24/04/2023

SOCIOLOGIA – KARL MARX

CAPÍTULO 6 – KARL MARX b) Modo de produção asiático (Egito; Mesopotâmia);

c) Modo de produção escravista (Grécia; Roma);
d) Modo de produção feudal;
e) Modo de produção capitalista.

2) Composição do modo de produção:

a) Superestrutura: estado, leis, ideologia, arte.
b) Estrutura (economia): forças produtivas, relações de produção
(luta de classes).

O autor e seu tempo: 3) Mudanças de um modo de produção para outro:

a) Desequilíbrio entre as forças produtivas e as relações de
1) Pensador alemão do século XIX. produção;
2) Um dos pais da sociologia moderna. b) Ruptura por força da luta de classes;
3) Contexto: Revolção Industrial; Movimentos operários; c) Decadência de um modo de produção nascem as condições
Revoluções: 1830 - 1848 - 1871. para a formação de outro;
d) Mudanças estruturais provocam a formação de novas classes
4) Obras: e mudanças superestruturais.
- O manifesto do Partido Comunista;
Estudos sobre o capitalismo em Marx:
- Ideologia Alemã;
- Manuscritos econômicos filosóficos; 1) Um novo modo de produção: um sistema econômico e
- O Capital. social.
O método: Materialismo histórico dialético 2) Origens: Europa (Baixa Idade Média):
a) decadência do feudalismo;
1) Materialismo:
b) renascimento comercial e urbano;
a) a materialidade é a única dimensão da existência;
c) formação da classe burguesa.
b) a história do homem é a história da busca pela sobrevivência
material;
3) Fundamentos:
c) a importância dos estudos econômicos;
a) propriedade privada;
d) as condições materiais (econômicas) são estruturadoras da
realidade. b) busca pela acumulação: ciclo ininterrupto entre investimentos e
lucro.
2) Dialética (diálogo):
4) Acumulação primitiva de capitais:
a) criador da dialética: Heráclito. a) comércio (mercantilismo);
b) colonialismo, plantation, tráfico negreiro;
b) século XIX: c) violência em busca do lucro.
- Hegel (a dialética do espírito);
- Do pensamento para a realidade;
5) O caráter revolucionário da classe burguesa:
- Tese - antítese - síntese.
a) destruição do feudalismo;
b) afirmação da economia capitalista;
c) Pressupostos da dialética: c) Revolução Gloriosa (1688), Revolução Francesa (1789) e
Revolução Industrial (1750).
- Movimento;
- Transformações;
6) As contradições da Revolução Industrial:
- Contexto/totalidade;
a) aumento da capacidade produtiva, entretanto manutenção da
- Interatividade; fome e pobreza.
- Contradições.
7) A mais valia:
d) A dialética em Marx: da realidade para a consciência. a) trabalho não remunerado;
b) fonte de lucro do patrão;
3) Luta de classes:
c) absoluta e relativa (novas máquinas).
a) A individualidade;
b) A propriedade privada e as classes sociais; 8) Alienação:
c) A luta de classes: motor da história. a) perda do domínio;
Os estudos históricos: b) quanto aos meios de produção;
c) quanto ao fruto do trabalho;
1) Diferentes modos de produção: d) quanto ao processo produtivo;
a) Modo de produção primitivo; e) quanto à espécie: animalização.

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Teoria política em Karl Marx: QUESTÃO 03
Para Marx, a produção de mais-valia é modo de produção o
1) Política: parte da superestrutura. capitalista. A partir dela, o trabalhador é explorado e o lucro é
obtido.
