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Simulado de sociologia

1) (ENEM 2013)
TEXTO I
Não é sem razão que o ser humano procura de boa vontade juntar–se em sociedade com
outros que estão já unidos, ou pretendem unir–se, para a mútua conservação da vida, da
liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre governo: ensaio relativo à verdadeira origem, extensão
e objetivo do governo civil. São Paulo: Abril Cultural, 1978 (adaptado).
TEXTO II
Para que essas classes com interesses econômicos em conflitos não destruam a si mesmas
e à sociedade numa luta estéril, surge a necessidade de um poder que, na aparência, esteja
acima da sociedade, que atenue o conflito, mantenha–o dentro dos limites da ordem.
ENGELS, F. In: GALLINO, L. Dicionário de sociologia. São Paulo: Paulus, 2005
(adaptado).
Os textos expressam duas visões sobre a forma como os indivíduos se organizam
socialmente. Tais visões apontam, respectivamente, para as concepções:
a) Liberal, em defesa da liberdade e da propriedade privada — Conflituosa, exemplificada
pela luta de classes.
b) Heterogênea, favorável à propriedade privada — Consensual, sob o controle de classes
com interesses comuns.
c) Igualitária, baseada na filantropia — Complementar, com objetivos comuns unindo
classes antagônicas.
d)Compulsória, na qual as pessoas possuem papéis que se complementam —
Individualista, na qual as pessoas lutam por seus interesses.
e) Libertária, em defesa da razão humana — Contraditória, na qual vigora o estado de
natureza.
2) (ENEM 2015)
O impulso para o ganho, a perseguição do lucro, do dinheiro, da maior quantidade
possível de dinheiro não tem, em si mesma, nada que ver com o capitalismo.
Tal impulso existe e sempre existiu. Pode-se dizer que tem sido comum a toda sorte e
condição humanas em todos os tempos e em todos os países, sempre que se tenha
apresentada a possibilidade objetiva para tanto. O capitalismo, porém, identifica-se com
a busca do lucro, do lucro sempre renovado por meio da empresa permanente, capitalista
e racional. Pois assim deve ser: numa ordem completamente capitalista da sociedade, uma
empresa individual que não tirasse vantagem das oportunidades de obter lucros estaria
condenada à extinção.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret,
2001 (adaptado).
O capitalismo moderno, segundo Max Weber, apresenta como característica
fundamental a
a) competitividade decorrente da acumulação de capital.
b) implementação da flexibilidade produtiva e comercial.
c) ação calculada e planejada para obter rentabilidade.
d) socialização das condições de produção.
e) mercantilização da força de trabalho.
3) (ENEM 2011)
As relações sociais, produzidas a partir da expansão do mercado capitalista ― e o sistema
de fábrica é seu “estágio superior" ―, tornaram possível o desenvolvimento de uma
determinada tecnologia, isto é, aquela que supõe a priori a expropriação dos saberes
daqueles que participam do processo de trabalho. Nesse sentido, foi no sistema de fábrica
que uma dada tecnologia pôde se impor, não apenas como instrumento para incrementar
a produtividade do trabalho, mas, muito principalmente, como instrumento para controlar,
disciplinar e hierarquizar esse processo de trabalho.
DECCA, E. S. O Nascimento das Fábricas. São Paulo: Brasiliense, 1986 (fragmento).
Mais do que trocar ferramentas pela utilização de máquinas, o capitalismo, por meio do
“sistema de fábrica", expropriou o trabalhador do seu “saber fazer", provocando, assim,
a) a desestruturação de atividades lucrativas praticadas pelos artesãos ingleses desde a
Baixa Idade Média.
b) a divisão e a hierarquização do processo laboral, que ocasionaram o distanciamento do
trabalhador do seu produto final.
c) o movimento dos trabalhadores das áreas urbanas em direção às rurais, devido à
escassez de postos de trabalho nas fábricas.
d) a organização de grupos familiares em galpões para elaboração e execução de
manufaturas que seriam comercializadas.
e) a associação da figura do trabalhador à do assalariado, fato que favorecia a valorização
do seu trabalho e a inserção no processo fabril.
4) (ENEM 2015)
A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que,
embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de
espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto,
a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um
deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente
aspirar.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o
mesmo objeto, eles
a) entravam em conflito.
b) recorriam aos clérigos.
c) consultavam os anciãos.
d) apelavam aos governantes.
e) exerciam a solidariedade.
5) (ENEM 2010)
Um banco inglês decidiu cobrar de seus clientes cinco libras toda vez que recorressem
aos funcionários de suas agências. E o motivo disso é que, na verdade, não querem
clientes em suas agências; o que querem é reduzir o número de agências, fazendo com
que os clientes usem as máquinas automáticas em todo o tipo de transações. Em suma,
eles querem se livrar de seus funcionários.
HOBSBAWM, E. O novo século. São Paulo: Companhia das Letras, 2000 (adaptado).
O exemplo mencionado permite identificar um aspecto da adoção de novas tecnologias
na economia capitalista contemporânea. Um argumento utilizado pelas empresas e uma
consequência social de tal aspecto estão em
a) qualidade total e estabilidade no trabalho.
b) pleno emprego e enfraquecimento dos sindicatos.
c) diminuição dos custos e insegurança no emprego
d) responsabilidade social e redução do desemprego.
e) maximização dos lucros e aparecimento de empregos.

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