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TEXTO 1: “É frequente a ideia de que o objetivo das "plataformas" e "apps" seria apenas conectar a
demanda de clientes a trabalhadores "provedores" destes serviços. As organizações se apresentam
como empresas de tecnologia, operando apenas como intermediárias. "Plataformas" e "aplicativos"
criariam ambientes de trabalho mais "atrativos" para quem tem "estilos diferentes de vida", sem a
"rigidez" dos empregos tradicionais.
Também é comum a alegação de que esses trabalhos são apenas um meio de conseguir uma renda
extra ou um modo alternativo de conseguir dinheiro em seu tempo livre. A ideia de "expansão das
oportunidades" para pequenos negócios é também bastante difundida como uma espécie de
neoempreendedorismo.
No vocabulário empresarial, estaria ocorrendo uma "democratização" dos meios de produção (basta ter
um computador, carro ou mesmo bicicleta) para a produção "autônoma" de renda, seja como criador,
seja como parceiro de uma startup. Agora, mais do que nunca, seu sucesso "só depende de você". Isso
é radicalizado quando as empresas alegam que disponibilizam os "apps" para pessoas que querem
ofertar e melhorar "seus negócios", como se trabalhadores fossem clientes das empresas.”
(Disponível em: Livre ou subordinado? Pesquisadores mostram como apps controlam
entregador - UOL Notícias - Por Ricardo Antunes e Vitor Araújo Filgueiras
FIGURA 1:
Antunes e Filgueiras estão descrevendo características fundamentais das novas relações de trabalho.
De acordo com o texto 1, figura 1 e seus conhecimentos sobre essas novas modalidades de contratação
e prestação de serviços, é possível afirmar que:
I - Elas representaram um avanço e uma democratização efetiva para os trabalhadores, que agora
podem livremente negociar com as empresas o seu tempo de trabalho e porcentagem de remuneração;
o que os autores vão chamar de neoempreendedorismo.
II - As leis trabalhistas seguem garantidas na íntegra por essas empresas, mas o trabalhador agora tem
maior autonomia no se processo produtivo
III - Elas representam um processo de informalidade e precarização nas relações de trabalho,
configurando em mais exploração do trabalhador
IV - Elas incentivam relações trabalhistas cada vez mais individualizadas e, na medida em que
aumentam exponencialmente o lucro das empresas, desprotegem o trabalhador das legislações
que o asseguravam
V - Em nome da flexibilização e do empreendedorismo, representam uma ameaça aos direitos
trabalhistas duramente conquistados ao longo do século XX, restringindo ainda mais seu poder
de decisão.
a) I e II
b) I, II, III e IV
c) I, IV e V
d) II e III
e) III, IV e V
QUESTÃO 02 - (3 PONTOS) HISTÓRIA
Dirigindo-se aos portugueses pela televisão a 30 de julho de 1970, logo após a morte de Salazar, o seu
sucessor, Marcelo Caetano, informou os telespectadores de que: “Para avaliar a obra de Salazar é
preciso comparar o Portugal que ele recebeu, ao assumir o governo, com o Portugal que ele deixou.
Recebeu um país arruinado, dividido, convulso, desorientado, descrente nos seus destinos, intoxicado
por uma política estéril. Deixou o país ordenado, unido, consciente, seguro dos seus objetivos e com
capacidade para os atingir”.
MENESES, Filipe R. Salazar: biografia definitva. São Paulo: Leya, 2011, p. 653
I – foi o fim de uma ditadura que existia no país há mais de quatro décadas.
II – foi o término de uma ditadura que tinha alta popularidade entre os portugueses.
III – elevou ao governo um sucessor rival do salazarismo que implementou mudanças profundas na
sociedade portuguesa.
IV – foi um evento que ficou conhecido na história como Revolução do Cravos.
V – colocou um fim ao último regime ditatorial que ainda existia na Europa oriundo do período
entreguerras.
Estão corretas:
a) I
b) I e V
c) I, III e IV
d) III, IV e V
e) I, III, IV e V
QUESTÃO 03 - (3 PONTOS) GEOGRAFIA
“A própria concepção da natureza e viabilidade do socialismo (que antes era fortemente imbuída de
uma aura holística e, em alguns casos, milenar e escatológica) deve ser interpretada de maneira mais
limitada e menos ambiciosa, reconhecendo a inevitabilidade da persistência no longo prazo das
múltiplas contradições no contexto de qualquer processo histórico socialista. Portanto, é preferível
evitar discussões essencialistas ou maniqueístas em termos de socialismo e não socialismo. (...) Desde
a Revolução Russa, houve muitos casos em que as forças socialistas ascenderam ao poder em países
periféricos relativamente atrasados, caracterizados, por formas embrionárias, imaturas, dependentes
e/ou coloniais de desenvolvimento capitalista. Tentativas de construir economias socialistas nesses
países enfrentam obstáculos extraordinários, decorrentes em grande parte do próprio
subdesenvolvimento das forças produtivas. Além disso, eles estavam em condições muito severas de
isolamento e hostilidade por parte das potências capitalistas avançadas. No entanto, pelo menos em
alguns casos, esses experimentos nacionais exibiram um grau bastante alto de profundidade,
radicalidade, consistência e resiliência. Por isso constituem (ou constituíram) exemplos de formações
econômico-sociais de orientação socialista”.
