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Prof. Cezar Augusto - Conexões de miserável no princípio do século XIX.

A
saberes/ UFAL resposta foi a consciência de classe e a
Exercício de sociologia - trabalho e ambição de classe. Os pobres então se
sociedade: organizavam em uma classe específica,
a classe operária, diferente da classe
1- (ENEM 2010) dos patrões (ou capitalistas). A
Homens da Inglaterra, por que arar para Revolução Francesa lhes deu
os senhores que vos mantêm na confiança: a Revolução Industrial
miséria? trouxe a necessidade da mobilização
Por que tecer com esforços e cuidado as permanente”. (HOBSBAWN, E. J. A
ricas roupas que vossos tiranos vestem? era das revoluções. São Paulo: Paz e
Por que alimentar, vestir e poupar do Terra, 1977.)
berço até o túmulo esses parasitas No texto, analisa-se o impacto das
ingratos que exploram vosso suor — ah, Revoluções Francesa e Industrial para a
que bebem vosso sangue? organização da classe operária.
Enquanto a “confiança” dada pela
SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Revolução Francesa era originária do
Apud HUBERMAN, L. significado da vitória revolucionária
História da Riqueza do Homem. Rio de sobre as classes dominantes, a
Janeiro: Zahar, 1982. “necessidade da mobilização
permanente”, trazida pela Revolução
A análise do trecho permite Industrial, decorria da compreensão de
identificar que o poeta romântico que:
Shelley (1792-1822) registrou uma
contradição nas condições a) a competitividade do trabalho
socioeconômicas da nascente classe industrial exigia um permanente esforço
trabalhadora inglesa durante a de qualificação para o enfrentamento do
Revolução Industrial. Tal contradição desemprego.
está identificada b) a completa transformação da
economia capitalista seria fundamental
A) na pobreza dos empregados, que para a emancipação dos operários.
estava dissociada da riqueza dos c) a introdução das máquinas no
patrões. processo produtivo diminuía as
possibilidades de ganho material para os
B) no salário dos operários, que era operários.
proporcional aos seus esforços nas d) o progresso tecnológico geraria a
indústrias. distribuição de riquezas para aqueles
que estivessem adaptados aos novos
C) na burguesia, que tinha seus tempos industriais.
negócios financiados pelo proletariado. e) a melhoria das condições de vida dos
operários seria conquistada com as
D) no trabalho, que era considerado manifestações coletivas em favor dos
uma garantia de liberdade. direitos trabalhistas.

E) na riqueza, que não era usufruída por 3- (ENEM 2013)


aqueles que a produziam.
Na produção social que os homens
realizam, eles entram em determinadas
2- (ENEM 2010) relações indispensáveis e independentes
“O movimento operário ofereceu uma de sua vontade; tais relações de
nova resposta ao grito do homem
produção correspondem a um estágio tecnologias da informação possibilitam,
definido de desenvolvimento das suas ao mesmo tempo, a descentralização das
forças materiais de produção. A tarefas e sua coordenação em uma rede
interativa de comunicação em tempo
totalidade dessas relações constitui a
real, seja entre continentes, seja entre
estrutura econômica da sociedade – os andares de um mesmo edifício.
fundamento real, sobre o qual se
erguem as superestruturas política e CASTELLS, M. A sociedade em rede.
jurídica, e ao qual correspondem São Paulo: Paz e Terra, 2006
(adaptado).
determinadas formas de consciência
social. No contexto descrito, as sociedades
vivenciam mudanças constantes nas
MARX, K. Prefácio à Crítica da ferramentas de comunicação que
economia política. In. MARX, K. afetam os processos produtivos nas
ENGELS F. Textos 3. São Paulo. empresas. Na esfera do trabalho, tais
Edições Sociais, 1977 (adaptado). mudanças têm provocado
Para o autor, a relação entre
A) o aprofundamento dos vínculos dos
economia e política estabelecida no
operários com as linhas de montagem
sistema capitalista faz com que
sob influência dos modelos orientais de
gestão.
A) o proletariado seja contemplado pelo
processo de mais-valia.
B) o aumento das formas de teletrabalho
como solução de larga escala para o
B) o trabalho se constitua como o problema do desemprego crônico.
fundamento real da produção material.
C) o avanço do trabalho flexível e da
C) a consolidação das forças produtivas terceirização como respostas às
seja compatível com o progresso demandas por inovação e com vistas
humano. à mobilidade dos investimentos.
D) a autonomia da sociedade civil seja D) a autonomização crescente das
proporcional ao desenvolvimento máquinas e computadores em
econômico. substituição ao trabalho
dos especialistas técnicos e gestores.
E) a burguesia revolucione o processo
social de formação da consciência de E) o fortalecimento do diálogo entre
classe. operários, gerentes, executivos e
clientes com a garantia
4- (ENEM 2011) de harmonização das relações de
Estamos testemunhando o reverso da trabalho.
tendência histórica da assalariação do
trabalho e socialização da produção, que
foi característica predominante na era
industrial. A nova organização social
e econômica baseada nas tecnologias da
informação visa à administração
descentralizadora, ao RESOLUÇÃO NO VERSO:
trabalho individualizante e aos
mercados personalizados. As novas
Resolução 1: E - O texto de Shelley
faz uma critica direta à burguesia
inglesa no período da Revolução
Industrial. Acredita que os burgueses
exploravam a mão de obra proletariado
tendo em vista obter lucros altíssimos
para usufruir de riquezas que não eram
produzidas por eles e sim pelos
proletários.

Resolução 2: o gabarito é a letra B, pois


vincula o crescimento do movimento
operário e de ideologias alternativas ao
capitalismo a um contexto marcado pelo
crescimento da produtividade industrial
e da desigualdade social, cenário típico
de meados do século XIX.

Resolução 3: D- Segundo Karl Marx e


Friedrich Engels, o trabalho seria a
expressão da vida humana, ou seja, por
meio do trabalho o homem transforma
a natureza e a si mesmo. Essa condição
foi alterada na sociedade capitalista, em
que o homem passa a explorar a força
de trabalho do outro homem.

Resolução 4: C- Com a Revolução


Técnico-Científica, as transformações
no processo produtivo foram intensas. A
busca pela diminuição nos custos da
produção levaram à automação e a
terceirização. A primeira causou o
desemprego estrutural e a flexibilização
do trabalho, em que o trabalhador deve
saber conduzir diversas partes do
processo. Enquanto a segunda, diminuiu
gastos, principalmente, com deveres
trabalhistas, gerando mais receitas para
reinvestimentos.

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