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CURITIBA
2006
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ADRIANA CRISTINA CORSICO DITTMAR
CURITIBA
2006
Dittmar, Adriana Cristina Corsico
D617p Paisagem e morfologia de vazios urbanos: análise da transformação dos
2006 espaços residuais e remanescentes urbanos ferroviários em Curitiba -
Paraná / Adriana Cristina Corsico Dittmar; orientadora, Letícia Peret
Antunes Hardt. – 2006.
xix, 230 f. : il. ; 30 cm
E aos dois,
pela minha formação e pelo que sou.
DEDICO.
iii
AGRADECIMENTOS
iv
Nada de mais
Velhos sinais
Sobre a paisagem
Planos gerais
Rastros atrás
[...]
Levante
Arnaldo Antunes / Carlinhos Brown / Marisa Monte / Seu Jorge
v
RESUMO
vi RESUMO
ABSTRACT
Keywords: Urban remnants and empty spaces. Railroad residual spaces. Urban
landscape and morphology.
vii ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
viii
FIGURA 26 - CARTA-IMAGEM DE PAISAGENS DIVERSIFICADAS DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO
ESTUDO .............................................................................................................................................................80
FIGURA 27 - MAPA DAS FAIXAS DE INFLUÊNCIA DIRETA (FID) E INDIRETA (FII) DA ÁREA DE
ABRANGÊNCIA DO ESTUDO .....................................................................................................................82
FIGURA 28 - IMAGENS DA ÁREA DE ESTUDO PERMEADAS PELO PASSADO ....................................................83
FIGURA 29 - MAPA DE IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE VISIBILIDADE PARA O REGISTRO
FOTOGRÁFICO DA ÁREA DE ESTUDO ...................................................................................................91
FIGURA 30 - MAPA DE IDENTIFICAÇÃO DO PERCURSO HORÁRIO E ANTI-HORÁRIO NOS
PONTOS DE VISIBILIDADE PARA O REGISTRO FOTOGRÁFICO DA ÁREA DE ESTUDO ...........92
FIGURA 31 - CARTA-IMAGEM DE IDENTIFICAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS DE PAISAGEM NA
ÁREA DE ESTUDO ........................................................................................................................................104
FIGURA 32 - VISTAS DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA NA DÉCADA DE 40 E 1964 .................................................106
FIGURA 33 - VISTA DA PRAÇA EUFRÁSIO CORREIA EM 1915...............................................................................107
FIGURA 34 - VISTAS DA PONTE PRETA NOS ANOS DE 1910 E NOS DIAS ATUAIS............................................108
FIGURA 35 - VISTAS DA ANTIGA INDÚSTRIA DE FÓSFOROS PINHEIRO – HOJE FIAT LUX
CONTROLADA PELA SWEDISH MATCH EM ANOS ANTERIORES E NOS DIAS ATUAIS ...........109
FIGURA 36 - ESQUEMAS DA TRANSFORMAÇÃO TEMPORAL DO TRECHO FERROVIÁRIO EM
ESTUDO ...........................................................................................................................................................111
FIGURA 37 - MAPA DOS COMPARTIMENTOS DE PAISAGEM DO TRECHO FERROVIÁRIO EM
ESTUDO E SEUS RESPECTIVOS RASTROS ...............................................................................................113
FIGURA 38 - MAPA DA EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO NOS TERRENOS CONFRONTANTES COM A
LINHA FÉRREA NA ÁREA DE ESTUDO ....................................................................................................116
FIGURA 39 - MAPA DAS AVENIDAS PREVISTAS PELO PLANO AGACHE (1942) E DOS TRECHOS
FERROVIÁRIOS EM CURITIBA ...................................................................................................................117
FIGURA 40 - MAPA DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DE CURITIBA PROPOSTO
PELO PLANO DIRETOR DE 1966 ..............................................................................................................119
FIGURA 41 - MAPA DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DE CURITIBA PROPOSTO
PELO PLANO DIRETOR DE 1966 – TRECHO EM ESTUDO .................................................................120
FIGURA 42 - MAPA DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DE CURITIBA PROPOSTO
PELO PLANO DIRETOR DE 1975 ..............................................................................................................122
FIGURA 43 - MAPA DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DE CURITIBA PROPOSTO
PELO PLANO DIRETOR DE 1975 – TRECHO EM ESTUDO .................................................................123
FIGURA 44 - MAPA DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DE CURITIBA PROPOSTO
PELO PLANO DIRETOR DE 2000 ..............................................................................................................125
FIGURA 45 - MAPA DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DE CURITIBA PROPOSTO
PELO PLANO DIRETOR DE 2000 – TRECHO EM ESTUDO .................................................................126
FIGURA 46 - CARTA-IMAGEM DO EIXO FERROVIÁRIO NO TRECHO EM ESTUDO E
CARACTERIZAÇÃO DAS SUAS BORDAS NA DÉCADA DE 70 ......................................................127
FIGURA 47 - VISTA DE CRUZAMENTO EM PONTO ESTRATÉGICO DA LINHA FÉRREA – DÉCADA DE
70 ......................................................................................................................................................................128
FIGURA 48 - CARTA-IMAGEM DO EIXO FERROVIÁRIO NO TRECHO EM ESTUDO E
CARACTERIZAÇÃO DAS SUAS BORDAS NOS ANOS 2000 ............................................................129
FIGURA 49 - MAPA DOS VAZIOS URBANOS IDENTIFICADOS PELO PLANO MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO URBANO DE CURITIBA (PMDU) EM 1984 .....................................................132
FIGURA 50 - MAPA DE DIRETRIZES PARA PROPOSTA – PRESERVAÇÃO DO POTENCIAL NATURAL
E PAISAGÍSTICO DO PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO DE
CURITIBA (PMDU) EM 1985.......................................................................................................................133
ix
FIGURA 51 - ILUSTRAÇÕES DE DIRETRIZES PARA PROPOSTA DO PLANO MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO URBANO DE CURITIBA (PMDU) PARA O PARQUE CACHOEIRA–
BARIGÜI EM 1985 ........................................................................................................................................134
FIGURA 52 - VISTAS DA ÁREA DA FERROVILA EM 1995 ANTES E DEPOIS DA DESOCUPAÇÃO ................136
FIGURA 53 - ESQUEMAS DAS PROPOSTAS DO EIXO METROPOLITANO DE TRANSPORTE EM
CURITIBA (LINHA 1) .....................................................................................................................................137
FIGURA 54 - MAPA DOS VAZIOS URBANOS EM CURITIBA – 2002 .......................................................................139
FIGURA 55 - TABULAÇÃO E GRÁFICO DA RELAÇÃO DO PESQUISADO COM A ÁREA DE
ESTUDO ...........................................................................................................................................................143
FIGURA 56 - TABULAÇÃO E GRÁFICOS DO PERFIL DOS ENTREVISTADOS CONFORME GÊNERO,
IDADE E GRAU DE ESCOLARIDADE ......................................................................................................144
FIGURA 57 - TABULAÇÃO E GRÁFICO DO PERFIL DO ENTREVISTADO CONFORME PERÍODO DE
RESIDÊNCIA NA CIDADE ..........................................................................................................................145
FIGURA 59 - GRÁFICO DA MEMÓRIA INDICIAL (IMAGENS IDENTIFICADAS) DOS ENTREVISTADOS
CONSIDERANDO A FAIXA DE INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA...................................................153
FIGURA 60 - GRÁFICO DA MEMÓRIA INDICIAL (IMAGENS IDENTIFICADAS) CONSIDERANDO A
RELAÇÃO DO PESQUISADO COM A ÁREA DE ESTUDO................................................................154
FIGURA 61 - GRÁFICO DA MEMÓRIA INDICIAL (IMAGENS IDENTIFICADAS) DOS ENTREVISTADOS
CONSIDERANDO O PERÍODO DE VIVÊNCIA NA CIDADE ............................................................157
FIGURA 62 - GRÁFICO DA MEMÓRIA INDICIAL (IMAGENS IDENTIFICADAS) DOS ENTREVISTADOS
CONSIDERANDO A DIFERENÇA PERCENTUAL ENTRE PAISAGENS.............................................158
FIGURA 63 - VISTAS DAS IMAGENS REPRESENTATIVAS DA MEMÓRIA INDICIAL DOS
ENTREVISTADOS NO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 01 – ANTIGA ESTAÇÃO ..................161
FIGURA 64 - VISTAS DAS IMAGENS REPRESENTATIVAS DA MEMÓRIA INDICIAL DOS
ENTREVISTADOS NO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 02 – PARQUE LINEAR ......................165
FIGURA 65 - VISTAS DAS IMAGENS REPRESENTATIVAS DA MEMÓRIA INDICIAL DOS
ENTREVISTADOS NO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 03 – VAZIO DA LINHA .....................169
FIGURA 66 - VISTAS DAS IMAGENS REPRESENTATIVAS DA MEMÓRIA INDICIAL DOS
ENTREVISTADOS NO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 04 – FUNDOS DE LOTE ....................172
FIGURA 67 - VISTAS DAS IMAGENS REPRESENTATIVAS DA MEMÓRIA INDICIAL DOS
ENTREVISTADOS NO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 05 – FERROVILA 1 .............................176
FIGURA 68 - VISTAS DAS IMAGENS REPRESENTATIVAS DA MEMÓRIA INDICIAL DOS
ENTREVISTADOS NO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 06 – OCUPAÇÕES
IRREGULARES ................................................................................................................................................179
FIGURA 69 - VISTAS DAS IMAGENS REPRESENTATIVAS DA MEMÓRIA INDICIAL DOS
ENTREVISTADOS NO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 07 – FERROVILA 2 –
FRAGMENTOS FERROVIÁRIOS ................................................................................................................182
x
LISTA DE TABELAS
xi
LISTA DE QUADROS
xii
QUADRO 25 - QUADRO SÍNTESE DA ANÁLISE VIVENCIAL DO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 05
– FERROVILA 1 ..............................................................................................................................................177
QUADRO 26 - QUADRO SÍNTESE DA ANÁLISE VIVENCIAL DO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 06
– OCUPAÇÕES IRREGULARES .................................................................................................................180
QUADRO 27 - QUADRO SÍNTESE DOS RASTROS DO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 07 –
FERROVILA 2 – FRAGMENTOS FERROVIÁRIOS ..................................................................................183
QUADRO 28 - QUADRO SÍNTESE DA ANÁLISE VIVENCIAL DO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 07
– FERROVILA 2 – FRAGMENTOS FERROVIÁRIOS ...............................................................................183
xiii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SE Setor Estrutural
xv
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 01
1.1 JUSTIFICATIVAS ...................................................................................................................................... 03
1.2 OBJETIVOS.................................................................................................................................................. 06
1.3 ESTRUTURA .................................................................................................................................................. 07
2.3 GESTÃO......................................................................................................................................................... 25
2.3.1 POLÍTICAS PÚBLICAS DE GESTÃO DOS VAZIOS URBANOS ............................................26
2.3.1.1 ESTATUTO DA CIDADE ...................................................................................................................................27
2.3.1.2 DESTINO DOS VAZIOS URBANOS.............................................................................................................29
2.3.1.2.1 CENÁRIO INTERNACIONAL ........................................................................................................................29
2.3.1.2.2 CENÁRIO NACIONAL ....................................................................................................................................32
2.3.1.3 EXPERIÊNCIAS DE SOLUÇÕES PARA VAZIOS URBANOS .............................................................33
2.3.1.3.1 CENÁRIO INTERNACIONAL ........................................................................................................................33
A SOLUÇÕES ATRELADAS A GRANDES ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS ...........................36
B SOLUÇÕES ATRELADAS A GRANDES REESTRUTURAÇÕES URBANÍSTICAS ...................39
C SOLUÇÕES ATRELADAS A PROMOÇÃO DE GRANDES EVENTOS
INTERNACIONAIS .......................................................................................................................................43
D SOLUÇÕES ATRELADAS A PLANOS DE EXPANSÃO TECNOLÓGICA .............................47
2.3.1.3.2 CENÁRIO NACIONAL ....................................................................................................................................49
A PROJETO DO EIXO TAMANDUATEHY EM SANTO ANDRÉ – SÃO PAULO .....................51
B OPERAÇÕES URBANAS EM SÃO PAULO........................................................................................57
2.3.1.3.3 CONFRONTAÇÃO DOS EXEMPLOS – PROBLEMAS COMUNS .................................................65
xvii SUMÁRIO
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................. 66
xviii SUMÁRIO
4.3 CENÁRIOS................................................................................................................................................. 184
ANEXO...................................................................................................................................................... 222
ANEXO 1 – LEI No 9.800/2000 - ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO
DO SOLO DE CURITIBA................................................................................................223
xix SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1
INTRODUÇÃO
2
INTRODUÇÃO
3
1.1 JUSTIFICATIVAS
INTRODUÇÃO
4
INTRODUÇÃO
5
INTRODUÇÃO
6
1.2 OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
7
1.3 ESTRUTURA
INTRODUÇÃO
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9
2.1 ESPAÇO
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11
Duarte (2002) parte desta definição de Santos (1997) para propor outros dois
termos espaciais: lugar e território. Assim, tem-se uma tríade matricial: espaço, lugar
e território, auxiliando no aprofundamento objetivo da discussão sobre fenômenos
que envolvam o espaço.