JABBOUR, Elias, GABRIELE, Alberto. China: o socialismo do século XXI. São Paulo: Boitempo,
2021.
I) ao peso do Estado na economia, expresso no papel relevante das empresas estatais, das empresas
mistas controladas pelo Estado e outras empresas não privadas.
II) a características específicas do desenvolvimento chinês, muito semelhante ao estado de bem estar
dos países capitalistas ocidentais do pós-guerra, especialmente no que diz respeito ao controle do
mercado financeiro pelo Estado.
III) ao fato de a classe empresarial chinesa não ser detentora de grande poder político, como observado
nos países capitalistas ocidentais.
IV) ao processo de tomada de decisões políticas no país após a queda da URSS, o que significou uma
ruptura com projeto iniciado em 1978, levando o país a um processo de desindustrialização nos anos
de 1990 a 2010, o que exigiu uma maior atuação do Estado na área econômica.
V) à primazia dada às políticas sociais, a exemplo da recente retomada dos objetivos da chamada
“prosperidade comum”, termo usado por Mao Tse-tung desde os anos 50 para se referir às políticas de
combate à desigualdade.
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III, e V.
d) III, IV e V.
e) I, IV e V.
QUESTÃO 04 - (3 PONTOS) FILOSOFIA
TEXTO 2: “Foi pela admiração que os humanos começaram a filosofar, tanto no princípio como
agora. De início, ficaram perplexos diante das dificuldades mais simples; depois, avançaram pouco a
pouco e enunciaram problemas a respeito das dificuldades mais complexas, como os fenômenos da
Lua, do Sol e das estrelas, assim como a gênese do Universo. Ora, quem é tomado de perplexidade e
admiração percebe que não sabe [...]. Portanto, como filosofavam para fugir da ignorância, é evidente
que buscavam o conhecimento por si mesmo, a fim unicamente de saber, e não com uma finalidade
utilitária. [...] Nós não buscamos o conhecimento com o objetivo de ter qualquer outra vantagem; mas,
assim como declaramos livre quem existe para si mesmo e não pertence a outro, assim também
cultivamos esse conhecimento como o único livre, pois só ele tem em si mesmo o seu próprio
objetivo.
(ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969. p. 40.)
TEXTO 3: “Quando alguém pergunta para que serve a filosofia, a resposta deve ser agressiva, visto
que a pergunta pretende-se irônica e mordaz. A filosofia não serve nem ao Estado nem à Igreja, que
têm outras preocupações. Não serve a nenhum poder estabelecido. A filosofia serve para entristecer.
Uma filosofia que não entristece a ninguém e não contraria ninguém, não é uma filosofia. A filosofia
serve para prejudicar a tolice, faz da tolice algo de vergonhoso. Ela serve para incomodar a besteira,
faz da besteira algo vergonhoso Não tem outra serventia a não ser a seguinte: denunciar a baixeza do
pensamento sob todas as suas formas. Existe alguma disciplina, fora da filosofia, que se proponha a
criticar todas as mistificações, quaisquer que sejam sua fonte e seu objetivo? Denunciar todas as
ficções sem as quais as forças reativas não prevaleceriam. Denunciar, na mistificação, essa mistura de
baixeza e besteira que forma tão bem a espantosa cumplicidade das vítimas e dos autores. Fazer,
enfim, do pensamento algo agressivo, ativo, afirmativo. Fazer homens livres, isto é, homens que não
confundam os fins da cultura com o proveito do Estado, da moral, da religião. Combater o
ressentimento, a má consciência que ocupam o lugar do pensamento. Vencer o negativo e seus falsos
prestígios. Quem tem interesse em tudo isso, a não ser a filosofia? A filosofia como crítica nos diz o
mais positivo de si mesma: tarefa de desmistificação”.
(DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Trad. Mariana de Toledo Barbosa; Ovídio de Abreu Filho.
São Paulo: n-1 edicções, 2018. P. 136-137).
II – A filosofia surge para manter as estruturas de poder, pois dado que os fins da cultura dizem
respeito aos interesses e são estabelecidos em vista do proveito do Estado, da moral, da religião, cabe
ao saber filosófico perpetuar todas as estruturas de mistificação.
IV – O conhecimento filosófico busca construir explicações dogmáticas para o modo de ser das
pessoas e para os fatos da realidade, oferecendo respostas prontas e definitivas, que dispensam o
questionamento, a atitude crítica e o rompimento com olhar acostumado com as coisas, pessoas,
pensamentos, acontecimentos, sentimentos, emoções e ações.