2) Ideologia: De acordo com o conceito de mais-valia desenvolvido por Marx,
a) conjunto de conceitos e concepções; é incorreto dizer que:
b) a classe que controla os meios de produção também controla a a) Parte do valor produzido pelo trabalhador é apropriado pelo
produção de valores e universaliza suas concepções. capitalista sem que lhe seja pago o equivalente.
b) O trabalhador é forçado a produzir cada vez mais pelo mesmo
3) O Estado: preço, firmado em contrato.
a) Origem: nascimento da propriedade privada; c) O valor do salário sempre será inferior ao valor produzido.
d) Os salários são equivalentes ao valor produzido pelo
b) Seu objetivo é preservar os interesses da classe dominante.
trabalhador.
4) Crítica contra a Revolução Francesa (1789): QUESTÃO 04
a) Liberdade: direito de ter bens, ou seja, é uma liberdade fictícia "Minha contribuição foi somente demostrar que: 1. a existência de
para o proletariado; classes é um resultado de determinadas fases históricas do
b) Igualdade: a igualdade também é fictícia, pois privilegia os desenvolvimento da produção; 2. A luta de classes levará a uma
interesses da burguesia; ditadura do proletariado 3. E tal ditadura não é mais do que uma
c) Fraternidade: indivíduos isolados devido à individualidade transição para o fim das classes sociais e uma sociedade sem
presente no capitalismo. classes"
Karl Marx, Carta a Joseph Weydemeyer
5) A emancipação social: A Revolução Proletária.
Para Marx, a ditadura do proletariado é um período de transição
6) O Socialismo: alcançar a meta de uma sociedade sem classes. Esse processo se
daria a partir da:
a) Transição entre o capitalismo e o comunismo;
a) abolição da propriedade privada e coletivização dos meios de
b) Estado forte nas mãos do proletariado; produção.
c) Estatização dos meios de produção; b) abolição das leis trabalhistas e liberdade de negociação entre
d) Gradativo fim das classes; patrões e empregados.
e) Decomposição do Estado. c) confirmação de um governo autocrático que concentre todo o
poder.
7) O Comunismo: d) confirmação dos interesses individuais para o desenvolvimento
a) Sem Estado; econômico e social.
b) Sem propriedade privada dos meios de produção;
QUESTÃO 05
c) Trabalho humanizado; “De resto, com a forma de manifestação ‘valor e preço do trabalho’
d) Autogestão: democracia direta. ou ‘salário’, em contraste com a relação essencial que se
manifesta, isto é, com o valor e o preço de força de trabalho, ocorre
EXERCÍCIOS o mesmo que com todas as formas de manifestação e seu fundo
oculto. As primeiras se reproduzem de modo imediatamente
QUESTÃO 01 espontâneo, como formas comuns e correntes de pensamento; o
"A história de toda a sociedade até aqui é a história da luta de segundo tem de ser primeiramente descoberto pela ciência. A
classes." economia política clássica chega muito próximo à verdadeira
Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto do Partido Comunista relação das coisas, porém sem formulá-las conscientemente. Ela
não poderá fazê-lo enquanto estiver coberta com sua pele
O conceito de Marx sobre a luta de classes representa o burguesa”
antagonismo entre uma pequena classe dominante sobre uma
maioria subalternizada. Foi assim com homens livres e escravos, A dialética para Marx aponta para a forma de interpretação da
senhores feudais e servos, em suma, opressores e oprimidos. realidade que dá conta das contradições e da complexidade da
Na Idade Moderna, qual são as forças que atuam na luta de história. Para Marx, a luta de classes é um processo dialético
classes e em que se baseia essa distinção? porque:
a) Capitalistas e comunistas, distinção realizada através de sua a) dialoga com diversos atores sociais para a construção de um
ideologia. consenso.
b) Direita e esquerda, de acordo com o local em que se b) possui uma contradição entre o que é dito e o que é feito.
sentaram na assembleia posterior à Revolução Francesa. c) possui contradições presentes no modo de produção que
c) Burguesia e proletariado, divisão entre os detentores dos constroem a própria realidade.
meios de produção e os donos da força de trabalho. d) propõe um processo de harmonização e fim do antagonismo
d) Nobreza e clero, representantes de famílias aristocratas e entre as classes sociais.
representantes da Igreja.
