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Introdução. 1
A Revolução Industrial 2
Comércio internacional 8
Conclusão. 14
Bibliografia. 15
Introdução
De uma forma directa e, define-se a revolução industrial como sendo a transição para novos
processos de manufatura no período entre 1760 a algum momento entre 1820 e 1840. Esta
transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para a produção por
máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro,
maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das
máquinas-ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão.
Este processo expande-se, a partir daí, por toda a Europa, especialmente pela França e Bélgica,
na primeira metade do século. XIX, Alemanha e Rússia durante a segunda metade do século XIX
e fora da Europa, pelos Estados Unidos da América e Japão, na segunda metade do século XIX e
princípios do século XX. Contudo, neste século, após a Segunda Guerra Mundial, expandiu-se
por todos os continentes quando, em ritmo acelerado, países como a China, a Índia, o Brasil, o
México, a Austrália, a África do Sul e outros se começaram também a industrializar.
A Revolução Industrial introduziu no processo produtivo várias técnicas que foram diminuindo a
necessidade de mão-de-obra e que possibilitaram a aceleração e aumento da produção de
mercadorias. A oferta foi largamente ampliada e diversos produtos, antes apenas consumidos nos
países mais desenvolvidos e por pessoas das classes mais altas, passaram a ser consumidos à
escala mundial pela classe média e até pela classe de mais fracos recursos. É, pois, um dos
aspectos-chave responsável pelo moderno processo de globalização.
O trabalho mecânico, porém, exigia instrumentos resistentes e as várias peças feitas em madeira
tiveram de ser substituIdas pelo ferro, o que veio a provocar uma intensificação da mineração
deste metal e também do carvão.
7. A situação geográfica — a boa localização geográfica junto das vias de transportes e
comunicação (rios navegáveis e acesso a bons portos, por exemplo) com fácil acesso às vias mais
importantes do comércio mundial, proporcionaram também um comércio muito activo, a que se
soma grande experiência técnica, como, por exemplo, na navegação marítima (indústria naval
principalmente).
Designada, por alguns autores, como a fase da revolução do carvão-ferro e da máquina a vapor,
marcou a passagem da manufactura para a maquinaria. Na sua primeira fase, a Revolução
Industrial foi essencialmente mecânica, para responder à crescente procura, resultante do
acentuado crescimento demográfico, que exigia um maior consumo de bens primários, bem
como secundários. Assim, a indústria teve de melhorar a sua produtividade, fazendo, por isso,
um apelo às máquinas. A indústria têxtil foi a primeira beneficiária desta transformação, com a
invenção da máquina de tecelagem por Jonh Kay, em 1733.
Surgem várias invenções, como a máquina de fiar, o descaroçador de algodão, entre outras.
Porém, a máquina a vapor foi a conquista mais importante da 1•a fase da Revo
lução Industrial. Permitiu passar das fontes de produção de energia mecânica, tal como a tracção
animal e a roda de água, para o carvão e a hulha, que se tornam a nova fonte de energia. Surgiu,
assim, uma nova indústria, a siderurgia.
A maior parte das indústrias localizavam-se junto às bacias carboníferas devido às dificuldades
de transporte do carvão. Por vezes, estas podiam localizar-se ao longo dos cursos de água, para
aproveitar a energia hidráulica, e até nas florestas, dado que aí aproveitavam a energia
proveniente da biomassa — lenha e carvão vegetal.
Inicia-se uma revolução nos transportes com a invenção do navio a vapor e, mais tarde, da
locomotiva a vapor, que irá resolver o grande problema dos transportes e comunicações internos.
Esta fase é também designada por Revolução da electricidade e do motor de explosão e vai dos
finais do século XIX à primeira metade do século XX, quando são descobertas novas fontes
energéticas como a electricidade, o petróleo e o gás natural. A invenção do motor de explosão, a
turbina e o dínamo vão revolucionar novamente as indústrias, aabando com o condicionalismo
energético, devido à dificuldade de exploração e de transporte de carvão que obrigava as
indústrias a localizarem-se junto às fontes de energia (bacias carboníferas). Assim sendo, estas
deslocam-se para as cidades onde encontram mercados e mão-de-obra.