A PL 2630, popularmente conhecida como PL das Fake News, que trata sobre a Liberdade,
Responsabilidade e Transparência das grandes Big Techs na internet, vem causando bastante furor na
sociedade de um modo geral. Uns a acusam de querer promover a censura, enquanto outros defendem
a necessidade de uma regulação mais efetiva dos deveres das empresas de tecnologia. Sobre esse
Projeto de Lei, é possível afirmar:
I - Busca regular a opinião individual e transferir ao governo a decisão sobre o que pode ou não ser
dito, indo na contramão do que acontece em diversos lugares do mundo, como EUA e União Europeia,
por exemplo.
II - Propõe que as empresas de tecnologia sejam responsáveis por impedir disseminação de
notícias falsas, discursos de ódio e violência contra pessoas, independente de sua orientação
sexual, opinião política, crença ou etnia. Tais medidas também foram adotadas por países como
Alemanha e Austrália, por exemplo.
III - Propõe medidas de transparência sobre os algoritmos utilizados em cada plataforma para
compreender melhor as estratégias de marketing e utilização dos dados dos usuários que estão
sendo realizados.
IV - Propõe multa a todo indivíduo que proferir mensagens odiosas nas redes sociais e endurecimento
de sanções para os disseminadores de mensagens enviadas em massa.
V - Trata-se de uma tentativa de impedir o diálogo e o livre pensar, movimento também observado em
países do continente europeu, EUA e Austrália, e que tem sido tendência nos últimos anos.
a) I e IV
b) IV e V
c) II e III
d) II, III e IV
e) II e V
QUESTÃO 06 - (4 PONTOS) HISTÓRIA
Apenas alguns momentos antes das 14 horas do dia 6 de outubro de 1973 – que, pelo calendário
daquele ano, era o Yom Kippur, o mais sagrado dos feriados judaicos – 222 aviões a jato egípcios
roncaram no céu. Seus alvos eram os postos de comando e as posições israelenses na margem oriental
do canal de Suez e no Sinai. Alguns minutos depois, mais de três mil peças de artilharia abriram fogo
ao longo de todo o front. Quase simultaneamente aviões sírios atacaram a fronteira norte de Israel
seguidos imediatamente por uma barragem de setecentas peças de artilharia. Assim, começou a Guerra
do Yom Kippur, a quarta entre as guerras entre árabes e israelenses, a mais destruidora e intensa de
todas e a que trouxe consequências de maior alcance. Os armamentos de ambos os lados do conflito
tinham sido fornecidos pelas superpotências, os Estados Unidos e a União Soviética. Porém, uma das
armas mais potentes era exclusiva do Oriente Médio. A arma do petróleo, usada em forma de
embargo, cortes de produção e restrições às exportações, de acordo com as palavras de Henry
Kissinger, “alterava irrevogavelmente o mundo, conforme se desenvolveu no período pós-guerra”.
YERGIN, D. O Petróleo: uma história mundial de conquistas, poder e dinheiro. São Paulo: Paz e
Terra, 2012, p. 665.
I – foi uma reação de egípcios e sírios à criação do Estado de Israel, efetivada naquele ano de 1973.
II – fez triplicar o preço do barril do petróleo em outubro de 1973.
III – ocasionou um problema de fornecimento da principal fonte de energia da economia americana – o
petróleo – levando à renúncia do presidente Richard Nixon no ano seguinte.
IV – interrompeu um período de intenso crescimento na economia brasileira que ficou conhecido
como “milagre econômico”.
V – fez o governo brasileiro diminuir a dependência do petróleo importado do Oriente Médio criando
a Petrobras logo em sequência.
Estão corretas:
a) I e II
b) II e IV
c) II, III e IV
d) II, III e V
e) I, II, III e IV
QUESTÃO 07 - (4 PONTOS) GEOGRAFIA
Fonte:
https://www.ihu.unisinos.br/categorias/185-noticias-2016/560107-a-realidade-concreta-da-transicao-en
ergetica#. Acesso em de 30 de março de 2023.
A partir dos dados e do texto apresentados e dos seus conhecimentos sobre a matriz energética
brasileira e mundial, assinale a alternativa incorreta:
A. O Brasil vem reduzindo a participação das fontes não renováveis na matriz elétrica, mesmo
apresentando certa vantagem em relação ao mundo no que diz respeito ao potencial hidráulico
presente no seu território.
B. Das fontes de energia renováveis, a energia nuclear no Brasil é a menos significativa em
termos de participação na matriz elétrica, o que se explica pelo desinteresse dos investidores
financeiros nesse setor.
C. A matriz elétrica mundial ainda é muito dependente de fontes não renováveis, porém a
transição energética nessa escala é dificultada pelos interesses de grandes acionistas das
empresas do setor.
D. Mesmo sendo considerada renovável, e energia hidráulica provoca impactos que se estendem
desde a remoção de famílias em áreas alagadas até emissão de gases de efeitos estufa que
também contribuem para as mudanças climáticas.
E. Para tentar atrair investidores interessados na amenização de impactos ambientais, foram
criados os fundos chamados ESG (Environmental, Social and Governance), os quais elencam
uma série de critérios que as empresas devem seguir para garantir aos acionistas sua
preocupação com a responsabilidade ambiental.