QUESTÃO 06
QUESTÃO 02 "Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem
"Na manufatura e no artesanato, o trabalhador utiliza a ferramenta; segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de
na fábrica, ele é um servo da máquina." sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente,
legadas e transmitidas pelo passado."
A alienação para Marx, é compreendida através da ideia de que o Karl Marx, 18º Brumário de Luís Bonaparte
indivíduo torna-se alheio (alienado) à sua própria natureza e dos
demais seres humanos. Segundo Marx, história deve ser compreendida a partir das
Isso pode se dá porque: condições materiais que possibilitaram que cada momento histórico
a) o trabalhador passa a ser parte do processo de produção, pudesse existir. Assim, o materialismo histórico pode ser
perde a noção do valor de seu trabalho. compreendido como:
b) o trabalhador não se interessa por política e vota de acordo a) Um método para a compreensão e ação no mundo, capaz de
com os interesses da burguesia. dar conta da luta de classes e dos diferentes modos de
c) o trabalhador deixa de se compreender como ser humano e produção.
passa agir em função de sua natureza animal. b) Uma abstração teórica para ilustrar o desenvolvimento do ser
d) o trabalhador é substituído pela máquina e torna-se alheio à humano em um estágio pré-social.
produção.

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c) Uma teoria baseada na rejeição da perspectiva espiritual da
história.
d) Um modelo sociológico baseado nas propriedades gerais da
matéria.
QUESTÃO 07
"Essa acumulação primitiva desempenha na economia política
aproximadamente o mesmo papel do pecado original na teologia.
Adão mordeu a maçã e, com isso, o pecado se abateu sobre o
gênero humano. (...) De fato, a legenda do pecado original
teológico nos conta como o homem foi condenado a comer seu pão
com o suor de seu rosto; mas é a história do pecado original
econômico que nos revela como pode haver gente que não tem
nenhuma necessidade disso. (...) E desse pecado original datam a
pobreza da grande massa, que ainda hoje, apesar de todo seu
trabalho, continua a não possuir nada para vender a não ser a si
mesma, e a riqueza dos poucos, que cresce continuamente,
embora há muito tenham deixado de trabalhar."
Karl Marx, O Capital, Livro I, Capítulo 24, A assim chamada
acumulação primitiva
No trecho acima, Marx realiza uma leitura da acumulação primitiva
como o "pecado original econômico" que deu origem ao capitalismo
e à exploração do trabalhador por uma classe que não trabalha.
Como isso se deu?
a) A classe trabalhadora não possuía a capacidade de gerir os
negócios e assim, precisou da gerência da burguesia.
b) A burguesia possui uma determinação divina que a obriga a
conduzir a economia e impulsionar a classe trabalhadora.
c) Em determinado momento histórico, ocorreu a apropriação da
terra por alguns grupos de indivíduos. A posse da terra
separou os trabalhadores das condições para realização do
trabalho, tornando possível a acumulação.
d) O direito natural à propriedade privada desde o início da
história possibilitou que alguns possuíssem aptidões naturais
e fossem bem sucedidos, enquanto outros por escolha própria
ou em decorrência de desastres naturais fossem levados a
servir.
QUESTÃO 08
"A condenação de uma parte da classe trabalhadora à ociosidade
forçada em razão do sobretrabalho da outra parte, e vice-versa,
torna-se um meio de enriquecimento do capitalista individual, ao
mesmo tempo que acelera a produção do exército industrial de
reserva num grau correspondente ao progresso da acumulação
social."
Karl Marx, O Capital, Livro I, Capítulo 23,
A lei geral da acumulação capitalista
Em relação ao "exército industrial de reserva" e como sua
existência é importante para a acumulação capitalista,
é incorreto afirmar que:
a) Ele é uma massa de trabalhadores ociosos (desempregados)
aguardando uma colocação nos postos de trabalho.
b) Ele cumpre a função de pressionar os trabalhadores em
atividade para se adequar ao ritmo de produção e ao
sobretrabalho.
c) Ele regula os salários, pois permite que o capitalista tenha
sempre peças de reposição e não sofra pressões por parte
dos trabalhadores ativos.
d) Ele tem como objetivo fazer com que os trabalhadores ativos
possam ter momentos de descanso e lazer.