Esta fase é também denominada por Era da energia nuclear, da electrónica, da automatização e
dos computadores. A investigação não pára e com ela novas técnicas vão sendo descobertas.
Iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial, chegou aos nossos dias e continuará, a menos que os
progressos tecnológicos nos coloquem perante outra nova fase da Revolução Industrial.
A característica marcante desta fase é a submissão da mecanização pela automação e
automatização.
O trabalho humano é substituído pelo robot e/ou co tputador. O trabalho, que até há pouco tempo
era feito por um grande grupo de operários, pssa a ser feito por um único operário cuja tarefa é
carregar em botões.
Nesta, assiste-se ao desenvolvimento da indústria electrónica, pois o seu campo de acção é cada
vez mais vasto, abrangendo as telecomunicações, radiodifusão, televisão, radioastronomia, radar,
electromedicjna, ajuda à navegação marítima e aérea, sistemas de telecomando e media, sistemas
de investigação científica, etc.
No ramo dos transportes, assiste-se a uma profunda transformação, iniciada pela máquina a
vapor. O desenvolvimento dos transportes ferroviários, terrestres, marítimos e aéreos permitiram
o contacto imediato com o resto do mundo, possibilitando a ampliação do horizonte geográfico.
Ao nível ambiental, constata-se que a Revolução Industrial incrementou o papel dos metais e
mobilizou fontes de energia cada vez mais importantes.
Introduzindo na paisagem rural e urbana novos elementos como fábricas, armazéns, fumos,
ruídos, bairros residenciais, movimentos intensos de veículos e pessoas, a indústria modificou
profundamente o espaço, chegando a transformar áreas desabitadas em grandes centros de
atracção populacional, criando as paisagens industriais que, apesar da existência de diferenças,
todas têm algo em comum: são o resultado do processo de industrialização.
Comércio internacional
O comércio internacional pode definir-se como a operação de troca de bens e serviços entre
países, segundo regras definidas. Após a Segunda Guerra Mundial, as trocas comerciais
internacionais sofreram um incremento muito importante. Este aumento deveu-se à melhoria de
vida das populações, à deslocalização industrial da produção, ao aumento da população mundial,
à liberalização dos mercados com os acordos do GATT e a criação da Organização Mundial de
Comércio (OMC) no sentido de regular o comércio internacional.
Comércio nos países desenvolvidos O fluxo comercial nos países desenvolvidos atingiu um
crescimento significativo e caracteriza-se, essencialmente, pela transacção de produtos
transformados, seja de bens de consumo ou de equipamentos. Com apenas 25% da população do
globo, os países desenvolvidos detêm cerca de 75% do comércio mundial. À UE (União
Europeia) pertencem cerca de 37% do comércio mundial, seguida dos EUA e Japão. Contudo,
considerando os países individualmente, a maior potência comercial do mundo são os EUA, com
13,2% das importações e 11,7% das exportações mundiais. Na UE destaca-se a Alemanha (a
maior potência comercial europeia), França, Reino Unido, Itália, Holanda e Bélgica. Na América
do Norte destacam-se o Canadá e os EUA.
Actualmente, nesta mesma categoria, há a excepção de países que actualmente deram um salto
qualitativo e quantitativo em termos do crescimento das transacções comerciais. Fazemparte
deste grupo, os chamados «Novos Países Industrializados» (China, Coreia do Sul, Taiwan, Hong
Kong, Singapura, Malásia, Tailândia, Brasil, Argentina, México, Chile), que estão a alcançar um
importante lugar na produção e comercialização, tanto de bens tradicionais e ou primários, como
também de elevado valor tecnológico.