Lugar constitui uma porção do espaço significada, com valores que
refletem a cultura de uma pessoa ou grupo (DUARTE, 2002). Todavia, o espaço só
ganha significado pelo uso, ou seja, a construção dos lugares se faz no apreender e
reconhecer determinados espaços, na medida em que o lugar é o espaço da vida.
Esta referência ao lugar possibilita o resgate de raízes e valores coletivos (FERRARA,
1993; LEITE, M. A. F. P., 1997). Nas palavras de Carlos (2004, p.50),
[...] o plano do lugar pode ser entendido como a base da
reprodução da vida e espaço da constituição da identidade criada
na relação entre os usos, pois é através do uso que o cidadão se
relaciona com o lugar e com o outro, criando uma relação de
alteridade, tecendo uma rede de relações que sustentam a vida,
conferindo-lhe sentido.
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Essa nova relação de tempo e espaço faz com que alguns locais
permaneçam vazios ou se esvaziem: são os chamados vazios urbanos, áreas
ociosas, remanescentes urbanos e espaços residuais, produtos da maior parte das
cidades e que são estudados em vários níveis de abrangência em diversas
localidades. Contudo, não se tem uma definição precisa destes termos, sendo
usados na maior parte das vezes como sinônimos. Para o trabalho em questão,
torna-se primordial interpretar tais termos para evitar equívocos.
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2.2 PAISAGEM
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1 Ver TURNER, T. H. D. Landscape planning: a linguistic and historical analysis of the terms use. Landscape Planning.
Amsterdam: n.9, p. 179-192, 1983.
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(vias, limites, bairros, pontos nodais e marcos), o que, a princípio, era empírica e
subjetiva.
São muitos os elementos que envolvem a percepção da paisagem urbana.
Assim, autores como Ferrara (1999) estabelecem distinções entre percepções
ambientais visuais e informacionais. A percepção ambiental visual trata da imagem
urbana, por meio dos elementos de cores, formas, volumes e limites, sendo
facilmente identificáveis. A percepção ambiental informacional é mais subjetiva,
pois carrega signos e é processada por uma consciência reflexiva.
Pode-se, então, sintetizar que a percepção e apropriação da paisagem,
ocupam-se do levantamento, observação, associação e interpretação de marcas,
sinais impressos no cotidiano dos lugares. É a relação cotidiana do homem com um
espaço carregado de signos que se dispersam na imagem urbana natural e
construída e nos hábitos dos usuários(FERRARA, 1999).
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2.3 GESTÃO
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2 Seminário Internacional sobre Vazios Urbanos: Novos desafios e oportunidades. Rio de Janeiro, 26 a 30 de abril
de 1999.
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O tema "vazios urbanos" tem sido utilizado como um eixo em torno do qual
se desenvolvem debates sobre a cidade e a vida urbana, com ênfase para a
função social da propriedade.
Nesta vertente, a Política Urbana introduzida pela Constituição Federal, de
08 de outubro de 1988, em seus artigos 182 e 183, propiciou o nascimento do
Estatuto da Cidade, instituído pela Lei Federal No 10.257, de 10 de julho de 2001,
regulamentando aqueles artigos constitucionais.
O Estatuto da Cidade vem associado ao princípio da “cidade para todos”,
resultando em importantes modificações nas políticas públicas. Uma delas consiste
no estabelecimento da função social da propriedade urbana, refletindo na
obrigatoriedade da utilização adequada do solo. Considera-se uma revolução
social na propriedade urbana, uma vez que o imóvel deixará de ser uma forma de
acumular riquezas (SILVA, 2003).
A legislação busca dois grandes objetivos com relação aos vazios urbanos:
a) aproveitar e valorizar o esforço coletivo dispendido na construção da
cidade e de suas infra-estruturas já instaladas, não permitindo
ociosidade;
b) permitir que se amplie o acesso ordenado à cidade legal.
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O século XX, principalmente a partir dos anos 60, foi marcado por
complexas transformações no contexto internacional. A tecnologia em rápida
mudança, assim como o capital, transformaram as paisagens industriais em toda a
Europa e nas Américas. Áreas anteriormente destinadas a atividades industriais
encontraram-se em ruínas e abandonadas. Em seu rastro ficaram estruturas
inutilizadas, fruto do deslocamento de indústrias, em um processo de geração de
“não lugares” (GHIRARDO, 2002). Contudo, a vida cotidiana desenvolve-se nos
espaços que constituem lugares (ABASCAL, 2004).
Durante um período da história onde a lógica do modernismo era racional-
tecnicista, políticas urbanas, hoje consideradas equivocadas, tratavam de seus
vazios urbanos num contexto de renovação a qualquer preço. Projetos arrasavam
quarteirões, substituindo a riqueza espacial e cultural de áreas desvalorizadas e
esvaziadas de suas funções originais (DEL RIO, 2001). Neste contexto, podem ser
citados exemplos da década de 60 nos Estados Unidos.
Hoje, vê-se que a cidade não pode ser pensada dentro de um plano geral
simplesmente: especificidades e dinâmicas diferenciadas fragmentam o espaço
urbano. O importante é fazer a justaposição e a convivência destes fragmentos.
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FONTE: elaborado pela autora com base em (1)BILBAO RÍA-2000 (2005); (2)SEMAPA
(2006); (3)BARCELONA (2005);(4)UCSF (2006).
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Plano e vista área da intervenção - Parque da Ribera Museu Guggenheim em primeiro plano
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e) Barakaldo (Figura 5) – durante muitos anos esta área foi utilizada pela
indústria siderúrgica. Tem como projeto a recuperação das margens do
rio para o uso da população local (cerca de 600.000 m2).
Aproximadamente metade deste espaço será destinado a áreas
verdes, juntamente com edifícios de diversos usos.
Plano da intervenção Áreas esportivas; rede viária; parque Lasesarre (antes e depois)
FIGURA 5 - VISTAS DA ÁREA DE BARAKALDO EM BILBAO – ESPANHA
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Estação de Austerlitz
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AUSTERLITZ
TOLBIAC
MASSéNA
Avenida da França
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Área residencial
Campus UCSF
Área empresarial
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Com Santo André não foi diferente, ocorrendo a estagnação nas áreas
industriais desativadas (STANCOV, 2002). Restaram poucos dos grandes complexos
fabris, Rhodia e Pirelli. Assim, a prefeitura no final dos anos 90, baseada nos modelos
de planejamento estratégico de Barcelona, lança o Projeto Eixo Tamanduatehy,
buscando requalificar a antiga área industrial não só urbanisticamente, mas
também econômica, social e ambientalmente. O projeto faz parte de
procedimentos estratégicos reunidos na política pública denominada “Santo André
Cidade Futuro” (PMSA, 1999).
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(conclusão)
TIPO DE TIPOLOGIAS DOS EMPREENDIMENTOS
INVESTIMENTO
OPERAÇÃO INDUSTRIAL 2
HOSPEDAGEM (HOTÉIS ÍBIS E MERCURE)
Implantação de dois hotéis e centro de convenções, com doação de área para ampliação de
parque público já existente (Parque Celso Daniel). Valorização da indústria do turismo de
negócios, valorizando as cidades do ABC como região para novos empreendimentos
NOVO BAIRRO E HABITAÇÃO (LAND POOLING, CONJUNTO COLAÇO E SWIFT)
INICIATIVA Reajustamento de terras viabilizando o reparcelamento de área de vários proprietários
PRIVADA INDÚSTRIAS (RHODIA, CONDOMÍNIO INDUSTRIAL IRMÃOS FRANCHINI)
Condomínio que conta com acesso direto a ferrovia, fibra ótica, gás natural, energia, água e
oleoduto, beneficiando-se no futuro do centro regional de logística
PROVEDOR (AMERICAN ON LINE)
NOVA RODOVIÁRIA INTERMUNICIPAL
Projeto premiado pelo IAB, implantado por intermédio de concessão para exploração dos
serviços pela iniciativa privada com conexão à ferrovia
PODER PROJETO HABITAR BRASIL (HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL)
PÚBLICO Reestruturação urbanística oferecendo habitação de qualidade com acesso direto da
população a educação, saúde, segurança e lazer, além de geração de emprego e renda
(Programa Santo André Mais Igual, Projeto Melhor Ainda) – recursos do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID)
OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA
Duplicação da Av. Industrial, execução do Terminal Utinga, recuperação da Avenida dos
Estados, execução da Praça Santa Teresinha e Terminal rodoviário de Santo André
PARCERIA CENTRO REGIONAL DE LOGÍSTICA
PÚBLICO- Implantação de um dos maiores portos secos da América Latina, com revitalização da ferrovia,
PRIVADA com 50 a 60% da carga do porto de Santos a ser repassada para este novo Centro Logístico
PARQUE 18 DO FORTE
PARQUE JARDIM CRISTIANE
CENTRO DE ATIVIDADES ANDREZINHO CIDADÃO
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1 A capital britânica Londres foi a cidade escolhida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para receber os
Jogos Olímpicos de 2012, após um processo de seleção que durou um ano e meio.