QUESTÃO 08 - (4 PONTOS) FILOSOFIA
I – O prazer é um bem primordial e se constitui como sendo o princípio e o fim de uma vida de
satisfação completa, ou seja, de uma vida feliz.
II – Com o intuito de alcançar uma vida de satisfação completa, o ser humano não deve, em qualquer
circunstância, satisfazer todos os prazeres, pois, embora todo prazer, por conter uma natureza própria,
seja um bem, nem todo prazer deve ser acolhido sem uma correta avaliação.
III – Para se ter uma vida plena, deve-se buscar uma supressão das paixões ou dos desejos, pois para se
alcançar a tranquilidade da alma é necessário se guiar unicamente pela razão e, portanto, erradicar todo
e qualquer desejo corpóreo.
IV – A vida feliz consiste na satisfação obtida com os prazeres do corpo e a tranquilidade da alma,
sendo algo que não consiste na simples busca do prazer pelo prazer, pois a felicidade encontra-se
ligada à atividade da prudência, uma vez que não há um viver prazeroso fora de um modo de vida
prudente.
FIGURA 1:
À esquerda, um homem de 32 anos, acusado de furtar mercado em Vila Mariana, SP. À direita, mulher
de 25 anos, acusada de desviar dinheiro da formatura.
TEXTO 1:
“O totalitarismo moderno pode ser definido, nesse sentido, como a instauração, por meio do estado de
exceção, de uma guerra civil legal que permite a eliminação física não só dos adversários políticos,
mas também de categorias inteiras de cidadãos que, por qualquer razão, pareçam não integráveis ao
sistema político. Desde então, a criação voluntária de um estado de emergência permanente (ainda
que, eventualmente, não declarado no sentido técnico) tornou-se uma das práticas essenciais dos
Estados contemporâneos, inclusive dos chamados democráticos”.
(Estado de exceção / Giorgio Agamben ; tradução de Iraci D. Poleti. - São Paulo :
Boitempo, 2004, p.13)
A partir dos seus conhecimentos, das manchetes, e do texto acima, é possível afirmar que:
a) I e IV
b) I, II, IV e V
c) I, III e V
d) II, III e V
e) II e III
QUESTÃO 10 - (4 PONTOS) HISTÓRIA
Havia séculos que a Argentina reivindicava a posse das ilhas às quais chamava de “Las Malvinas”.
Buenos Aires declarava ter conquistado a soberania sobre as ilhas em 1816, com a independência da
Espanha, que nunca renunciou à posse delas. Além disso, como as ilhas estavam na plataforma
continental da Argentina, o governo também reivindicava a posse das ilhas de acordo com a
Convenção da ONU sobre a Plataforma Continental, assinada em 1958. Embora a junta autoritária que
governava a Argentina tenha conseguido reprimir a oposição doméstica desde que assumiu o poder em
1976, a questão das Malvinas figurava em uma série de embaraçosos fracassos da política externa.
Entre eles estava a perda da competição com o Brasil para se tornar a maior potência regional da
América do Sul, e outra disputa territorial, dessa vez com o Chile, a respeito das ilhas do canal de
Beagle. Como resposta a esses fracassos, em 1978 a junta deu início a um vigoroso programa de
rearmamento, que incluía o compromisso de conseguir se capacitar para produzir armas nucleares. Em
1982, a Argentina estava testando seu primeiro míssil balístico. E esperava que tivesse capacidade
operacional em 1984. Um resultado antecipado desse processo foi que a capacidade argentina de
produzir armas nucleares, combinada aos cortes na defesa britânica na região, levaria inevitavelmente
a uma transferência negociada da soberania sobre as Malvinas.
ALDOUS, R. Reagan e Thatcher: uma relação difícil. Rio de Janeiro: Editora Record, 2012, p. 89.
I – foi um conflito internacional nos anos 1980 entre Argentina e Inglaterra, que terminou com a
vitória inglesa.
II – a derrota argentina provocou a queda da junta militar que governava o país desde 1976.
III – a vitória inglesa foi liderada pelo governo da então primeira-ministra Margareth Thatcher, que
ganhou popularidade com a guerra após um início de governo altamente impopular.
IV – a invasão da Argentina nas ilhas Malvinas foi apoiada pelos Estados Unidos com base na
doutrina Monroe “a América para os americanos”.
V – o Brasil manifestou total apoio à Inglaterra na guerra das Malvinas, em virtude de seu histórico de
rivalidades com a Argentina na disputa pela liderança regional da América do Sul.
Estão corretas:
a) I, II e III
b) I, III e V
c) I, IV e V
d) I, II, III e IV
e) I, II, III, IV e V
QUESTÃO 11 - (5 PONTOS) GEOGRAFIA
fonte: https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/principais-operacoes/bacias/
“As bacias marítimas e terrestres, distribuídas pelo país, são nosso local de trabalho – e onde a gente
exerce nossas atividades de exploração e produção. Investimos em pesquisa e tecnologia para
encontrar e produzir o petróleo que elas guardam entre as rochas. A maior parte de nossas reservas
está em campos marítimos, em águas profundas e ultraprofundas”.