Estes países conseguiram atingir este estágio graças à importação de tecnologias do Ocidente e
ao baixo custo da sua mão-de-obra, bastante abundante, constituindo assim uma séria ameaça aos
restantes países pela sua forte concorrência. Ao nível da disparidade entre estes dois grupos de
países, destacam-se: as grandes assimetrias no desenvolvimento industrial, as tecnologias
disponíveis, as políticas governamentais, entre outras.
No que toca aos principais produtos transacionados a nível mundial, podemos agrupá-los em três
grandes grupos: produtos agrícolas; produtos minerais e energéticos; produtos manufacturados.
No fluxo dos produtos agrícolas, os cereais tem um lugar destaque, dada a sua importância na
alimentação humana. Deste modo, depreende-se o comércio mundial de cereais é dominado pelo
trigo, milho e arroz. Os fluxos do trigo são dominados por países desenvolvidos, com destaque
para os EUA, o Canadá e a Austrália. Em contrapartida, as principais áreas compradoras
correspondem a países da Ásia Oriental e Meridional, bem como o Norte de África e sobretudo a
África subsariana.
Por sua vez, o comércio mundial do arroz encontra-se fundamentalmente assente no continente
asiático, facto que se relaciona com o elevado consumo deste cereal por parte de grande parte da
população deste continente superpovoado. A Tailândia é o principal exportador de arroz para os
países da Ásia Oriental e Meridional e África Austral.
Como pudemos ver nos mapas anteriores, relativamente aos produtos agrícolas tropicais,
especialmente cacau, café, cana-de-açúcar, borracha, algodão, lã, linho, couro, sisal, etc., o seu
fluxo direcciona-se no sentido sul-norte, isto é, os países em desenvolvimento é que são os
maiores exportadores destes produtos, sendo os países desenvolvidos os maiores importadores.
Os recursos minerais apresentam uma considerável dispersão pelo mundo, ao passo que as
regiões industriais onde se regista a sua transformação caracterizam-se por uma acentuada
concentração num número restrito de países. Assim, este facto propicia importantes fluxos destes
recursos entre os países detentores e os de transformação.
Os principais minerais comercializados são: ouro, prata, ferro, manganês, estanho, cobre,
alumínio, níquel, urânio, fosfatos, bauxite, diamantes, pedras preciosas e semipreciosas, entre
outros.
Quanto aos produtos energéticos, importa-nos aqui referir que o crescente consumo de energia a
nível mundial tem levado cada vez mais à procura desmedida deste valioso recurso, sendo que
nalgumas regiões começam a chegar ao fim as reservas de gás natural, petróleo e carvão mineral.
Relativamente ao crescente consumo de energia a nível mundial, tornam-se cada vez mais
valiosas as reservas de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural).
O carvão mineral, cujo consumo remonta desde a primeira fase da Revolução Industrial até à
Segunda Guerra Mundial, deixou de ser o combustível mais utilizado em favor do petróleo.
Apesar disso, os fluxos de carvão continuam a ser importantes pois registam uma semelhança
com os fluxos de ferro.
Os fluxos de produtos manufacturados são dominados por países industrializados, quer no que
respeita à produção, quer em relação ao consumo. Os países em desenvolvimento estão numa
posição bastante fragilizada face aos fluxos destes produtos.
Os principais blocos económicos que mais contribuem na exportação de produtos
manufacturados são: os EUA, o Japão e a UE. Assiste-se a um galopante passo de exportação
destes produtos pela China, o que nos leva a crer que é, hoje, um dos principais países com mais
exportação a seguir aos EUA.
Conclusão
Terminado trabalho, pudemos concluir que de uma forma geral, a revolução industrial foi
positiva, assim como negativa.
MONSO, Francisco Jorge, VICTOR, Ringo, Pré-Universitário 12, Longman Lda, Maputo
SOUZA, Osvaldo Rodrigues de, História Geral São Paulo: Editora Ática, 1990