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Quanto ao concurso Bairro Novo (julho de 2004), este indagou qual seria o
bairro ideal para morar em São Paulo no século XXI. (SEMPLA, 2004). O objetivo foi
selecionar um projeto urbano na região da Água Branca, que ocupasse as glebas
existentes com vistas a melhorar as condições ambientais. O projeto vencedor foi
dos arquitetos Euclides Oliveira, Carolina de Carvalho e Dante Furlan (Figura 16),
que segundo a comissão julgadora promove ruas e esquinas animadas pela mistura
de usos e pessoas.
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Constata-se com esta Operação Urbana, que não adianta propor diretrizes
que não estejam bem articuladas com o próprio Plano Diretor e com outros projetos
urbanos na cidade. Assim, São Paulo, pioneira no uso do instrumento de Operação
Urbana no país, procura estabelecer uma relação mais intensa entre seus projetos.
Sua localização e forte relação com o centro de São Paulo faz desta
operação urbana um espaço de articulação fundamental entre a antiga e nova
centralidade metropolitana (Figura 19). Em função disto, os projetos desta operação
estão incluídos nas ações do Programa Ação Centro do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) e Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb) (SALES, 2005c).
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novo Plano Diretor de São Paulo. Estas discussões apontavam, dentre 13 novas
operações urbanas na cidade, algumas específicas para a orla ferroviária
(reestruturação da Operação Urbana Água Branca e Diagonal Sul). Assim, o
trabalho propõe uma Operação Urbana Orla Ferroviária, que procura constituir uma
base estratégica projetual para as áreas de intervenção. Esta base projetual tem
como referência quatro matrizes urbanas: infra-estruturas (reutilização), fluxos
(sistema de transporte), eixo verde (melhoria ambiental) e bordas urbanas
(consolidação da orla ferroviária como eixo metropolitano) (SOUZA, 2002).
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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VAZIO URBANO
“não-lugares”
termo abrangente para se definir o que sejam áreas desocupadas em meio a malha
urbana
elemento físico
(com possível espaços não
espaço parcelados (glebas)
medição)
VAZIO subutilizado frutos da especulação
ÁREA OCIOSA “em compasso
associado a
FÍSICO elevada
imobiliária
de espera” loteamentos não
quantidade de ocupados
terras
orlas rodoviárias
espaço orlas ferroviárias
VAZIO espaço espaços de servidão de
ESPAÇO desocupado ou
FÍSICO intersticial linhas de alta tensão
RESIDUAL “sobras” subutilizado orlas de rios
E DE USO terrain vague áreas junto a viadutos
miolos de quadras
FONTE: elaborado com base em ABASCAL (2004); BRISSAC (2000); EBNER (1997);
SOLÁ-MORALES (1995); SOUZA (2002); VILLAÇA (1983).
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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O desafio é que, muitas vezes, estas áreas são utilizadas pelo poder público
como “moeda”, com pouco controle sobre a situação resultante, a exemplo de
áreas próximas à antiga estação ferroviária de Curitiba, onde terrenos foram
repassados para o poder privado, sem estudos prévios da sua utilização (Figura 21).
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
72
Recuperação, Zona Residencial 4 e Nova Curitiba, lotes acima de 5.000 m2, e para
as demais zonas, lotes acima de 10.000 m2 (IPPUC, 1983).
A partir destas definições datadas dos anos 80, percebe-se que nesta
época a tipologia de vazio urbano que preocupava os gestores urbanos era
somente relacionada a áreas ociosas. Eram vazios que acarretavam desequilíbrio
na estrutura física e socioeconômica da cidade, tendo como conseqüência a
utilização não racional dos investimentos do poder público associada a
especulação imobiliária (IPPUC, 1983).
Hoje, entretanto, este cenário se alterou. Não se pode considerar o vazio
urbano somente enquanto área ociosa. Contudo, o IPPUC, ainda hoje, não realiza
levantamentos que considerem outras tipologias de vazios urbanos. O
mapeamento de vazios urbanos datado de 2002 utiliza como critério somente lotes
com área superior a 5.000 m2 e que possuam área construída inferior a 70 m2,
envolvendo apenas uma tipologia específica de vazio urbano, que é a área ociosa.
Contudo, as cidades hoje, e Curitiba não é exceção, apresentam não só os vazios
físicos, mas também os de uso.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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RECORTE TEMÁTICO
espaços residuais e remanescentes urbanos ferroviários
RECORTE FÍSICO
área de abrangência
ELEMENTOS DA IMAGEM
CARACTERÍSTICAS
INTRÍNSECAS DA
DA CIDADE
PAISAGEM
USO
RASTRO TEMPORAL
situação atual permeada pelos rastros do passado
FONTE: elaborado pela autora com base em CASTELLO (1999); DEL RIO (1999);
DUARTE (2004b).
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
74
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
75
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
76
NORTE
0 2 4 8Km
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
77
PAISAGEM 01
NORTE
1
RODOFERROVIÁRIA
2
AV. 7 DE SETEMBRO
5
PAISAGEM 03
CARREFOUR
BR-116
PAISAGEM 04
8
RUA STA. 10
CATARINA 11
PAISAGEM 05
12
MARUMBY EXPO CENTER
13
14
PAISAGEM 06
AV. WENCESLAU
BRAZ AV. MARECHAL FLORIANO PEIXOTO
PAISAGEM 07
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
78
Av. 7 de setembro
antiga Estação Ferroviária
Ponte Preta
Rua Conselheiro Laurindo
Fiat Lux
01 02 CENTRO / REBOUÇAS
Rua João Negrão
eixo de animação João
Saldanha
Teatro Paiol
05 06 PRADO VELHO
Rua João Negrão
Concessionárias- pátios de
veículos
07 08
PRADO VELHO
(continua)
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
79
(conclusão)
09 10 PAROLIN
Av. da República
Favela Parolin
Marumby Expo-Center
11 12 PAROLIN / GUAÍRA
Av. da República
Ferrovila
13 14 GUAÍRA
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
80
674.000
675.000
676.000
673.000
NORTE
2
0 200 400 800m 3 PAISAGEM 01
1
7.185.000
4
PAISAGEM 02
5
7.184.000
PAISAGEM 03
6
7.183.000
8
PAISAGEM 04
9
7.182.000
10
PAISAGEM 05
PAISAGEM 06
11
PAISAGEM 07
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
81
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
82
FIGURA 27 - MAPA DAS FAIXAS DE INFLUÊNCIA DIRETA (FID) E INDIRETA (FII) DA ÁREA
DE ABRANGÊNCIA DO ESTUDO
FONTE: elaborado com base em IPPUC (2000).
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
83
FRAGMENTOS
FERROVIA REMANESCENTE
RASGO NA PAISAGEM RASTRO NA PAISAGEM
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
84
Compreender o funcionamento de
cada unidade de paisagem
Identificar as potencialidades e
deficiências
PROGNÓSTICO
(elaborar e interpretar cenários)
FONTE: elaborado com base em CASTELLO (1999); DEL RIO (1999); DUARTE (2004b);
HARDT (1999).
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
85
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
86
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
87
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
88
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
89
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
90
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
91
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
92
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
93
17 / 38 / 39 / 40 / 41 /
CENTRO 2.730 2.347
42 / 58
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
94
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
95
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
96
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
98
VAZIOS URBANOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
99
LOCAL /
TIPOLOGIA DE VAZIO URBANO PROJETO URBANO
CARACTERÍSTICAS
INDUSTRIAIS
ANTIGAS
REBOUÇAS
ÁREAS
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
E PÁTIO DE MANOBRAS CRIAÇÀO DO MUSEU FERROVIÁRIO – RFFSA– 1982
ANTIGAS ÁREAS FERROVIÁRIAS
(3)/(4)/(5)/(6)/(15) (efetivado)
REMANESCENTES PROFAC - PROGRAMA FERROVIÁRIO DE AÇÀO
URBANOS CULTURAL - convênio PMC e RFFSA: – 1993 (não
executado)
OFICINA DE
MANUTENÇÃO DE CRIAÇÃO DE TERMINAL DE ENCOMENDAS – IPPUC –
LOCOMOTIVAS 1977 (não executado)
(8)
(continua)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
100
(continuação)
LOCAL /
TIPOLOGIA DE VAZIO URBANO PROJETO URBANO
CARACTERÍSTICAS
CESSÃO DE DIREITOS POSSESSÓRIOS E COMPRA A
FAVOR DO MUNICÍPIO DE CURITIBA DA FAIXA DE
SEGURANÇA DA LINHA CURITIBA – ENGO. BLEY – PMC –
ANTIGAS ÁREAS
1989 (efetivado)
FERROVIÁRIAS
LINHA FÉRREA
DESATIVADA FERROVILA – IPPUC – 1987 (executado parcialmente)
(Curitiba – Araucária)
(1)/(9)/(10)/(11)/(12)/(13) SISTEMA DE TRANSPORTE DE ALTA CAPACIDADE – IPPUC
– 1999 (não executado)
BR-277 / BR-476 /
não foi identificado nenhum projeto urbano específico
contornos rodoviários
ESPAÇOS
RESIDUAIS
MARGENS DE
FERROVIÁRIAS
FERROVIAS (ativas)
ORLAS
Curitiba – Paranaguá
não foi identificado nenhum projeto urbano específico
Curitiba – Rio Branco do
Sul
Curitiba – Eng. Bley
(continua)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
101
(conclusão)
LOCAL /
TIPOLOGIA DE VAZIO URBANO PROJETO URBANO
CARACTERÍSTICAS
LINHAS DE ALTA
SERVIDÃO DAS
ESPAÇOS DE
LINHA DE ALTA TENSÃO viabilização de emprego e renda por meio de
TENSÃO
espaços de apoio a micro e pequena empresa
Cidade Industrial de
LINHÃO DO ALIMENTO – PMC – 1999 (efetivado)
Curitiba cultivo de lavouras de subsistência em espaços
(15)/(16)
residuais de linhas de transmissão de energia, parceria
DE RIOS ELETROSUL e COPEL
ORLAS
RIO BELÉM
VILA DE OFÍCIOS – PMC – 1995 (efetivado)
(15)
VIADUTOS
JUNTO A
VIADUTO DO
ÁREAS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
102
RESULTADOS E DISCUSSÃO
103
PERCEPÇÃO
PERCEPÇÃO INDIRETA
DIRETA
ENFOQUE
GERAL
ANÁLISE ANÁLISE ANÁLISE ANÁLISE
INDICIAL ESTRUTURAL SIMBÓLICA VIVENCIAL
RESULTADOS E DISCUSSÃO
104
NORTE
Carrefour
SEBRAE
TRE
Habitação popular.