Fonte: https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/principais-operacoes/bacias/. Acesso em 23 de
abril de 2023.
A partir da leitura do mapa e dos seus conhecimentos sobre a estrutura geológica do Brasil, é possível
afirmar que:
I. No mapa, as áreas escuras representam as estruturas cristalinas, ricas em outros combustíveis
fósseis além do petróleo, porém de extração inviável devido ao alto custo das operações de
prospecção
II. No mapa, as áreas claras representam as áreas de sedimentação antiga e recente, favoráveis à
formação de combustíveis fósseis.
III. Combustíveis fósseis, como carvão mineral e petróleo, são compostos de origem orgânica e
sedimentar com alto teor calórico, cuja importância histórica está na origem das revoluções
industriais dos séculos XVIII e XIX.
IV. A extração em campos marítimos é feita em estruturas cristalinas recentes, desde a plataforma
continental até o talude continental.
V. Nos escudos cristalinos, são encontradas apenas jazidas de petróleo com baixo teor calórico, o
que não justifica os investimentos necessários para a extração.
TEXTO 2: “É certo que há algumas criaturas vivas, como as abelhas e as formigas, que vivem
sociavelmente umas com as outras (e por isso são contadas por Aristóteles entre as criaturas políticas),
sem outra direção senão seus juízos e apetites particulares, nem linguagem através da qual possam
indicar umas às outras o que consideram adequado para o benefício comum. Assim, talvez haja
alguém interessado em saber por que a humanidade não pode fazer o mesmo. Ao que tenho a
responder o seguinte.
Primeiro, que os homens estão constantemente envolvidos numa competição pela honra e pela
dignidade, o que não ocorre no caso dessas criaturas. E é devido a isso que surgem entre os homens a
inveja e o ódio, e finalmente a guerra, ao passo que entre aquelas criaturas tal não acontece.
Segundo, que entre essas criaturas não há diferença entre o bem comum e o bem individual e,
dado que por natureza tendem para o bem individual, acabam por promover o bem comum. Mas o
homem só encontra felicidade na comparação com os outros homens, e só pode tirar prazer do que é
eminente (...).
Por último, o acordo vigente entre essas criaturas é natural, ao passo que o dos homens surge
apenas através de um pacto, isto é, artificialmente. Portanto não é de admirar que seja necessária
alguma coisa mais, além de um pacto, para tornar constante e duradouro seu acordo: ou seja, um poder
comum que os mantenha em respeito, e que dirija suas ações no sentido do benefício comum.
A única maneira de instituir um tal poder comum, capaz de defendê-los das invasões dos
estrangeiros e das injúrias uns dos outros, garantindo-lhes assim uma segurança suficiente para que,
mediante seu próprio labor e graças aos frutos da terra, possam alimentar-se e viver satisfeitos, é
conferir toda sua força e poder a um homem, ou a uma assembleia de homens, que possa reduzir suas
diversas vontades, por pluralidade de votos, a uma só vontade”.
(HOBBES, T. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João Paulo
Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 2000. p. 142-143.)
Sobre os princípios da filosofia política desenvolvidos pelo filósofo Thomas Hobbes (1588-1679)
em sua obra Leviatã, avalie as seguintes sentenças:
I – O Estado ou Sociedade Civil é uma instituição natural, na medida em que o ser humano, enquanto
“animal político”, é constituído, por sua própria natureza, para viver com os outros em uma sociedade
estruturada.
II – Por meio do contrato social, os indivíduos não abdicam de sua liberdade natural e o corpo político
dos cidadãos conserva sua soberania, na medida em que o governante é um representante da soberania
popular.
III – Para dar um fim à brutalidade do “estado de natureza, ou natural” e permitir a coexistência
pacífica entre os seres humanos, foi preciso a criação artificial da sociedade civil, fruto de um pacto
entre os homens.
IV – Pelo pacto ou contrato social, os indivíduos devem transferir sua força e poder a um soberano,
que pode ser um homem ou uma assembléia, o qual deve dispor e exercer o poder de forma absoluta.
“Os clássicos são aqueles livros que chegam até nós trazendo consigo as marcas das leituras que
precederam a nossa e atrás de si os traços que deixaram na cultura ou nas culturas que atravessaram
(ou mais simplesmente na linguagem ou nos costumes)”.
Na teoria sociológica, temos três grandes autores considerados clássicos: Èmile Durkheim (1858
-1917), Max Weber (1864 – 1920) e Karl Marx (1818-1883). Suas obras foram de grande importância
para pensar questões sociais e até hoje influenciam teorias e pesquisas científicas.
