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USOS EXISTENTES
Um ambiente diversificado é caracterizado pela pluralidade de usos que gera uma boa
segurança, desenvolvimento econômico e cultural, com a possibilidade das mais
variadas escolhas e alternativas dos usos. A partir da definição do mapa de diversidade
de usos formais e informais, foi concluído que há uma maior quantidade de edificações
que são serviços, comércios e vazios. É necessário abordar que o bairro de Santo
Antônio deixou de ser uma área residencial para ser uma região somente de serviços
gerais, visto que todo o mercado imobiliário foi crescendo para área mais suburbanas,
deixando o Recife antigo” abandonado “. As pessoas somente frequentam em horário
comercial, e por falta da variação de usos, em outros horários fica um” deserto isolado”.
É importante frisar também outros usos importantes da área como o religioso,
institucional e cultural, os qual geram uma zona turística e educacional no sítio,
recorrendo a implementação de hotéis, hostels, flats para turistas, valorizando ainda
mais a diversidade dos usos que é preciso possuir naquela zona.

A área de estudo trata-se de um ambiente com edificações com usos diversificados, tal
pluralidade é caracterizada pela possibilidade de haver uma boa segurança,
desenvolvimento econômico e cultural, devido as mais variadas escolhas e alternativas
presentes no local.

A partir da definição do mapa de usos, concluiu-se que há uma predominância de


edificações de uso misto, como também voltadas para o serviço e comércio, o que torna
a área um bairro com predominância comercial. Os edifícios residenciais e institucionais
bem como compõe o perímetro estudado. A partir disso, entende-se que o maior fluxo
de pessoas ocorre nos dias úteis e em horário comercial, em comparação, nos fins de
semanas e nos outros horários a movimentação torna-se mais branda.

Percebe-se que o Bairro da Boa Vista deixou de ser uma área residencial para ser uma
região predominantemente voltada para o comercio e de serviços gerais, visto que todo
o mercado imobiliário foi crescendo para áreas suburbanas deixando o Recife Antigo
abandonado.
Cheios e Vazios
O mapa de Cheios e Vazios propõe-se a analisar as áreas construídas (em preto) e os
espaços sem edificações (em branco), o propósito é identificar a organização espacial
das áreas e os seus espaços livres.

É possível identificar que existe uma predominância de cheios em comparação com os


vazios, que são poucos presentes em algumas áreas. Tratando-se de uma ZEPH (Zona
Especial de Preservação Histórico Cultural) as edificações não apresentam afastamento
frontal e lateral, dessa forma produzindo uma quantidade baixa de vazios na região.

O vazio está presente em alguns poucos lotes, a sua predominância é de cheios e por se
tratar de uma ZEPH (Zone Especial de Preservação Histórico - Cultural) as construções
não possuem afastamento frontal e lateral, gerando menos quantidade de vazios na área.

O mapa de cheios e vazios, como o nome já diz, analisa os cheios (em


preto) que significam as construções e os vazios (em branco) que significam espaços
não edificados. A importância desse mapa está no reconhecimento da organização
espacial das edificações nas cidades e seus espaços livres. Antes de projetar é essencial
instruir-se sobre a densidade volumétrica do local onde a nova edificação estará
inserida. Na área de intervenção, a partir do estudo de skyline (representação

O mapa de cheios e vazios, como o nome já diz, analisa os cheios (em preto) que
significam as construções e os vazios (em branco) que significam espaços não
edificados. A importância desse mapa está no reconhecimento da organização espacial
das edificações nascidades e seus espaços livres. Antes de projetar é essencial instruir-se
sobre a densidade volumétrica do local onde a nova edificação estará inserida.
Legislação

O projeto está localizado na ZEPH 8 - Sítio Histórico do Bairro da Boa Vista, sendo uma
dela é SPR ( Setor de Preservação Rigorosa), a legislação urbana (LUOS 16.176/96)
reconhece a importância de garantir que as suas características morfológicas sejam
preservadas, porém não estabelece parâmetros urbanísticos para as SPR, entretanto
são estabelecidos no Anexo 11 da referida lei as Condições de Ocupação e
Aproveitamento nas Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico –
Cultural.

A área de estudo está inserida dentro de uma ZEPH 8 (Zona Especial de Preservação
Histórico – Cultural), que são espaços constituídos par conjuntos antigos relevantes,
ruinas e sítios com importante valor histórico e cultural que agregam significado para a
cidade. Esses espaços demandam de um acompanhamento, cuja a manutenção e
restauro busquem garantir que as suas características morfológicas continuem
preservadas, devendo assim ser verificados as características volumétricas, as escalas e
as características das edificações.

De acordo com o artigo 4 da Legislação Municipal do Recife, qualquer construção


dentro dos Setores de Preservação Ambiental (SPA) da ZPEH 8 deve atender os
requisitos estabelecidos pela Lei n° 16.176/96. Dessa forma, os parâmetros
urbanísticos reguladores do uso e ocupação do solo são definidos e discriminados
pelas normas estabelecidas.