Favela Parolin
Marumby Expo-Center (antiga fábrica
de fogões)
05 PAISAGEM FERROVILA 01
PAISAGEM FERROVILA 02
RESULTADOS E DISCUSSÃO
106
Assim como em outras épocas, uma cidade, até hoje, para se desenvolver
economicamente necessita de uma rede de comunicações para com outras
regiões. Desta maneira, a implantação da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá
favoreceu o crescimento da economia e da malha urbana curitibana. A estação
ferroviária e o trem simbolizaram o progresso, pois foi a partir da ferrovia que uma
nova área foi ocupada com indústrias e residências.
Dessa maneira, a estação ferroviária (inaugurada em 1885 e ampliada em
1890) aparece como um dos principais fragmentos locais, caracterizando-se como
um rastro de uma época cheia de significação (Figura 32). Segundo Oba (1998),
significação esta do período da Curitiba Belle Époque que almejava a “construção
da modernidade” através de símbolos urbanos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
107
RESULTADOS E DISCUSSÃO
108
FIGURA 34 - VISTAS DA PONTE PRETA NOS ANOS DE 1910 E NOS DIAS ATUAIS
FONTE: BARRACHO (2000); DITTMAR (2005)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
109
RESULTADOS E DISCUSSÃO
110
Curitiba - CIC). Além das questões de uso industrial, o transporte ferroviário perde
importância e segundo Oba (1998, p. 277), “a ferrovia passa a ser entendida como
uma barreira física e psicológica para a expansão e circulação urbana”.
Na década de 70, este processo é intensificado em função da Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo (1975), que incentiva as indústrias a se
transferirem para a CIC (IPPUC, 2003b). Nesta época (1972), inaugura-se a então
moderna Rodoferroviária (PARANÁ, 1978). A antiga estação deixa de operar em 13
de novembro de 1972, quando da última viagem de trem para Paranaguá. Alguns
trens turísticos com destino a Lapa utilizaram a antiga estação até os anos 80. A
década de 70 se caracteriza por transformações, com ocorrência de várias
modificações nos traçados e estações ferroviárias. Introduzindo as chamadas
“variantes”.
O ramal do antigo traçado (Curitiba-Araucária), que passava pelo Portão,
Barigüi e Passaúna, é substituído pela variante Pinhais - Engenheiro Bley em 1977
(RFFSA, 1985), em função do crescimento da cidade, que não mais comportava o
transporte de carga passando por áreas residenciais. A partir de então, este trecho
passa a ser utilizado somente para passageiros, nos chamados “trens de subúrbio”.
Esta situação de trem de passageiros dura somente até 1984, quando este meio de
transporte urbano é erradicado deste trecho, em função da falta de investimentos
neste tipo de empreendimento. Em função da inatividade do uso da linha férrea, os
trilhos são retirados em 1990, se caracterizando um extenso vazio urbano na cidade
de Curitiba.
Em termos administrativos, as ferrovias paranaenses passaram por
momentos distintos. Entre 1891-1942, a Estrada de Ferro Paraná gerenciava todo o
sistema. Em 1942, foi englobada pela Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-
1975), e esta, em 1975, é transformada em uma divisão da Rede Ferroviária Federal
Sociedade Anônima (RFFSA) (1975-1996). Em 1996, período de desestatizações das
linhas férreas, as ferrovias do Paraná passaram a ser operadas pela América Latina
Logística (ALL), por meio de concessão, situação que permanece até os dias atuais.
A partir do entendimento histórico do espaço, tem-se o levantamento e
classificação dos fragmentos e rastros ferroviários impressos na paisagem, segundo
uma linha temporal.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
111
0 400 800m
ESPAÇO UNO - vínculo com a ferrovia – relação direta – usos voltavam-se para a linha férrea
ESPAÇO FRAGMENTADO - perde-se o vínculo com a ferrovia – relação indireta ou inexistente – usos
voltam-se de “costas” para a área da antiga linha férrea
RESULTADOS E DISCUSSÃO
112
Espaços abertos
da antiga ferrovia
03
sem uso (vazios)
VAZIOS DA LINHA
(7)
Espaços juntos a
fundos de lotes
04
sem uso (vazios)
FUNDOS DE LOTE
(8)
Ferrovila
(9)
05
FERROVILA 01
Ocupações
06 irregulares
OCUPAÇÕES (10)
IRREGULARES
Ferrovila Fragmentos
07
(11) ferroviários
FERROVILA 02
(12)
fragmentos
ferroviários
RESULTADOS E DISCUSSÃO
113
NORTE
3 1
0 200 400 800m
2 4
10
12
11
RESULTADOS E DISCUSSÃO
114
RESULTADOS E DISCUSSÃO
115
RESULTADOS E DISCUSSÃO
116
RESULTADOS E DISCUSSÃO
117
10
NORTE
Curitiba-Paranaguá
8 6 (trecho em atividade)
9 7
Curitiba-Ponta Grossa
(trecho desativado)
Avenida
Wenceslau Braz
Avenida Marechal Floriano Peixoto
1 Centro Comercial 7 Universidade
2 Centro Industrial (Rebouça) 8 Hipódromo
3 Parque Ahú 9 Exposição / Feira
4 Centro Militar 10 Parque / Lagoa
5 Estádio 11 Centro Cívico
6 Parque trecho em estudo da antiga linha Curitiba-Ponta Grossa
FIGURA 39 MAPA DAS AVENIDAS PREVISTAS PELO PLANO AGACHE (1942) E DOS
TRECHOS FERROVIÁRIOS EM CURITIBA
FONTE: elaborado com base em IPPUC (2004).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
118
RESULTADOS E DISCUSSÃO
119
NORTE
0 2 4 8 Km
trecho em estudo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
120
RESULTADOS E DISCUSSÃO
121
RESULTADOS E DISCUSSÃO
122
NORTE
0 2 4 8 Km
trecho em estudo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
123
RESULTADOS E DISCUSSÃO
124
Curitiba ficou sem revisar seu Plano Diretor por longo espaço de tempo. De
1975 a 1996, foram realizadas apenas revisões em compartimento específicos, nos
chamados Setores Especiais. Assim, na nova estruturação do Plano Diretor de 2000,
o eixo ferroviário não é tratado de maneira diferenciada como no plano anterior.
Seu espaço é incorporado na característica de ocupação de seu entorno. O
zoneamento (Anexo 1) instituído pela Lei Municipal No 9.800, de 3 de janeiro de 2000
(Figura 44 e Figura 45) determina que (CURITIBA, 2004):
a) parte da área mantenha-se como Setor Especial Estrutural (SE), junto a
antiga Estação Ferroviária;
b) nas áreas de antigos barracões industriais (Swedish Match), o uso
residencial de maior densidade é incentivado (ZR-4);
c) na região do Teatro Paiol até o cruzamento da Avenida Marechal
Floriano Peixoto, uso também residencial, entretanto, menos denso (ZR-
3);
d) e no final do trecho fazendo parte dos Setores Especiais dos Eixos de
Adensamento, tem-se o Setor Especial da Avenida Marechal Floriano
Peixoto (SE-MF) e o Setor Especial da Avenida Wenceslau Braz (SE-WB),
caracterizando-se por eixos de crescimento complementares da
estruturação urbana, de ocupação mista e de média-alta densidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
125
NORTE
0 2 4 8 Km
trecho em estudo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
126
RESULTADOS E DISCUSSÃO
127
NORTE
2 HOSPITAL PSIQUIÁTRICO
4 BANHADO
5 FAVELA VALETÃO
7 INDÚSTRIA
PLATAFORMA - PARADAS
4
3
7 BR-116
Av. Marechal Floriano Peixoto
Av. Wenceslau Braz
PRINCIPAIS EIXOS DE CIRCULAÇÃO (ENTORNO DA FERROVIA)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
129
NORTE
2 HOSPITAL PSIQUIÁTRICO
3 AUTOLÂNDIA (concessionárias)
5 FAVELA VALETÃO
6 FAVELA PAROLIN
8 FERROVILA
8 7 Av. Mal.