É sempre bom lembrar, entretanto, que a construção da nossa ciência não é neutra, ou seja, nossa base
científica tem historicidade e localidade muito bem definidas. Os três referidos autores (os clássicos da
sociologia), por exemplo, tem características comuns: são todos homens, brancos e europeus. Isso não
invalida seus conhecimentos e estudos, mas nos ajuda a perceber que o acúmulo de saberes que
adotamos como bagagem cultural não é universal, pois não representa a totalidade dos pensamentos
históricos da humanidade.
Autoridades dos Estados Unidos preferiam ver Pinochet não como alguém cruel que suprimia toda a
oposição, mas como um soldado profissional forçado à política pela determinação patriótica de salvar
seu país de uma ditadura de esquerda. Ele era descrito pela inteligência dos Estados Unidos como
“conciliatório, muito diplomático, bastante honesto, trabalhador, esforçado”. Ele podia ser “agradável
e eloquente” e reagia bem a “uma abordagem franca e de homem para homem”. Em uma reunião da
equipe do Departamento de Estado em 1º de outubro, Kissinger disse: “Devemos entender bem nossa
política, por pior que [os chilenos] ajam, o [novo] governo é melhor para nós do que o de Allende.”
Em 12 de outubro de 1973, Pinochet disse ao embaixador americano que “o Chile precisava muito da
ajuda dos Estados Unidos, de assistência tanto econômica quanto militar. E acrescentou que se o
governo da Junta fracassasse, a tragédia do Chile será permanente”. O embaixador respondeu que os
casos Horman e Teruggi e a questão dos direitos humanos em geral excluíam uma ação imediata. Mas
“reiterei garantias da boa vontade do governo dos Estados Unidos e nossa vontade de sermos
prestativos. Observei que tivemos alguns problemas que nos obrigaram a adiar a decisão sobre as
solicitações chilenas”, mas a ajuda viria. Como os eventos deixariam claro durante os três anos
seguintes, Kissinger encorajou as requisições do governo chileno. Levando a sério os alertas de
Pinochet de que abandonar seu governo produziria terríveis consequências não só para o Chile, mas
para a segurança nacional dos Estados Unidos no hemisfério e em todo o mundo, Kissinger se
empenhou em manter a ajuda a Santiago. Ele achava que tinha de escolher entre “ser tolerante com a
questão dos direitos humanos ou prejudicar o futuro da política externa dos Estados Unidos”.
DALLEK, R. Nixon e Kissinger: parceiros no poder. Tradução Bárbara Duarte. Rio de Janeiro: Zahar,
2009, p. 511.
I – o governo dos Estados Unidos manteve comunicação com o militar Augusto Pinochet nas
primeiras semanas após o golpe de Estado que depôs o governo de Salvador Allende no Chile, em
setembro de 1973.
II – Henry Kissinger era adido americano na embaixada de Santiago e manteve intensas comunicações
com os Estados Unidos solicitando apoio ao novo governo chileno.
III – Charles Horman e Frank Teruggi foram dois jornalistas americanos mortos nos primeiros dias da
ditadura militar do general Pinochet, provavelmente por possuírem informações sobre a participação
dos Estados Unidos no golpe.
IV – a ditadura militar liderada por Pinochet executou vários opositores políticos no Estádio Nacional
do Chile, que se tornou, nos primeiros dias da troca de governo, um campo de concentração e tortura
de presos políticos.
V – a ditadura de Pinochet, no Chile, duraria até 1990, sendo considerada uma das mais sangrentas do
ciclo de ditaduras militares que existiu em vários países do Cone Sul.
Estão corretas:
a) I, II e IV
b) I, III e V
c) I, II, III e IV
d) I, III, IV e V
e) II, III, IV e V
QUESTÃO 15 - (5 PONTOS) GEOGRAFIA
A autora cita dois processos que nas últimas décadas têm contribuído para transformações importantes
nas formas de se organizar a produção e o trabalho no mundo. Um dos processos, segundo o texto,
refere-se ao ‘esgotamento de um momento da acumulação capitalista’ e o outro à ‘emergência de um
novo modelo de acumulação’. Sobre esses processos, pode-se afirmar que:
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) III, IV e V
d) I, II e V
e) I, III e IV
QUESTÃO 16 - (6 PONTOS) FILOSOFIA
TEXTO 2: “Onde e quando experimentei a vida feliz, para a poder recordar, amar e desejar? Não sou
eu o único, nem são poucos os que a desejam. Todos, absolutamente todos, querem ser felizes. Se não
conhecêssemos a vida feliz por uma noção certa, não a desejaríamos com tão firme vontade (...).
Pergunto a todos se preferem encontrar a alegria na verdade ou na falsidade. Todos são categóricos em
afirmar que a preferem na verdade, como em dizer que desejam ser felizes. A vida feliz é a alegria que
provém da verdade. Tal é a que brota de Vós, ó Deus, que sois ‘a minha luz, a felicidade do meu rosto’
e o meu Deus. Todos desejam esta vida feliz. Oh! Todos querem esta vida, que é a única feliz; sim,
todos querem a alegria que provém da verdade”.
