na Grã-Bretanha, tais como a Revolução Inglesa, Revolução Gloriosa,
a Revolução Agrícola e criação do Banco Inglês, permitiram mudanças no país
a diferentes níveis, tais como o início da Monarquia Constitucional e um aumento
do poder da Burguesia (um dos principais responsáveis pelo início da
industrialização). Outros fatores que também estiveram na origem do
pioneirismo inglês foram as suas condições naturais e geográficas. Em virtude
de estarem rodeados por mar, permitiu aos ingleses uma maior facilidade no
comércio marítimo. Os seus portos, canais e rios navegáveis possibilitaram o
aumento do mercado interno e externo e o seu subsolo rico em jazidas de carvão
mineral e minério de ferro permitiram a criação de novas indústrias e tecnologias
tais como a máquina a vapor e os caminhos de ferro. Uma das inovações que
teve maior sucesso na agricultura, para além da vedação dos campos foi a
alternância de culturas, onde o cultivo de cereais era alternado com a pastagem
de animais, permitindo assim um terreno mais fértil e um maior número de
animais (carne, lã, lacticínios). Na indústria foram várias as melhorias e
invenções feitas, das quais se destacaram a substituição da hulha por madeira,
a fundição do minério de ferro com o coque (que permitiu alguma independência
energética do carvão vegetal), a substituição dos moinhos a vento e a água pela
máquina a vapor e a ciência química (que permitiu a criação de materiais
sintéticos e artificiais).
Na Grã-Bretanha, a industrialização, deu-se, inicialmente, na indústria do linho
de Flandres, e na indústria do algodão do Lancashire, que produziam e
comercializavam tecidos em linho e algodão, que eram exportados por todo o
mundo, o que permitiu aos ingleses ganharem mais capital para investirem na
indústria, agricultura, transportes e comunicações. “As mudanças técnicas
envolvendo os têxteis de algodão e a indústria do ferro e a introdução da energia
do vapor constituem o fulcro da chamada «revolução industrial» na Grã-Bretanha
(…)” (Cameron,2000:209).
Sara Noronha 1900966 2020/2021