Floriano Peixoto
BR-116
FIGURA 48 - CARTA-IMAGEM DO EIXO FERROVIÁRIO NO TRECHO EM ESTUDO E
CARACTERIZAÇÃO DAS SUAS BORDAS NOS ANOS 2000
FONTE: elaborado com base em ESTEIO (2000).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
130
RESULTADOS E DISCUSSÃO
131
RESULTADOS E DISCUSSÃO
132
NORTE
0 1 2 4Km
RESULTADOS E DISCUSSÃO
133
ALTA DECLIVIDADE
PARQUES A CRIAR
PARQUE EXISTENTE
ZONA AGRÍCOLA
COBERTURA ARBÓREA
SIGNIFICATIVA
ÁREAS UNUNDÁVEIS
NORTE
0 1 2 4Km
RESULTADOS E DISCUSSÃO
134
Teatro Paiol
RESULTADOS E DISCUSSÃO
135
RESULTADOS E DISCUSSÃO
136
RESULTADOS E DISCUSSÃO
137
sem escala
RESULTADOS E DISCUSSÃO
138
RESULTADOS E DISCUSSÃO
139
NORTE
0 1 2 4Km
RESULTADOS E DISCUSSÃO
140
RESULTADOS E DISCUSSÃO
141
RESULTADOS E DISCUSSÃO
142
RESULTADOS E DISCUSSÃO
143
35,0%
29,9%
30,0%
27,1%
25,0% 22,9%
20,1%
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
morador trabalhador estudante transeunte
RESULTADOS E DISCUSSÃO
144
Ensino fundamental
Ensino fundamental
acima de 60 anos
Ensino superior
Ensino superior
nuca estudou
Ensino básico
Ensino básico
Ensino médio
Ensino médio
18 a 30 anos
31 a 45 anos
46 a 60 anos
incompleto
incompleto
incompleto
incompleto
masculino
completo
completo
completo
completo
feminino
Número Total 96 48 77 33 25 9 0 7 6 4 14 12 33 58 10
Porcentagem
em relação
ao total de 66,7% 33,3% 53,4% 22,9% 17,4% 6,3% 0,0% 4,9% 4,2% 2,8% 9,7% 8,3% 22,9% 40,3% 6,9%
entrevistas
aplicadas
60% 5 3 ,4 %
80%
66,7% 50%
70%
60% 40%
50%
30% 2 2 ,9 %
40% 33,3% 1 7 ,4 %
20%
30%
20% 10% 6 ,3 %
10% 0%
0% 18 a 30 31 a 45 46 a 60 a c im a d e
Sexo m asculino Sexo fem inino anos anos anos 60 anos
50%
40,3%
40%
30%
22,9%
20%
9,7% 8,3%
10% 4,9% 6,9%
4,2% 2,8%
0,0%
0%
incompleto
completo
incompleto
completo
incompleto
completo
estudou
Fundamental
Fundamental
Nunca
Superior
incompleto
Básico
Médio
Superior
completo
Básico
Médio
RESULTADOS E DISCUSSÃO
145
35,0%
32,0%
30,5%
30,0% 28,5%
25,0%
20,0%
15,0%
9,0%
10,0%
5,0%
0,0%
não residente de 1970 - dias de 1981 - dias de 1991 - dias
atuais atuais atuais
RESULTADOS E DISCUSSÃO
146
10 Ver item 3.1.2.2 do capítulo 3 – Procedimentos Metodológicos e Figura 26 do capítulo 4 – Resultados e Discussão
RESULTADOS E DISCUSSÃO
147
% DE
NÚMERO DE RECONHECIMENTO DA
COMPARTIMENTO IDENTIFICAÇÃO DA
RECONHECIMENTO DA IMAGEM EM RELAÇÃO
DE PAISAGEM IMAGEM
IMAGEM AO TOTAL DE
ENTREVISTADOS (144)
1B 60 41,7
2A 92 63,9
2B 65 45,1
3A 99 68,8
01. ANTIGA ESTAÇÃO 3B 89 61,8
4A 46 31,9
4B 40 27,8
5A 56 38,9
5B 75 52,1
6A 36 25,0
6B 37 25,7
02. PARQUE LINEAR
7A 47 32,6
fragmentos
7B 31 21,5
ferroviários
8A 25 17,4
8B 26 18,1
9A 25 17,4
9B 23 16,0
10A 12 8,3
03. VAZIO DA LINHA
10B 14 9,7
11A 15 10,4
11B 22 15,3
12A 26 18,1
12B 46 31,9
04. FUNDOS DE LOTE 13A 27 18,8
13B 28 19,4
14A 20 13,9
14B 45 31,3
05. FERROVILA 01 15A 42 29,2
15B 39 27,1
16A 19 13,2
16B 11 7,6
17A 11 7,6
06. OCUPAÇÕES 17B 16 11,1
IRREGULARES 18A 12 8,3
18B 7 4,9
19A 9 6,3
19B 18 12,5
RESULTADOS E DISCUSSÃO
148
NORTE
1B
2A
2B
3
antiga estação
2 3A
4
1 3B
5 4A
sentido B 4B
01
5A
5B
6 6A
6B
parque linear
7A
7 7B
02
8A
8B
9A
vazio da linha
9B
10A
10B
9
03
11A
10
11B
11
12A
fundos de lote
12B
13A
12
13B
04
14A
Ferrovila 1
14B
13
15A
05
15B
16A
14
ocupações irregulares
16B
17A
17B
15
18A
16
18 18B
17
19A
06
19 19B
20A
Ferrovila 2
20
21 20B
21A
07
sentido A
RESULTADOS E DISCUSSÃO
149
RESULTADOS E DISCUSSÃO
150
RESULTADOS E DISCUSSÃO
151
RESULTADOS E DISCUSSÃO
152
RESULTADOS E DISCUSSÃO
153
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
NORTE 1B
2A
3 2B
2 3A
4
1
antiga estação
3B
5 4A
sentido B 4B
5A
01
5B
6
6A
6B
parque linear
7A
7 7B
02
8A
8B
9A
vazio da linha
9B
10A
10B
9
03
11A
10
11B
11
12A
fundos de lote
12B
13A
12
13B
04
14A
Ferrovila 1
14B
13
15A
15B 05
16A
14
ocupações irregulares
16B
17A
17B
15
18A
16
18 18B
17
19A
06
19 19B
20A
Ferrovila 2
20
21 20B
Direta
direta
21A
07
Indireta
indireta
sentido A
FIGURA 59 - GRÁFICO DA MEMÓRIA INDICIAL DOS ENTREVISTADOS A PARTIR DAS
IMAGENS FOTOGRÁFICAS IDENTIFICADAS CONSIDERANDO A FAIXA DE
INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA
FONTE : elaborado com base em entrevistas aplicadas.
NOTA : a denominação B e A corresponde a identificação do percurso horário e anti-horário nos
pontos de visibilidade
RESULTADOS E DISCUSSÃO
154
NORTE 1B
2A
3 2B
antiga estação
2 3A
4
1 3B
5 4A
sentido B
01
4B
5A
5B
6
6A
6B
parque linear
7A
7 7B
02
8A
8B
9A
vazio da linha
9B
10A
10B
9
03
11A
10
11B
11
12A
fundos de lote
12B
13A
12
13B
04
14A
Ferrovila 1
14B
13
15A
15B
05
16A
14
ocupações irregulares
16B
17A
15 17B
18A
16
18 18B
17
19A
06
19 19B
Ferrovila 2
07
20A
20
21 20B morador trabalhador
morador trabalhador
21A estudante
estudante transeunte
transeunte
sentido A
FIGURA 60 - GRÁFICO DA MEMÓRIA INDICIAL DOS ENTREVISTADOS A PARTIR DAS
IMAGENS FOTOGRÁFICAS IDENTIFICADAS CONSIDERANDO A RELAÇÃO
DO PESQUISADO COM A ÁREA DE ESTUDO
FONTE : elaborado com base em entrevistas aplicadas.
NOTA : a denominação B e A corresponde a identificação do percurso horário e anti-horário nos
pontos de visibilidade
RESULTADOS E DISCUSSÃO
155
RESULTADOS E DISCUSSÃO
156
20B 21A
16B 17A
7,6% 7,6% 0%
COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 06. OCUPAÇÕES IRREGULARES
RESULTADOS E DISCUSSÃO
157
3 2B
antiga estação
2 3A
4
1 3B
5 4A
sentido B
01
4B
5A
5B
6
6A
6B
parque linear
7A
7 7B
02
8A
8B
9A
8
vazio da linha
9B
10A
10B
9
03
11A
10
11B
11
12A
fundos de lote
12B
13A
12
13B
04
14A
Ferrovila 1
14B
13
15A
05
15B
16A
14 16B
ocupações irregulares
17A
15 17B
18A
16
18 18B
17
19A
06
não
nãoresidente
residente
19 19B
antes
antes de 70 até
dehoje 70 até
Ferrovila 2
20 20A hoje
21 20B 8181atéaté
hoje hoje
21A 9191atéaté
hoje hoje
07
sentido A
FIGURA 61 - GRÁFICO DA MEMÓRIA INDICIAL DOS ENTREVISTADOS A PARTIR DAS
IMAGENS FOTOGRÁFICAS IDENTIFICADAS CONSIDERANDO O PERÍODO
DE VIVÊNCIA NA CIDADE
FONTE : elaborado com base em entrevistas aplicadas.
NOTA : a denominação B e A corresponde a identificação do percurso horário e anti-horário nos
pontos de visibilidade
RESULTADOS E DISCUSSÃO
158
2A
3 2B
antiga estação
2 3A
4
1 3B
5 4A
sentido B
01
4B
5A
5B
6
6A
parque linear
6B
7A
7 7B
02
8A
8B
9A
vazio da linha
9B
10A
10B
9
03
11A
10
11B
11
12A
fundos de lote
12B
13A
12
13B
04
14A
Ferrovila 1
14B
13
15A
05
15B
16A
14
ocupações irregulares
16B
17A
17B
15
18A
16
18 18B
17
19A
06
19 19B
Ferrovila 2
20A
20
21 20B
mesma paisagem;
1B DIFERE DE 2A pontos diferentes
21A
07
paisagens
2A DIFERE DE 2Bdiferentes; mesmos pontos
sentido A
FIGURA 62 - GRÁFICO DA MEMÓRIA INDICIAL DOS ENTREVISTADOS A PARTIR DAS
IMAGENS FOTOGRÁFICAS IDENTIFICADAS CONSIDERANDO A DIFERENÇA
PERCENTUAL ENTRE PAISAGENS
FONTE : elaborado com base em entrevistas aplicadas.
NOTA : a denominação B e A corresponde a identificação do percurso horário e anti-horário nos
pontos de visibilidade
RESULTADOS E DISCUSSÃO
159
4.2 DIAGNÓSTICO
PERCEPÇÃO
PERCEPÇÃO INDIRETA
DIRETA
ENFOQUE ESPECÍFICO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
160
RESULTADOS E DISCUSSÃO
161
3B 02
4A
04
3A
4B
2B
2A 03
01
5A
1B
5B
05
RESULTADOS E DISCUSSÃO
QUADRO 18 - QUADRO SÍNTESE DOS RASTROS DO COMPARTIMENTO DE PAISAGEM 01 – ANTIGA ESTAÇÃO
1894 – ampliação do
edifício da Estação
Ferroviária(2 andares)
3A
68,8%
2A
63,9%
Ponte Preta
3B
61,8%
Fragmentos de
linha férrea
5B
52,1%
INDICIAL ESTRUTURAL SIMBÓLICA VIVENCIAL
FONTE: elaborado com base em entrevistas aplicadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
164
RESULTADOS E DISCUSSÃO
165
6A
6B
01
7A
7B
02
8A
8B
RESULTADOS E DISCUSSÃO
166
RASTRO 01 RASTRO 02
PONTE FÉRREA TEATRO PAIOL (rastro indireto)
1894 – implantação do ramal
ferroviário Curitiba - Ponta Grossa
1950 - 1990
hoje – fragmento
RESULTADOS E DISCUSSÃO
167
7A
32,6%
6B
25,7%
Vazio
8B
18,1%
Vazio
8A
17,4%
INDICIAL ESTRUTURAL SIMBÓLICA VIVENCIAL
FONTE: elaborado com base em entrevistas aplicadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
168
RESULTADOS E DISCUSSÃO
169
9A
9B
10A
10B
11A
11B
RESULTADOS E DISCUSSÃO
170
Linha formada
pela via
9A
17,4%
Linha formada
pela ciclovia
11B
15,3%
Vazio
10B
9,7%
Vazio
10A
8,3%
INDICIAL ESTRUTURAL SIMBÓLICA VIVENCIAL
FONTE: elaborado com base em entrevistas aplicadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
171
RESULTADOS E DISCUSSÃO
172
12A
12B
13A
13B
01
14A
rastros na paisagem
RESULTADOS E DISCUSSÃO
173
RASTRO 01
FRAGMENTOS DE TRILHOS
1894 – implantação do ramal
ferroviário Curitiba - Ponta Grossa
1950 - 1990
hoje – fragmentos
RESULTADOS E DISCUSSÃO
174
12B
31,9%
Linha formada
pela ciclovia
13B
19,4%
Linha formada
pela ciclovia
13A
18,8%
Linha formada
pela ciclovia
12A
18,1%
INDICIAL ESTRUTURAL SIMBÓLICA VIVENCIAL
FONTE: elaborado com base em entrevistas aplicadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
175
RESULTADOS E DISCUSSÃO
176
14B
15A
15B
RESULTADOS E DISCUSSÃO
177
14B
31,3%
15A
29,2%
15B
27,1%
RESULTADOS E DISCUSSÃO
178
RESULTADOS E DISCUSSÃO
179
17A
16A
18B 18A 17B 16B
19A
19B
RESULTADOS E DISCUSSÃO
180
Empreendimento de
habitação –
Ferrovila ao fundo
16A
13,2%
Vazio Empreendimento de
habitação –
Ferrovila ao fundo
19B
12,5%
Vazio
19A
6,3%
18B
4,9%
INDICIAL ESTRUTURAL SIMBÓLICA VIVENCIAL
FONTE: elaborado com base em entrevistas aplicadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
181
RESULTADOS E DISCUSSÃO
182
20A
20B
21A
01
rastros na paisagem
RESULTADOS E DISCUSSÃO
183
1950 - 1990
hoje – fragmentos
Linearidade Empreendimento
formada pela via de habitação –
e muro Ferrovila
20A
20,1%
Empreendimento
de habitação –
Ferrovila
20B
13,2%
Fragmentos de Empreendimento
trilhos de habitação –
Ferrovila
21A
53,5%
INDICIAL ESTRUTURAL SIMBÓLICA VIVENCIAL
FONTE: elaborado com base em entrevistas aplicadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
184
4.3 CENÁRIOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
186
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
187
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
188
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
189
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
REFERÊNCIAS
192
REFERÊNCIAS
193
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200
REFERÊNCIAS
201
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<http://www.santoandre.sp.gov.br/pop_up_noticia.asp?cod=605>. Acesso em: 30
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Fundação Perseu Abramo, 2004, p. 51-56. Coleção Pensamento Radical.