(AGOSTINHO. Confissões. Trad. J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. São Paulo: Nova
Cultural, 2000. pp. 281-282).
A partir dos textos indicados acima e sobre os princípios do pensamento desenvolvido por
Agostinho de Hipona (354-430), analise as seguintes afirmações:
I – Agostinho de Hipona não estabeleceu uma separação rígida entre fé e razão, pois concebia que fé e
razão, de forma conjunta e solidária, possuem como missão auxiliar o ser humano em sua busca pela
verdade e, consequentemente, pela vida feliz.
II – Na concepção agostiniana, o intelecto humano, embora mutável, contingente e falível, pode atingir
e contemplar uma verdade necessária, imutável e eterna, uma vez que a sensação é apenas o primeiro
degrau do conhecimento.
III – De acordo com Agostinho, ao buscar uma vida feliz, o ser humano deve compreender que os bens
materiais não são fins em si mesmos, mas devem ser usados como meios. Em virtude disso, o
afastamento do bem permanente, livre das variações da sorte e das vicissitudes da vida, leva o homem
a abraçar uma vida repleta de vícios, que o conduz a uma felicidade falsa e, portanto, a uma vida
infeliz.
IV – Para Agostinho de Hipona, o alimento da alma é a própria verdade. Desse modo, para o homem
ser feliz, ele deve procurar um bem permanente e não se prender a bens passageiros e perecíveis.
“A ideia de que os brancos europeus podiam sair colonizando o resto do mundo estava sustentada na
premissa de que havia uma humanidade esclarecida que precisava ir ao encontro da humanidade
obscurecida, trazendo-a para essa luz incrível. Esse chamado para o seio da civilização sempre foi
justificado pela noção de que existe um jeito de estar aqui na Terra, uma certa verdade, ou uma
concepção de verdade, que guiou muitas das escolhas feitas em diferentes períodos da história. Agora,
no começo do século XXI, algumas colaborações entre pensadores com visões distintas, originadas em
diferentes culturas, possibilitam uma crítica dessa ideia. Somos mesmo uma humanidade?”
(...)
“Como justificar que somos uma humanidade se mais de 70% estão totalmente alienados do mínimo
exercício de ser? A modernização jogou essa gente do campo e da floresta para viver em favelas e em
periferias, para virar mão de obra em centros urbanos. Essas pessoas foram arrancadas de seus
coletivos, de seus lugares de origem, e jogadas nesse liquidificador chamado humanidade. Se as
pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão
sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos.”
(Adaptado de Ailton Krenak, Ideias para adiar o fim do mundo. Apple Books, 2018, p.
10.)
a) IeV
b) I, II e V
c) I, III e IV
d) II e V
e) III e IV
QUESTÃO 18 - (6 PONTOS) HISTÓRIA
A partir de 1990, iniciava-se o rol de medidas, leis e decretos referentes à redistribuição de produtos,
combustível, eletricidade e transporte, para o setor estatal e particulares, em uma realidade de
restrições e carestia. Obras fundamentais – refinarias, fábricas, termoelétricas e a usina nuclear –
tiveram de ser paralisadas. Com uma grave falta de papel, os impressos administrativos, de imprensa e
literatura, foram reduzidos ao máximo. Fidel só não renunciou à continuidade dos programas no
campo das Ciências. Das metas para tentar refrear a queda em uma primeira fase, destacavam-se o
programa alimentar, o impulso ao turismo e a ampliação de mercados para exportação. O país teria de
comercializar seus produtos – como o açúcar e o níquel – aos preços do mercado mundial, bem mais
reduzidos, com a ex-URSS inclusive. Neste quadro, manter os preços internos, o pleno emprego e
reduzir o excesso da moeda circulante, eram os outros problemas que requeriam solução. Falava-se de
uma “opção zero”. Como resposta, as organizações de jovens, a Federação dos Estudantes
Universitários (FEU) e a União de Jovens Comunistas (UJC), mobilizavam seus milhares de militantes
para sustentar a Revolução e o seu condutor, preparando-se para enfrentar até o extremo. A bicicleta
foi instituída como um meio geral de locomoção, sendo distribuídas centenas de chinesas e algumas
soviéticas, uma novidade social que determinou uma política especial e urgente de aprendizagem e
adaptação ao trânsito. Aquele era o momento em que o preço do petróleo poderia elevar-se ainda mais,
em virtude da ameaça de confronto no Golfo Pérsico.
FURIATI, C. Fidel Castro: uma biografia consentida. Rio de Janeiro: Editora Revan. 4ª edição. 2003,
p. 632.