QUESTÃO 09
"Até agora os filósofos ficam preocupados na interpretação do
mundo de várias maneiras. O que importa é transformá-lo."
Karl Marx, Teses sobre Feuerbach, Tese 11
No trecho, o autor faz uma crítica ao que compreende como um
posicionamento passivo da tradição filosófica. Para Marx, o
conhecimento deve estar aliado à ação. Assim, a práxis é a ação
consciente para a transformação da sociedade. Para que exista a
possibilidade de transformação social o indivíduo deve:
a) estudar a filosofia a fundo e desenvolver uma produção
acadêmica de maior valor.
b) ter consciência de classe e perceber-se como um sujeito t
ransformador da história e agir sobre a realidade.
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c) elevar ao máximo a sua capacidade produtiva para que o
capital acumulado possa ser revertido em benefícios para a
classe trabalhadora.
d) abolir as leis trabalhistas impostas pelo Estado para que
patrões e empregados possam negociar livremente as
condições de trabalho, permitindo a criação de novos postos e
aumentado a empregabilidade.
TEXTO: 1 - Comuns às questões: 10, 11
“Em virtude da expansão da maquinaria e da divisão do trabalho, o
trabalho dos proletários perdeu todo caráter autônomo e, com isso,
toda atratividade para os próprios trabalhadores. O trabalhador
torna-se mero acessório da máquina, do qual se exige apenas o
mais simples e monótono movimento da mão, de aprendizado
facílimo. [...]. Quanto menos habilidade e força o trabalho manual
demanda, ou seja, quanto mais a indústria moderna se desenvolve,
mais o trabalho dos homens é substituído pelo das mulheres.”
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista.
Tradução de Sergio Tellarolli. 1º ed. 2º reimp.São Paulo: Penguin
Classics; Companhia das Letras, 2012. p. 51-52.
Questão-10)
Sobre a introdução da maquinaria no processo produtivo, Karl
Marx afirma no texto que:
a) O uso das máquinas foi um fator importante para acabar com o
desgaste físico do operário.
b) O trabalhador precisou estudar e se especializar para
conseguir utilizar as novas tecnologias.
c) Causou o desemprego estrutural, vez que as máquinas
substituíram os operários.
d) As máquinas retiraram a autonomia dos trabalhadores, que
antes detinham o conhecimento sobre o processo produtivo.
Questão-11)
Com base na análise de Karl Marx no texto, o desenvolvimento
das forças produtivas
a) possibilitou o ingresso das mulheres nas indústrias com
base no entendimento de que elas poderiam desenvolver
trabalhos mais simples e menos pesados.
b) tornou as relações sociais entre homens e mulheres cada vez
mais igualitárias no ambiente de trabalho, vez que aorepassar
o trabalho produtivo para as máquinas, já não importava mais
se o operário era homem ou mulher.
c) eliminou a desigualdade entre homens e mulheres, uma vez
que as mulheres eram vistas socialmente e culturalmentecomo
mais frágeis.
d) demandou que as mulheres, tidas como mais detalhistas e
atenciosas, passassem a operacionalizar as máquinas com
maior eficiência.
Questão-12)
Texto 1
A distinção entre natureza e cultura leva em conta a maneira como
o tempo se realiza: na natureza o tempo é repetição (o dia sempre
sucede a noite, as estações do ano se sucedem sempre da
mesma maneira etc.); o tempo da cultura é o da transformação
(isto é, das mudanças nos costumes, nas leis, nas instituições
sociais e políticas etc.). Para vários filósofos e historiadores, a
cultura surge quando os homens produzem as primeiras
transformações na natureza pela ação do traba-lho.