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Martins Fontes, 1997.
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Disponível em: http://pub.ucsf.edu/missionbay/history/sitebody.php. Acesso em 25
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REFERÊNCIAS
206
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http://www.santoandre.sp.gov.br/bn_conteudo_secao.asp?opr =226>. Acesso em:
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SANTO ANDRÉ. Prefeitura Municipal. Projeto Eixo Tamanduatehy. s/d. Disponível em:
<http://www.santoandre.sp.gov.br/bnews3/images/multimidia/images/mapa%20pr
ojeto %20eixo%20tamanduatehy.jpg>. Acesso em: 10 jan. 2006b.
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<http://pub.ucsf.edu/missionbay/history>. Acesso em 25 jan. 2006.
REFERÊNCIAS
209
REFERÊNCIAS
APÊNDICE
211
APÊNDICE 01
QUESTIONÁRIO TESTE
APÊNDICE
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia - CCET
Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana - PPGTU
ANÁLISE VIVENCIAL
PESQUISA
Mestranda: Adriana Cristina Corsico Dittmar
Orientadora: Profa. Dra. Letícia Peret Antunes Hardt
Não identifico
Outro: Qual?________________________
QUESTIONÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO
Atual Pátio de manobras
NOME opcional
Shopping Center
SEXO
masculino
feminino
Museu ferroviário
IDADE anos
Estação ferroviária
Desde antes de 1970 até hoje
Não lembra espaço algum
EM QUE
De 1970 a 1980
Outro: Qual?_________________
Outro:
Qual?________________
Prédio da prefeitura
Shopping Center
Nunca estudou
Museu ferroviário
Ensino Básico
(1ª a 4ª série)
Completo
Incompleto
Estação ferroviária
Outro:
Qual?________________________
QUESTIONÁRIO
4. TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM
Em quais destes espaços você acha que um dia passou uma linha férrea
(linha de trem) na cidade? PODE SER ASSINALADA MAIS DE UMA ALTERNATIVA
QUESTIONÁRIO
5. GESTÃO URBANA
Na sua opinião que usos poderiam ter estes espaços vazios na cidade? ASSINALE UMA ÚNICA OPÇÃO PARA CADA FOTO.
Moradia
Moradia
Comércio Comércio
Outro: Qual?_________________
Outro: Qual?_________________
Moradia
Moradia
Comércio
Comércio
Área de Lazer
Área de Lazer
Área para transporte
Área para transporte
Manter como está
Manter como está
Outro: Qual?_________________
Outro: Qual?_________________
Moradia
Moradia
Comércio
Comércio
Área de Lazer
Área de Lazer
Área para transporte
Área para transporte
Manter como está
Manter como está
Outro: Qual?_________________
Outro: Qual?_________________
Moradia
Moradia
Comércio
Comércio
Área de Lazer
Área de Lazer
Área para transporte
Área para transporte
Manter como está
Manter como está
Outro: Qual?_________________
Outro: Qual?_________________
QUESTIONÁRIO
217
APÊNDICE 02
APÊNDICE
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia - CCET
Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana - PPGTU
ANÁLISE VIVENCIAL
Mestranda: Adriana Cristina Corsico Dittmar
Orientadora: Profa. Dra. Letícia Peret Antunes Hardt
PESQUISA
AGRADECEMOS A ATENCÃO E COLABORAÇÃO
Outro: Qual?______________
Nunca estudou
Ensino Básico
(1ª a 4ª série)
Completo
Incompleto
GRAU DE Ensino Fundamental
(5ª a 8ª série)
Completo
Incompleto
ESCOLARIDADE
Ensino Médio
(secundário)
Completo
Incompleto
Ensino Superior
Completo
Incompleto
PROFISSÃO
ANEXO 01
LEI N. 9.800/2000
ANEXO
224
LEI N° 9.800
de 03 de janeiro de 2000.
“Dispõe sobre o Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo
no Município de Curitiba e dá outras providências.”
A CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, CAPITAL DO ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu, Prefeito
Municipal, sanciono a seguinte lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º. Esta lei dispõe sobre a divisão do território do Município em zonas e setores e estabelece critérios e
parâmetros de uso e ocupação do solo, com o objetivo de orientar e ordenar o crescimento da cidade.
Art. 2º. Zoneamento, é a divisão do território do Município visando dar a cada região melhor utilização em função do
sistema viário, da topografia e da infra-estrutura existente, através da criação de zonas e setores de uso e ocupação do solo e
adensamentos diferenciados.
Parágrafo único. As zonas e setores serão delimitados por vias, logradouros públicos, acidentes topográficos e divisas
de lote.
Art. 3º. O Zoneamento e os critérios de Uso e Ocupação do Solo atendem a Política Urbana para o Município,
definida com os seguintes objetivos:
I - estímulo à geração de empregos e renda, incentivando o desenvolvimento e a distribuição equilibrada de novas
atividades;
II - compatibilização do uso do solo com o sistema viário e transporte coletivo;
III - incentivo à ocupação ordenada ao longo dos eixos de ligação com os demais municípios da Região
Metropolitana de Curitiba – RMC;
IV - hierarquização do sistema viário, de forma a garantir o efetivo deslocamento de veículos, atendendo às
necessidades da população, do sistema de transporte coletivo, bem como o adensamento habitacional e de atividades
comerciais e de serviços;
V - desenvolvimento e recuperação das áreas periféricas integrando-as ao espaço urbano;
V I - v i a b i l i z a ç ã o d e m e i o s q u e p r o p o r c i o n e m q u a l i d a d e d e v i d a à população, em espaço urbano
adequado e funcional e o planejamento integrado às políticas públicas;
V I I - p r e s e r v a ç ã o d a e s c a l a d a c i d a d e e d e s e u s v a l o r e s n a t u r a i s , culturais e paisagísticos;
VIII - compatibilização das políticas de incentivos à preservação do Patrimônio Cultural, Paisagístico e Ambiental;
IX - participação da comunidade na gestão urbana.
Art. 4º. As disposições desta lei deverão ser observadas obrigatoriamente:
I - na concessão de alvarás de construção;
II - na concessão de alvarás de localização de usos e atividades urbanas;
III - na execução de planos, programas, projetos, obras e serviços referentes a edificações de qualquer natureza;
IV - na urbanização de áreas;
V - no parcelamento do solo.
CAPÍTULO II
DAS ZONAS E SETORES DE USO
Art. 5º. O Município de Curitiba, conforme mapa de zoneamento anexo, que faz parte integrante desta lei, fica
dividido nas seguintes zonas e setores de uso:
I - Zona Central – ZC;
II - Zonas Residenciais – ZR;
III - Zonas de Serviços – ZS;
IV - Zonas de Transição – ZT;
V - Zonas Industriais – ZI;
VI - Zonas de Uso Misto – ZUM;
VII - Zonas Especiais – ZE;
VIII - Zona de Contenção – Z-CON;
IX -Áreas de Proteção Ambiental – APA;
X - Setores Especiais – SE.
Parágrafo único. Os critérios de uso e ocupação do solo nos lotes nas diversas zonas e setores especiais são os
contidos nos Quadros anexos sob nºs I a XLIV, que fazem parte integrante desta lei.
Art. 6º. A Zona Central - ZC, centro tradicional da cidade, é caracterizada pela grande concentração de atividades e
funções urbanas de caráter setorial.
Art. 7º. As Zonas Residenciais – ZR, segundo suas características e intensidade de uso e ocupação do solo são as
seguintes:
I - Zona Residencial de Ocupação Controlada – ZR-OC;
II - Zona Residencial Um – ZR-1;
III - Zona Residencial Dois – ZR-2;
IV - Zona Residencial Três – ZR-3;
V - Zona Residencial Quatro – ZR-4;
VI - Zona Residencial Batel – ZR-B;
VII - Zona Residencial Mercês – ZR-M;
ANEXO
225
ANEXO
226
Art. 17. Os Setores Especiais Estruturais compreendem os terrenos existentes entre as vias externas de tráfego
contínuo que compõem o sistema viário estrutural, à exceção do sistema viário que define o Setor Especial Estrutural ao
longo da Av. Pres. Affonso Camargo, conforme indicado em mapa de zoneamento, em anexo, que faz parte integrante desta
lei.
§ 1º. Entende-se como sistema viário estrutural, o sistema trinário composto por uma via central e duas vias externas,
sendo a via central aquela que contém a canaleta para o transporte de massa e as pistas lentas para atendimento às atividades
lindeiras, e as vias externas, as ruas paralelas com sentido único de tráfego destinada ao fluxo contínuo de veículos.
§ 2º. Nos terrenos com frente para a via central dos Setores Especiais Estruturais deverá ser assegurada uma
continuidade à testada comercial das novas edificações, através deproposta específica de ocupação, denominada Plano
Massa.
§ 3º. Os critérios de ocupação e de implantação do “Plano Massa” serão regulamentados através de ato do Poder
Executivo Municipal.
Art. 18. Os Setores Especiais dos Eixos de Adensamento são eixos de crescimento, complementares da estruturação
urbana, de ocupação mista e de média-alta densidade habitacional.