Estão corretas:
a) I, II e III
b) I, III e V
c) I, IV e V
d) I, II, III e IV
e) todas estão corretas
QUESTÃO 19 - (6 PONTOS) GEOGRAFIA
Observe o mapa e texto abaixo, sobre a expansão da OTAN pós Guerra Fria:
“Quando a Casa Branca pressionou o Congresso para acelerar o projeto de expansão da OTAN aos
países da Europa Central e Oriental, i.e., às fronteiras da Rússia, Theodore C. Sorensen, ex-assessor e
amigo do presidente John F. Kennedy (1961– 1963), publicou em The Washington Post assertivo
artigo contra a política exterior do presidente Bill Clinton, assinalando que era “hard to imagine a
more provocative decision taken with less consultation and consideration for the consequences”. Essa
iniciativa, no sentido de incorporar à OTAN os países do Leste Europeu, violava os compromissos
assumidos pelo presidente George H. W. Bush com o presidente Mikhail S. Gorbachiov, quando da
reunificação da Alemanha. Daí que, em 2 de fevereiro de 1997, o embaixador George F. Kennan,
arquiteto da estratégia de containment da União Soviética, advertiu, sabiamente, que “expanding
NATO would be the most fateful error of American policy in the entire post-cold-war era”. Poder-se-ia
esperar que tal decisão — acrescentou — inflamasse as tendências nacionalistas, antiocidentais e
militaristas na opinião do povo russo e que tivesse um efeito adverso ao desenvolvimento da
democracia na Rússia, bem como arriscasse restaurar a atmosfera da Guerra Fria, nas relações
Leste-Oeste, e impelir decisivamente sua política exterior na direção contrária à do que os Estados
Unidos gostariam”. (...)
O ministro de Assuntos Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, e outras autoridades haviam reiterado
que Moscou faria forte oposição à expansão da OTAN, no Leste Europeu, por percebê-la como
potencial ameaça militar. A Ucrânia, particularmente, permanecia como “an emotional and neuralgic”
— acentuou ainda o ministro Sergei Lavrov, acrescentando que também considerações estratégicas e
políticas subjacentes reforçavam a oposição da Rússia à adesão à OTAN. Essa questão, sobremodo
com respeito à Ucrânia, podia, potencialmente, fraturar o país em dois pedaços, desencadear a
violência ou mesmo, como alguns clamavam, a guerra civil, o que induziria Moscou a ter de decidir se
devia intervir ou não, ademais do maior impacto que produziria sobre sua indústria de defesa da
Rússia, as conexões familiares russo-ucranianas e as relações bilaterais”.
A partir do texto e, considerando seus conhecimento sobre a escalada do conflito atual entre Rússia e
Ucrânia, assinale a alternativa incorreta:
Com base no fragmento do texto “Ética a Nicômaco” e nos conhecimentos sobre a concepção
ética desenvolvida pelo filósofo Aristóteles (384-322 a.C.), considere as sentenças abaixo:
I – Na perspectiva aristotélica, a virtude moral e a virtude intelectual são disposições inatas aos seres
humanos, na medida em que são adquiridas e desenvolvidas sem qualquer necessidade de educação ou
treinamento.
II – A mediania ou a justa medida não é um critério absoluto, um meio-termo geral que pode ser
aplicado a todos os atos morais, dado que é um critério que pode variar de pessoa a pessoa, que deve
ser estabelecido racionalmente e ser apropriado a cada circunstância particular da ação.
III – As virtudes são disposições desenvolvidas de modo refletido e consistem na capacidade de evitar
os extremos do excesso e da falta.
IV – Na sua ética, Aristóteles parte do princípio de que o fim último do ser humano é a felicidade, a
qual deve ser entendida como a sensação de bem-estar adquirida pela posse dos bens desejáveis como
honra, riqueza e experiências prazerosas.
A noção de sociedade urbana proposta no texto pode ser compreendida a partir do conhecimento sobre
a história das cidades desde a polis da antiguidade clássica até os dias atuais. Sobre esse tema,
assinale a alternativa mais adequada:
A) As cidades já existiam antes do surgimento da indústria, porém é a Revolução Industrial que vai
promover as transformações urbanas mais intensas, a ponto de se permitir afirmar, para além do modo
de vida ocidental, que a vida em sociedade, hoje, é a vida urbana (7 pontos)
B) A Revolução Industrial fez com que as cidades da época pré-moderna fossem substituídas por outro
tipo de cidade, onde a aglomeração, a edificação contínua e o predomínio dos setores secundários e
terciários, ainda que estejam presentes, não são mais o fundamento da urbanização (3 pontos)
C) As relações entre industrialização e urbanização não se resumem apenas ao fator demográfico (ao
fluxo migratório campo-cidade) mas também a toda possibilidade de intensificação da produção
material (obras e produtos) que passou a estruturar a sociedade moderna (10 pontos)
D) No Brasil, essa relação entre industrialização e urbanização não é determinante para a compreensão
do crescimento urbano e demográfico que resultou em grandes metrópoles a partir da segunda metade
do século XX, considerando que a urbanização tem seu grande impulso inicial ainda no período
colonial, com a atividade mineradora (5 pontos)
E) As desigualdades urbanas, expressas no processo de segregação socioespacial, foram amenizadas
pela industrialização, uma vez que o trabalho assalariado possibilita maior acesso aos direitos sociais
oferecidos no espaço urbano, se comparado às relações de trabalho pré-industrial (0 pontos).