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1) Segundo o livro A Condição Humana, de Hanna Arendt, as atividades humanas fundamentais

são:

a) A fabricação, o trabalho e ação; são designadas pela expressão Homo Faber (“Homem que faz”).
b) A obra, o trabalho e a ação; elas são designadas pela expressão Via Activa (“vida ativa”).
c) O jogo, o labor e o trabalho; elas são designadas pela expressão Homo Ludens (“Homem que
joga”).
d) A linguagem, o labor e o trabalho; elas são designadas pela expressão Homo Laborans (“Homem
que Trabalha”).
e) A política, a linguagem e o trabalho; são designadas pela expressão Zoon Politikon (“Animal
Político”).

2) "Na manufatura e nos ofícios, o trabalhador serve-se dos instrumentos; na fábrica, ele serve a
máquina. No primeiro caso, ele é quem move o meio de trabalho; no segundo, ele só tem que
acompanhar o movimento. Na manufatura, os trabalhadores são membros de um mecanismo vivo; na
fábrica são apenas os complementos vivos de um mecanismo morto que existe independente deles."
(Karl Marx, "O Capital".)
 
Estas críticas de Marx ao sistema industrial nos revelam algumas das transformações por que
passava a economia capitalista na metade do século XIX. Sobre estas transformações, é correto que:

a) a manufatura e a fábrica permitiam um enorme aumento da produtividade industrial, o qual se


beneficiaram os trabalhadores, pois passaram a trabalhar menos com maiores ganhos salariais.
b) o desenvolvimento do sistema fabril, com a introdução de máquinas sofisticadas e o
aprofundamento da divisão do trabalho, permitiu um incrível aumento de produtividade às custas da
desqualificação dos ofícios manuais.
c) o aumento da produtividade industrial só foi possível pelo aumento da carga de trabalho (mais
quantidade e maior intensidade) imposta aos operários pelos sindicatos, na tentativa de obter salários
maiores.
d) a fábrica dispensa o trabalho manual, executando todas as tarefas através de máquinas e o
trabalhador passa a ganhar seu salário sem trabalhar.
e) Nenhuma das anteriores.

3) "Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro principalmente em projetos


lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural costuma empregar o seu em despesas. Um
frequentemente vê seu dinheiro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa
do dinheiro, raramente espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus
temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em geral, um
empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus empreendimentos..." (Adam Smith, A
RIQUEZA DAS NAÇÕES, Livro III, capítulo 4)

Neste pequeno trecho, Adam Smith:

a) contrapõe lucro à renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos.


b) mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval.
c) defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo.
d) critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros ostentando riquezas.
e) expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII.

4) Tripálio era um instrumento feito de três paus aguçados, algumas vezes ainda munidos de
pontas de ferro, no qual os agricultores bateriam o trigo, as espigas de milho, para rasgá-los, esfiapá-
los. Assim, a palavra trabalho derivada desse termo e do latim tripalium, ficou conhecida como

a) Instrumento de Adoração.
b) Instrumento de Redenção.
c) Instrumento de Tortura.
d) Instrumento de Plantio.
e) Instrumento de Análise.
5) Sempre teceremos panos de seda / E nem por isso vestiremos melhor / Seremos sempre pobres
e nuas / E teremos sempre fome e sede / Nunca seremos capazes de ganhar tanto / Que possamos ter
melhor comida.
CHRÉTIEN DE TROYES. Yvain ou le chevalier au lion (1177-1181). Apud MACEDO, J. R. A mulher na Idade Média. São Paulo: Contexto,
1992 (adaptado).
O tema do trabalho feminino vem sendo abordado pelos estudos históricos mais recentes.
Algumas fontes são importantes para essa abordagem, tal como o poema apresentado, que alude à

a) exploração das mulheres nas manufaturas têxteis no mundo urbano medieval.


b) inserção das mulheres em atividades tradicionalmente masculinas.
c) ambição das mulheres em ocupar lugar preponderante na sociedade.
d) possibilidade de mobilidade social das mulheres na indústria têxtil medieval.
e) servidão feminina como tipo de mão de obra vigente nas tecelagens europeias.

6) (Enem PPL 2015) Ambos prestam serviços corporais para atender às necessidades da vida. A
natureza faz o corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem corpo forte,
adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho
braçal, porém apto à vida do cidadão. ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985. 
O trabalho braçal é considerado, na filosofia aristotélica, como 

a) indicador da imagem do homem no estado de natureza.   


b) condição necessária para a realização da virtude humana.   
c) atividade que exige força física e uso limitado da racionalidade.   
d) referencial que o homem deve seguir para viver uma vida ativa.   
e) mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por meio da experiência.

7) "Essa acumulação primitiva desempenha na economia política aproximadamente o mesmo papel


do pecado original na teologia. Adão mordeu a maçã e, com isso, o pecado se abateu sobre o gênero
humano. (...) De fato, a legenda do pecado original teológico nos conta como o homem foi condenado a
comer seu pão com o suor de seu rosto; mas é a história do pecado original econômico que nos revela
como pode haver gente que não tem nenhuma necessidade disso. (...) E desse pecado original datam a
pobreza da grande massa, que ainda hoje, apesar de todo seu trabalho, continua a não possuir nada
para vender a não ser a si mesma, e a riqueza dos poucos, que cresce continuamente, embora há
muito tenham deixado de trabalhar."
Karl Marx, O Capital, Livro I, Capítulo 24, A assim chamada acumulação primitiva
No trecho acima, Marx realiza uma leitura da acumulação primitiva como o "pecado original
econômico" que deu origem ao capitalismo e à exploração do trabalhador por uma classe que não
trabalha. Como isso se deu?
a) A classe trabalhadora não possuía a capacidade de gerir os negócios e assim, precisou da
gerência da burguesia.
b) A burguesia possui uma determinação divina que a obriga a conduzir a economia e impulsionar a
classe trabalhadora.
c) Em determinado momento histórico, ocorreu a apropriação da terra por alguns grupos de
indivíduos. A posse da terra separou os trabalhadores das condições para realização do trabalho,
tornando possível a acumulação.
d) O direito natural à propriedade privada desde o início da história possibilitou que alguns
possuíssem aptidões naturais e fossem bem sucedidos, enquanto outros por escolha própria ou em
decorrência de desastres naturais fossem levados a servir.
e) Nenhuma das anteriores.

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