§ 1º. Os Setores Especiais dos Eixos de Adensamento, compreendem as áreas definidas no mapa de zoneamento, em
anexo, que faz parte integrante desta lei, com as seguintes denominações:
I - Setor Especial da BR-116 – SE-BR-116;
II - Setor Especial da Av. Marechal Floriano Peixoto – SE-MF;
III - Setor Especial da Av. Comendador Franco – SE-CF;
IV - Setor Especial da Av. Pres. Wenceslau Braz – SE-WB;
V - Setor Especial da Av. Pres. Affonso Camargo – SE-AC;
VI - Setor Especial da Rua Engenheiro Costa Barros – SE-CB.
§ 2º. Os parâmetros de uso e ocupação do solo estabelecidos para o Setor Especial da BR-116 – SE-BR-116, poderão
ser estendidos para outras áreas, quando assim o exigir o interesse público.
Art. 19. Os Setores Especiais Conectores – CONEC, em número de quatro, caracterizam-se por eixos de ocupação
mista, de média densidade habitacional, fazendo a conexão entre o Setor Especial Estrutural e a Cidade Industrial de
Curitiba.
Art. 20. O Setor Especial do Centro Cívico - CC, compreende a área onde se concentram atividades administrativo-
institucionais do Serviço Público Estadual e Municipal, admitindo-se o uso habitacional e atividades comerciais e de
prestação de serviços.
Art. 21. O Sistema Viário Básico de Curitiba é o conjunto de vias públicas, hierarquizadas, que constituem o suporte
físico da circulação urbana do território do Município e garantem sua integração ao sistema de transporte coletivo e ao uso
do solo.
Parágrafo único. A hierarquia de acessibilidade proporcionada pelo Sistema Viário Básico objetiva:
I - induzir uma estrutura urbana linearizada;
II - equilibrar a repartição de fluxos na rede viária;
III - otimizar o potencial das diversas zonas e setores da cidade;
IV - definir os corredores de comércio e serviços.
Art. 22. Para efeito do Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo, as vias integrantes dos Setores Especiais do Sistema
Viário Básico classificam-se em:
I - Vias de Ligação Prioritária 1 e 2 – caracterizam-se como corredores com grande volume de tráfego,
estabelecendo ligações entre os Setores Especiais Estruturais e vias importantes do sistema viário principal, onde os
parâmetros de uso e ocupação do solo devem proporcionar a fluidez do tráfego;
II - Vias Setoriais – são eixos de ligação entre regiões, municípios vizinhos, área central e áreas periféricas,
possuindo forte integração e articulação com o sistema viário principal, coincidindo em alguns casos com os antigos
caminhos de chegada à Curitiba, admitindo os usos preferencialmente setoriais;
III - Vias Coletoras 1 – caracterizam-se por vias com média extensão e integradas ao sistema viário principal, que já
concentram o tráfego local e o comércio e serviço de médio porte de atendimento à região;
IV - Vias Coletoras 2 – caracterizam-se por vias de pequena extensão, no interior dos bairros, podendo ou não ter
ligação com o sistema viário principal, onde se situam atividades de pequeno e médio porte para atendimento ao bairro;
V - Vias Coletoras 3 – são vias de pequena e média extensão que estruturam as áreas de habitação de interesse social,
onde devem se concentrar os usos voltados ao interesse da região, propiciando a geração de emprego e renda.
Art. 23. O Setor Especial Histórico - SH, parte da área central, engloba um grandenúmero de edificações originárias
do processo de ocupação da cidade do fim do século XIX e início do século XX, caracterizando o núcleo urbano com maior
expressão histórica e cultural.
Art. 24. O Setor Especial Preferencial de Pedestres – SE-PE compreende os terrenos com testada para as vias
públicas bloqueadas total ou parcialmente ao tráfego de veículos.
Parágrafo único. Nos terrenos pertencentes ao Setor Especial Preferencial de Pedestres, não será permitida a área
destinada a estacionamento.
Art. 25. Os Setores Especiais Comerciais do Umbará – SC-UM e de Santa Felicidade – SC-SF compreendem áreas
destinadas à implantação de atividades comerciais e de prestação de serviços visando o atendimento do bairro, ou região.
Parágrafo único. Fazem parte dos Setores Especiais Comerciais do Umbará e de Santa Felicidade os terrenos com
testada para as ruas que delimitam os setores até uma profundidade de 100,00m (cem metros), contados a partir do
alinhamento predial.
ANEXO
227
Art. 26. O Setor Especial Nova Curitiba – NC, constitui-se num eixo de desenvolvimento urbano de ocupação mista,
localizado no prolongamento oeste do Setor Estrutural Norte, caracterizado por um sistema trinário conforme definido no §
1º do art. 17 desta lei.
Art. 27. O Setor Especial Institucional - SEI, compreende área de ocupação mista com predominância de prestação
de serviços e de média densidade habitacional, com grande concentração de equipamentos educacionais e de serviços
públicos de grande porte.
Art. 28. O Setor Especial dos Pontos Panorâmicos – SE-PP é constituído pelos locais de observação da paisagem e
pelos terrenos situados na encosta dessas elevações, onde os parâmetros de uso e ocupação do solo serão controlados de
maneira a não causar interferências.
Art. 29. O Setor Especial de Habitação de Interesse Social - SEHIS compreende as áreas onde há interesse público
em ordenar a ocupação por meio de urbanização e regularização fundiária, em implantar ou complementar programas
habitacionais de interesse social, e que se sujeitam a critérios especiais de parcelamento, uso e ocupação do solo.
Art. 30. O Setor Especial Linhão do Emprego – SE-LE, é constituído por área de ocupação mista com predominância
de atividades de comércio, prestação de serviços e pequenas indústrias voltadas à vocação da região e com incentivos à
geração de emprego e renda.
Art. 31. O Setor Especial do Pólo de Software – SE-PS compreende o Parque de Software e áreas adjacentes
conforme delimitado no mapa de zoneamento, anexo, que faz parte integrante desta lei, onde se incentiva a ocupação
voltada ao comércio, serviços, desenvolvimento e manutenção de equipamentos de informática.
Art. 32. O Setor Especial de Ocupação Integrada – SE-OI compreende área reservada a empreendimentos
habitacionais, de comércio e serviço e a equipamentos de uso público, o qual será objeto de plano de ocupação específico.
Art. 33. Tendo em vista a dinâmica de crescimento da cidade, e as características naturais e peculiares de
determinadas áreas e setores, serão objeto de regulamentação específica:
I - Áreas de Proteção Ambiental;
II - Setor Especial de Áreas Verdes;
III - Setor Especial do Anel de Conservação Sanitário-Ambiental;
IV - Setor Especial Histórico;
V - Setores Especiais do Sistema Viário Básico.
CAPÍTULO IV
DA CLASSIFICAÇÃO DOS USOS
Art. 34. Os usos do solo, segundo suas categorias classificam-se em:
I - habitacional – edificação destinada à habitação permanente ou transitória;
II - comunitário – espaço, estabelecimento ou instalação destinada à educação, lazer, cultura, saúde, assistência social
e cultos religiosos;
III - comercial e de serviço – atividade caracterizada pela relação de troca visando o lucro e estabelecendo-se a
circulação de mercadorias, ou atividade caracterizada pelo préstimo de mão-de-obra e assistência de ordem intelectual ou
espiritual;
IV - industrial – atividade pela qual resulta a produção de bens pela transformação de insumos;
V - agropecuário – atividade de produção de plantas, criação de animais e agroindústrias;
VI - extrativista – atividade de extração mineral e vegetal.
Art. 35. Em qualquer zona ou setor é admitido o uso do mesmo lote ou edificação por mais de uma categoria, desde
que permitida, tolerada ou permissível e sejam atendidas, em cada caso, as características e exigências estabelecidas nesta lei
e de demais diplomas legais.
Art. 36. As atividades urbanas constantes das categorias de uso comercial, de serviços, e industrial, para efeito
de aplicação desta lei classificam-se:
I - quanto ao porte, em:
a) pequeno porte – área de construção até 100,00m² (cem metros quadrados);
b) médio porte – área de construção entre 100,00m² (cem metros quadrados) e 400,00m² (quatrocentos metros
quadrados);
c) grande porte – área de construção superior a 400,00m² (quatrocentos metros quadrados).
II - quanto à natureza, em:
a) perigosas - as que possam dar origem a explosões, incêndios, trepidações, produção de gases,
poeiras, exalações e detritos danosos à saúde ou que, eventualmente, possam pôr em perigo pessoas ou
propriedades circunvizinhas;
b) incômodas - as que possam produzir ruídos, trepidações, gases, poeiras, exalações ou
conturbações no tráfego que possam causar incômodos à vizinhança;
c) nocivas - as que impliquem na manipulação de ingredientes, matérias-primas ou processos que
prejudiquem a saúde ou cujos resíduos líquidos ou gasosos possam poluir a atmosfera, cursos d`água e solo;
d) adequadas - as que são compatíveis com a finalidade urbanística da zona ou setor e não sejam
perigosas, incômodas ou nocivas.
Art. 37. Serão considerados como empreendimentos de impacto aqueles que por sua categoria, porte ou natureza
possam causar impacto ou alteração no ambiente natural ou construído, sobrecarga na capacidade de atendimento de infra-
estrutura básica, e que exijam licenciamento especial por parte dos órgãos competentes do Município.
ANEXO
228
CAPÍTULO V
DO APROVEITAMENTO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO
Art. 38. De acordo com sua categoria, porte e natureza, em cada zona ou setor as atividades urbanas serão
consideradas como:
I - permitidas - compreendem as atividades que apresentem clara compatibilidade com as finalidades urbanísticas da
zona ou setor correspondente;
II - toleradas - compreendem atividades admitidas em zonas ou setores onde as atividades permitidas lhes são
prejudiciais ou incômodas;
III - permissíveis - compreendem as atividades cujo grau de adequação à zona ou setor dependerá da análise ou
regulamentação específica para cada caso;
IV - proibidas - compreendem as atividades que, por sua categoria, porte ou natureza, são nocivas, perigosas,
incômodas e incompatíveis com as finalidades urbanísticas da zona ou setor correspondente.
§ 1º. As atividades permissíveis serão apreciadas pelo Conselho Municipal de Urbanismo - CMU, que quando for o
caso, poderá indicar parâmetros de ocupação mais restritivos que aqueles estabelecidos nesta lei, em especial quanto a:
a) adequação à zona ou setor onde será implantada a atividade;
b) ocorrência de conflitos com o entorno de implantação da atividade, do ponto de vista de prejuízos à
segurança, sossego e saúde dos habitantes vizinhos e ao sistema viário.
§ 2º. A permissão para a localização de qualquer atividade de natureza perigosa, incômoda ou nociva dependerá de
licença ambiental expedida pelo órgão competente.
§ 3º. Por proposta do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC, ouvido o Conselho
Municipal de Urbanismo - CMU, através de ato do Poder Executivo Municipal poderão ser estabelecidas outras condições e
parâmetros de ocupação mais restritivos para uma determinada atividade classificada como de uso tolerado em determinada
zona ou setor.