(Marilena Chauí. Convite à filosofia, 2005. Adaptado.)
Texto 2
Em que consiste, então, a alienação do trabalho? Primeiro, que o
trabalho é externo ao trabalhador, isto é, não pertence ao seu ser,
que ele não se afirma em seu trabalho, mas nega-se nele, que não
se sente bem, mas infeliz, que não desenvolve nenhuma energia
física e espiritual livre, mas mortifica seu físico e arruína o seu
espírito. O trabalhador só se sente, por conseguinte e em primeiro
lugar, junto a si quando está fora do trabalho, e fora de si quando
está no trabalho. Ele está emcasa quando não trabalha e, quando
trabalha, não está em casa. O seu trabalho não é, portanto, um
trabalho voluntário, mas forçado. O trabalho não é, por isso, a
satisfação de uma carência, mas somente um meio de satisfazer
necessidades fora dele.
(Karl Marx. Manuscritos econômico-filosóficos, 2008. Adaptado.)
Wesley Liah
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a) Com base no texto 1, diferencie “tempo natural” e “tempo
cultural”.
b) Como Karl Marx entende a alienação do trabalho? Relacione o
conceito de alienação do trabalho à noção de “tempo cultural”
apresentada no texto 1.
Questão-13)
Em museus como o Louvre, encontram-se objetos produzidos em
diversos e determinados modos de produção: utensílios, esculturas,
pinturas, entre outras manifestações.
Com base nos conhecimentos sobre modos de produção, no
pensamento de Marx, considere as afirmativas a seguir.
I. O primeiro modo de produção existente na história foi baseado
na estrutura homens livres e escravos.
II. Modos de produção específicos produzem superestruturas que
mantêm íntima ligação com a infraestrutura.
III. O modo de produção capitalista é a última estrutura produtiva
de classes antes do processo de constituição da socie- dade
comunista.
IV. Os modos de produção possuem leis próprias e existem
independentemente das vontades individuais dos homens.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Questão-14)
Segundo a teoria econômica de Karl Marx (apud SELL, 2015) o
lucro do capitalista se origina da produção de Mais- Valia na
exploração do seu trabalhador. Em síntese, a Mais-Valia é o
tempo de trabalho não pago pelo capitalista ao trabalhador que
executa horas a mais sem receber por esse tempo gasto. É o trabalho
excedente não pago. Vamos imaginar que em uma jornada diária
de oito (8) horas, o trabalhador receba o equivalente ao seu
salário ao final do mês nas duas
(2) primeiras horas deste dia. Assim, o restante das 6 horas que
passa trabalhando equivale às horas a mais (a Mais-Valia) não
pagas pelo patrão. E para Marx, existem dois tipos de Mais-Valia
no sistema capitalista: a Mais-Valia Absoluta, que é aquela obtida
pelo aumento da jornada de trabalho, sem reajuste real dos ganhos
do trabalhador; e a Mais-Valia Relativa, obtida pelo aumento da
produtividade do trabalhador através do uso de maquinários e
tecnologias sem o acréscimo das horas de trabalho.
SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica: Marx, Durkheim e
Weber. 7ª ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2015.
Assim, tendo como referência essa concepção teórica de Karl Marx
sobre Mais-Valia, é correto afirmar que
a) os trabalhadores autônomos e os pequenos comerciantes
vendedores do varejo, na sociedade brasileira, produzem
Mais-Valia Relativa com o uso das máquinas de cartão de
crédito, que lhes aumentam as vendas dos produtos.
b) os trabalhadores das indústrias têxteis, no Brasil, combatem a
produção da Mais-Valia de seus patrões quando passam a
vender as peças de vestuário que produzem nas feiras
populares e em bazares comunitários.
c) o uso de novas tecnologias de informática nas 6 horas, em
média, de jornada de trabalho dos operadores de telemar-
keting, no Brasil, diminuem consideravelmente a Mais-Valia
Relativa dos empresários do setor.
d) os entregadores de comida em bicicletas, prestadores de
serviço por aplicativos, que trabalham, em média, de 10 a 12
horas/dia e, por vezes, sete dias na semana, são produtores
de Mais-Valia Absoluta para as empresas a que prestam esse
serviço.