Segundo a LUOS, consideram-se Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio


Histórico Cultural – ZEPH, as áreas formadas por sítios, ruínas e conjuntos antigos de
relevante expressão arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, cuja manutenção
seja a preservação do patrimônio histórico e cultural do município. O SPR é constituído
por áreas de importante significado histórico e ou cultural que requerem sua
manutenção, restauração ou compatibilização com o sítio integrante.

A partir de uma analise do requisito especial “A” podemos extrair que as novas
edificações a serem construídas no sitio histórico (SPR) deverão ser compatíveis com a
feição do conjunto integrante do sítio. Nesse caso, deverão ser verificados os tipos de
implantação, as escalas e os tipos volumétricos característicos.
No Bairro da Boa Vista, encontra-se um conjunto edificado que, pelo seu caráter
arquitetônico e trama do sistema viário, caracteriza todo um passado, entendido
aqui, também como reflexo das variáveis sócio/culturais.
Além das edificações monumentais, a área apresenta-se com um acervo da
arquitetura popular típica, a arquitetura não do monumental isolado, mas do
elemento repetitivo, da sequência simples que configura um conjunto, este sim,
monumental.

No entanto, no SPR desta sub-zona as maiores alterações se dão através da


interligação de imóveis, o que é aceito pela legislação. A tipologia predominante na ZEPH-08.1, que
representa o conjunto mais antigo deste sítio, é a casa sem recuos, enquanto que nos conjuntos da Rua da
Autora destacam-se também os sobrados. Esses dados atestam a permanência em termos tipológicos, que
são muito importantes para os valores deste sítio. Em termos de tendências estilísticas, destacam-se o
colonial e o eclético, sendo que a presença de imóveis sem estilo não é desprezível, mesmo nos SPR,
indicando um certo nível de transformação das edificações. Em termos de gabarito, 117 a predominância
é de até 3 pavimentos em todas as sub-zonas, bem como nos SPR. Existem edifícios mais verticalizados,
chegando a até 11 pavimentos, no entanto estes respondem por um baixo percentual. Os usos são
diversificados, havendo uma clara diferenciação entre o núcleo mais antigo – onde permanece uma
grande relevância do uso residencial – e o conjunto da Rua da Aurora, com destaque das instituições. Em
termos de preservação, considerando a ZEPH como um todo, identifica-se um alto nível de imóveis
substituídos, sendo essa proporção maior na ZEPH-08.1. No SPR-1 da ZEPH-08.1 os imóveis
substituídos chegam a 35%. É um dado que demanda atenção, pois indica um alto nível de transformação
no núcleo mais antigo deste sítio. No entanto, os imóveis preservados e modificados, conjuntamente,
respondem por 51% do total, havendo ainda uma manutenção das características estilísticas deste
conjunto ediflício. O estado de conservação é majoritariamente regular, sendo que na ZEPH-08.2 (que
possui apenas um SPR, sem SPA), predominam os imóveis em estado precário. No
geral, a conservação dos imóveis nesta ZEPH é uma questão que demanda atenção e a necessidade
de pensar em incentivos para os proprietários mantenham seus imóveis em bom estado.
Em relação aos espaços livres públicos, identifica-se que são parte fundamental da trama
urbana valorada na classificação deste sítio, sendo necessário reforçar seu papel articulador.
No que diz respeito ao histórico de polígonos, as alterações foram de pequeno porte, com
uma ampliação dos polígonos em virtude do Plano Específico para os SPA desta Zona. Este mesmo Plano
Específico classificou pouco menos de 100 IEP nos SPA desta ZEPH, o que ocasionou uma situação de
conjuntos de imóveis isolados, o que claramente demonstra uma necessidade de revisão do SPR.
Ademais, identificamos que existem diversos bens de interesse no entorno imediato da ZEPH, como os
imóveis remanscentes dos Planos de Quadra da Avenida Conde da Boa Vista, bem como de bens
tombados em nível estadual não protegidos em nível municipal, e poligonais de entorno que não
coincidem com o SPA. Em termos ambientais, identificamos uma interface com a ZAN Capibaribe,
atestando a relação desta Zona com o Rio, bem como a presença de um SSA2, no entorno da Praça
Maciel Pinheiro. Em relação aos Requisitos Especiais, verifica-se que praticamente todos foram retirados
pela LUOS de 1996, mantendo-se apenas a Análise Especial para intervenções nos imóveis no SPR e a
previsão de elaboração de Plano Específico para os SPR e SPA. Uma vez que o Plano elaborado
contemplou apenas os SPA – trazendo os parâmetros urbanísticos para esses Setores para níveis muito
mais adequados em relação ao sítio histórico –, a situação é de indefinição para os SPR, justamente os
Setores cuja proteção é de maior interesse.