Art. 39. A classificação das atividades como de uso permitido, tolerado ou permissível, segundo a qualidade de
ocupação determinada pela zona ou setor de uso, assim como, a área máxima de construção das edificações às quais estão
vinculadas, é a constante dos Quadros anexos, sob nºs I a XLIV, que fazem parte integrante desta lei.
Parágrafo único. Para os efeitos de aplicação dos critérios estabelecidos nos quadros de que trata este artigo, serão
consideradas como de uso proibido, em cada zona ou setor de uso, todas as atividades que ali não estejam relacionadas como
de uso permitido, tolerado ou permissível.
Art. 40. Ficam vedadas:
I - a construção de edificações para atividades, que sejam consideradas como de uso proibido, na zona ou setor onde
se pretenda sua implantação;
II - a realização de quaisquer obras de ampliação ou reforma de edificação existente, destinada a atividades
consideradas como de uso proibido na zona ou setor onde se situam.
§ 1º. Não se incluem na vedação prevista no inciso II, as obras necessárias à segurança e higiene das edificações ou
as destinadas às atividades de lazer e recreação.
§ 2º. A critério do Conselho Municipal de Urbanismo - CMU, poderão ser liberados alvarás para reformas de
edificações onde funcionem atividades comunitárias, comerciais, de serviços ou industriais já licenciadas, não enquadradas
nas vedações previstas nos incisos I e II deste artigo, desde que fique comprovado que os direitos de vizinhança não estejam
prejudicados.
Art. 41. Ouvido o Conselho Municipal de Urbanismo - CMU a transferência ou modificação de alvará de
estabelecimento comercial, de serviço ou industrial, já em funcionamento, em zona ou setor onde a atividade seja
considerada como de uso proibido, poderá ser autorizada, desde que:
I - haja apenas modificação da razão social da empresa;
II - o novo ramo de atividade não contrarie expressamente as disposições desta lei edemais regulamentos;
III - não ofenda os direitos de vizinhança, as disposições expressas desta lei e outras ditadas pelo interesse da
coletividade.
Art. 42. Para efeitos desta lei, em cada zona ou setor, os critérios de assentamento e implantação da edificação no
terreno são estabelecidos pelos seguintes parâmetros de ocupação:
I - taxa de ocupação - é o percentual expresso pela relação entre a área de projeção da edificação ou edificações
sobre o plano horizontal e a área do lote ou terreno onde se pretende edificar;
II - coeficiente de aproveitamento - é o fator estabelecido para cada uso nas diversas zonas, que multiplicado pela
área do terreno, define a área máxima computável admitida nesse mesmo terreno;
III - altura da edificação - é a dimensão vertical máxima da edificação, expressa em metros, quando medida de seu
ponto mais alto até o nível do terreno, ou em número de pavimentos a partir do térreo, inclusive;
IV - recuo do alinhamento predial - é a distância mínima perpendicular entre a fachada da edificação incluindo o
subsolo e o alinhamento predial existente ou projetado;
V - afastamento das divisas - é a distância mínima perpendicular entre a edificação e as divisas laterais e de fundos
do terreno, determinada pela relação entre a altura da edificação e o índice estabelecido nos Quadros anexos, que fazem parte
integrante desta lei;
VI - taxa de permeabilidade - é o percentual da área do terreno que deve ser mantido permeável;
VII - dimensão do lote - é estabelecida para fins de parcelamento do solo e ocupação do lote e indicada pela testada
e área mínima do lote.
ANEXO
229
§ 1º. A altura máxima da edificação deverá obedecer às restrições do Ministério da Aeronáutica, referentes ao Plano
da Zona de Proteção dos Aeródromos e as restrições da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, referentes ao
Plano de Proteção dos Canais de Microondas de Telecomunicações do Paraná.
§ 2º. Para fins de parcelamento do solo, nos terrenos de esquina, a testada mínima estabelecida para o lote deverá ser
acrescida do recuo obrigatório previsto para a zona ou setor onde o terreno se localiza.
§ 3º. Quando se tratar de loteamentos existentes com lotes com padrão inferior ao estabelecido para a zona ou setor,
nos lotes de esquina, com profundidade inferior a 14,00m (quatorze metros), o recuo mínimo estabelecido, poderá ser
reduzido na proporção de 0,50m (cinqüenta centímetros) por metro ou fração de redução, até um máximo de 2,50m (dois
metros e cinqüenta centímetros).
§ 4º. Para efeito de aplicação do índice estabelecido para o afastamento das divisas, prevalece a maior dimensão
obtida entre o índice e o mínimo determinado nos Quadros anexos, que fazem parte integrante desta lei.
§ 5º. De acordo com o tipo de atividade e a zona ou setor onde se localiza, a taxa de permeabilidade poderá ser
reduzida, substituída ou complementada através da implantação de mecanismos de contenção de cheias, os quais serão objeto
de regulamentação específica.
CAPÍTULO VI
DO INCENTIVO À PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO
Art. 43. Objetivando a proteção e preservação do Patrimônio Cultural, Natural e Ambiental no Município, ao imóvel
que compõe esse patrimônio, poderá ser estabelecida condição especial de ocupação ou autorizado pelo órgão competente, a
transferência a terceiros do potencial construtivo permitido no imóvel objeto de limitações urbanísticas, ou aos que doarem
ao Município o imóvel sob proteção e preservação.
Parágrafo único. Constitui o Patrimônio Cultural, Natural e Ambiental do Município de Curitiba o conjunto de bens
existentes em seu território, de domínio público ou privado, cuja proteção e preservação seja de interesse público, quer por
sua vinculação a fatos memoráveis da história, quer por seu significativo valor arqueológico, artístico, arquitetônico,
etnográfico, natural, paisagístico ou ambiental, tais como:
I - Unidades de Interesse de Preservação;
II - Unidades de Conservação;
III - Anel de Conservação Sanitário-Ambiental;
IV - Áreas Verdes.
Art. 44. Também se aplica, no que couber, o dispositivo deste Capítulo à desapropriação parcial ou total, de imóveis
necessários à adequação do Sistema Viário Básico, e à instalação de equipamentos urbanos e comunitários de uso público.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 45. Os limites entre as zonas e setores indicados no mapa de zoneamento anexo, que faz parte
integrante desta lei, poderão ser ajustados quando verificada a necessidade de tal procedimento, com vistas a maior
precisão dos limites, ou para se obter melhor adequação no sítio onde se propuser a alteração, considerando-se as divisas dos
imóveis, o sistema viário ou a ocorrência de elementos naturais e outros fatores condicionantes.
Art. 46. A ocupação com habitações unifamiliares em série, nos terrenos com área superior a 15.000,00m² (quinze
mil metros quadrados), situados na Zona Residencial Um, Zona Residencial de Santa Felicidade e Zona Residencial do
Batel, será analisada pelo Conselho Municipal de Urbanismo – CMU, ouvido o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano
de Curitiba – IPPUC e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMMA, desde que:
I - o sistema viário previsto para a região seja implantado, ou os terrenos sejam afetos ao Setor Especial de Áreas
Verdes ou Setor Especial do Anel de Conservação Sanitário-Ambiental;
II - atendidas as demais condições de uso e ocupação do solo previstas nesta lei.
Art. 47. Será exigida a reserva de espaço coberto ou descoberto para estacionamento e recreação nos lotes ocupados
por edificações destinadas aos diferentes usos e atividades.
Art. 48. O afastamento da divisa, proporcional a altura da edificação poderá ser reduzido, a critério do Conselho
Municipal do Urbanismo – CMU, ouvido o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC, desde que
seja comprovada a existência de edificações já consolidadas, sem condições de renovação urbana, nos terrenos adjacentes à
divisa onde se pretende a redução.
Parágrafo único. O afastamento resultante da redução pretendida, deverá levar em consideração a orientação
geográfica do imóvel e garantir condições de iluminação, insolação e ventilação, para a edificação a ser construída no
imóvel, assim como às existentes nos imóveis adjacentes.
Art. 49. Os parâmetros de uso e ocupação do solo da legislação anterior, terão 01 (um) ano de prazo de validade
contado a partir da data de vigência desta lei, renovável uma única vez, por igual período, para:
I - os projetos já licenciados;
II – os projetos em tramitação, protocolados nos órgãos competentes anteriormente à data de vigência desta lei.
§ 1º. As informações constantes nas consultas de construção e parcelamento do solo expedidas anteriormente a data
de vigência desta lei, terão validade de 180 (cento e oitenta) dias contados da data de sua expedição.
§ 2º. Para o Setor Estrutural e Zonas Residenciais 4, fica estabelecido um período máximo de 02 (dois) anos, contado
a partir da data da vigência desta lei, para a obtenção de alvará de licença de construção, mediante a apresentação de projetos
elaborados com base nos parâmetros de uso e ocupação do solo da legislação anterior.
§ 3º. Os projetos licenciados perderão sua validade se as obras não forem iniciadas no prazo de 01 (um) ano, contado
a partir da data de licenciamento.
§ 4º. Considera-se obra iniciada, aquela cujas fundações estejam concluídas até o nível da viga de baldrame.
Art. 50. Os alvarás de localização de usos e atividades urbanas serão concedidos sempre a título precário e em caráter
temporário, quando necessário, podendo ser cassados caso aatividade licenciada demonstre comprovadamente ser incômoda,
perigosa ou nociva àvizinhança ou ao sistema viário.
ANEXO
230
§ 1º. As renovações serão concedidas desde que a atividade não tenha demonstrado qualquer um dos incovenientes
apontados no “caput” deste artigo.
§ 2º. A manifestação expressa da vizinhança, contra a permanência da atividade no local licenciado, comprovando
ser incômoda, perigosa ou nociva, poderá constituir-se em motivo para a instauração do processo de cassação de alvará.
Art. 51. As determinações desta lei não substituem e nem isentam de obediência às normas Federais, Estaduais e
Municipais que objetivam assegurar condições sanitárias, de iluminação, ventilação, insolação, circulação interna, para todos
os tipos de edificações, independente das zonas ou setores em que são construídas.
Art. 52. As infrações à presente lei darão ensejo à cassação do respectivo alvará, embargo administrativo, aplicação
de multas e demolição de obras.
Art. 53. Os casos omissos, serão analisados pelo Conselho Municipal de Urbanismo – CMU.
Art. 54. Esta lei será regulamentada no prazo de 90 (noventa) dias contado a partir da data de sua publicação.
Art. 55. Esta lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação, revogadas as Leis nºs 4199/72,
5234/75, 5263/75, 5490/76, 6204/81, 6769/85, 7068/87 e 7622/91 e demais disposições em contrário, ressalvado o disposto
no art. 48 desta lei.
PALÁCIO 29 DE MARÇO, em 03 de janeiro de 2000.
Cassio Taniguchi
PREFEITO MUNICIPAL
ANEXO
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