Questão-15)
Karl Marx (1818-1883) trata, em sua obra, das condições e
consequências dos antagonismos e lutas entre as classes sociais
nas sociedades capitalistas. Segundo Marx, a existência de
classes sociais apenas tem lugar em determinadas fases histó-
ricas do desenvolvimento da produção material das sociedades.
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Quando há o surgimento de um excedente de produção em uma
dada etapa histórica de uma sociedade e quando este excedente
pode ser apropriado por um grupo de pessoas que passa, assim, a
exercer uma forma de domínio sobre a distribuição do que se produz
e sobre outros grupos dessa sociedade, tem-se, assim, o surgimento
de classes sociais. Em outros termos, as classes sociais surgem
quando existe a possibilidade de apropriação privada do excedente
de produção por parte de um grupo (uma classe social) e quando
este grupo determina as condições de produção sobre todos os
outros grupos ou classes sociais.
Considerando o entendimento de Marx sobre classes sociais,
assinale a afirmação verdadeira.
a) As classes sociais têm existido, desde o início da história
humana, em todas as culturas reconhecidas e registradas.
b) A perspectiva marxiana sobre o funcionamento do capitalismo
aponta para uma harmonização entre classes sociais.
c) A classe dos capitalistas, donos do trabalho, e a classe do
proletariado, dona dos meios produtivos, fundam o capita-
lismo.
d) As classes sociais se constituem, em determinadas condições
históricas, do desenvolvimento da produção material.
GABARITO
01. C 02. A 03. D 04. A 05. C 06. A
07. C 08. D 09. B 10. B 11. D
12.
a) Tempo natural seria uma temporalidade ditada por processos
cíclicos, como por exemplo, o dos fenômenos relacio- nados à
sazonalidade; já o tempo cultural seria conduzido pelo trabalho
humano que transforma a natureza, da produ- ção de signos e
da identificação do ser humano com marcos distintos daqueles
naturais, como ocorre na divisão his- tórica e seus marcos de
ruptura e inovação.
b) No pensamento de Marx, o trabalho, nas relações capitalistas,
produz alienação na medida em que o trabalhador não possui
o fruto do seu trabalho, não se reconhece nele, em que ocorre a
coisificação do trabalhador pelo assalariamento. Além disso, o
trabalhador não se apercebe das relações de exploração em
que se submete, naturalizando-as, perdendo a noção do tempo
histórico-cultural em que está inserto.
13. E
I. Incorreta. Para Marx, o ponto de partida da história da
humanidade foram as de organizações com bases igualitárias.
É com o desenvolvimento das forças produtivas que surgiu a
primeira estrutura de classes sociais e as subsequentes, isto é,
os modos de produção baseados na escravidão, na servidão e
no assalariamento.
II. Correta. Para Marx, cada modo de produção ergue, a partir da
infraestrutura da vida social, uma determinada superes- trutura
política, ideológica, jurídica, assim como formas de Estado
específicas.
III. Correta. Para Marx, a destruição da sociedade capitalista seria
marcada por um período de transição (o socialismo), base
para a constituição das sociedades sem classes, ou seja, o
modo de produção comunista.
IV. Correta. Para Marx, todo modo de produção é atravessado por
processos e contradições, o que produziu historicamente, por
exemplo, a passagem de um modo de produção a outro. Essa
dinâmica contraditória não depende da vontade dos indivíduos
e sim das relações sociais estabelecidas em cada período
histórico. Marx observa também, juntamente com Engels, que
cada modo de produção é atravessado por leis próprias e
transitórias.
14. D
15. D
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