TIPOLOGIA

Localizada em uma ZEPH – SPR (Zona Especial de Preservação Histórico Cultural,


Setor de Preservação Rigorosa), a Rua da Alegria tem por sua identidade local alguns
tipos arquitetônicos, criando coesão que simplifica a identificação da rua , tanto para os
moradores, quanto para os visitantes. Na analise foram identificados 7 tipos, sendo
estes: casa geminada com porta e janela com 74% do total dos lotes analisados; Sobrado
com 13%, Edifico Horizontal com 8%, Casa de Oitão 2%; Templo 1%; Edifico Singular
com 1% e o Lote vazio com 1%.

A identidade dos tipos arquitetônicos da área de estudo, em especifico a Rua da União,


que fica localizada no bairro da Boa Vista e está inserida na ZEPH 8, a quadras
analisadas pertencem a uma Zona Especial de Preservação Histórico Cultural no Setor
Ambiental e Rigoroso. No diagnóstico realizado identificou-se que existe uma
predominância de sobrados com 25,4%, seguido do edifício caixão com 19%, casa
térrea com17,5%, casa geminada com 15,9%, casa de porta e janela com 12,7%, casa
com recuo frontal com 4,8%, terrenos vazios com 3% e edifícios com pilotis possuindo
1,6%.

Foram feitos 2 mapas de tipologia, para analisarmos 15,9%os tipos existentes na área
estudada, o mapa geral na figura 42, não detalha os modelos em 3d nem as
porcentagens, por isso foi feito no segundo mapa, onde utilizamos apenas a Rua da
Alegria para mostrar a predominância do tipo geminada com porta e janela, como
mostra a figura 41.

FLUXOS
O bairro tem a predominância de edificações voltadas para o uso misto, comércio e
serviços, mas também se encontram ocupadas para servir de uso institucional e
residencial.

Dentro da área de estudo, o fluxo de veículos é mais intenso na Rua do Riachuelo e Rua
Princesa Isabel, consideradas de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
como via Arterial, são aquelas com fluxo rápido que possuem semáforos, cruzamento e
travessia de pedestre, por exemplo.

A Rua da União pode ser considerada como uma via local por possuir uma menor
dimensão, além de haver uma grande quantidade carros e motos estacionados
provenientes das empresas públicas e privadas e das edificações residenciais.

SOMBRAS

O Recife possui um clima com poucas alterações nas temperaturas, tendo duas
temporadas, uma chuvosa e outra com um clima propicio para o céu aberto. A análise
das sombras é importante porque através dela pode-se identificar quais áreas recebem
ou não sombra nas calçadas.

As sombras geradas nas ruas são provocadas pelas fachadas dos prédios e da vegetação
existente na área. A falta de sombra encontrada, principalmente na Rua da União não
contribui para uma sensação térmica agradável para as pessoas que transitam a área,
sendo assim a necessidade de haver mais arvores no local.

O mapa de sombras é necessário para diagnosticar os perímetros que possuem o


sombreamento das calçadas e da falta do mesmo. Após um estudo de sombras no trecho
de análise, através dos horários do solstício de verão e do solstício de inverno,
observamos a presença de pouco sombreamento gerado pelas edificações presentes.

Algumas sombras são geradas por algumas marquises dispostas nas fachadas de
algumas edificações, ou até mesmo alguns toldos, que geralmente encontram-se em
barracas e fiteiros. A escassez de sombreamento gerado pelas edificações dispostas no
trecho de estudo não colaboram para uma boa sensação térmica, logo é necessária uma
maior arborização nas calçadas para reverter esse quadro

GABARITO
Por tratar-se de uma ZEPH (Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico –
Cultural) a Rua da União possui em sua predominância edificações com um gabarito
baixo, principalmente porque a tipologia encontrada em sua maioria trata-se de
sobrados.

Diante da área total quadras analisadas pôde-se averiguar que existe uma predominância
de edificações com 2 pavimentos com 44,6% , enquanto aquelas apenas com o térreo
tem a margem de 21,4%, 3 4 pavimentos com 15%, 5 a 10 pavimentos com 6% e acima
de 10% pavimentos com 1%.

VEGETAÇÃO

A presença de vegetação nas ruas é importante para o conforto climático da cidade,


propiciando uma melhor qualidade para o pedestre, provocando sombras e amenizando
as temperaturas.

No trecho analisado apresentam-se árvores de grande porte situadas na Rua do


Riachuelo, Rua Princesa Isabel e Rua da Saudade, provocando sombra em alguns
trechos da calçada. Encontra-se também espécies de pequeno porte nas ruas citadas e na
Rua da União que existe apenas uma espécie de pequeno porte.

Percebeu-se que as raízes da vegetação encontrada provocavam erupções nas calcadas,


não havendo também uma padronização do dimensionamento dos alegretes

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