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Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel

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Cascavel, 15 de março de 2021.


Aluno (a): Lucas Lopes Sampaio Dutra
Curso: Direito – DISCIPLINA – DIREITO AMBIENTAL

TRABALHO EM SALA

1- O Ministério Público ajuizou ações na esfera cível e criminal contra empresa


exploradora de petróleo, alegando prejuízos decorrentes de vazamento de óleo
combustível em águas marinhas. O vazamento de óleo resultou na mortandade
da fauna aquática e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA) determinou, então, a imediata proibição de pesca
na região, por seis meses. Na fase de provas, foram provadas a regularidade das
instalações da empresa, que contava com as melhores tecnologias disponíveis, e
a idoneidade dos esforços para a reparação do problema, tendo o prejuízo
ocorrido por motivo de força maior. Determinado pescador profissional ajuizou
ação indenizatória individual pelos mesmos fatos, requerendo danos materiais e
morais. A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção CORRETA.
A) A pretensão indenizatória na ação civil pública pelo dano ambiental difuso é
imprescritível.
B) A pretensão do pescador é imprescritível
C) A responsabilidade da empresa pela poluição gerada é objetiva em todas as ações.
D) Se reconhecida processualmente, a força maior afastará a obrigação de indenizar.
E) O reconhecimento da força maior como determinante do dano não tem repercussão
na ação criminal.

2- A associação civil de defesa do meio ambiente fundada em 2015 propôs uma


ação civil pública contra determinada indústria de produção de vinagre que
causara grave degradação ambiental. Na ação, solicita-se a condenação da
obrigação de fazer, materializada na limpeza do rio, cumulada com a de reparar
os danos causados ao rio, em razão da morte de duas toneladas de peixes.
Nessa situação hipotética, segundo a jurisprudência do STJ, a associação civil
de defesa do meio ambiente:
A) não detém legitimidade para propor a ação civil pública, visto que essa competência
é privativa do Ministério Público.
B) deveria ter proposto uma ação popular, em vez de uma ação civil pública para
pleitear essa demanda.
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C) deveria ter pleiteado alternativamente a condenação da obrigação de fazer ou a


reparação dos danos causados ao rio.
D) deveria ter pleiteado, em primeiro lugar, a condenação da obrigação de fazer e,
subsidiariamente, a de reparar os danos causados ao rio.
E) pleiteou corretamente, cumulativa e simultaneamente, a obrigação de fazer e
a dereparar os danos causados ao rio.

3- Em nossa atual Constituição Federal há vários instrumentos relacionados à defesa


do meio ambiente, para que o agente causador de dano ambiental não fique sem
punição. Dentre tais instrumentos destacamos a Ação Popular, o Mandado de
segurança Coletivo e a Ação Civil Pública. Neste sentido, pergunta-se: O que vem a
ser uma Ação Civil Pública? Quais suas principais características? Para que serve a
Ação Civil Pública?
Resposta: A Ação Civil Pública, é um instrumento que visa garantir os interesses
públicos difusos e coletivos. As fronteiras dos interesses individuais são ultrapassadas
nessas ações, as quais visam demonstrar a responsabilidade de danos causados ao
meio ambiente, ao consumidor, etc. A Ação Civil Pública só pode ser impetrada pelo
Ministério Público ou associações em que constem em seus estatutos a defesa do
meio ambiente. Na Ação Civil Pública a responsabilidade civil objetiva é soberana.

4. Considere o seguinte caso hipotético:


Uma empresa “X” contratou a empresa “Y” para realizar escavações no leito do Rio
Corvina, serviço que acarretou danos ao meio ambiente, especialmente a morte de
milhares de peixes. A empresa Y foi contratada pela X para realizar escavações no
leito do rio Corvina, o que acabou acarretando agitação de material químico depositado
no fundo do rio, com mortandade de peixes. Esse fato motivou o Município de Corvina
a promover Ação Civil Pública visando o ressarcimento dos danos pela X. Na ação, o
Município de Corvina pretende que a contratante seja condenada a restaurar o rio, com
a reposição dos peixes em substituição àqueles vitimados pelo acidente ecológico.
Como advogado da X, esboce uma estratégia de defesa.
Resposta: Dano ambiental é o prejuízo trazido às pessoas, aos animais, às plantas e
aos outros recursos naturais e às coisas que consiste numa ofensa do direito ao
ambiente”, traduzindo-se também numa “violação em concreto dos ‘standards’ de
aceitabilidade estabelecidos pelo legislador. A responsabilidade civil é um instituto cuja
antiguidade remonta ao Direito Romano mas que tem vindo a evoluir ao longo dos
tempos, adaptando-se às necessidades postas pelas sociedades modernas. Mesmo
assim ele revela-se, em muitos casos, um meio inadequado de lidar com os atentados
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ao ambiente. Inadequado pelas dificuldades de prova dos seus rigorosos pressupostos,
mesmo quando as razões de justiça permitam prescindir daquele cuja prova poder ser
mais difícil: a culpa. A responsabilidade objectiva, pelo risco ou por factos lícitos, é,
sem dúvida, um grande avanço no sentido da correspondência do instituto às
necessidades da vida moderna, sem perda de justiça intrínseca. Porém, não é ainda
suficiente para cobrir todas as situações de dano que, cada vez com mais frequência,
ocorrem e que, por falta de prova de um ou outro pressuposto, ficam impunes e por
indemnizar. A solução parece passar pela aposta em novos instrumentos jurídicos para
a proteção do ambiente.

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